Everybody Loves The Marauders escrita por N_blackie


Capítulo 12
Episode XI




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Episode XI

“Atacante”

Narrado por: Peter Pettigrew

Primeira Impressão: Remus e Emmeline estão namorando

Ouvindo: Too Much “ Elvis Presley

“Não devemos desanimar, James. “ Remus fechou o armário e encarou James, que estava escorado na parede ao meu lado. O humor dele tinha virado de novo, e o modo deprimido estava ativado como nunca.

“Fácil falar pra você, Senhor Emmeline Vance. “

“Não estou com ela, Jim. “ Remus suspirou, o rosto dizendo o completo oposto. “ Só ajudei a ela e as amigas dela a escolherem fantasias no Phil... “

“Você dispensou Dorcas pra ficar com ela! “ Sirius argumentou, e levou uma olhada mortal em resposta.

“Não foi isso que aconteceu, você sabe. Estava pensando, Phil disse que tenho bom olho para fantasias... Acho que vou pedir um emprego de férias por lá, que acham? “

“Tenta... Também queria trabalhar, quem sabe atendente de farmácia... “

“Pra você trocar a medicação de todo mundo? “ gargalhei, lembrando do ódio que o médio dele tinha de Sirius sempre que ele argumentava quimicamente contra as receitas.

Ele deu de ombros, sorrindo, mas James continuou com a cara amarrada. Cansado desse comportamento irritante, estalei os dedos na frente dele várias vezes.

“ Cara, será possível que vai ficar nesse marasmo o resto da vida? James, pare de choramingar por causa da Lily, que coisa mais chata!”

James não respondeu nada, e por um milésimo de segundo eu achei que ele fosse me bater. Só um instante.

“Chato pra você. Não me importo de não falar com ela, mas não acredito no que ela disse pra mim! Nós maltratamos o Nate? A única vez que conseguimos ataca-lo foi no dia do motim, e já faz tanto tempo que tinha esquecido, só lembrei quando ela falou! É tão injusto.“

“E alguma vez Nate foi justo com alguém por acaso? “Sirius jogou a mochila nas costas e começamos a ir para a aula de física. Não tinha muita gente ali ainda, e escolhemos uns lugares mais na frente para ver se animávamos James um pouco. Antes mesmo de o sinal bater, no entanto, uma sombra saltitante parou em frente a Remus. Eram Emmeline e suas comparsas, que nos olhavam de um jeito que me deu bastante medo.

“Emme! Fergie, Hill... Que houve? “

“Ah, Remus, viemos agradecer pelas fantasias! “ Emmeline deu um beijo na bochecha dele enquanto nós três tentávamos pegar os queixos do chão.

“Ah... Ajudou? “

“Se ajudou? “as três trocaram olhares emocionados. “ Foi ótimo, perfeito! Tinham mais três garotas vestidas de coelho, gatinho ou fadinha, mas só nós três tínhamos fantasias descoladas!”

“Precisamos sair mais vezes, Remie! “ Ferdinanda sorriu, abaixando e abraçando Remus.

“Mas antes disso precisamos de um favorzinho seu, amore. “ Hilary disse, e imaginei que espécies de favor mirabolante iriam pedir.” Queremos saber se pode nos dar uma mão em História e Geografia. “

“Estão ruins assim? “ ele se surpreendeu.

“Por aí, queridinho. “

“Bom, se é assim tudo bem. “ Remus puxou seu bloquinho de lugar comum (ele leu Desventuras em Série, mas não tinha dinheiro pra um caderno...) e escreveu o endereço dele três vezes. Depois, rasgou e entregou para as três.

“Obrigada, você é um anjo! “ Emmeline deu mais um beijo nele antes de sair.

“Você acabou de ajudar o inimigo, Remus? “ James bufou, e levou em resposta uma arqueada de sobrancelha.

“Engraçado você dizer isso, estava superamigo de uma delas há o que, dois dias atrás? Reveja seusa conceitos, James, antes de vir pra cima de”

“Para! “ Sirius exclamou alto, chamando nossa atenção. “ Estão percebendo o que está acontecendo? Estamos com Voldemort pairando sobre nós, com Darth Vader assombrando a nossa amizade! “

James, desde que perdeu Lily o Lado Negro está te consumindo! Remus, pare de bancar o advogado do diabo! Prometemos que tudo voltaria ao normal, mas tudo o que fizemos desde o cerco ao James foi brigar entre nós!

James começou a ensaiar uma resposta, mas a Professora Bines entrou e começou a distribuir propostas de trabalho, nos deixando sem tempo para discutir. James ainda resmungou algo que lembrava “essa história ridícula que Nate inventou”, mas Sirius logo interrompeu:

“ Não sei porque reclama disso, Jim, Nem temos tantos amigos que vão saber. E olha, falando em

trevas...”

Lily vinha na nossa direção, o caderno embaixo do braço, e sentou ao lado de Remus.

“Então, que vamos fazer? “

“Sei lá, James sempre lê a proposta e dá a ideia. “ Sirius deu de ombros.

“Tem certeza de que confiam nele? Sabe como é, que eu saiba a maior especialidade dele não é física, e sim acabar com os outros. “

James, de forma mais corajosa do que eu imaginei que ele fosse fazer, sustentou o olhar ácido dela por alguns instantes, e em seguida pegou a proposta com determinação e enfio a cara nela, provavelmente pra esconder a expressão de desgosto que estava estampada na cara dele.

