Everybody Loves The Marauders II escrita por N_blackie


Capítulo 2
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/107721/chapter/2

Episode I

"Reunião Inicial"

Narrado por: James Potter

Meta Atual: Aproveitar o máximo antes do casamento do meu pai.

Ouvindo: A Marcha Imperial (Tema das nossas reuniões Jedi, dã)

- Temos exatamente quinze dias antes de o meu pai casar. - Eu disse, encarando os meus três melhores amigos de todas as galáxias conhecidas.

- Isso nós já sabemos. - Sirius baixou o capuz jedi que estava usando, e eu abanei a mão.

-A reunião ainda não acabou! Coloque o capuz, como pode me deixar ver sua face, jedi!

Sirius resmungou e colocou o capuz de novo. Eu sei, é meio incômodo ficar com os capuzes na cara, mas eu não fiz o meu pai gastar quase dez dólares a veste para ficarmos sem os capuzes.

- Então, como eu ia dizendo, essa semana... – puxei a minha agenda do Homem de Ferro e coloquei na semana que estávamos. – Nós agendamos três compromissos.

- Hum... Jim? – Peter resmungou ao meu lado (como eu sei que é Peter se estamos de capuz, você pergunta? AHÁ, ele falou de boca cheia.)

- Sim?

- Erm, tem um probleminha...

Murchei. Sempre tem um problema.

- O que aconteceu dessa vez?

- Sirius já disse que marcou com a Marlene. Eles vão ao Dave & Buster's para jogar House of the Dead 4.

- Vai ensinar Marlene a matar zumbis? – perguntei incrédulo a ele, mas não vi qual foi a reação, porque o maldito do capuz estava na minha cara.

- Queridos? – chamou minha mãe, e espiei por debaixo do pano.

- Que?

- Fiz um lanchinho, vem comer!

- Calma, mãe, estamos só acabando... – comecei, mas um barulho chamou a minha atenção. Quando abaixei o capuz, vi que Sirius, Remus e Peter tinham sumido, e deixado a porta aberta.

Cansado de tentar levar a sério a reunião desci também. A minha sala, desde que minha mãe e Roger estavam juntos, tinha mudado drasticamente. A televisão estava mais para frente, um som enorme estava do lado, e os meus videogames estavam espalhados por todo lado. O Guitar Hero do Pete (A edição dos Beatles!) estava montado num canto, e uns oito controles para Nintendo Wii estavam espalhados em todo lugar da sala. Quando desci, Roger e Regulus estavam lutando boxe.

- Vai, me pega, pirralho! – Roger saltava de um lado para o outro, gingando como se estivesse mesmo lutando com alguém. Regulus só se defendia, e tive ganas de balançar a cabeça dele, pra ver se acordava.

- Não consigo, você só fica na ofensiva! – ele reclamou, arriscando um soco e levando uma pancada do Roger. O boneco escrito "Reg" caiu no chão e levou knock out.

- YEAH! SEGURA ESSA! – Roger saltou no ar e começou a fazer uma dancinha bem esquisita com o quadril. Alguém manda ele parar...

- Hey, Jim... – escutei Sirius chamando, e andei na direção dele. Dei graças a Deus por alguém, além de mim, estar ligando se o pai está parecendo John Travolta nos Embalos de Sábado a Noite. – Oh, pelos Deuses. Bom, tirando essa visão repugnante... Você não ligou se eu vou sair com a Lene, certo?

- Na verdade não, fica tranqüilo. – eu ri, dando um tapinha nas costas dele. – House of the Dead 4?

Sirius sorriu divertido.

- Claro. Se for minha melhor amiga, como ela disse que é, tem que matar uns zumbis. Pelo menos.

- Achei que esse fosse o seu programa de família... – apontei para Roger, que tinha parado de dançar (aleluia) e agora estava jogando ping pong com Regulus, perdendo miseravelmente.

- E é, mas nesse dia meu pai precisa comprar umas roupas pro Regulus. Lembra, ele vai sair com a Jane?

Ah é. Tinha esquecido esse detalhe mínimo. Cocei a cabeça confusamente, e Sirius deu um tapa na própria cara.

- Não acredito que você esqueceu! Ele falou disso todos os dias desde o aniversário dele, no sábado passado! Ai, só finja que lembrou.

- Eu não tenho culpa! São meus irmãos a menos de um ano!

Entramos na cozinha juntos, e Peter estava comentando sobre a viagem dele à Irlanda.

- Vou tentar mandar emails para todos aqui, com várias fotos e comentários legais. E o mais legal: como é pelo computador, não vão chegar meladas de chocolate ou melado!

