Na volta para casa, fiquei o caminho todo calada. Pensando, o que eu podia fazer. Ideias idiotas e algumas loucas mas que faziam um certo sentido.
- Pai, que dia é hoje? - Perguntei como quem não quer nada.
- 22.
- Valeu.
A ideia estava pronta, sorri para mim mesma enquanto meu celular não parava de vibrar.

"Você ouvir no rádio?"
" Você está ferrada, quer ajuda?"
" Essa viagem foi um máximo"

Peguei o novo celular e botei em mensagem.

Minha casa, antes das 8:00 . Preciso das duas!


Mandei para as duas e respirei fundo, eu estava ficando tensa demais e minha cabeça já doía, sim me chame de fresca ou de lerda, mas estava coisa  em minha cabeça e meu cerébro já estava querendo descanso.

Chegamos em casa, dei um beijo em minha mãe e subi com a desculpa de que estava cansada, mas se alguma das meninas chegassem que poderia subir ao quarto.

- Vocês não aguentam ficar mais de 5 horas juntos né? - Meu pai disse rindo na sala.

- É a amizade. - Disse rindo, subi ao quarto e tomei um banho devagar, deixando a água quente passar por cada parte do meu corpo, lavei o cabelo. Sequei o cabelo , botei uma roupa leve. Um short jeans, uma camisa de flanela listrada com branco de cinza, amarrei o cabelo para que quando e levantasse não ficaria aquela juba de leão e cai na cama.

Minha primeira intenção era ficar deitada e pensar um pouco, relaxar. Mas foi aí que eu percebi o quanto estava cansada, para mim eu fechei eu pisquei e quando abri os olhos Demi me sacudia.

- Hey Sel, acorde. - Me levantei abraçando minha almofada da Doris, Taylor estava jogada no puf em que pedi para meus pais somente para ela sentar. Demi se sentiu na poltrona do computador. Esfreguei os olhos querendo despertar, cocei por algum tempo e fiquei acordada.

- Não sabia que eu estava tão cansada. - Disse levemente.

- É o estresse, de ter um gatão atrás de você. - Taylor falou lichando as unhas, eu dei um pulo da cama.

- JESUS, quantas horas? - Agora eu rodava pelo quarto.

- Calma, são seis ainda. o Jornal e só as oito. - Demi disse.

- Precisamos de algo, não consegui pensar em nada que desse certo.

- O que você pensou? - Taylor quis saber.

Disse tudo, as malucas elas riam, as melhores elas comentavam e disse a minha última ideia.

- Essa e realmente boa, precisamos de um restaurante. - Demi disse.

- Aquele novo que abriu, como é mesmo?

- La belle nuit. - Taylor disse corretamente. - Meus pais foram na inauguração e disseram que é bom.

- ÓTIMO! Alguém tem o telefone?

- Não, mas pesquisa. - Demi se empurrou e logo ligou o computador, com a graça do santinho da força tecnológica, ele ligou rápido. Pesquisamos o telefone e eu liguei. Foi muito bem atendida, expliquei que era um presente surpresa e que não poderia acontecer dele ir lá.

- Eu que estou planejando, meus pais são bem cabeça dura.

- Tudo bem, seguro a reserva por uma hora senhorita. Nada mais.

- Obrigada! Obrigada. - Antes que ele delisgasse eu perguntei.

- Me tire uma dúvida, tem TV?

- Não, nosso chefe gosta que a atenção seja para a comida e o papo. - Eu sorri olhando pro teto, agradecendo.

- Ok, obrigada mais uma vez. - Ele desligou então era a hora da parte mais difícil, era exatamente 6:20 eu precisava dos dois foa de casa até as oito. Eu conseguia, deixei o celular na cama e as meninas mexendo no computador, seja lá o que aquelas duas estavam fazendo.

Desci as escadas, procurei primeiro por meu pai que seria o alvo mais fácil, ele estava na TV. Me sentei ao seu lado, encostando minha cabeça em seu braço.

- Boa noite princesa. - Disse ele com ironia.

- Engraçadinho você né, mas estou aqui pra te ajudar.

- Ajudar? O que?

- A não brigar com a mamãe.

- Por que? Nós estamos tão bem. - Olhei atenamente para ele.

- Pai, que dia e hoje?

- 22. - Agora ele dizia pensativo, tentando lembrar, ele olhou para mim pedindo ajuda , apontei para a grande foto do dia do casamento deles.

- Caramba. - Aêê, ele lembrou. Obrigada Deus.

- O que eu vou fazer? - Agora ele dizia preocupado.

- Não se preocupe! Sabe o restaurante novo? Eu fiz uma reserva pra vocês, precisam estar lá as oito. - Agora ele me beijada na testa.

- Obrigado querida, vou subir e preparar alguma coisa para mostrar que e surpresa. - Eu sorri, ele era bem fácil. Mas as datas me ajudaram, hoje está a 15º bodas de meus pais e a noite de que eu poderia matar alguém.

Agora era minha mãe,  ela cortava a carne com certa brutalidade.

- Mãe?

- Sim, querida?

- Hum, sabe que dia é hoje?

- Infelizmente. - Disse ela, bom, ela tinha lembrado. Depois ela me olhou diteito.

- Cabelo amarrado, Selena você ta bem?

- O que? Ah, sim mãe. Não posso mudar?

- Pode, fica melhor assim.

- Ta mais eu não vim falar com meu cabelo. - Disse com certa rigidez, ela se encolheu.

- Desculpe mãe, mas pode me ouvir?

- Diga.

- Meu pai pediu para que subisse para o quarto daqui a pouco.

- Pra que? - Agora seu rosto escondia um pequeno sorriso.

- Não sei na verdade, mas só estou dando o recado.

- Tudo bem, obrigada meu amor. - Ela também me beijou empolgada.

Espero que meu pai já tenha arrumado, porque não demorou dois minutos e ela já estava subindo para ver o que era, enquanto isso eu bebi um como de água , tinha dado certo.

Uma hora depois...

- Tem certeza que vai ficar tudo bem? - Minha mãe agora sorria alegremente, ela estava com o vestido mais lindo e meu pai de terno. Demi e Taylor estavam comigo.

- Sim, confiem em mim, agora vão ou vão perder a reserva. - Nós empurramos eles disfarçadamente, não perceberam nada, amén Senhor. eles entraram no carro e eu liguei a TV 19:57.

- Vou fazer pipoca. - Taylor disse indo pra cozinha, eu e Demi a fuzilamos.

- O que? eu to com fome!

A entrada no jornal estava entrando, agora era esperar para que passasse e agradecer por meu pais não ter visto. Estava ansiosa, borboletas pareciam baladar em meu estômago, não sabia o que ele tinha aprontado.