Everybody Loves The Marauders II escrita por N_blackie


Capítulo 4
Capítulo 4




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Episode III

"House of the Dead 4"

Narrado por: James Potter

Meta Atual: Não arrebentar a cara do Nate

Ouvindo: Risos

Quando Lily me convidou para um lanche de férias na casa do Carter, imaginei algo relaxado, sabe, com futebol e sanduíches. Porém, quando vi que Nate e Mintch estavam lá, esperando, senti como se alguém tivesse me feito engolir a bola.

- Hey, o nosso homem! – Lee apareceu e me deu uns tapas nas costas. Sorri desajeitado enquanto Lily distribuía beijos para lá e para cá. Encostados no carro de Carter, Nate e Mintch me encaravam com raiva.

- Cadê a minha irmã? – Mintch perguntou agressivamente, e tomei um gole de coca antes de dizer:

- Com Sirius, jogando House of the Dead 4. – tentei parecer displicente, mas por dentro estava morto de medo. Força do hábito.

Nate fez uma careta de desagrado, e me aproximei de Lily.

- Não liga pra ele. – Emme olhou chateada para o ex - namorado. – Ele está com ciúmes.

- Se ele atacar o Sirius, vou pra cima dele. – olhei de lado para os dois, que agora se empanturravam de sanduíche. – Sirius merece a Marlene.

- Será? – Hilary ergueu uma das sobrancelhas. – Não é o que a sf. diz.

- E você vai acreditar numa garota que nem sequer diz o seu nome e tem um blog cor – de – rosa na internet? – Lily perguntou, e agradeci mentalmente pelo apoio.

Hilary deu de ombros, incerta.

- Tudo que ela falou bate com os fatos. Ele realmente já ficou com várias meninas, mesmo gostando dela. Inclusive eu.

- Isso é irrelevante. – argumentei, tentando salvar a moral dele. – Todos os caras aqui já ficaram com várias meninas, e mesmo assim vocês não criticam.

- É verdade. Hil, deixe Sirius em paz. Ou vão achar que está com dor de cotovelo.

- Eu? – Hilary jogou o rabo de cavalo que usava para trás. – Eu não! Quero dizer, ele foi realmente um dos melhores beijos que já tive... Mas só quero o melhor para a Leninha.

- Ótimo, então. – Lily sorriu satisfeita. – Espero que eles estejam se divertindo.

- Hey, Potter! – Jonas chamou, tirando a camisa. – Que tal uma partida?

- Em... Claro! Acenei vagamente e me aproximei.

O time daquela temporada era bem simples (também, o que se esperava: uma matriz de jogadores?) e estava quase todo reunido ali. Fizemos umas pequenas mudanças para servir dois times com os dez jogadores. Claro que fiquei no time oposto ao de Nate, e ele me olhou com aquela cara quando nos posicionamos. Emmeline ia apitar o jogo (não me pergunte quem teve a brilhante ideia de colocar EMMELINE para apitar o jogo).

- E começou! – ela sorriu e apitou, dando início ao nosso jogo.

Chutei a bola para Lee, que desviou para Jonas. Do outro lado, Mintch e Nate corriam na minha direção, mesmo estando sem a bola.

A bola rolou para outro canto, e peguei bem a tempo, arrancando na direção do gol de Adam. Ele me encarou assustado (fazer o que, sou o dono dos campos...) e chutei certeiro no canto esquerdo. Lee, Jonas, Allan e eu corremos em torno do campo, rindo. Martin, nosso goleiro, já tinha até sentado. Sabia que não ia ter trabalho.

Recomeçamos, e senti Nate tentar de tudo para acabar comigo naquele jogo. Ele tentou pisar no meu pé duas vezes, fez Lee tropeçar enquanto tentava me passar uma rasteira, e ficou me encarando o tempo todo.

Quando finalmente acabamos, eu e meu time fizemos uma volta olímpica pelo mini – gramado da cada de Carter e um brinde. Lily veio na minha direção e sorriu, arrepiando meus cabelos.

