Everybody Loves The Marauders II escrita por N_blackie


Capítulo 7
Capítulo 7




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Episode VI

"Pesadelo"

Narrado por: Sirius Black

Filme do Momento: Sei lá, estou meio deprê demais para pensar em filmes

Ouvindo: Nada, também estou meio deprê para escutar qualquer tipo de música.

Nem parei na casa de James depois que saímos do aeroporto. Odeio despedidas, ainda mais com a maravilhosa trilha sonora dos soluços de Dona Mere.

Cheguei em casa, tentando me distrair com qualquer coisa. Regulus tinha saído sabe – se lá para onde (esse menino anda muito popular) e meu pai ficou com a Dona Mere. Ou seja: Sirius sozinho.

O apartamento é tão quieto sem ninguém que eu simplesmente me larguei no sofá e fiquei encarando o teto, sem vontade de fazer nada. Teria ficado ali até apodrecer, não fosse o fato de a campainha ter tocado. Me levantei com moleza e fui até a porta.

- Está com uma cara péssima. – Marlene me encarou assustada assim que abri a porta. Estava carregando um balde de sorvete numa mão e duas colheres na outra, mas eu não entendi porque.

- Obrigado.

- Foi mal, mas honestidade é parte do contrato de amizade. – ela sorriu. – Pacotes para depressão também.

Franzi a testa sem entender, e então ela piscou e começou a entrar na minha casa sem mais nem menos.

- Tem um filme de sangue? – ela perguntou distraída enquanto pegava umas bolachas do armário.

- Tenho Jogos Mortais.

- Serve. Pode por, vou ficar aqui.

- Lene, o que você quer?

- Mulheres quando ficam depressivas comem sorvete e assistem filmes românticos. Como sei que você detesta filmes românticos, trouxe só o sorvete.

- Eu sou um cara.

- Acredite em mim, quando esse balde acabar você vai me agradecer.

Dei de ombros e busquei o DVD na estante. Quando o menu do filme apareceu ela pulou do meu lado, estendendo uma colher. Peguei a primeira colherada enquanto começava.

- Se colocar biscoito no meio fica melhor. – ela sugeriu enquanto uns caras cerravam as próprias pernas. Peguei um e piquei em cima da massa, comendo em seguida.

- Nossa, que delícia. – sorri, e vi que depois de um pouco de sorvete o mundo realmente parece mais bonito.

- Que maníaco. – Marlene apontou para o palhaço, e caímos na risada. – Mas esse pessoal de filme de terror também é muito burro.

- Verdade. – admiti, comendo mais um pouco. – Quero dizer, você está numa casa, não tem mais ninguém. De repente, você escuta um barulho macabro vindo do porão. Eu fugiria, não pagava pra ver não.

- Nossa, que nojo. Ele vai tomar o ácido? – ela interrompeu, dando uma mordida no biscoito. Dei de ombros.

- Tomara que tome, não gostava desse aí mesmo.

O filme foi passando, e fui me sentindo cada vez mais feliz. Tanto sorvete talvez me mate, mas sem dúvida é um ótimo remédio. Quando os créditos começaram a passar, nos jogamos para trás, as barrigas tão estufadas de sorvete que mal tínhamos ânimo para falar.

- Melhor? – ela perguntou um pouco depois, e virei a cabeça para olhar para ela.

- Bem melhor, obrigado.

- Disponha. Agora, pode me explicar porque estava assim?

- James e Peter vão viajar. Peter foi hoje.

- Entendo. Bom, eu não sou gordinha nem viciada nos Beatles, mas acho que dá pra passar bem, né?

- Com certeza. Computador?

Nos levantamos, deixamos a louça ali mesmo e fomos para o computador. Abri a internet, e Marlene riu.

- Batman?

Senti meu rosto pegar fogo. Ela nunca estivera no meu quarto antes, e eu tenho quase certeza de que estava me achando um completo idiota por ter um pôster do Bruce Wayne no teto.

- É... Sempre gostei.

Ela sorriu simplesmente, e depois me deu um beijo na bochecha.

- Relaxa, o Batman é ótimo. Melhor do que o homem – aranha...

- James adora o homem – aranha. – soltei uma risada pelo nariz, e dei graças a Deus por não escorrer mais.

- James tem cinco anos. Digo, na cabeça dele.

- É. – abri meu Facebook, e vi que Edgar Bones tinha me deixado uma mensagem:

Black, por favor, entregue os pôsteres. A peça do semestre que vem já foi escolhida. Espero que esteja vivo, Edgar.

- Cara simpático. – Marlene se surpreendeu, e revirei os olhos.

- Espero que esteja vivo foi a pior saudação que já vi na vida. Vou mandar só amanhã, em represália.

Marlene riu enquanto balançava a cabeça, mas logo em seguida apontou para a página ao lado.

- Acho que a SF escreveu algo novo.

