Living Only For Love escrita por letstrabach, lissayay


Capítulo 7
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

heey galerinha *-*

tudo beleza com vocês ?

aqui vai mais um capitulo. pela visão do Chris #gostoso.

bjbj :*



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Depois de deixar a Samantha em casa, eu segui pra minha. Não demorei muito para chegar. Minha casa era pintada com um verde irreconhecível na frente, e tinha um tipo de varando nela. Na frente, só se encontravam as sacadas das janelas.

Minha mãe não estaria em casa nem o meu pai. Eles trabalham demais. Eles ainda matam monstros. Sim, é estranho, mas sendo filhos de deuses, e sendo semi-deuses, tem lá sua parcela de participação. Eu ficava sozinho na maioria das vezes, a não ser por Suzana, a nossa empregada.

Suzana era baixinha, gordinha e tinha uma verruga perto do queixo que me assustava. Tirando isso, ela era uma ótima pessoa.

- Suzana, cheguei! – gritei fechando a porta atrás de mim.

- Aqui na cozinha! – ela gritou.

Fui até lá, e vi a Suzana fazendo o almoço. Pelo cheiro aquilo estava bom.

- Vou trocar de roupa e já volto. – respondi.

Subi as escadas e fui até o meu quarto. Meu quarto ficava no fim do corredor. Ele tinha as paredes de azul claro, uns pôsteres de algumas bandas. Uma cama de casal – exagero da minha mãe -, e uma escrivaninha com alguns cd’s.

Coloquei a minha bolsa em cima da cama, peguei a minha toalha e fui ao banheiro. A água me fazia melhor. Me fazia sentir como se todas as sujeiras que ficaram na minha pele, fossem embora.

Terminei o meu banho, coloquei uma bermuda e uma blusa qualquer, e fui almoçar.

O almoço foi silencioso sem a minha família. Normalmente, quando os meus pais estão em casa, o almoço é a coisa mais importante pra se fazer junto. Mas quando eles estão no Olimpo, a única coisa que se ouve na mesa, é o barulho dos meus talheres batendo no prato.

O almoço estava bom. Terminei com ele, e sai da mesa. Permiti-me pensar na Ágata. Aqueles olhos não me saiam da cabeça; eram os mais lindos que eu já tinha visto. O seu olhar me prender por um momento na escola. Mas eu não era pego duas vezes.

Deitei no sofá e esperei que aqueles olhos saíssem da minha mente, naturalmente. Não aconteceu. Seu rosto ficou na minha mente até o cansaço me vencer. Eu acabei adormecendo até a hora da festa.

 ****

Acordei com alguém mexendo no meu cabelo.

- Filho, acorda. – minha mãe disse.

- Uh, já acordei. – respondi me sentando no sofá. meio grouge.

Minha mãe estava usando uma calça jeans, uma blusa branca e sapatos. Meu pai não estava lá.

Sua expressão era divertida.

- Onde está o papai? – perguntei.

- Ele teve que ficar no Olimpo fazendo algumas coisas para o pai dele. Só voltará amanhã. – ela respondeu, se sentando no sofá comigo.

De repente, pensei na festa do Chuck.

- Mãe, que horas são?

- Hmm, - ela consultou o seu relógio e disse. – São 9:55. Por quê?

- Droga! – respondi e me levantei rápido do sofá. – Tenho a festa do Chuck pra ir.

Corri para o banheiro, e tomei um banho rápido. Vesti uma calça jeans, uma blusa xadrez e sai. Minha mãe ainda estava no sofá, assistindo tevê.

- Mãe, eu já vou. Não tenho hora pra voltar. – gritei já fechando a porta.

Liguei o carro e fui com o carro em direção a estrada. Em alguns minutos eu já estava na rua da casa do Chuck. De longe, já se podia ouvir a música alta, pessoas gritando e a infinidade de carros. Chuck teria convidado tanta gente assim?

Minha pergunta foi respondida, quando eu cheguei em frente à casa. Aquilo parecia um inferno. Pessoas no jardim, na varanda, empoleiradas nas janelas. Não demoraria muito e alguém da vizinha chamaria a policia. Muito provavelmente por causa da gritaria e do som alto.