- Bom jogo. Ainda bem que não se descontrolou. – ela sussurrou perto do meu ouvido, e sorri.

- Eu sou o mestre do autocontrole.

Rindo, ela revirou os olhos e me deu um selinho. Chegamos perto da tábua de sanduíches e eu peguei dois. Entreguei um para ela, e comecei a me afastar quando uma mão maciça tocou o meu ombro.

- Que tal bater um papo, Potter? – Nata rosnou baixo perto do meu ouvido, e eu tentei manter as costas firmes enquanto andava com ele e Mintch na direção do carro, onde Twister esperava.

- O que você quer? – perguntei estreitando os olhos para eles.

- Olha aqui, Potter. – Nate pegou a gola da minha camisa e se aproximou de mim. – Estou por aqui com você e seus amigos.

- Interessante a reciprocidade. – rosnei de volta, sabendo que ele não ia entender o significado da palavra "reciprocidade" mesmo. Como eu esperava, Mintch veio para perto de mim também, emparelhando com Nate.

- Não vem com essas palavras difíceis. Sabe, vocês são como uma doença. Até a minha irmã começou a falar essas besteiras. Parece que comeu um dicionário.

- Melhor parecer que comeu um dicionário do que parecer que comeu bosta, Mckinnon. – cuspi de volta, ficando irritado.

- Está com a língua solta, esse Potter. – Twister estalou os dedos de forma ameaçadora perto de mim. Perdendo a paciência, fui abrindo os dedos de Nate que prendiam a minha camisa.

- Se quiserem brigar, briguem entre si. Bando de imbecis. – e deixei os três falando sozinhos. Estava tão irritado que nem percebi que estava andando na direção de outra pessoa, em quem bati de frente logo em seguida.

- Ai! – escutei um guincho meigo. Arregalei os olhos quando percebi que não conhecia a garota.

- Desculpe!

A menina sorriu simpática para mim. Ela tinha os cabelos curtos, num tipo de Chanel, e eles eram de um louro um pouco mais amarelado do que o de Emmeline. Seus olhos eram castanhos, e ela estava usando um vestido rosa – claro, unhas brancas brilhantes e um laço cor de rosa na cabeça. Parecia uma daquelas bonecas de colecionadores, que ficam a vida inteira numa caixa até que uma prima pequena rouba e nunca mais você vê. Não tinha um fio de cabelo fora do lugar.

- Sem problema. James, certo? – ela falou numa voz infantil. Balancei a cabeça meio atordoado.

- Você erm... Viu as meninas?

- Estão por ali. Viu meu namorado?

- Seu namorado... – falei vagamente, e ela arregalou os olhos.

- Oh, desculpe! Namoro o Nico.

Nico...

- Nico?

- É... O grego.

Ah! Bem que Sirius disse que Twister era grego... Ou qualquer coisa assim.

- Twister?

- Hum... É.

- Está ali. – apontei para o carro, e ela sorriu.

- Obrigada. Sou Summer.

Sorri simpático e estendi a mão, apertando a dela.

- Prazer.

Ela foi saltitando para trás, e quando cheguei até as meninas, Fergie soltou uma risadinha.

- Ela é bem engraçada, né?

- Essa Summer... Namora Twister há quanto tempo? – perguntei curioso, e Lily riu.

- Uns dois meses. Ela é esquisita, se querem saber o que penso. Muito mimada.

- Ouvi falar que os pais dela fazem tu-do o que ela quer. – Emmeline fofocou. Revirei os olhos.

- Ela é amiga de vocês? Porque se for, Deus me livre.

- Ai, Jim. – Lily riu. – Não é fofoca. É comentário.

- Ah, sim. Vou dar um gato para vocês. Ele tem sete vidas pra vocês cuidarem.

Elas me encararam irritadas.

- Idiota. – Hilary bagunçou meu cabelo. Sorri.

- Verdade. Adoro vocês, viu. Família okay, amigos legais... Não tenho ficha na polícia também.