Peguei um dos biscoitos e dei uma mordida, acompanhando todos na risada. Estive tentando parecer o mais feliz possível, senão minha mãe pode ficar deprimida. A perspectiva de me perder por uma semana durante as férias está acabando com ela, mesmo com a ajuda de Roger e os garotos, que vivem tentando consolá – la.

- E você, Remus? Quando começa a trabalhar?

- Segunda. – ele respondeu animado – Vai ser demais, vou poder ganhar dinheiro e ainda por cima vender fantasias.

- Tem desconto do funcionário? – perguntei interessado. Imagina a felicidade de poder comprar fantasias com super descontos!

- Acho que sim... Não perguntei.

- COMO VOCÊ NÃO PERGUNTOU? – Sirius se exaltou, derrubando o biscoito dele no chão. Eu até gostaria de dizer que o pobre biscoito pode ser salvo, mas Snuffles estava em casa. Perdeu, amigo.

- Snuffles, biscoito não é comida de cachorro! – Remus começou a correr atrás do Snuffles por toda a cozinha.

- Calma, cara! É só um biscoito! – Sirius tentou acalmar Remus, mas não a tempo de impedir que ele se jogasse no chão, bem em cima do cachorro.

Eu e Peter nos olhamos enquanto o bolo antropo-canino se formava no chão. Era Snuffles embaixo, latindo feito louco enquanto segurava o biscoito na boca, Remus em cima dele, tentando dar uma chave de braço (ele nem sabe como dar uma chave de braço, quanto mais num cachorro!) e Sirius em cima do Remus, tentando salvar o pobre do cachorro.

- CONSEGUI! – Remus tentou se desvencilhar de Sirius com o biscoito todo babado na mão.

- Parabéns, o seu prêmio foi um biscoito com DNA de cachorro. – Peter bateu palmas para ele sarcasticamente. – Sabe qual a composição desse biscoito? Snuffles não ia morrer.

Minha mãe balançou a cabeça enquanto tirava a sopa que ela estava preparando do fogo. Acho que ela já se conformou conosco, nem liga mais para esse tipo de coisa. Eu acho.

Jogamos o biscoito no lixo e resolvi ligar para Lily.

- Alô, Lil?

- Alô... – escutei uma voz chorosa do outro lado. Fiquei sério, e tentei ter o máximo de cuidado com as palavras.

- Oi, que houve?

- Oh, James! – ela falou do outro lado, e tentei perceber onde ela estava. Parecia que havia várias pessoas atrás, algumas chorando também. Meu estômago pesou, e imaginei o que acontecera de errado. – Ele morreu!

Quem? O avô dela, o pai, o tio...

- Q – quem? – sussurrei em tom fúnebre (pelo menos eu acho que é, porque a voz fica abafada e tranqüila...)

- O JACK, JAMES! AAAAAAH. – ela gritou do outro lado.

- Quem é Jack? – perguntei completamente confuso. No fundo pude ouvir a voz de Emmeline.

- NÃO FIQUE ASSIM, ROSE, AINDA VAI ACHAR O SEU PRÍNCIPE, QUERIDA!

Ah, não.

- LILY, VOCÊ TÁ ASSISTINDO TITANIC? – perguntei um pouco alto demais, e todos os olhares da cozinha de viraram para mim.

- CLARO, QUE OUTRO JACK EXISTE NO MUNDO? – ela chorou de volta. – AH, ELE ACABOU DE MORRER AFOGADO, JAMES! QUE INSENSÍVEL!

Me controlei para não jogar o celular pela janela. Eu estava entrando em pânico, tudo por causa do Leonardo DiCaprio.

- Quem está aí? – perguntei no meu tom mais letal.

- A Emme, a Hil, a Fergie, a Marlene, a Dorcas e a Alice... – ela soluçou.

- Alice?

- É, entrou semestre passado.

- E tá todo mundo chorando?

- Não, seu grosso.

EU SOU GROSSO? EU MEREÇO ISSO, ZEUS?

- Mas o...

- Eu estou, a Emme está, a Hil está, a Fergie está e...

- Vou perguntar de novo, Lil... Quem não está chorando?

- A Lene e a Dorcas. Mas é porque a Dorcas está jogando videogame, e Marlene passou a noite acordada conversando no MSN com o Sirius, então está com muito sono para se emocionar.

Lancei um olhar para Sirius, que fez sinal com a cabeça, perguntando o que aconteceu.

- Ah, claro... Bom... Que...

- BOM? Jack MORREU, James. Ah, você não entende.

E desligou na minha cara. Tudo por causa de Titanic.

Narrado por: Sirius Black

Filme do Momento: Algum com cachorros e caras lutando por biscoitos.

