Everybody Loves The Marauders II escrita por N_blackie


Capítulo 8
Capítulo 8




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Episode VII

"Adeus ao Último"

Narrado por: James Potter

Meta Atual: Pegar o Avião

Ouvindo: O Choro da Minha Mãe

- Me prometa que vai escrever quantos emails conseguir. – minha mãe ajeitou a minha roupa pela enésima vez, e olhei para Roger em busca de ajuda. Ele parecia meio chateado também, mas não estava chorando nem nada. Sirius, por outro lado, estava com a mesma cara que ele fez no velório da mãe dele.

- Pode deixar, mamãe.

Ela sorriu por uns dois segundos, mas não conseguiu sustentar. A abracei com força uma última vez, no que uma aeromoça de pernas longas aparecia.

- Olá, Senhora Diggle. – ela cumprimentou a minha mãe, que fez uma careta (ela detesta o sobrenome de solteira, mas não podia manter o Potter depois do divórcio). – Sou a Srta. Kyle, e vou acompanhar seu filho até New York. – seu sotaque era bem americano, e pelo jeito ela era realmente de NYC.

Lily e Remus, que até ali não tinham dito nada, se aproximaram de mim.

- Boa Viagem. Não se esqueça da gente.

Sorri e o abracei.

- Não vou. Como poderia esquecer?

Lily me enlaçou pelo pescoço

- Vou sentir saudades, Jim. – ela sussurrou no meu ouvido, e apertei a cintura dela com força.

- Eu também. Vou trazer uma peruca da Lady GaGa.

Os olhos verdes dela brilharam.

- Não brinca.

- Vou. Será o meu troféu.

Ela me beijou rapidamente, e decidi me despedir de Sirius. Soube através de Lily (que ficou sabendo através de Dorcas porque Emmeline ouviu de Marlene e contou para ela) que Sirius tinha andado mal quando soube que eu iria viajar por mais tempo do que antes. Fiquei parado na frente dele, e vi que estava realmente deprimido.

- Não se meta em confusão.

- Digo o mesmo pra você. – ele sorriu fracamente, e estendeu a mão. Ignorei e o abracei.

- Sabe que você é meu irmão. – dei um tapa nas costas dele. Sirius fez um barulho meio estranho com a garganta, como se estivesse querendo soluçar.

- Eu sei. Hum, tchau.

Roger me abraçou.

- Qualquer coisa me chama. – ele bagunçou os meus cabelos. – Se Adam ficar enchendo o saco vou providenciar um voo para arrebentar a cara dele.

Soltei uma risada nasal. Minha mãe me abraçou de novo.

- Vamos, James? – a Srta. Kyle me chamou de novo, e a segui até o tubo que ligava a sala com o avião. Olhei para trás uma última vez, e vi Roger abraçar minha mãe e Sirius (os dois estavam chorando) com firmeza. Cara, como é estranho dar adeus aos meus pais para ir visitar o meu... Pai? Biologicamente, talvez, mas até agora ele não superou Roger.

Narrado por: Peter Pettigrew

Primeira Impressão: A Irlanda é Mágica

Ouvindo: Passarinhos Cantando

Passei minha primeira noite na Irlanda num hotel, já que a família de Zoe estava me esperando para o dia seguinte. Logo de manhã, recebi uma mensagem dela, me avisando que o pai dela iria me buscar.

Coloquei minha melhor roupa e arrumei as malas. Desci até o salão de café da manhã (EU AMO CAFÉ DA MANHÃ DE HOTEL!) e enchi o estômago. Quando arrastei minha mala até a entrada, vi que um carro sujo me esperava. Do lado dele, vi dois homens esperando. O mais velho devia ser pai da Zoe. Era cheio de sardas e tinha os cabelos ruivos escuro. O nariz era idêntico ao dela. O outro eu não entendi quem era. Tão alto quando o mais velho, só que os cabelos eram de um ruivo vivo, quase brilhante. Seus olhos eram castanhos, e ele tinha sardas também. Me aproximei com cautela.

- Olá?

- Oi! – o mais velho sorriu animado e apertou minha mãe com força.

- Sou Peter, namorado da Zoe. – arrisquei. O ruivo mais novo parecia irritado, e revirou os olhos. O pai dela, ao contrário, sorriu mais ainda.

- Eu sei, garotão. Sou Malone Burke, pai dela. Esse aqui é Ryan, irmão mais velho dela. – apontou para o mais novo. Ah, não. Ela nunca mencionou um irmão.

- Vamos entrando, wee. – Ryan disse, num sotaque muito esquisito (embora tenha me lembrado Idade Média, o que foi legal. Remus teria desmaiado de excitação).

- Ora, seja educado, Ryan. – censurou Malone. – Wee significa pequeno, Peter. Como todo bom irlandês diria: Céad Míle Failte. Seja milhões de vezes bem vindo. Vamos?