- O que eles queriam com você? – Fergie interrompeu subitamente, vendo que Mintch e Nate estavam cochichando.

- Acho que o plano era me bater, mas cortei a conversa e sai dali. – dei de ombros. – Na verdade, Nate é apaixonado por mim e não quer admitir. Aí fica me batendo pra ver se eu gosto.

- Fiquei com ciúmes. – Lily riu. – Nate tem mais músculos que eu.

- Pois é, fiquei num dilema. – acompanhei a brincadeira. – Os músculos dele versus o seu rosto. Cara, é uma decisão que exige muito.

- E quem você vai escolher. – Emme suspirou, de certo esperando uma tirada romântica da minha parte. Sorri para Lily e decidi mostrar meu lado Don Juan.

- Claro que escolho a mais bela flor do jardim. – pisquei, e Lily deu um beijo na minha bochecha. – Perto de você, Nate é um mato inconveniente.

Narrado por: Peter Pettigrew.

Primeira Impressão: Angelina é doida.

Ouvindo: O burburinho do shopping

- Ah, você é acostumado com cerveja? – ela me perguntou, segurando uma prancheta cheia de anotações. Pedi ajuda para ela no quesito "pais da Zoe" e ela veio cheia de frescuras, perguntando qual era a minha cor preferida, se eu conhecia cultura celta e se, por um acaso, eu era familiar com bebidas.

- Serve cerveja amanteigada? – sorri sem jeito. Angelina bateu na própria testa.

- Não... Desculpe. Bom, vamos começar uma pesquisa geral. Conhece Oscar Wilde?

- Claro! Dorian Grey. – sorri por finalmente entender de alguma coisa que ela me dizia.

- Ótimo, e Bram Stoker?

- Dracula? Uhum, bem melhor que vampiros brilhantes. – sorri. Angelina revirou os olhos.

- Não fale assim do Edward.

- Seguindo em frente... – mudei de assunto, embora minhas convicções sejam claras. Vampiros não brilham. Lobisomens não precisam ser sarados.

- Ótimo. Sabe sapatear?

- Claro que não! – arregalei os olhos. – Eu preciso saber sapatear pra quê?

- O pai dela ama sapatear. – ela sorriu. – Ele é meio... Antiquado.

- Remus sabe sapatear... – comentei, lembrando da vergonha que passei quando ele se fantasiou de elfo e foi para a escola pintado de verde no dia de St. Patrick.

- Bom, se você já conhece literatura... Peça a Remus umas lições de sapateado irlandês. Halloween.

- Eu gosto! – sorri subitamente.

- Bom mesmo. – ela sorriu de volta, marcando em verde os Feriados. – Músicas irlandesas?

- Gravadas no meu mp3.

- Ótimo! É só ler os livros que te indiquei.

- Uhum.

- Vamos comer alguma coisa?

Começamos a andar para a praça de alimentação, e encontrei Phil na metade do caminho.

- E aí, como vai Remus?

- Muito bem! Claro, ontem eu perdi algumas ligações por causa dele, mas essas não contam.

- Como assim?

- É... Seu amigo não está bem preparado para receber as ligações... – ele olhou para os lados, como se temesse que alguém estivesse espionando. – Para maiores de dezoito anos.

Eu e Angelina nos olhamos envergonhados. Phil riu de nossa expressão e recomeçou a andar. Ainda assustado, andei até o meio das mesas e sentei para refletir.

- O que quer comer? Têm lanches naturais, Starbucks, coma – e – tenha – um – ataque – cardíaco – aos – trinta – anos...

- Hum?

- Burger King. – sorri. Angelina me deu um tapa no braço, e pulei.

- Tenho culpa?

- Não! Mas... Eu gosto de BK.

- Ótimo, mas não venha correr para mim quando estiver com as veias cheias de lipídios.

Ela revirou os olhos.

- Vamos de Starbucks, então?