Ouvindo: Os risos histéricos do meu pai

- ELA TAVA CHORANDO MESMO? – meu pai socava a mesa de rir, e até eu tive vontade de lançar um olhar meio sarcástico. James desligou o telefone e desatou a falar de Lily, que pelo jeito estava chorando por causa de Titanic. Cara, com tantos filmes bons do James Cameron (AVATAR, ALÔ? Caras azuis gigantescos são bem melhores que o navio afundando e músicas melodramáticas sobre amor à distância...) e elas assistem TITANIC.

Meu pai, que deu risada quando viu Titanic (ele não tem coração.) levou um tapa no braço da Dona Mere quando começou a rir das meninas.

- Coisa feia, Roger! Não pode rir da tristeza dos outros!

Eu e ele nos entreolhamos, e ele ergueu a sobrancelha. Mulheres são assim, como uma equação. Amor Proibido + morte de um dos dois + música que cola na cabeça = (choro)³

- E quem estava lá? – Pete perguntou, acariciando a cabeça do Snuffles.

- Pelo que eu entendi, porque só ouvi uns choros, a Marlene, a Dorcas, Emme, Hilary e Fergie. Ah, e uma tal Alice, aluna nova.

- Nossa, virou o clube das mulheres? – Remus arregalou os olhos. – Parece uma reunião, tipo o parlamento. Será que tem a câmara dos comuns e dos lordes?

A cozinha ficou silenciosa enquanto ele divagava sobre isso. Desde que as férias começaram, Remus está cada dia mais dentro das suas três obsessões: Dorcas, história e descobrir quem manda cartas e poemas para Emmeline (sim, de alguma forma ele arranjou o email dela, mandando mensagens por um treco do tipo lovinbird).

- É... Tipo isso, sim. Não sei se foi seguro apresentar essas garotas, viu. Elas podem armar esquemas táticos, e quem sabe o que vai acontecer quando estivermos separados! – James pensou alto, encarando a cozinha com paranóia.

- Não devíamos deixar a estrela da morte sozinha... – Peter disse, e acho que ele tem razão, considerando que a estrela da morte é a minha casa, onde os videogames e outros pertences de valor de James e Peter vão ficar enquanto os dois estiverem viajando (eba, guitar hero livre! Não que eu queira os dois longe, mas na falta deles serve o videogame, certo?) .

- Mas ela não ficará... Muito pelo contrário. – Remus olhou malicioso para meu pai. – Não vou sossegar enquanto não encontrar uma boa fantasia de Batman pra você, Roger.

Meu pai revirou os olhos.

- Achei que tivessem esquecido esse esquema.

- Temos a memória melhor que qualquer outra criatura da galáxia, meu caro. – Apontei para ele astutamente, como se estivesse com as capas e botas do mais nobre dos Lordes Sith. – Pode ludibriar um wookie qualquer, mas isso aqui. – Apontei para minha cabeça. – Não será tão facilmente enganada.

- Vocês não têm garotas para visitar? – Dona Mere falou subitamente para nós três. Remus tirou o celular do bolso e discou, rindo levemente:

- Vou ligar para a minha, isso se ela não estiver afogada nas lágrimas da Lily, claro.

Meu pai limpou a garganta e deu uma desculpa qualquer de levar Regulus para o cinema (acho que ele não quis rir mais e irritar a Dona Mere).

- Alô, Dorcas? Ahn... Não te escuto! – Remus falou para o telefone, afastando o ouvido do fone.

- Que foi? – James perguntou, e eu me preparei para escutar algum absurdo.

- Não consigo escutar o que a Dorcas fala com essa música da Celine Dion no fundo... – Remus prensou o fone na boca e gritou – DORCAS, VAI EM OUTRO LUGAR!

- O que ela disse? – Peter pegou a mochila amarela de submarino dele enquanto dava um biscoito para Snuffles (aproveitou a distração do Remus, claro, esse louco).

- Near, far, wherever you are. – Remus cantou, sarcástico. Não resisti e comecei a rir, parando logo em seguida quando vi que a Dona Mere me encarava (acho que tem alguém aqui que já viu Titanic várias vezes antes de arranjar um namorado...) antes que ela pegasse um rolo de macarrão e arrebentasse o meu crânio, porque não duvido que ela fosse capaz disso, peguei meu celular e decidi procurar a "minha" garota.

- Oi? – perguntei na hora que ela atendeu. A música do Titanic podia ser escutada ainda, mas ela teve o bom senso de se afastar da televisão.

- Hey, como está?

- Vivo. E você?

- Com sono. Você dormiu quanto essa noite?

- Não dormi, meu pai me deu um energético. Estou acordado.

- Ele tem mais um? – ela bocejou, e eu sorri. – Esse negócio de RPG por MSN é viciante...

