Living Only For Love escrita por letstrabach, lissayay


Capítulo 10
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

PESSOAL *-*

prontos pra mais um ?

hihi vamos lá *-*



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Narrando Christopher

Voltei para a minha casa com uma alegria, meio que inexplicável. Na verdade, não tinha mesmo uma explicação. Afinal, eu só tinha deixado uma garota em casa e isso não era nada. Eu só queria chegar em casa e dormir, e esquecer que hoje eu tinha levado ela pra casa.

Mas eu sabia que isso não seria tão fácil, como aparentava. Cheguei em casa, e as luzes lá dentro estavam acesas. Meu pai estava em casa?

Sai do carro, e me aproximei da porta. Lá dentro, eu podia ouvir alguém gritando.

-...É assim que você quer me ajudar? Ficando até tarde fora de casa? – minha mãe gritou.

- Pelos deuses, Clarisse! – meu pai gritou. – Você acha que pode controlar a minha vida? Eu sou o seu marido, não o seu cachorrinho!

Eu fiquei imóvel. Meus pais estavam... brigando? Não, não era possível. Aquilo era surreal demais pra ser verdade. Eu não queria escutar aquilo. Não queria estar aqui.

- Chris, eu não quero mandar em você! Eu só quero que você, ao menos, me diga aonde vai sempre que saímos do Olimpo! Eu sei que você não fica lá pra ver coisas com o seu pai! – minha mãe ironizou.

Aproximei-me e abri a porta. Minha mãe estava na frente do meu pai, enquanto meu pai a olhava sugestivamente.

Eu não conseguia acreditar nisso. Meus pais nunca brigaram. Aquilo era estranho pra mim. Eu sabia que poderia não ser uma coisa passageira. Poderia durar para sempre. Meu coração me dizia pra sair dali e correr para algum lugar distante, onde ninguém pudesse ver as minhas lágrimas. Mas eu não consegui. Meus pés ficaram cravados na soleira da porta, enquanto eu os olhava com espanto.

Minha mãe me viu na porta, e eu vi uma lágrima escorrer dos seus olhos. Minha mãe, ela sempre foi tão forte quanto as piores situações que já passamos. Ela era a base dessa família. Ela era a minha base.

- Christopher, não... Por favor, me deixe explicar. – ela disse.

- Ex.. explicar o quê? – eu gaguejei. – Me explicar por que vocês estão brigando? Por que eu não consigo entender isso? Por que vocês estão brigando?!

Eu já gritava. O meu senso dizia que era pra eu sair dali. Dizia-me que a família perfeita que eu sempre imaginava que tinha, estava em ruínas agora.

- Meu filho, nós não estamos brigando. – meu pai disse.

- Ah, não? Estão fazendo o quê, então? – eu ironizei. Minha visão já estava manchada pelas lágrimas que teimavam em sair.

- Não.. – minha mãe começou.

- Eu vou sair daqui. – disse. Eu me virei e andei até o meu carro, sentindo a minha mãe nos meus calcanhares.

- Christopher, me escute! – ela gritou.

Parei bruscamente e me virei. Minha já chorava. Seu rosto já estava manchado pelas lágrimas.

- Escutar o quê? – eu gritei. – Escutar que toda noite, vocês brigam? Que dizem difamações, um pro outro? Responde, mãe!

- Eu...Nós estamos brigando por uma coisa besta. Não ligue pra isso. Volte para casa. – ela sussurrou.

- Não. Eu...eu vou embora, amanhã eu venho pra ver o que eu resolvo. – eu disse.

Entrei no carro e dirigi. Fui o mais longe que consegui, sem deixar que a minha visão me atrapalhasse. Acabei parando na gente da casa da Samantha.

Eu tinha que arrumar um lugar pra dormir. Um quarto de hotel não seria uma boa. Quem daria um quarto pra um garoto que chega chorando, no meio da noite? Ninguém. Talvez, se eu batesse aqui na porta da Samantha, ela me deixasse passar a noite aqui.

Optei por ligar pra ela. Busquei seu número no meu celular, e disquei. Depois de alguns toques, eu pude ouvir a sua voz do outro lado da linha.

- Alô? – sua voz era sonolenta.

- Sa...Samantha, oi. É o Christopher. – eu disse.

- Gatinho? O que aconteceu? – ela perguntou. – Por que parece que você está chorando?

- Parece, por que eu realmente estou. – eu dei um pigarro. – Será que eu poderia passar a noite aqui? É só por hoje?

- Sim. Bom, você vai ter que entrar pela minha janela, por que se eu for aí, abrir a porta, meu pais acordarão.

- Ah, tudo bem. Te vejo daqui a pouco. – eu desliguei.

Sai do carro e fui em direção a janela dela. Aqui era um caminho conhecido. Quando eu passava a noite aqui, era por aqui que eu entrava. Coloquei o meu pé no tronco da árvore, dei impulso pra cima. Arrastei-me pela telha da casa, chegando a janela da Samantha e bati devagar.

- Venha. – ela abriu a janela e eu entrei.

- Obrigado. – eu disse.

- Não tem porquê agradecer.

O quarto de Samantha era rosa. Muito rosa. Tinha uma cama de casal, e um closet. Do outro lado, ficava a estante com os livros, e uma escrivaninha. No chão, já tinha um colchão, um travesseiro e um edredom. Atravessei o quarto e me joguei no colchão, exausto.

Samantha não disse nada, eu também não queria dizer. Deitei-me e dormi, esperando que o dia de amanhã, fosse melhor.

--

Acordei no outro dia, com alguém balançando os meus ombros.

- Chris, vamos! – Samantha me chamava. Ela já estava pronta pra escola.

- Uh...Já estamos atrasados? – eu perguntei, me sentando.

- Não muito. Vamos, já peguei um lanche pra você. – ela respondeu.

Samantha desceu pela casa, enquanto eu me aventurava descendo pela janela. Fui até o carro e o liguei, enquanto Samantha vinha correndo.

Eu dirigi para a escola em silêncio, enquanto comia o lanche de Samantha. Chegamos lá, apenas um pouco atrasados e vimos que o estacionamento estava movimentado. As garotas olhavam para alguém como se ele fosse um deus grego. Mas, acredite, eu já tinha conhecido um.

Desci do carro e esperei pra ver quem era. Meu choque no inicio foi, nada mais que um susto, mas depois eu vi que não se tratava apenas de uma simples aparição incomum.

Ágata tinha a mãe do cara que a estava guiando em sua cintura. Eu não conseguia crer no que via. Eu podia sentir o zumbido de raiva nos meus ouvidos. Eu queria ir lá e acabar com aquele cara.

Depois que o cara foi embora, fui até ela. Peguei seu braço bruscamente e a encarei nos olhos.

- Podemos conversar? – eu perguntei.

- Nós não temos nada pra conversar. – ela respondeu calmamente.

- Quem era aquele cara com você? – eu perguntei. Espere. O que eu estava fazendo?

- Me solte! – ela tentou se livrar do meu aperto – Você está me machucando!

- Quem era ele? – eu repeti.

- Meu pai! Que droga! – eu senti a onda de alivio percorrer o meu corpo. – Me solte, você está me machucando! Me solte, agora!

Eu a soltei e a vi correr para a sala. Eu não tinha escolha. Ou eu me aproximava dela, ou o que quer que estivesse me dizendo para ficar perto dela, me consumisse.


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Notas finais do capítulo

e então ?

deixem reviews *-*