- Não. Estou de luto ainda. – sussurrei, olhando os muffins na vitrine com saudade. Angelina curvou os cantos da boca para cima, e esfregou as minhas costas com carinho.

- Minha prima virou a sua cabeça, hein.

- Culpa sua, que me apresentou. – ri para ela. – Vou aprender sapateado para ficar com a sua prima.

- Essa vai ser ótima. Posso filmar e colocar no Youtube?

Dessa vez foi a minha vez de encarar Angelina com raiva.

- Vou monitorar a sua conta.

Narrado por: Remus Lupin

Camiseta do Dia: I've Injured Myself Yawning. (Me machuquei bocejando)

Ouvindo: Underdog – Turin Brakes.

- Fantasias Do Phil, Remus falando. – atendi a décima ligação daquele dia, sentindo que ia começar a atender o celular daquele jeito.

- Oi.

Silêncio. Acho que vou colocar uma gravação para tocar quando as pessoas ligarem para a loja. Por favor, lembre – se: VOCÊ É QUEM FAZ A DROGA DO PEDIDO! FALE.

- Fantasias do Phil, Remus falando. – repeti, ficando irritado. A pessoa do outro lado dele ter se tocado, porque começou:

- E aí, soube que vocês alugam fantasias para várias pessoas.

- Sim... – resmunguei. Isso é uma loja de fantasias, seu imbecil.

- Ok. Quero alugar a fantasia dos Power Rangers e a Galáxia Perdida.

Abri o sistema suspirando. Cada um que me aparece.

- Sim, todos eles?

- Aham.

- OK. Tem cadastro?

- Cadastro?

- É. Cadastro.

Ah, se eu pudesse bater em cada idiota que liga.

- Não... Eu acho que não. Posso colocar no nome da minha mãe?

- Quantos anos o senhor tem?

- 32.

- Desculpe, senhor, se é maior de idade precisa de cadastro próprio.

- Ahn... Ok. Dudley Kyle.

- Endereço?

O cara foi perguntar para a mãe qual era o endereço, e quase desisti de atender. Olhei para uma das costureiras que ficavam no fundo. O nome dela é Giulia, e era especialmente legal. Italiana, meio gordinha. Ela meio que me "adotou" como seu preferido dentro da loja.

- Eu mereço? – perguntei para ela com raiva. Giulia se limitou a sorrir.

Piccolo mio, prefere lavar as roupas? Precisa ver cada coisa que a velha Giulia acha.

Soltei uma risada nasal, e ela deu de ombros. O cara voltou, e me disse o endereço.

- Ok, cinco fantasias de Power Rangers. O Senhor virá buscar?

- Aham.

Desliguei e suspirei. Phil chegou com umas rosquinhas, que distribuiu para todo mundo.

- Pausa para lanche, pessoal. Estão ótimos! Remus, mais algum louco?

- Só um cara de 30 anos que mora com a mãe e um velho de queria uma fantasia de super homem. – dei de ombros e todos deram risada.

- É, esse pessoal ama fantasias. – Phil coçou o queixo. – Giulia, não tem comida hoje?

- Não, Philip... – ela se lamentou. – Mas deixei um nhoque no forno para vocês amanhã.

Sorri enquanto devorava a rosquinha como se a minha vida dependesse disso, e ela me deu um abraço de lado.

- E você, Piccolo? Quando vai me apresentar o seu amore?

Senti um ardor subir pelas bochechas.

- Algum dia chamarei Dorcas aqui.

Ela sorriu maternalmente para mim, e continuei comendo tranquilamente, antes de voltar ao meu posto ao lado do telefone.

- Fantasias do Phil, Remus falando.

- Hey, Rem!

- Sirius? O que você quer?

- Nossa, isso é jeito de tratar um cliente?

Revirei os olhos.

- O que o senhor quer?

- Ah, assim está melhor. – ele riu do outro lado – Brincadeira. Cara, preciso de um favor imenso teu.

- Você não ia comprar?

- Claro, mas ao mesmo tempo é um favor. Preciso de quatro fantasias. Uma pra mim, outra pro Jim, outra pro Pete e uma pra você.

