Living Only For Love escrita por letstrabach, lissayay


Capítulo 14
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

heey galera.
vamos pra mais *-*



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Depois do meu encontro um pouco conturbado com o Gregory, meu dia mudou completamente. Eu já não conseguia me concentrar em mais nada. Ficava perdida pelos cantos e só pensava nele. Era difícil não pensar, mas eu pensava na dor que ele tinha me causado.

Eu queria conseguir esquecer tudo aquilo que tinha acontecido. Não sei, quem sabe até esquecer. Mas eu simplesmente não conseguia. Eu não conseguia por causa do meu pai.

Mas, por que do meu pai? Meu pai era e é o meu melhor amigo. Mas, muito acima disso, ele é meu pai. E como todo pai responsável, ele zela por mim. Na época, ele foi totalmente contra o meu namoro, ele dizia que eu ainda era muito nova, que eu não tinha idade para isso. E ele estava certo.

Talvez, se isso tivesse acontecido agora, comigo mais velha, eu não sofresse tanto, mas não foi isso que aconteceu. Eu sei que tinha sido burra de acreditar em tudo aquilo que ele me falava, mas eu não podia evitar. Eu era uma adolescente.

Mas, voltando a questão do meu pai, ele sabia que isso um dia ia acontecer. Mas, uma vez que ele ficou quieto, eu sofria em silêncio. Eu não podia comentar com ninguém, caso contrario, eu seria a piada da escola sabe-se lá por quanto tempo.

O Ben só ficou sabendo por pura pressão dele pra cima de mim. Eu não queria contar, mas ele sabe me pressionar como ninguém.

Meu pai estava sentado, com o braço em volta da minha mãe, no sofá quando eu entrei em casa com Ben nos meus calcanhares.

- Ágata, aquele cara lá fora não era o Gregory? – meu pai perguntou.

Eu estremeci ao ouvir o seu nome e parei para encará-lo. Meu pai me olhava sugestivamente enquanto esperava uma resposta. O que eu iria responder? “Sim”?

- E-era. Ele está voltando pra cidade, pra escola, enfim. – eu respondi e depois falei baixo demais para os dois ouvirem. – Está voltando para estragar a minha vida.

- Ah, bom, chame-o para jantar qualquer dia desses. – meu pai disse e pulou do sofá. Minha mãe quase caiu para o lado. Seria uma cena engraçada, em circunstancias normais. O que não era a situação agora. – Sabe quem eu encontrei na escola na Ágata?

- Não. – minha respondeu.

- O filho da Clarisse e do Chris! Deuses, ele cresceu desde a ultima visita que fizemos. – meu pai gritou.

Soltei um grunhido e fui para o meu quarto. Eu ainda estava atordoada com o que estava acontecendo. Eram coisas demais. Ben subiu comigo e me parou antes de entrar no quarto.

- Ágata, você sabe que não pode se envolver com ele. – ele disse, mas pareceu mais um rosnado.

- Ben, por favor. Eu sei disso. Eu não vou me envolver com ele. – eu disse em resposta.

- Aggie.. – ele sussurrou o apelido que ele me dera quando éramos crianças, fechou os olhos e me abraçou. – Eu tenho medo por você. Tenho medo do que ele possa fazer com o seu coração.

Eu solucei contra a sua camisa e inalei o seu perfume. Era um cheiro quase cítrico, mas ainda sim era bom. Ben era o meu porto seguro quando eu não podia contar com ninguém. Ele me entendia.

- Eu sei e sinto muito por te fazer sentir medo, mas eu sei me cuidar. Sei que devo ficar longe dele. – eu disse e involuntariamente uma lágrima escapou dos meus olhos, mas Ben foi mais rápido e não deixou ela cair.

- Não quero ver você derramar sequer uma única lágrima por ele. – ele me disse. – Agora vá descansar.

Ele me soltou e foi para o seu quarto. Eu entrei no meu e joguei a minha mochila em um canto qualquer e me joguei na cama. Fechei os olhos e afundei meu rosto no travesseiro.

Depois de alguns minutos, eu consegui dormir. Mas acabei sonhando com quem menos queria. Ou melhor, com a cena que eu tentava esquecer.

Eu podia ver o meu sorriso estampado no rosto quando Gregory marcos de nos encontramos na sua casa. Eu podia ver que ele queria ver no que aquilo ia dar e eu fui burra de acreditar.

A cena ia mudando rapidamente. De repente, eu estava entrando na casa e de longe já podia ver Gregory e Samantha. Eu consegui ver as lágrimas que saiam pelo meu rosto, a dor que afligia o meu coração. A sensação de um coração partido.