Adentrei a casa com um pouco de receio. A maioria das pessoas que estavam ali, eu não conhecia. Arrependi-me de ter vindo, quando estava perto do jardim e alguém chamou meu nome. Virei-me e vi Samantha vindo em minha direção. Ela estava com um vestido vermelho colado ao seu corpo e um sapato preto. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo bem produzido, deixando a sua maquiagem pesada à vista.

- Gatinho, você realmente veio! – ela gritou por cima da música alta.

- Sim. – eu respondi.

Ela sorriu e se encostou sensuavelmente em mim, quando um garoto passou por ela.

- Venha. – ela pegou a minha mãe e me levou para mais perto do jardim. – Tive que te tirar de lá. O som estava insuportável.

Não respondi. Na verdade, lá dentro e aqui fora, não tinham muitas diferenças. Se é que um som abafado e outro contraído teriam alguma diferença.

- Então, como estamos? – ela perguntou.

- Como assim? – eu rebati.

- Não me diga que o beijo de hoje não significou nada. – ela sussurrou. Sua boca bem perto da minha. – Aposto que ficou um gostinho de quero mais.

Então, ela encostou a sua boca na minha consideravelmente forte. Ela tentava de todas as formas, ver algum sinal de que eu estava gostando. Eu comecei a corresponder, quando um grito abafado me fez abrir os olhos.

Ágata gritava tentando se livrar de um cara que a agarrava. Eu tentei manter meus pés no chão, mas foi impossível. O impulso me levou até o cara. Agarrei seus pulsos, e o joguei no chão.

- Te dou três segundos para levantar daí e sumir da minha frente se não quiser ter essa sua cara mais deformada do que já é. Um... Dois... – comecei a contar para o cara.

Mas eu não consegui terminar. Antes do dois, ele já tinha desaparecido entre a multidão.

De repente, vi a burrada em que tinha me metido. Eu não gostava nem simpatizava com aquela garota. Nós nem ao menos nos conhecíamos!

Consegui virar meu olhar para ela e a olhei. O  alivio em seus rosto era evidente. Seus olhos estavam mais brilhantes que nunca.

- Você está bem? – perguntei.

- Estou ótima e eu podia muito bem ter me livrado daquele idiota sozinha. – ela respondeu com raiva.

- Um simples "Obrigada" já estaria de bom tamanho. – respondi, sorrindo.

- Bem, então muito obrigada por ter salvado a minha vida senhor, superman, vou ficar te devendo essa pro resto da minha vida. – ela disse e eu notei uma certa ironia. – Agora se não se importa eu preciso sair pra procurar meus amigos que me abandonaram aqui, estou cansada e com vontade de ir pra casa...

- Eu te levo pra casa. – Eu disse rapidamente. O que eu tinha? Tinha, por acaso, sido drogado enquanto dormia?

- Não, não precisa mesmo, eu só preciso achar a Alex e o Ben... – ela disse.

- Hey! – eu interrompi de novo. – Eu não vou tentar abusar de você no meu carro, fica tranquila. Você vai demorar pra encontrar seus amigos no meio dessa gente toda.

Eu dei o meu melhor olhar de que ela poderia confiar em mim, então ela apenas acenou com a cabeça enquanto nós seguíamos para o meu carro.

Ela me indicou onde ficava a sua casa. O silêncio estava insuportável. Eu não tinha nada para dizer. Ela provavelmente também não tinha. Então era cada um com seus pensamentos.

Quando o carro parou um frente a sua casa, ela virou-se para minha e disse:

- Obrigada mais uma vez por tudo, vou ficar te devendo essa. – ela disse.

- Que nada, você acha que eu realmente fiz isso sem esperar nada em troca? Eu vou cobrar. – Não pude perder a chance de assustá-la. – Estou brincando, foi um prazer ajudá-la, senhorita. Tenha uma boa noite.

Ela sussurrou um obrigado, e saiu do carro. Eu a observei enquanto ela entrava na sua casa, retirava os sapatos e fechava a porta atrás de si.

Depois de ir embora, resolvi não voltar mais pra festa. Encontraria lá Samantha. E, por hoje, minha conta com ela estava encerrada.

Amanhã eu veria o que fazer.


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Notas finais do capítulo

e entãao ? *-*