- Pra mim? Fantasia do que?

- Freiras.

- O QUE? – gritei um pouco alto de mais, e Phil me olhou preocupado. – Desculpa, Phil. É Sirius querendo umas fantasias de freira.

Ele ergueu as sobrancelhas e começou a rir. Baixei a voz e continuei:

- Como assim?

- Só me arranja as fantasias! – ele insistiu do outro lado. – Tá difícil?

- Eu entendi, mas o que diabos...

Ele desligou na minha cara. Ótimo.

- Phil, tem fantasia de freira?

- Claro, mas vai vestir mesmo?

Olhei o telefone pensativo.

- Por via das dúvidas, melhor pegar.

- Claro, vou separar.

- O meu piccolo vai querer um sutiã para fazer os peitos? – Giulia ofereceu do fundo, e eu quis urgentemente enfiar a cabeça em algum lugar. E ficar ali.

- Não... Não, Giulia, obrigado. – limpei a garganta e encarei o telefone, querendo desesperadamente que ele tocasse.

- Remus, fantasias do Phil, o que você quer? – atendi rapidamente assim que escutei o barulho.

- Eu gostaria de uma fantasia francesa.

- Hum... Qual época?

- Sei lá... Preciso de uma peruca grande, sabe.

Bufei. Que ousadia, chamar os adereços do séc. XVIII de "perucas grandes".

- Século dezoito.

- Que seja. Me arranja um desses.

- Tem cadastro?

- Stuart Begum.

Eu sabia, só podia ser o irmão da Hilary.

- Oi, Stu. É o Remus, bobalhão. Como está a faculdade?

- REEEMUS! FALA AÍ, MOLEQUE! Hey, galera! Lembra daquele moleque metido a professor de história que me ajudou a passar? Tá trabalhando na loja de fantasia! FALA OI PRO PESSOAL, REMUS!

- Er... Oi, pessoal?

Escutei um coro muito alto em resposta. Afastando o fone dos ouvidos, tentei parecer o mais simpático possível.

- Que bom que conseguiu passar.

- Soube que andou saindo com o pessoal da minha irmã! Aê, resolveu o seu problema de popularidade?

- Mais ou menos. Fico feliz que tenha conseguido entrar no ensino superior.

- Ah, o bom e velho. Ok, então, já sabe onde entregar, né?

- Sei...

- Ótimo! TCHAU, LOBÃO!

Sorri amarelo para lugar nenhum, e desliguei. Stuart Begum, que figura. Ano passado ele veio correndo saber se eu podia ajudar em história (detalhe: ele estava no último ano, e eu estava quase entrando no ensino médio). Ajudei, ele passou, e ficou me devendo um favor. Parecia um fantasma do meu passado, antes mesmo de Hilary começar a ficar amigável. Uma peruca, então.

Narrado por: Sirius Black

Filme do Momento: O Massacre da Serra Elétrica

Ouvindo: Abertura de House of the Dead 4

- Bem – Vinda. – abri os braços assim que entramos. – Ao Dave & Buster's.

Marlene olhou em volta, rindo um pouco do meu apego naquele lugar tão cheio de gente estranha. Ela era possivelmente a única fêmea atraente que já tinha posto os pés ali de propósito, e senti que todos os olhares pousavam nela enquanto andávamos na direção do balcão vermelho com a placa de "caixa".

- Hey, coloque duzentas libras nesse cartão aqui. – estendi o dinheiro para o cara cheio de espinhas que estava atendendo. Ele fitou Marlene por quase dois minutos enquanto tentava passar o meu cartão.

- Aqui, hum... Sirius. – ele leu no verso na nota. – Qualquer coisa, só chamar pelo Barry.

Revirei os olhos e fomos na direção da máquina. Marlene olhou em volta entusiasmada.

- Puxa, que lugar legal. Eles são tão simpáticos e bem educados, não?

