Everybody Loves The Marauders II escrita por N_blackie


Capítulo 14
Capítulo 14




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Episódio Especial

"O Casamento"

Narrado por: James Potter

Meta Atual: Impedir que a gravata me estrangule

Ouvindo: Tensão Pré – Casamental

Assim que a mãe de Chris acabou a sua tentativa de homicídio (porque, sim senhores, essa gravata É tentativa de homicídio) eu afrouxei a gravata um pouco e desci as escadas da casa deles, para dar de cara com meu pai, mais nervoso do que precisaria para um segundo casamento.

Para uma explicação breve, meus pais nunca casaram na igreja católica, só anglicana. Logo, lá está meu pai, com um cosplay de pinguim, esperando a mãe de ele chegar para entrar com ele na igreja. Claro que foi preciso uma dose de persuasão. Vovó Potter é meio severa com relação às religiões. Mas chega de explicações.

- Estou bem? – ele ajeitou os óculos, e em resposta levou um tapa nas costas de Carl.

- Está ótimo, homem. Recomponha-se.

Meu pai deu um sorriso nervoso e deixou que ele fosse embora da sala antes de me perguntar de novo:

- Estou bem?

- Claro. Relaxa, pai. Até parece que é a primeira vez que se casa.

- Eu sei. – ele bufou e passou a mão pelos cabelos, arrepiando os fios que já não param no lugar. Por um segundo senti um arrombo de afeição por ele, um lembrete mental de que, embora toda essa situação chata exista, ele ainda é meu pai. Cheguei perto dele e segurei seus ombros, forçando – o a ficar de frente para mim.

- Pai. – falei sério. - Vai dar tudo certo, relaxa.

- Me perdoa. – ele falou de repente, e senti meus joelhos fraquejarem quando percebi que ele estava para chorar ali na minha frente. – Me perdoa, Jimmy.

- Pai, não tem nada o que... – senti minhas bochechas esquentarem demais. Eu já estava quase esquecendo.

- Tem sim. Eu escondi Chris de você, escondi o casamento. Eu tive medo, James, não sei...

- Medo de quê? – perguntei antes que eu pudesse controlar.

- De que você rejeitasse a minha nova família. De que você achasse que não valia mais a pena me visitar aqui. Olha, eu sei que é uma rotina estressante para você, filho. Viajar para outro continente para me ver todas as férias, encarar um dia-a-dia anormal, cercado de gente. Eu trabalho demais, mas é só pra te ver feliz e contente por aqui. Para poder te dar uma vida tão boa quanto em Londres.

- Eu nunca quis dinheiro quando vim para cá. – eu desabafei. – Eu queria você, pai. Mas é um alívio.

- Alívio?

- É, porque se esse é o problema, já deixo claro que quero passar um tempo com você quando venho. Então desligue o celular e me conheça, ok? Apagamos tudo isso.

- James, eu...

- Essa é a minha condição. Eu amo você, pai. E adorei a Chris. Topa?

Ele me encarou por um minuto inteiro, e parecia analisar cada traço do meu rosto.

- Você cresceu tanto, Jimmy. – ele falou por fim, sorrindo de lado. – Tudo bem, eu concordo. Não sabe como me deixa feliz, menino. Posso só te... Hum, perguntar uma coisa?

- Claro. – sorri mais feliz ainda.

- Sou muito pior que Roger? Quero dizer, não ando de moto, nem faço aquelas loucuras que ele faz e tal...

- Vocês dois são tão bons pais quanto poderiam ser, pai. – comecei a rir e o abracei. – Agora anda logo que alguém aqui tem de casar.

XXX

A igreja estava bem decorada, e fiquei feliz por ter finalmente desabafado e colocado tudo no lugar com o meu pai. Agora vou poder ter duas famílias ótimas: uma em Londres, que me ama e da qual o meu melhor amigo faz parte, e outra em NYC, onde tenho videogames para dar e vender e uma madrasta com contatos dentro das empresas.

Me sentei na primeira fila, ao lado da mãe de Chris e meu avô. Do outro lado do corredor, aquela garota que encontrei no prédio sorriu para mim. Sorri de volta, embora uma única imagem me tomasse a mente. Será que Lily ficaria muito chocada e assustada se eu dissesse que pretendo me casar com ela daqui a alguns anos?

Meu pai entrou primeiro, a minha avó pendurada no braço. Ele lançou um olhar para mim, e ergui o polegar para injetar um pouco de confiança nele.

Quando ele chegou ao altar, a igreja ficou silenciosa. Agora só faltava a noiva. Não entendo muito bem essa história de que noiva sempre se atrasa, mas pelo jeito Chris não aplica essa regra. As portas da igreja se abriram, e pude sorrir para minha futura madrasta num vestido branco que faria Emmeline desmaiar e convulsionar no chão.

Sentei quando meu pai tomou a mão de Chris e se virou para o padre, que começou a fazer o discurso normal do porquê de estarmos todos reunidos ali, de como o casamento é uma aliança entre duas pessoas... E tal (não decorei o discurso, então sem íntegra).

Depois de alguns minutos, ele mandou meu pai e Chris repetirem alguns juramentos enquanto trocavam as alianças, e percebi que Chris estava chorando. Sorri para ela quando nossos olhos se encontraram, e ela pareceu chorar mais ainda. Acho que mais alguém aqui estava nervoso com a minha reação.

- Você, Adam Lewis Potter, aceita Christina Groover Weaver como sua legítima esposa, prometendo amá – la e respeitá – la por todos os dias de sua vida, até que a morte os separe?

- Aceito.

- Você, Christina Groover Weaver, aceita Adam Lewis Potter como seu legítimo esposo, prometendo amá – lo e respeitá – lo por todos os dias de sua vida, até que a morte os separe?

- A-Aceito.

- Então eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva, Senhor Potter.

Acompanhei os aplausos quando meu pai enlaçou a cintura de Chris e a beijou. Os dois desceram do altar e vieram inesperadamente na minha direção, no que Chris me abraçou com força.

- Oh, James, muito obrigada! Muito obrigada! – ela chorava no meu ombro. – Eu prometo que vou ser a melhor madrasta que você poderia ter.

- Você já é, Chris. – afaguei o cabelo coberto pelo véu, e quando nos afastamos sorri para os olhos marejados dela. – E seja bem-vinda, Christina Potter.



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