- Não é? Então, House of the Dead 4 está de pé? – perguntei animado, feliz por conseguir ensinar minha melhor amiga a matar uns zumbis.

- Uhum. Guerra de Paintball também, certo?

- Certo. – Sorri novamente. É impressionante, não consigo falar com ela sem sorrir feito um idiota.

- Estou indo para casa, mas se quiser podemos passear no parque um pouco...

- Claro. – falei sem pensar. – Para fugir um pouco de todo esse monóxido de carbono...

- É, Sirius. Isso aí. – ela riu do outro lado, e sorri para lugar nenhum. – Passa para me buscar? Estou na casa da Lily.

Disse que buscaria, e então peguei as chaves da moto e me despedi. Já peguei o jeito da direção (como disse o Peter, algum dia eu tinha que pegar) e agora sou quase independente do meu pai. Conheço a casa da Lily de longe (quero dizer, os pais dela têm uma plantação gigante no quintal, ou melhor, têm um quintal pequeno na plantação deles. Quem não ia ver?).

Parei na calçada deles e desci, apertando a campainha. Uma mulher um pouco mais baixa que eu, loura e magrela, atendeu. Era a Dona Rose.

- Oi, Dona Rose, a Marlene está aí? – sorri simpático, e logo senti ela me puxar para dentro da casa.

- Pode entrar, amorzinho.

Eu tenho a leve impressão de que a Senhora Evans gosta um pouco demais de mim. Medo profundo e irreversível.

- Marlene, querida! Aquele gatinho moreno está aqui!

Senti as bochechas arderem de leve, imaginando se ela me visse no começo do ano (quando eu ainda usava inalador e tinha cuecas do Batman... Hem, quero dizer, hoje em dia eu não uso inalador. As cuecas do Batman são muito confortáveis...) diria uma coisa dessas.

Marlene apareceu saída da sala. Estava roxa de vergonha, e usava uma calça jeans, sapatilhas azuis e uma blusa da mesma cor. Só não estava mais bonita porque estava com o cabelo preso numa trança no ombro (odeio cabelos presos, me dão vontade de puxar). Dispensando a Dona Rose, saiu às pressas da casa, sorrindo sem jeito.

- Ignore a mãe da Lily. Vamos logo, antes que as meninas resolvam aparecer para dar oi.

- E qual o problema delas darem oi? – perguntei confuso, mas ela começou a me empurrar para a moto.

- Meu Deus, Sirius. Você só muda por fora, né? Estão horríveis, Emmeline chorou tanto que está tendo que refazer a maquiagem. E olha, eu garanto, ela usa tanta maquiagem que para ter desmanchado chorou litros.

- Ela é feia, na verdade? – perguntei, subindo na moto e esperando ela montar atrás de mim. Coloquei o capacete (meu pai tem um amigo, o Will, que customizou para mim. Agora meu capacete imita o Darth Vader, acredita?) e ela me deu um tapa. – Ai, porque me bateu?

- Sirius, não se deve perguntar uma coisa dessas!

- Por quê? Você mesma disse que ela usava muita maquiagem...

Mas ela já estava de capacete, me ignorando. De qualquer forma, esqueci completamente o que estava acontecendo quando as mãos dela enlaçaram o meu tronco, prensando o meu peito.

Ela só voltou a falar comigo quando estávamos quase chegando:

- Pode parar por ali... Preciso falar com você.

Senti algo pesar no meu estômago, sem saber se iria gostar ou não do que ela tinha pra me falar. Quando tiramos o capacete analisei a expressão dela, e vi que estava sorrindo conformada, como a Dona Mere geralmente faz quando falamos algo muito estúpido.

- Vamos naquela árvore...

Acompanhei Marlene até um velho salgueiro que tinha por perto, e devia ser uma das maiores árvores daquele lugar. Sentamos e a encarei, calculando a probabilidade de ela me bater ou me beijar.

- Sirius, desde que nós... Em... Terminamos. Tenho percebido que está meio sozinho...

Fiquei mais confuso ainda. Quero dizer, nunca tivemos nada de grande para "terminar", embora eu a tenha beijado uma vez ou duas... E não ando sozinho, não! Já fiquei com a Hil, com a June e com a Prudence! Eu só não contei para ela. Limitei-me a balançar a cabeça (meu pai disse que quando as mulheres começam a falar sobre coisas psicológicas se deve balançar a cabeça em concordância, não importa o que elas estejam dizendo).

- Então... Você sabe que é meu melhor amigo, certo? Conto tudo para você, e você conta tudo para mim.

É... Quase tudo. Mas isso ainda é amizade, claro. Segundo Remus, existe uma margem de erro nas porcentagens do que se deve ou não contar a uma amizade do sexo oposto.

