Everybody Loves The Marauders II escrita por N_blackie


Capítulo 9
Capítulo 9




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Episode VIII

"Primeiro dia de Emprego"

Narrado por: Sirius Black

Filme do Momento: Mama Mia

Ouvindo: Burburinho de restaurante (ou, se preferir, cantina).

- Giulia! – Remus chamou, e franzi a testa para o lugar onde estava. Na noite do dia em que James foi para NYC, Regulus arranjou uma saída (na verdade Jane ficou com pena dele e resolveu chamá – ló para assistir uns filmes) e as meninas decidiram assistir a primeira temporada inteira de Sex and the City, então fiquei sozinho. Já que iria fazer o turno da noite no Phil, ele meio que ficou culpado e me arranjou um emprego. Como se isso fosse ajudar.

O lugar onde eu estava esperando era uma cozinha super agitada, com um cheiro forte de molho de tomate no ar. Pelo que eu entendi, uma das costureiras do Phil tinha uns sobrinhos/filhos/qualquer coisa que tinham uma cantina. E era ali meu novo emprego.

- OH, amore mio! – uma mulher meio gorda apareceu trazendo um rolo de macarrão nas mãos. Ela "abraçou" Remus (ou, como meu pai gosta de dizer, tentou sufocá – ló nos próprios peitos) e depois fez o mesmo comigo (teoria comprovada). – Esse deve ser o seu amigo. Vem aqui, ragazzo.

Fui arrastado por ela para dentro de uma saleta ao lado enquanto Remus acenava feito um retardado, e de repente me vi em frente a três caras uns dez anos mais velhos que eu. Todos eram típicos italianos: altos, brancos, cabelos preto ou castanho – escuro e olhos claros, sem contar o nariz reto.

- Você é Sirius? – um deles arregaçou as mangas (cara, eu vou perguntar qual a academia que eles frequentam, quero ter esses braços quando tiver a idade deles...) e me analisou. – Sabe alguma coisa de cozinha?

- Erm... Não. – balbuciei, me sentindo incrivelmente estúpido. Outro, que parecia mais simpático, pegou um avental verde com uma listra vermelha no peito, no qual a tal da Giulia já tinha bordado o meu nome.

- No precisa, Benito! – sorriu na minha direção e jogou o avental para que eu colocasse. – Vai ser garçom, cara. Dá um sorriso aqui.

Esbocei o melhor sorriso que pude, e ele pareceu satisfeito.

- Só usar esse aí, capire?

Balancei a cabeça, e ele continuou sorrindo. O último, que parecia ser o mais velho, deu um tapa amigável no meu ombro.

- Ótimo. Qualquer coisa, este é Benito, este é Domenico e io so Magno.

Continuei concordando com a cabeça feito um idiota até Domenico me empurrar para o salão. Era um lugar bem simpático, na verdade. O chão era de madeira escura, assim como as janelas. O clima todo era bem amigável, acho que vou me dar bem.

- MESA CINCO! – gritou um homem mais velho do balcão, e corri para o casal que se sentava à mesa com uma plaquinha com o número cinco de plástico.

- Boa noite, vão beber o que?

- Quero a carta de vinhos, por favor.

Assenti e corri para a cozinha. Benito mexia um pouco de molho enquanto conversava aos berros (como esses italianos gritam!) com os outros assistentes. Perdido, fui até Domenico, que parecia o mais relaxado dos três. Tinha ficado como líder dos garçons.

- Hey. – chamei, e ele sorriu.

- Precisa de ajuda?

- O cara da mesa cinco quer a carta de vinhos.

Domenico pegou um cardápio diferente, encapado de couro marrom, e me seguiu. Quando chegamos à mesa, ele começou a explicar todo o processo de escolha do vinho, quais tinham e etc. O cara pediu o que queria e saímos de perto.

- Acho melhor colocar você em otro lugar... – refletiu, e então gritou (gritou mesmo, parece que não tem um botão de volume, é só o ALTO) para Magno, que estava no caixa: - ACHO QUE O MENINO NÃO VAI SE ARRANJAR POR AQUI!

Largando a caixa registradora, Magno se aproximou da gente e me avaliou, sorrindo em seguida.

- Vai trabalhar comigo. Domenico, vá dizer a Benito que um dos clientes reclamou do molho de queijo.

Acenando, o meu amigo foi embora e segui o irmão mais velho até o caixa.

- Vai entregando as coisas que os garçons pedirem, Sirius. – ele apontou para uma cesta cheia de garfos, facas, canudos, guardanapos e etc.

Sentei numa banquetinha ao lado de Magno e fiquei quieto por quase cinco minutos, só vendo alguns clientes pagarem a conta. Vi como as mulheres olhavam para os três irmãos, e lembrei-me do meu pai.

- Magno... – comecei enquanto passava um monte de talheres para Domenico (que sempre me cumprimentava com um sorriso animado) – Você já ficou com a reputação manchada com garotas?

As sobrancelhas escuras dele se juntaram numa só, e ele virou na minha direção. Ao ver o quão louco eu estava por isso me deu um sorriso sábio.

- Eu nunca. Mas pergunte a Domenico. Ele e Benito são ótimos em arranjar confusão com as signoras. Ah, certo.

Dei uma risada nasal, e esperei até o dia (ou noite, sei lá) acabar para falar com eles. Começamos a fechar as onze, e fui ajudar Domenico a tirar as mesas.