Entrei no carro, sentindo um cheiro forte de terra. Malone foi dirigindo, e vi que eles moravam no interior quando entramos numa estrada de terra. Uma casa muito bonita de madeira estava no centro do terreno, e vi algumas construções antigas (quando disse antigas quis dizer ANTIGAS DE VERDADE) de pedra. Malone saltou do carro e abriu a porta para mim, no que Ryan tirava a minha mala do porta malas. Seguimos por uma trilha estreita até a casa, e Zoe já me esperava na porta, os cabelos castanhos amarrados num coque.

- Pete! – ela chamou, correndo na minha direção. Senti o coração dar um salto quando nos abraçamos, me dando conta do quanto eu havia sentido falta dela.

- Hey, docinho. – falei baixo perto dela, abraçando com força.

- Vamos entrar, mo ghrá. – ela sorriu.

A casa era bem grande por dentro, com símbolos irlandeses em vários cantos. Um cheiro maravilhoso vinha da cozinha, e Zoe me levou até o terceiro andar, onde meu quarto ficava. As paredes eram todas de madeira, e o quarto que tinham arrumado para mim estava, no mínimo, fantástico. Era como entrar num RPG vivo.

- Você dorme aqui. – ela anunciou, me beijando. Sorri bobamente, mas logo tentei disfarçar quando Ryan entrou carregando minhas malas. Meio grosso colocou tudo em cima da cama, e Zoe limpou a garganta.

- Acho que já conheceu meu irmão, Ryan. Espero que tenha dado boas vindas, deartháir.

Ryan resmungou algo em irlandês que não entendi, mas pelo jeito não estava muito feliz por eu estar ali. Quando ele foi embora Zoe riu.

- Está com ciúmes.

- É a mais nova? – perguntei meio receoso.

- Não. Ainda tem meus irmãos menores. São gêmeos.

Arregalei os olhos.

- Família grande, hein.

- Digamos que foi meio difícil de evitar meus irmãos. – ela me lançou um olhar de significado. – Não foi exatamente um planejamento, mas os amamos.

- São dois meninos?

- Não! Kelly e Kennedy. Uma menina e um menino. Vamos descer, quero apresentar minha mãe. O nome dela é Briana.

Descemos as escadas até a cozinha, que era provavelmente a parte mais antiga de todo o lugar. Era espaçosa (também, com seis pessoas em casa...) e ainda carregava um ar medieval (se Remus estivesse aqui estaria mais entusiasmado do que Emmeline quando entra na loja da Victoria Secrets). A mãe de Zoe é mais parecida com ela do que o pai: tem os mesmos cabelos castanhos e olhos verdes. O que eu mais gostei nela foi a expressão. Era quase mística, como se ela pudesse atravessar a sua alma com os olhos e ver o que tem dentro.

- Daor. – ela sorriu quando entrei, despejando o conteúdo de um caldeirão numa travessa. Sorri para ela enquanto Zoe traduzia as expressões.

- Ela disse querido.

- Olá, Sra. Burke. – sentei numa cadeira de madeira que estava por perto, e Zoe segurou minha mão enquanto sentava também.

- Gosta de sopa de repolho com batatas? – ela perguntou gentilmente. Acenei com a cabeça. Que lugar legal.

Um barulho parecido com uma explosão ecoou pela cozinha, e me assustei um pouco.

- Relaxa, são meus irmãos. – Zoe me tranqüilizou, e de repente dois vultos encapuzados apareceram na cozinha, os capuzes baixaram, e vi os gêmeos mais estranhos do mundo. A menina, Kelly, tinha a pele quase transparente, e usava uma capa branca com estelas roxas. Seus olhos eram verdes – claro e os cabelos quase opacos de tão pretos que eram, suas orelhas eram um pouco pontudas. Quando me viu, lançou um olhar etéreo.

- Zoe, buachaill? – ela perguntou. O menino, Kennedy, estava usando uma capa completamente preta, e me assustou. Era tão branco como a irmã, com os mesmos olhos. Mas tinha a mesma expressão de Ryan quando me viu. Parecia bem malvado.

- Eejit. – resmungou, e Zoe revirou os olhos.

- Meu namorado, Kelly. Kennedy, se chamá – lo de idiota de novo, feicfidh tú.

Corei até a raiz dos cabelos. Esse povo irlandês é muito bizarro (novamente: Remus estaria em coma irreversível diante disso). Sinto como se estivesse em Senhor dos Anéis.

- Mostre o jardim a ele, Zoe. – Briana sorriu para nós. Senti Zoe pegando minha mão e levando até o jardim, que tinha uma visão espetacular.

- E aí, o que está achando? – ela perguntou meio receosa. Soltei uma gargalhada e respirei o ar puro.

- A Irlanda é fantástica.

- Né, é mágico. Faz tudo no mundo parecer supérfluo, não?

Refleti por um segundo, lembrando dos emails que havia prometido mandar aos garotos.

- É... Mais ou menos. Aqui tem internet, certo?

- Claro! – ela pareceu meio surpresa com a minha preocupação.

- Ufa, ok. Tirando uma boa conexão em banda larga, todo o resto é supérfluo.

E a abracei, me sentindo literalmente, no paraíso. Lembrete mental: enviar as fotos desse lugar para Remus e postar no youtube a reação dele. Será ÉPICA.


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