- Uhum... – falei meio incerto. Ela sorriu satisfeita.

- E você sabe que eu comecei a fazer trabalho voluntário naquele asilo...

Balancei a cabeça, sem entender onde raios ela queria chegar. Me arranjou uma namorada da terceira idade, é? Meu pai sempre disse que panela velha que faz comida boa, mas exagerar assim não quero não...

- Lene... – comecei – Pode chegar ao ponto? Está parecendo uma cadeia carbônica fechada...

Ela revirou os olhos.

- Tem umas meninas lá também, que vêm do orfanato St. Joseph & Mary para ajudar, sabe. Esses dias eu conheci uma menina bem bonita... O nome dela é Ashley.

Ashley... Hum, agora ficou interessante.

- Quantos anos ela tem? – perguntei (por via das dúvidas... Já pensou se eu fico entusiasmado e essa Ashley na verdade tem 80 anos e um andador?).

- Dezesseis, Sirius, que pergunta estúpida. Então, só que tem um problema...

- Ela tem namorado, irmão, irmã machona... Que foi?

- Bom, irmã ela tem, mas é uma menininha de nove anos, a não ser que você seja mais frouxo do que eu penso, não vai te acontecer nada por isso. É que ela mora no orfanato, né... E é controlado por freiras.

- Que tem? Chamo ela pra sair.

- Pois é, mas é que as meninas só podem sair de quinze em quinze dias. Então ela só pode sair, hum, daqui a umas duas semanas. E elas não usam telefone muito frequentemente...

- Então como vou a chamar pra sair?

- Ah, sei lá. Você não disse que era bom? Ela queria muito ver você, mostrei a foto no meu celular.

- Tem uma foto minha no celular? – ergui a sobrancelha, e ela corou.

- Aquela nossa da festa do Reg. Que estamos jogando videogame.

Sorri. A foto do aniversário do Reg é boa. Estamos os dois sentados no sofá, jogando Mario. Ela está linda, de vestido azul, e eu estou do lado, rindo demais (ela é MUITO ruim do Mario, por todos os deuses. Remus ia aparecer na foto também, mas ficou tão puto com ela que quase teve uma síncope, e caiu do chão). Olhei sério para ela, e peguei sua mão.

- Sabe que gosto de você.

- Somos amigos. – Ela me respondeu com firmeza, e meu balão chamado ego baixou.

- Ok. – continuei sorrindo (segundo meu pai, é esse o truque).

- Vai gostar dela. Embora tenha sido criada por freiras, não é tão séria.

- Se é sua amiga, eu tenho certeza de que vou amar.

- Sirius, pare de me cantar.

- Tá, desculpa.

Sentamos um do lado do outro, e fiquei olhando para frente, com medo de olhar de novo. Discretamente, tentei uma última vez, e aproximei minha mão da dela, e olhei de relance para sua reação. Ela percebeu a tentativa, mas ao invés de me socar, começou a rir.

- Sirius, não.

- Tem certeza? – sorri, e ela deu um tapa no braço.

- Tenho, seu cachorro. Vamos fazer alguma coisa legal?

- Tipo assistir Lost e rir da cara dos náufragos? – ergui a sobrancelha em sarcasmo, lembrando de como ela não levava a sério o desastre.

- Ou assistir Titanic e rir da cara da Rose? – ela retrucou, e fiquei quieto. – Brincadeira.

Comecei a rir.

- Podemos ir naquele Pet Shop e pedir um emprego, que nem a gente fez na papelaria.

- Qual? Aquela em que a mulher ameaçou chamar a polícia?

- É...

Começamos a rir um do outro, e ela concordou.

- Vamos. – nos levantamos, e ela apontou o dedo para mim. – Mas se eu acabar na delegacia, vou dizer que tentou me agarrar. – ela terminou, e acreditem ou não, me deu um selinho e saiu correndo em direção à moto.

- HEY! – corri atrás dela, com a ótima perspectiva de, além de tudo, invadir um convento.

Narrado por: Peter Pettigrew

Primeira Impressão: Vou passar um ótimo tempo na Irlanda!

Ouvindo: You're Gonna Lose That Girl – The Beatles

Zoe – Falta pouco! Diz: Oooi, fofinho!

Pete – Let's save hometree! diz: Oi! Como vai?

Zoe – Falta pouco! Diz: Bem, como estão as coisas?

Pete – Let's save hometree! diz: Remus arranjou um emprego, ficou sabendo?

Zoe – Falta pouco! Diz: Ele contou, hahaha. Quero só ver, vendendo fantasias. É mesmo o ramo dele, essa história, hein.

Pete – Let's save hometree! diz: Remus é louco. Como está o tempo na Irlanda?