Eu procurava entender por que ele fazia aquilo comigo. Eu não era o bastante?

Eu acordei assustada, em busca de ar. Minha camiseta estava molhada de suor, e eu vi que estava chorando. Me levantei e tomei um banho. A sensação era boa. Troquei de roupa e desci. Eu conseguia ver da janela que já estava de noite. Não deveria passar das 7:00h da noite.

Assim que cheguei na cozinha, meu estômago fez um barulho em protesto. Eu sorri. Fui até a geladeira e lá vi um bilhete da minha mãe e do meu pai:

“Problemas no Olímpo. Vocês já devem imaginar o que é, então nada de bagunça enquanto estamos fora. Ágata, eu deixei algum dinheiro para vocês fazerem compras. Nós vamos passar um mês fora. Nos ajude, sim?

Ben, nada de televisão à noite, nem cafeína. Você é o homem da casa agora. Ágata, não esqueça de cuidar da roupa na lavanderia.

Beijos da mamãe e do papai. Nós amamos vocês!

P.S.: Não dê cafeína pro Ben depois das 8:00h, caso contrário, ele não te deixará dormir.”

Eu sorri enquanto lia o bilhete. O problema do Ben já era uma coisa corriqueira. Era ele tomar cafeína depois das oito, que alguma coisa nele despertava, e ele ficava mais do que elétrico. Tio Nico tinha esse pequeno problema também.

Abri a geladeira e peguei a geléia de amora, e um suco de laranja. Passei a geléia no pão e coloquei um pouco de suco na geladeira.

Virei para guardar o suco e meus olhos pararam no relógio. Já passava das duas da manhã. Pisquei os olhos, atônita. Eu tinha dormido tanto?

Fui até a sala e liguei a televisão. Eu não estava com sono, então faria qualquer outra coisa.

Eu já estava terminando de tomar o suco, quando um barulho de galhos sendo quebrador me assustou. Tinha alguém lá fora? Meu corpo todo estremeceu quando eu vi uma sombra passando em frente à janela. Paralisei. Droga! Onde é que estava o meu pai nessas horas? Ele tinha que ter uma emergência logo agora?

Enquanto eu lutava com o meu subconsciente sobre o que fazer, a sombra parou em frente à porta e tocou a campainha. Eu não conseguia me mover. Com muito esforço, fui até a porta e olhei pelo olho mágico. Eu soltei um gritinho quando eu vi que Gregory estava do outro lado da porta.

Olhei para mim mesmo, e desejei nunca ter acordado. Eu estava com uma blusa verde grande, do meu pai, e um shorts de pijama. A campainha tocou de novo. Eu abri a porta relutante.

Gregory estava com a mesma roupa que eu tinha o visto, porém estava com um curativo no nariz.

- Me dê uma ótima razão para não fechar a porta na sua cara e quebrar o seu nariz de novo. – eu disse bruscamente.

- Posso entrar? – ele perguntou. – Aqui fora está sinistro.

Eu pensei por um momento. Deixar ele entrar significaria que eu o aceitara na minha casa, mas eu não queria passar essa imagem. Mas eu também não podia deixá-lo lá fora, na escuridão que estava fazendo. Sendo assim, abri a porta e o deixei entrar. Ele sorriu e entrou.

- Obrigado. – ele disse.

- O que você quer? – eu perguntei ríspida.

- Falar com você. – ele respondeu.

- Ás duas da manhã? – eu ironizei.

- O di Ângelo não me deixou falar hoje de tarde. Eu precisava muito falar com você.

- “O di Ângelo” tem nome. O nome dele é Benjamin.

- Que seja. – ele falou. – Escute, me desculpe pelo o que aconteceu.

Eu não conseguia acreditar que depois de tanto tempo, ele queria tocar nesse assunto agora. Era muita idiotice.

- Tudo bem. Era só isso? – eu perguntei. Eu queria me livrar dele logo. Ele estava me cansando.

- Você me perdoa? – ele perguntou, esperançoso.

- Não. Agora que fazer o favor de ir embora?

- Ágata, você não tem noção do que faz comigo com essa roupa. – ele sussurrou e eu percebi que ele estava perto, muito perto. Seu corpo já roçava no meu. Como eu não percebi a aproximação dele?

Ele tentou me tocar, mas eu recuei. Eu vi alguma coisa nos olhos dele quando eu me afastei. Mas não podia ser tristeza, no mínimo era rejeição. Ele nunca fora rejeitado.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

e então *-*
reviews?



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