- Não vou ler, me causa enjôo.

- E se ela estiver difamando você?

Arregalei os olhos enquanto buscava o blog dela. Ah, ela não tira férias nunca, já estou sentindo as crises de paranóia voltando.

Será esse o novo amor de Sirius Black? Confiram aqui! SF conta TUDO!

- Ela está me PERSEGUINDO! – comecei a gritar, mas Marlene clicou no link para saber o que era. – O QUE ESTÁ FAZENDO, VAMOS ENVIAR ISSO PARA A SCOTLAND YARD!

- Ela está falando do seu encontro com a Ashley... – ela foi lendo, e comecei a bater a cabeça na mesa, querendo que ela parasse.

- Preciso de um passaporte paraguaio. – comecei a mexer em alguns papeis, e ela caiu na gargalhada. – Acha engraçado? Vou ter que me mudar!

- Vocês se fantasiaram de FREIRA? – Ela engasgou, e parei meu faniquito.

- O que você queria? Era um convento, não tinha disfarce melhor!

- Remus concordou?

- Mais ou menos... Ele prometeu me arranjar um emprego.

- Onde? Naquele bar de travestis do centro?

- Muito engraçado, Mckinnon. – revirei os olhos.

- Ainda bem que a Madre é cega.

- Piadista, você.

- "E Sirius Black ataca novamente" – ela leu, pra terminar – Olha só, você tem uma tag só sua no blog.

- Marlene, quem precisa de você quando eu tenho sorvete em casa? – fui até a cozinha, decido a afogar todas as mágoas em mais doce. Vou rolando pro Paraguai.

Narrado por: Remus Lupin

Camiseta do dia: Who says I have to be normal? (Quem disse que preciso ser normal?)

Ouvindo: Musica clássica

Já que cada um foi pra sua casa, fui até... A casa de Dorcas (AH, PEGUEI VOCÊS!), e encontrei todos eles sentados na sala, ouvindo música clássica.

- Pode sentar, querido. – a Sra. Meadowes sugeriu, e sorri meio sem graça enquanto sentava ao lado de Dorcas. Para piorar a situação, meu celular vibrou no bolso, e pude ver os tweets recentes do Sirius:

#siriusPWchampion - sfgg, eu odeio você.

O que será que ela fez dessa vez? Quero dizer, Sirius tem um ódio mortal dela, mas não iria usar o twitter para xingar sem motivo. Cutuquei Dorcas com o celular e ela me olhou.

- Que foi?

- Olha.

Ela deu uma espiada na tela, e depois franziu a testa. Silenciosamente, saímos da sala e fomos até o quarto dela, onde o laptop estava.

- Que será que ela fez dessa vez... Aqui: O Novo Amor de Sirius Black.

Dorcas começou a passar os olhos pelo texto, e me espichei por trás dela para tentar ler. Conforme ia terminando, ela começou a sorrir, depois a rir e no fim estava gargalhando. Cruzei os braços e sentei.

- Sabe, não sei qual a graça...

- Remus, vocês foram até um convento fantasiados de freiras?

- Foi ideia do Sirius! – me defendi rapidamente. Não vou deixar os planos loucos dele colocarem a minha reputação em risco!

- Ninguém pegou vocês?

- A irmã que recebeu a gente parecia meio estranha, mas a Madre Superiora era cega.

Os olhos dela arregalaram.

- Céus, vocês são mais doentes do que eu imaginava.

- Obrigado. – respondi sarcástico. Ela sorriu.

- Desculpe. Mas olha, ele tem uma tag só dele no blog...

- Deve ser por isso que surtou.

- É.

Ficamos em silêncio um minuto, um olhando para o outro. Dorcas parecia estar me analisando, e percebi que invadir um convento travestido de freira teve mais repercussões do que eu podia imaginar. Limpando a garganta do jeito mais másculo que consegui, tratei logo de desmentir:

- Mas eu sou macho.

Dorcas começou a rir.

- Você é muito engraçado, Rem. Vem cá. – e estendeu os braços para mim. Bom, pelo menos minha moral não está tão baixa assim. Me aproximei dela e sentei ao seu lado no pufe. Para acabar com esse rumor (posso chamar de rumor algo que realmente aconteceu, deveria ser segredo, mas que alguém descobriu e colocou na internet?) de uma vez, enlacei a cintura dela com firmeza (Roger disse que garotas amam firmeza).

- E sou seu. – sussurrei perto dela, e pude sentir que os pelos da nuca de Dorcas arrepiaram. Ahá, ela ama quando dou uma de sedutor (cof, cof).

- Eu espero. – ela riu baixinho. – Iria ficar com ciúmes se tivesse que dividir você com alguém.

Dei um selinho nela, mas ela soltou um muxoxo baixo, me pedindo mais. Rindo, comecei a beijá – La, decidido a esquecer sf, blog, tag do Sirius, e todo o resto.


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