Zoe – Falta pouco! Diz: Do mesmo jeito que está na Inglaterra, Petty. Hahahaha, conhecimentos geográfios bons, os seus.

Pete – Let's save hometree! diz: ORA ESSA! Saiba, dona Zoe, que eu sou ótimo em geografia. Digo, sou bom em tudo. Geografia é só um dos meus talentos.

Zoe – Falta pouco! Diz: Muito bom, acabar com a sua paciência. Anda comendo muitos bolinhos?

Pete – Let's save hometree! diz: Não, não tem graça comer bolinhos sem você, a cobertura de todos eles.

Zoe – Falta pouco! Diz: Awn, quero te abraçar! Falta muito para você vir?

Pete – Let's save hometree! diz: Uns quinze dias. Fiz minha viagem pra aí coincidir com a viagem que Jim vai fazer.

Zoe – Falta pouco! Diz: NYC, né?

Pete – Let's save hometree! diz: É, e ele está arrasado. Nem comente com ele, se puder. Fica irritado e triste.

Zoe – Falta pouco! Diz: Não se dá muito bem com o pai, esse seu amigo. Minha vó disse que, uma vez, ela teve dois vizinhos, pai e filho, que viviam brigando. Ela disse que os dois se davam tão mal que a mulher, a mãe, teve de dar um tiro no pé de cada um para ficarem quietos.

Pete – Let's save hometree! diz: O.O …

Zoe – Falta pouco! Diz: Mas é claro, não é o caso.

Pete – Let's save hometree! diz: Espero que não. Bom, pelo menos a Dona Mere não tem arma, e não acho que a americana tenha.

Zoe – Falta pouco! Diz: Vamos torcer por isso. Já sabe como é a noiva?

Pete – Let's save hometree! diz: Não, e nem James sabe. A única coisa que ele disse é que deve ser uma daquelas loiras e altas, com o cabelo brilhante e que amam gastar.

Zoe – Falta pouco! Diz: Gentil, ele.

Pete – Let's save hometree! diz: Bastante, mas não sei se posso julgar. O Sr. Potter não disse nada pra ele. Nada mesmo.

Zoe – Falta pouco! Diz: Isso é barra pesada. Hey, você viu o artigo que a tal sf escreveu sobre Regulus?

Pete – Let's save hometree! diz: Ah, não.

Zoe – Falta pouco! Diz: Veja lá. Está até interessante. Quero dizer, é fofoca, mas não está tão ácido quanto poderia ser.

Pete – Let's save hometree! diz: Sirius vai matar alguém. Já volto.

Pete – Let's save hometree! Está OCUPADO.

Mudei de janela o mais rápido que pude, desejando com todo o coração que Sirius não estivesse online nesse momento. Só Deus sabe o que poderia acontecer se ele visse esse artigo sozinho. Seria capaz de jogar uma cadeira pela janela, acertar um careca e ir preso.

Digitei rapidamente o endereço (eu já decorei o endereço, e Remus têm o blog da sf no Google feeds.) o template rosa choque apareceu.

Seguindo os Passinhos

Pelo jeito não é apenas Sirius Black e seus amigos que terminaram o primeiro semestre com força total! Parece que, seguindo o exemplo do irmãozão Sirius (que já esteve com Marlene Mckinnon, Hilary Begum, Prudence Followill, June Sciarretto, Mai Lee... Ufa, tanta gente!). Regulus Black arranjou alguém também!

O nosso teen, de meros quatorze aninhos, se arranjou com Jane Scriarretto, gêmea idêntica da ex – namorada/ficante/qualquer coisa do Sirius. É o amor de irmãos, hein! Os dois, pelo jeito, se conheceram na própria Stovington, enquanto Reggy esperava o irmãozão para irem embora. A menina tomou a iniciativa, e os dois estão de encontro marcado!

Para aqueles que não conhecem Reg, não se sintam excluídos! O nosso querido Black estuda numa escola particular, é pelo jeito é tão inteligente quanto o nosso amado Sirius. Se quiserem uma descrição, aqui vai: é dez centímetros mais baixo que Sirius (1,70), mais branco que ele, e meio magricela. O grande foco das garotas devem ser os olhos do nosso queridinho, que são cinza e MA-RA-VI-LHO-SOS. Vale a pena conferir, viu?

Xoxo, nos vemos no próximo flash!

SF.

Nossa, a lista de Sirius está tão cheia assim? James não tinha mencionado sobre esse affair dele com June... ECA! Estou fofocando! É, acho que não tem nada demais no artigo, de qualquer forma. Regulus não fez nada de mais (e duvido que algum dia fará, aquele menino é mais lento do que dois jabutis andando para trás). É difícil para ela encontrar alguma coisa para se queixar dele.