- Você já teve problemas com reputação? – perguntei meio tímido, e Domenico riu.

- Com as damas, você diz?

Balancei a cabeça, e Benito apareceu rindo atrás do irmão. Ele fica mais simpático fora do trabalho.

- E como! Lembra-se daquela Donna de Roma, Dome?

- Claro! O incendio de Roma.

- Hã?

- É, Sirius. Aquela signora era o fuoco! – ele riu. – Quantos anos você tem?

- Dezesseis.

- Você não vai entender, então. – Benito riu. Revirei os olhos.

- Claro que entendo! Não por experiência própria...

- Então, ela me arranjo um grande problema. Espalhou para todo mundo que io no prestava, sabe.

- Sei. – suspirei. – E a garota que você realmente gostava não quis ficar contigo, né?

- Mais ou menos. – Benito sorriu. – Acho que sei como se sente, menino. Fica tranquilo, é inveja delas.

- Acham que conseguem me ensinar como lidar com isso?

- Ora, somos os irmãos Perotta. – Domenico riu e me deu uns tapinhas nas costas. – Claro que ajudamos. Magno não vai gostar muito, mas quem liga pra ele?

- Ele se amarrou. – Benito explicou. – Há dois meses. E aí vem!

Olhamos na direção da porta, onde uma mulher linda entrava. Magra, alta, os cabelos bem compridos e castanhos combinando com os olhos verdes. Oh, Dio mio.

- Onde está Magno? – ela perguntou, e Domenico deu de ombros.

- No faço ideia, Raffaela.

A mulher revirou os olhos e entrou nos fundos. De repende, outras duas mulheres entraram, igualmente maravilhosas.

- Hey, Benito! – a loira deu um beijo em Benito, e depois piscou para Domenico, que já estava abraçado à mulher ruiva.

- Nossa lição começa amanhã, Sirius. – Domenico piscou. – Buonanotte.

Narrado por: Remus Lupin

Camiseta do dia (ou noite): Eu. Sei. Seu. IP.

Ouvindo: Dance in the Dark – Lady GaGA

- Alô, Phil Fantasias, Remus falando. – atendi pela décima vez naquela noite. Quase ninguém liga para nós depois das sete da noite (e eu sei o porquê: QUEM PRECISA DE FANTASIAS A ESSA HORA?) mas Phil insistiu tanto que fiquei com pena.

- Remus falando. – atendi mais uma vez, e escutei uma voz conhecida do outro lado.

- Remie, tudo bom?

- Emmeline? – suspirei.

- É, tá ocupado?

- Bom, eu to trabalhando, Em. – tentei argumentar, mas só o fato de eu estar online no MSN já diz o contrário.

- Posso desabafar?

- Claro. – me preparei para um dos monólogos mais estranhos do universo.

- Eu recebi outro recado, sabe, do meu admirador secreto. Tipo, ultimamente tem... Cinco meninos que estão dando em cima de mim. Deve ser algum deles!

- Quem são?

- Bom, tem Jonas e Carter, sabe. Amigos do Nate.

- Pode tirar os dois.

- Por quê?

Dei um tapa na minha própria testa. Como posso explicar para Emme que nenhum dos dois saberia escrever um poema? Eles mal conseguem falar uma frase inteira, seria um milagre cataclísmico se pegassem na caneta para escrever algo com mais de duas linhas.

- Rem, você se machucou? – ela perguntou.

- Não! Foi só um... Tapa.

- Em quem?

- Ninguém, vamos continuar. Quem mais:

- Deixa eu ver... Tem o irmão da Hilary, o Stuart.

- Emme, ele não poderia estar te mandando esses poemas.

- Por quê?

Meu Deus, são dez e meia da noite.

- Emme, Stuart Begum está na faculdade. A não ser que ele tenha atingido todo o potencial que os humanos teriam se fosse uma raça mágica e conseguisse se teletransportar, é completamente inviável a ideia de que...

- Eu entendi! – ela me interrompeu, e sorri satisfeito. Palavras difíceis sempre funcionam. – Tem também Edgar Bones e Gideon Prewett!

Ah, agora complicou.

- Edgar Bones, o chefe do clube de teatro?

- Sim, acredita?

Na verdade não, mas não tive coragem de dizer isso a ela.

-Ele escreve poemas.

- Gideon também, até me mandou alguns para que eu lesse.

- E o que achou? – segurei o fone com força, ansioso. Talvez eu descubra agora!

- Ele tem uma letra tão bonita!

Deixei o fone de lado e olhei para a parede, pensando seriamente em bater a cabeça ali até que eu morresse ou perdesse a área do cérebro que controla a memória.

- Remus? – a voz abafada de Emme veio ao meu lado. – Remus? Dormiu?

- Oi, Emmeline.

- Oi! Como vai?

- Emme, estou com umas linhas ocupadas por aqui, você podia me dar uma licença? Depois vou investigar.

- Hum... Tá? Boa noite, Remie!

- Boa noite, Em. Não se preocupe, vamos achar.

- Eu sei que vai, Watson!

- Watson é o amigo, Emme. – suspirei mais pesadamente. – É Holmes.

- Você me entendeu, boa noite! – ela riu do outro lado.

Desliguei o telefone, pensando seriamente em mandar a Emmeline para um hospício. Isso se não me mandarem antes, porque tem tanta cafeína correndo nas minhas veias que vou provavelmente ficar sem dormir por um mês.


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