- Lene, Lene, Lene... tsk, tsk. – Balancei a cabeça. – Eles só são assim com você.

Ela ficou vermelha, e aproveitei para mais uma tentativa.

- Mas também, você só dá motivos para tanto. – sorri charmosamente, e ela corou mais ainda.

- Pode parar de tentar tirar minha concentração. Vamos jogar.

Passei o cartão tentando disfarçar o meu sorriso murcho, e logo em seguida entreguei a pistola nas mãos dela.

- Aqui, o que tem que fazer é bem simples. Aponte para o zumbi que vier na tua direção e atira.

- Beleza.

- E cuidado com os bonecos, essa diversão em 3D é terrível, você pode acabar na minha frente, tapando meu campo de visão.

- Ah... Ok.

- Então vamos começar.

O jogo iniciou, recebemos nossa missão, e os zumbis vieram. Devo admitir que é muito menos barulhento matar zumbis com ela do que com o meu pai, que leva o jogo um pouco a sério demais. Da última vez que a gente veio, só dava pra escutar: "PÁPÁPÁPÁPÁ, TOMA, SEU ZUMBI DESGRAÇADO!" ou frases de filmes como "HASTA LA VISTA, BABY!".

Enquanto os mortos – vivos vinham pra cima dela, me dei ao luxo de espiar a expressão que ela tinha quando jogava. Estava séria, e bem concentrada e apontar a arma para o lugar certo. Seus olhos estavam estreitos, e as unhas vermelhas estavam bem perto do gatilho, que ela apertava com precisão. Quando a coisa ficava feia, eu podia ver os dentes dela pressionando os lábios pintados de rosa, e aquela sensação ardente aparecia de novo, algo que eu nunca senti antes. Queria beijar aqueles lábios.

- Sirius... – ela chamou, pausando o jogo. – Porque está me espionando?

- Por que... – falei pego desprevenido. Olhei em torno, tentando achar uma desculpa plausível, até que percebi uma coisa terrível. Ela estava na minha frente. Não ali, ao vivo. Mas na tela. Marlene entrou com o boneco dela na minha frente. Eu não conseguia enxergar nada.

- SAI DA MINHA FRENTE, MARLENE!

- NÃO TÔ NA SUA FRENTE, SIRIUS! – Ela se assustou e começou a tirar a boneca da minha frente, em vão.

- TÁ SIM, OS ZUMBIS ESTÃO ACABANDO COMIGO, SAAAAI!

Ela tirou o personagem da minha frente, e voltei a me concentrar nos zumbis. Eles vinham aos montes, e teve uma hora que não pude mais controlar a situação. Morri.

O sangue banhou a tela aos montes, e suspirei.

- É, foi bom enquanto durou.

Marlene pegou a bolsa e sorriu para mim.

- Eu gostei.

Sorri de volta, e fomos para uma mesa comer pizza. O garçom piscou para Marlene enquanto servia os pratos, e cruzei os braços.

- Que cara amarrada, Sirius. – Marlene riu, comendo um pedaço. – Vamos, pizza...

Ela pegou o pedaço e trouxe até mim, empurrando a massa com queijo nos meus lábios. Não pude evitar rir. Mordi um pedaço, e ela apertou as minhas bochechas.

- Pronto, comeu.

Sorri para ela, e pulei de cadeira. Marlene riu surpresa quando me viu ao lado dela, boca aberta. Ela me deu mais um pedaço e beijei a bochecha dela. Para minha surpresa, ela não ficou brava. Baixou a pizza para o prato e antes que eu pudesse beijar sua bochecha outra vez apertou o meu queixo, virando meu rosto na direção do dela. Extasiado, toquei seus lábios com os meus, segurando a cintura dela com firmeza. Senti seus dedos irem parar na minha nuca, e comecei a aprofundar o beijo. Subitamente, ela se afastou.

- Vamos... Vamos voltar a comer. – ela voltou o rosto para o pedaço de pizza dela, ficando muito vermelha. Confuso, me afastei. Quem entende essas mulheres.



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