Pete – Let's save hometree! Está Online

Zoe – Falta pouco! Diz: E aí?

Pete – Let's save hometree! diz: Sem muitos fatos comprometedores.

Zoe – Falta pouco! Diz: Viu, eu disse.

Pete – Let's save hometree! diz: É, mas alguém vai ter que avisar a Sirius.

Zoe – Falta pouco! Diz: Tem que ser você?

Pete – Let's save hometree! diz: Bom, Remus a essa altura deve estar em algum lugar com Dorcas, Lily brigou com James porque ele não chorou no Titanic, e Sirius saiu com Marlene, então tenho uma janela de tempo antes dele abrir o computador e descobrir que a SF falou do irmão dele na internet.

Zoe – Falta pouco! Diz: É verdade! Os dois se acertaram?

Pete – Let's save hometree! diz:Claro que não. São bons amigos, mas gostaria que se juntassem, sabe. Pelo menos ia tirar a má fama que Sirius está ganhando nessa história.

Zoe – Falta pouco! Diz: O pai dele não diz nada?

Pete – Let's save hometree! diz: ROGER? HAHAHAHAHAHAHAHA

Zoe – Falta pouco! Diz: ?

Pete – Let's save hometree! diz: Ele era pior, pode crer. Precisa ouvir a história do caso que ele teve com uma mulher que fazia parte de uma seita de bruxaria. Disse que foi sair com ela e acabou numa casa decorada pro Halloween, tendo de se esquivar de umas cinco garotas que queriam seu sangue e... Hem, você sabe.

Zoe – Falta pouco! Diz: OMG.

Pete – Let's save hometree! diz: Pois é. Perto dele, Sirius até que se meteu em coisas legais.

Zoe – Falta pouco! Diz: Diga para ele que, se quiser, conheço umas meninas bem estranhas aqui da escola, que com certeza têm alguma seita.

Pete – Let's save hometree! diz: Hahaha, acho que ele vai passar.

Zoe – Falta pouco! Diz: Não custa tentar. Elas bem que têm cara de precisar de um garoto, mesmo que seja o Sirius.

Pete – Let's save hometree! diz: Desespero louco. Vou mandar Remus avisar Sirius do artigo, não vou arriscar ouvir os gritos de raiva que ele solta cada vez que falam da SF.

Zoe – Falta pouco! Diz: Nossa, ele ficou tão paranoico assim?

Pete – Let's save hometree! diz: Ficou. Não pode ouvir o nome (ou no caso a sigla) que rosna.

Zoe – Falta pouco! Diz: Isso é loucura.

Pete – Let's save hometree! diz: Não, minha querida. Isso é o Sirius.

Narrado por: Remus Lupin

Camiseta do Dia: Dr. House recomends: VICODIN! The solution to all kinds of problems.

Ouvindo: Alguma das músicas de Moulin Rouge.

EU PRECISO SAIR DAQUI! SOCORRO, QUEM ESTIVER LENDO, ME AJUDE!

Assim que saí da casa dos Potter passei na Lily para pegar Dorcas e irmos jogar videogame. Fui abduzido para dentro da sala dos Evans e agora Hilary, Fergie, Alice, Lily e Dorcas estão encostadas em mim, suspirando por causa de um filme – musical. EU MEREÇO?

Minha mente ingênua. Burro, burro, burro. Mulheres são como polvos: chamam você com os tentáculos, e se você for idiota o suficiente para se aproximar, elas te cegam com tinta preta e quando você vê, não consegue soltar as ventosas delas de cima de você.

- Não é lindo, Remmie? – Hilary suspirou no meu braço, e eu revirei os olhos.

- Posso tomar água? – tentei dar uma desculpa para poder sair correndo dali, mas o braço de Fergie se enroscou no meu, e ela pediu para Lily buscar água para mim. Assim que ela pausou o filme e abriu a porta, tive vontade de gritar por socorro, mas quem iria me escutar? São todas psicopatas, espreitando para prender o primeiro desafortunado que entrasse na toca delas.

- Aqui está, com canudo... – Lily entregou o copo a Alice, que estendeu para mim. Arregalei os olhos para Lily, pedindo:

- Lily, por favor... Eu imploro, me deixe sair daqui...

- Vocês me fizeram assistir a trilogia de Senhor dos Anéis no domingo. – ela estreitou os olhos para mim de um jeito louco e maníaco. – Embora tivesse o Orlando Bloom, - ela continuou (observação: à menção do nome "Orlando Bloom" vários suspiros me deixaram temporariamente surdo) – Eu tive de passar quase cinco horas vendo elfos atirando uns nos outros. Você vai pagar essa pena.

