If It Was Diferent... 2 Fase escrita por bellafurtado


Capítulo 7
A reunião do Tisroc e estratégia de Trudy


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Mil perdões por ter demorado tanto pra postar... ao contrário do que muitos pensaram, eu não abandonei a fic. Só estava sem inspiração, e viciada em tumblr e assistindo Doctor Who; sem falar no dever de casa. Fiz uma nova capa, viram? E True voltou a ser a Lily Collins, voltei a me apaixonar por ela depois de assistir abduction.
Amo vocês, espero não ter perdido leitores. Reviews?



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Capítulo 7: A reunião do Tisroc e estratégia de Trudy.


Os guardas calormanos foram nos arrastando até o gabinete do Tisroc, aonde ele recebia visitas e as pessoas que intimava para ter audições. Olhei em volta, percebendo que a segurança ali era enorme. Os soldados narnianos pareceram inseguros. E era ali que Taminah estava, seus guardas postos em lados opostos do salão.

-Ah, por favor, diga-me que isso é só uma brincadeira de mau-gosto! - implorei aos guardas. - Essa garota não...-Eu sabia que queria roubar minha audição com o Tisroc (que ele viva para sempre!)! - ela gritou, batendo um dos pés no chão como uma criancinha emburrada.

Rolei os olhos.

-Ah, cala essa boca - pedi a ela, com a cabeça latejando. - Eu daria qualquer coisa para nunca mais ouvir sua voz de taquara rachada.

Ela se aproximou de mim, para me dar um tapa na cara. Meus braços estavam presos para trás por um soldado, então me apoiei neles e ergui minhas pernas, depositando um chute em Taminah, fraco, mas que foi o suficiente para que ela caísse uns dois metros e meio à minha frente.

-Não tente me bater de novo, idiota - falei, cheia de raiva. - Consigo te deter com as mãos nas costas... literalmente.

Sup e Melly prenderam o riso.

-Cale a boca, insolente! - o Tisroc gritou.

-Ah, não me incomode - bufei. - Preste atenção, e ninguém mais será ferido: você vai nos soltar e aos narnianos, e nós vamos embora. Estamos aqui em nome de Aslam, e se não nos deixar ir, a fúria dele cairá sobre você.

O Tisroc rolou os olhos.

-Por que exatamente eu acreditaria nisso?

-Bem, deixe-me pensar... talvez porque SE NÃO ACREDITAR, VOCÊ MORRE! - gritei a última parte impaciente.

-Você roubou meu escravos, você está morta.

-Ah, mas por favor, não tente bancar o hipócrita comigo, senhor Tisroc!

-Que ele viva para sempre! - Taminah gritou junto aos outros soldados.

-Tanto faz! - retruquei. - De qualquer forma, senhor, o senhor roubou-os primeiro de um mercado ilegal de escravos na Ilha de Durne, que havia roubado-os de um batalhão narniano que estava lá para a inspeção mensal... então, para resumir, eu só estou levando-os de volta e então tudo vai ficar bem.

-Acha mesmo que conseguirá sair impune disso, senhorita? - O Tisroc perguntou, se aproximando de mim a curtos e lentos passos.

-Por que não podemos simplesmente concordar que todos somos ladrões e acabar com isso? - perguntei, olhando-o com cansaço. Isso já estava ficando bem cansativo.

-O que a Rainha Trudy quis dizer... - Susana adiantou-se, tentando dar um passo à frente mas sendo segurada por um dos guardas. - é que só estamos pegando de volta o que é nosso. O senhor sabe do que Aslam é capaz, senhor. Ele derrotou a Feiticeira Branca e o seu exército, sem falar de uma nação inteira de telmarinos que obedecem as suas leis até hoje... o senhor já ouviu essa histórias. Então, por favor, deixe-nos ir sem termos que clamar a ele por ajuda.

-E quem é você? - O Tisroc perguntou.

Susana engoliu em seco.

-Ela é a Rainha Susana, de Nárnia - Taminah contou.

-Mas quando é que foi que alguém te chamou nessa conversa, sua tarcaína intrometida? - gritei com raiva, lançando meu olhar de psicopata para ela. Pedro achava-o engraçado.

-Rainha Susana, ahn? - O Tisroc colocou a mão em sua cintura ossuda. - Lembro-me bem de você... rejeitou o príncipe Rabadash, não é? Não é exatamente uma pessoa de opinião válida para nós, calormanos.

-Viu só? - perguntei, olhando para Susana. - É isso o que acontece quando tento ser diplomática. Embromação, embromação e mais embromação... só para, no final das contas, acabarmos lutando e ganhando da mesma maneira. Se tivéssemos lutado com aqueles soldados lá embaixo e ido embora, como eu sugeri, provavelmente já estaríamos no Peregrino da Alvorada agora.

-Não, não estariam - o Tisroc entrou na nossa conversa de repente. - Meus guardas foram treinados com os melhores comandantes calormanos, e foram parte dos melhores batalhões, que sobreviveram durante a última grande guerra entre Tashbaan e outras cidades calormanas. Vocês três não teriam chance contra meu exérctio, senhoritas, sendo rainhas ou não.

-Não foi isso que nos pareceu quando nós três derrubamos dez dos seus sem fazer nenhum esforço - retruquei com gosto.

-Vai deixar essa herege falar assim com você? - Taminah perguntou.

