Everybody Loves The Marauders II escrita por N_blackie
Episode VI "Pesadelo" Narrado por: Sirius Black Filme do Momento: Sei lá, estou meio deprê demais para pensar em filmes Ouvindo: Nada, também estou meio deprê para escutar qualquer tipo de música. Nem parei na casa de James depois que saímos do aeroporto. Odeio despedidas, ainda mais com a maravilhosa trilha sonora dos soluços de Dona Mere. Cheguei em casa, tentando me distrair com qualquer coisa. Regulus tinha saído sabe – se lá para onde (esse menino anda muito popular) e meu pai ficou com a Dona Mere. Ou seja: Sirius sozinho. O apartamento é tão quieto sem ninguém que eu simplesmente me larguei no sofá e fiquei encarando o teto, sem vontade de fazer nada. Teria ficado ali até apodrecer, não fosse o fato de a campainha ter tocado. Me levantei com moleza e fui até a porta. - Está com uma cara péssima. – Marlene me encarou assustada assim que abri a porta. Estava carregando um balde de sorvete numa mão e duas colheres na outra, mas eu não entendi porque. - Obrigado. - Foi mal, mas honestidade é parte do contrato de amizade. – ela sorriu. – Pacotes para depressão também. Franzi a testa sem entender, e então ela piscou e começou a entrar na minha casa sem mais nem menos. - Tem um filme de sangue? – ela perguntou distraída enquanto pegava umas bolachas do armário. - Tenho Jogos Mortais. - Serve. Pode por, vou ficar aqui. - Lene, o que você quer? - Mulheres quando ficam depressivas comem sorvete e assistem filmes românticos. Como sei que você detesta filmes românticos, trouxe só o sorvete. - Eu sou um cara. - Acredite em mim, quando esse balde acabar você vai me agradecer. Dei de ombros e busquei o DVD na estante. Quando o menu do filme apareceu ela pulou do meu lado, estendendo uma colher. Peguei a primeira colherada enquanto começava. - Se colocar biscoito no meio fica melhor. – ela sugeriu enquanto uns caras cerravam as próprias pernas. Peguei um e piquei em cima da massa, comendo em seguida. - Nossa, que delícia. – sorri, e vi que depois de um pouco de sorvete o mundo realmente parece mais bonito. - Que maníaco. – Marlene apontou para o palhaço, e caímos na risada. – Mas esse pessoal de filme de terror também é muito burro. - Verdade. – admiti, comendo mais um pouco. – Quero dizer, você está numa casa, não tem mais ninguém. De repente, você escuta um barulho macabro vindo do porão. Eu fugiria, não pagava pra ver não. - Nossa, que nojo. Ele vai tomar o ácido? – ela interrompeu, dando uma mordida no biscoito. Dei de ombros. - Tomara que tome, não gostava desse aí mesmo. O filme foi passando, e fui me sentindo cada vez mais feliz. Tanto sorvete talvez me mate, mas sem dúvida é um ótimo remédio. Quando os créditos começaram a passar, nos jogamos para trás, as barrigas tão estufadas de sorvete que mal tínhamos ânimo para falar. - Melhor? – ela perguntou um pouco depois, e virei a cabeça para olhar para ela. - Bem melhor, obrigado. - Disponha. Agora, pode me explicar porque estava assim? - James e Peter vão viajar. Peter foi hoje. - Entendo. Bom, eu não sou gordinha nem viciada nos Beatles, mas acho que dá pra passar bem, né? - Com certeza. Computador? Nos levantamos, deixamos a louça ali mesmo e fomos para o computador. Abri a internet, e Marlene riu. - Batman? Senti meu rosto pegar fogo. Ela nunca estivera no meu quarto antes, e eu tenho quase certeza de que estava me achando um completo idiota por ter um pôster do Bruce Wayne no teto. - É... Sempre gostei. Ela sorriu simplesmente, e depois me deu um beijo na bochecha. - Relaxa, o Batman é ótimo. Melhor do que o homem – aranha... - James adora o homem – aranha. – soltei uma risada pelo nariz, e dei graças a Deus por não escorrer mais. - James tem cinco anos. Digo, na cabeça dele. - É. – abri meu Facebook, e vi que Edgar Bones tinha me deixado uma mensagem: Black, por favor, entregue os pôsteres. A peça do semestre que vem já foi escolhida. Espero que esteja vivo, Edgar. - Cara simpático. – Marlene se surpreendeu, e revirei os olhos. - Espero que esteja vivo foi a pior saudação que já vi na vida. Vou mandar só amanhã, em represália. Marlene riu enquanto balançava a cabeça, mas logo em seguida apontou para a página ao lado. - Acho