- Eu imploro, Senhora dos Evans... – olhei suplicante para ela, no que Emmeline me forçava a beber água. – Eu quero... O Meu... PSP.

- Não. Vamos, meninas.

Olhei para os lados, procurando por alguma coisa que pudesse servir como arma. Travesseiros, pipoca, caixas de sorvete vazias (meninas depressivas), embalagens de chocolates, vários DVD's, cobertas... OH, MEU DEUS, ME MANDE UM SINAL!

- É ótima essa parte. – Alice deixou o copo na mesa. – Acabou a sede?

Fiquei quieto. Que meu silêncio seja a maior tortura dessas insanas. Cara, eu preferia ter aquela namorada das trevas do Roger.

- Até tu, Dorcas? – perguntei me virando para ela, mas não me ouviu. Estava tão entretida naquele maldito filme que não parecia ter ninguém mais ali, quanto mais o namorado dela, atado firmemente às suas amigas.

- Relaxa, querido... Não vai demorar muito. – Fergie sorriu simpática, e eu olhei para ela com raiva.

- Claro que sim, Ferdinanda.

Ela ficou ofendida! Acredita? E eu, fico ofendido por estar PRESO dentro da sala de estar da casa da Lily, sem comunicação exterior (Hilary tirou meu celular na hora que eu entrei). Logo, uma ideia brilhante me iluminou.

- Preciso urinar. – declarei em voz alta, sabendo do poder repulsivo que a palavra "urinar" tem sobre garotas. Emmeline, Hilary e Fergie me soltaram imediatamente.

- Ai, que coisa nojenta de falar, Remus!

Sorri vitorioso, e peguei meu celular rapidamente.

- Agora fiquem paradas; tenho um celular com bateria de lítio e não tenho medo de usá – La.

- Bateria de quê?

- Lítio. – sussurrei de modo letal, apontando o celular como se fosse uma arma. – Sabem que sou muito inteligente. Posso fazer uma bomba atômica com isso aqui.

Claro que na é verdade. Nunca conseguiria fazer uma bomba atômica de nada sozinho, mas como sei que nenhuma delas faz ideia de como se fabrica uma bomba atômica...

Os olhos azuis de Emmeline se arregalaram, e ela ergueu as mãos para o alto.

- Ok, Remmie. Pode ir... Nós... Nós deixamos você ir. Né, meninas?

Meio relutantes, as outras acenaram com a cabeça, e deixei a sala. O problema é que estava precisando mesmo ir ao banheiro, então dei uma passada no banheiro antes. Só quando acabei me dei conta de que estava sem os sapatos. Oh, droga.

Fui na ponta dos pés na direção da sala, e percebi que elas não estavam mais assistindo filme. Aliás, o silêncio dominava o ar, e não consegui detectar nenhuma forma de expressão enquanto abria a porta.

- Alô?

Nada. Abri mais a porta, e percebi uma aglomeração de pés num canto do sofá. Entrei de vez, e deixei meu celular cair no chão.

- Emme, não fica assim...

Sentada num canto do sofá e cercada pelas amigas estava Emmeline, chorando em silêncio. Alice, quando me viu, lançou um olhar assassino.

- O que você está fazendo aqui? Magoou o coração da Emme, seu bruto.

Arregalei os olhos.

- Vocês me prenderam numa sala, me obrigaram a assistir filme de mulher, não me deixaram sair para tomar água! Isso foi seqüestro!

Lily ergueu uma das sobrancelhas.

- Me poupe.

- Não sou bruto!

- É sim! – Emmeline chorou mais alto, e viu que eu olhava para meus tênis, arrumados num canto. – Veio buscar os sapatos? TOMA AQUI.

E pegou os sapatos para jogar na minha cara. Estava mirando bem lá no meu... Quanto Dorcas interrompeu (aleluia):

- Gente, diplomacia... Remus, admita que não é possível fazer uma bomba atômica com uma bateria de celular.

- Hum... Não é. – suspirei resignado.

- Sabia. Emme, abaixe esse sapato. Você se arrependerá depois.

Revoltada, ela baixou a arma branca dela e me encarou, chateada.

- Tá.

Mas ela continuava chorosa, me encarando como se precisasse de um abraço. Esse truque funciona comigo, infelizmente. Dando um sorrisinho, peguei um DVD próximo, que estava escrito "Cidade dos Anjos".

- Cidade dos Anjos... – eu li, ainda sorrindo. Emmeline me olhou criticamente.

- É, é muito legal.

- Vocês vão assistir?

- Vamos.

- Posso?

Elas me encararam surpresas.

- Pode...

- Ok, então. – sentei no meio delas. – Mas só dessa vez, e não quero pintar as unhas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Everybody Loves The Marauders II" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.