Senti minha cabeça latejar ao ouvir sua voz.

-Ah, por favor, me mate - murmurei. - Qualquer coisa pra não ouvir essa meretriz me dirigir a palavra de novo.

-Com prazer - o Tisroc disse.

A voz de Aslam soou na minha cabeça, uma única palavra, mas que me fez ter uma estratégia e tanto: agora.

Olhei para o chão e reparei em uma flecha cravada no mesmo, bem à minha frente; uma flecha da aljava de Susana... provavelmente deveria ter caído enquanto éramos empurradas para dentro. Coloquei-a entre os meus pés e a joguei para cima, acertando o pé de Taminah, que deu um berro. Vários soldados se viraram para ela, então dei um chute para trás e acertei em cheio o que me segurava. Agarrei sua cimitarra e, rapidamente, cortei os pescoços dos dois que seguravam minhas melhores amigas.

Enquanto elas duelavam com as cimitarras dos guardas mortos, saí correndo, saltei sobre a cabeça de Taminah com um mortal e pousei atrás do Tisroc, colocando a cimitarra no pescoço dele. Os soldados pararam imediatamente de lutar.

-Francamente, qual é o problema com vocês calormanos? - perguntei, chamando a atenção de todos os soldados para mim. O Tisroc tentou se sacudir, mas apertei seu braço e pressionei a cimitarra contra a sua garganta, sem realmente colocar força. - Nós realmente tentamos usar a diplomacia, tentamos não ferí-los, mas parece que as coisas só dão certo com vocês quando fazemos tudo na base da violência.

Os homens desembainharam suas cimitarras, mas eu interrompi seu precioso ritual de caça:

-Um movimento brusco e ele morre - falei entre dentes. - Agora dêem minha espada. E devolvam os arcos das minhas amigas.

Eles o fizeram.

-Soltem os narnianos - olharam para o Tisroc, que negou com a cabeça. Toquei a ponta da cimitarra com um pouquinho mais de força, de forma que uma gota do seu sangue escorreu. - Agora!

Eles soltaram. Minha espada estava embainhada. Para a nossa surpresa, um homem abriu a porta e entrou, ofegante. Arregalou os olhos e se preparou para puxar sua cimitarra.

-Não ouse - falei, indicando com os olhos a espada no pescoço do Tisroc. Então, mudei minha expressão para um sorrisinho amigável e completei: - Feche a porta e diga o que veio fazer aqui. AGORA!

-S-soldados narnianos. Por toda a parte.

Meu sorriso se alargou. Aslam os mandou até lá no momento em que me disse \\\"agora\\\". O que significa que os soldados pegariam os escravos, e nós... bem, tínhamos que dar um jeito de sair dali. Aslam disse que, quando terminássemos, ele nos levaria para o Peregrino da Alvorada. Bem, eu suponho que ele nos encontraria logo que saíssemos dali.

-Ótimo - murmurei.

Alguns soldados se aproveitaram da distração para agarrarem as suas armas, mas Mel pensou em algo rápido: agarrou uma corda que um dos soldados trazia consigo, puxou os braços de Taminah para trás, prendeu-os com a tal corda e colocou uma de suas flechas em frente ao coração da tarcaína.

-Coloquem as armas no chão neste exato momento - ela pediu sorrindo.

-Quem diabos é você? - o Tisroc gritou, e seus homens ficaram parados, sem saber o que fazer.

-Melanie Pemberley. Não sou uma lenda, nem uma rainha e nem mesmo fui treinada nos melhores batalhões; mas ainda assim, sou importante... e, neste instante, sou poderosa também, visto que tenho sua querida tarcaína e seu precioso Tisroc. Por essa razão, sugiro que façam o que pedi. Francamente, vocês são guardas! Têm de saber como agir sob pressão, defender seu líder acima de tudo!

Eles colocaram no chão. Sorri orgulhosa para Melly, e percebi Susana fazendo o mesmo. Mas percebi bem a tempo que um dos soldados arremessou uma cimitarra contra mim. Coloquei o Tisroc na frente, e ele foi acertado perto do joelho. Desembainhei minha espada e me protegi de um golpe, acertando a barriga do soldado logo em seguida. Olhei para a janela e vi um lago ali embaixo, com alguns arbustos. Bom, Aslam poderia nos proteger...

-Sigam-me! - ordenei.

-O que vai fazer? - Susana gritou.

-Vão ter que confiar em mim - pedi. - Narnianos, Aslam mandou esse exército para buscá-los. Peguem as cimitarras dos soldados e se defendam até que eles cheguem. Temos de ir, Aslam nos espera.

Saí correndo e saltei pela janela, minhas amigas atrás de mim. Pude ver o exército narniano arrombando a porta e rendendo os soldados. Mas, antes que eu pudesse ver qualquer outra coisa, percebi que a paisagem mudava. Parecia que ia e voltava: uma hora, o enorme castelo calormano; na outra, uma grama verde e um céu azul, com uma praia ao longe. Comecei a me sentir sonolenta, e percebi que Sup e Melly pareciam estar na mesma situação que eu. Su bocejou.

-Não podemos dormir - Melanie falou, bocejando logo depois.

-Precisamos achar Aslam - sussurrei. Logo depois, porém, senti meus olhos pesarem. E então eu dormi.


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