que a SF escreveu algo novo. - Não vou ler, me causa enjôo. - E se ela estiver difamando você? Arregalei os olhos enquanto buscava o blog dela. Ah, ela não tira férias nunca, já estou sentindo as crises de paranóia voltando. Será esse o novo amor de Sirius Black? Confiram aqui! SF conta TUDO! - Ela está me PERSEGUINDO! – comecei a gritar, mas Marlene clicou no link para saber o que era. – O QUE ESTÁ FAZENDO, VAMOS ENVIAR ISSO PARA A SCOTLAND YARD! - Ela está falando do seu encontro com a Ashley... – ela foi lendo, e comecei a bater a cabeça na mesa, querendo que ela parasse. - Preciso de um passaporte paraguaio. – comecei a mexer em alguns papeis, e ela caiu na gargalhada. – Acha engraçado? Vou ter que me mudar! - Vocês se fantasiaram de FREIRA? – Ela engasgou, e parei meu faniquito. - O que você queria? Era um convento, não tinha disfarce melhor! - Remus concordou? - Mais ou menos... Ele prometeu me arranjar um emprego. - Onde? Naquele bar de travestis do centro? - Muito engraçado, Mckinnon. – revirei os olhos. - Ainda bem que a Madre é cega. - Piadista, você. - "E Sirius Black ataca novamente" – ela leu, pra terminar – Olha só, você tem uma tag só sua no blog. - Marlene, quem precisa de você quando eu tenho sorvete em casa? – fui até a cozinha, decido a afogar todas as mágoas em mais doce. Vou rolando pro Paraguai. Narrado por: Remus Lupin Camiseta do dia: Who says I have to be normal? (Quem disse que preciso ser normal?) Ouvindo: Musica clássica Já que cada um foi pra sua casa, fui até... A casa de Dorcas (AH, PEGUEI VOCÊS!), e encontrei todos eles sentados na sala, ouvindo música clássica. - Pode sentar, querido. – a Sra. Meadowes sugeriu, e sorri meio sem graça enquanto sentava ao lado de Dorcas. Para piorar a situação, meu celular vibrou no bolso, e pude ver os tweets recentes do Sirius: #siriusPWchampion - sfgg, eu odeio você. O que será que ela fez dessa vez? Quero dizer, Sirius tem um ódio mortal dela, mas não iria usar o twitter para xingar sem motivo. Cutuquei Dorcas com o celular e ela me olhou. - Que foi? - Olha. Ela deu uma espiada na tela, e depois franziu a testa. Silenciosamente, saímos da sala e fomos até o quarto dela, onde o laptop estava. - Que será que ela fez dessa vez... Aqui: O Novo Amor de Sirius Black. Dorcas começou a passar os olhos pelo texto, e me espichei por trás dela para tentar ler. Conforme ia terminando, ela começou a sorrir, depois a rir e no fim estava gargalhando. Cruzei os braços e sentei. - Sabe, não sei qual a graça... - Remus, vocês foram até um convento fantasiados de freiras? - Foi ideia do Sirius! – me defendi rapidamente. Não vou deixar os planos loucos dele colocarem a minha reputação em risco! - Ninguém pegou vocês? - A irmã que recebeu a gente parecia meio estranha, mas a Madre Superiora era cega. Os olhos dela arregalaram. - Céus, vocês são mais doentes do que eu imaginava. - Obrigado. – respondi sarcástico. Ela sorriu. - Desculpe. Mas olha, ele tem uma tag só dele no blog... - Deve ser por isso que surtou. - É. Ficamos em silêncio um minuto, um olhando para o outro. Dorcas parecia estar me analisando, e percebi que invadir um convento travestido de freira teve mais repercussões do que eu podia imaginar. Limpando a garganta do jeito mais másculo que consegui, tratei logo de desmentir: - Mas eu sou macho. Dorcas começou a rir. - Você é muito engraçado, Rem. Vem cá. – e estendeu os braços para mim. Bom, pelo menos minha moral não está tão baixa assim. Me aproximei dela e sentei ao seu lado no pufe. Para acabar com esse rumor (posso chamar de rumor algo que realmente aconteceu, deveria ser segredo, mas que alguém descobriu e colocou na internet?) de uma vez, enlacei a cintura dela com firmeza (Roger disse que garotas amam firmeza). - E sou seu. – sussurrei perto dela, e pude sentir que os pelos da nuca de Dorcas arrepiaram. Ahá, ela ama quando dou uma de sedutor (cof, cof). - Eu espero. – ela riu baixinho. – Iria ficar com ciúmes se tivesse que dividir você com alguém. Dei um selinho nela, mas ela soltou um muxoxo baixo, me pedindo mais. Rindo, comecei a beijá – La, decidido a esquecer sf, blog, tag do Sirius, e todo o resto.
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