“ O nosso projeto é uma montanha russa. Vamos mostras as aplicações físicas no mercado do entretenimento de forma expositiva. “ ele finalmente respondeu depois de um minuto de silencio constrangedor. “ Alguma dúvida ou objeção, Miss Eu”acredito”em”tudo”que”me”dizem?”

Foi a vez de Lily ficar vermelha e irritada.

“ Tem razão, Potter, eu acredito em tudo o que me dizem. Inclusive, que falha minha, acreditei em você também, não? Sem objeções, me avisem no que eu puder ajudar. Vou voltar aos meus amigos, com licença.”

Admiravelmente, apesar da pressão (que já estava fazendo Sirius respirar com dificuldade), James manteve uma expressão fria até ela não poder nos ver, e só depois bufou e apoiou a testa na mesa. Mais proativo do que o esperado, Remus começou a listar o material que precisaria ser usado e as respectivas fontes, ate o sinal bater e ele avisar que iria mandar as planilhas por email.

Saímos da sala, e quando fui até o meu armário para guardar os livros, Angelina apareceu.

“Hey, Pete, beleza? “

“Na medida do possível... “

Fechei a porta,e notei que ela estava anormalmente ansiosa. Esperei Angelina tomar coragem, e abrindo um sorriso simpático, fiz sinal pra que falasse logo.

“ É que, Pete, tenho uma prima, Zoe, que vem da Irlanda visitar... Ai ela me pediu pra sairmos, só que não queria ir sozinha... Vem conosco no shopping?”

Entendi a ansiedade. Parei por um segundo, tentando encarar o fato de que poderia realmente sair com uma garota (não um encontro, só sair em algum lugar que não fosse a escola, claro), e assenti rapidamente. Ela sorriu, e agradeceu com um abraço rápido e nervoso antes de dar qualquer desculpa e sair correndo.

Marquei na agenda que deveria sair com Angie quando ela pedisse, e fui para casa já com outro compromisso em mente: tramar o meu plano.... Mua. Hua. Hua.

Narrado por: James Potter

Meta Atual: Mostrar para Lily”Construir a Montanha Russa, digo.

Ouvindo: Revolution - The Beatles

Enquanto andava para casa, num dos raros dias que em mamãe me deixou fazer isso, me peguei pensando em toda a bagunça que estava passando pela minha cabeça (e, devo admitir, pelo coração). Não acreditava no que Lily tinha me dito, e estava querendo me vingar, mostrar a ela que posso ser um cara legal, mas também estava envergonhado por ter causado a situação toda, e ter dado abertura para Nate dizer o que quisesse e ela, brava comigo, ter acreditado.

Flexionei os braços, sentindo alguns dos resultados dos treinos intensivos que Roger estava comandando, e minha autoestima subiu um pouco. O esforço mental e físico estava sendo recompensado, finalmente, e eu queria que ela visse, mas sem parecer que eu tinha decidido aparecer do dia para a noite.

Estava de cabeça baixa, e devo admitir que estremeci quando, assim que a ergui, percebi que Nate e Mintch vinham na minha direção. Ainda assim, toda a confusão com Lily, e as mentiras que Nate tinha contato me anestesiaram, e não corri, nem gritei. No fundo até quis que viessem me irritar, só para poder dizer a eles o que estava entalado na minha garganta.

Felizmente eles realmente vieram falar comigo, e antes que pudessem me enquadrar me ergui, ajeitando a postura.

“O que você quer agora, Nate? “

“Disse a Lily que ela acredita em qualquer coisa. “

“Disse. “ confirmei. “ E vou continuar dizendo. Sua cara de pau me deixa com nojo, Nathaniel. “

Ele ergueu o punho, e me surpreendi quando parei o soco que vinha com a mão, empurrando o golpe para cima dele.

“ Ele quer brigar, Nate! “ Mintch soltou um riso surpreso. Me aproximei, e percebi que, quando estava sem o peso dos meus livros empurrando as costas, era quase da mesma altura que ele. Poderia até ser mais alto, se chegasse perto o suficiente para medir.

Dei de ombros, voltando as costas para ele e indo para a escola de novo, para o caso de ele chamar os amigos.

“Tá afim de brigar, Potter? Olha que arrebento seus óculos, viu? “

“Oh, Deus. Será que você não tem outro discurso, Nate? “ resmunguei, e comecei a ver o campo de futebol se aproximar. “ Sempre isso de "vou quebrar os seus óculos" pra cá, "vou te deixar cego" pra lá... O que te falta? Criatividade ou miolos mesmo? Não sou composto só de óculos, tente algo melhor. “

“Você se acha muito esperto, mas não é... “ ele começou, e entramos num canto do campo, onde as bolas reservas estão. Ele pegou uma bola e começou a mexer nela com o pé. “ Consegue fazer isso? Aposto que não. “

O que ele não sabia era que Roger tinha sim instruído a gente em futebol, e que Sirius e eu nós saímos bem demais. Peguei uma bola extra e ergui ela com o pé enquanto falava.

“ Blábláblá... O mesmo discurso de novo e de novo... E saber mexer com uma bola no pé é realmente algo super interessante, não?”

Dei um chute para o alto, e a bola foi parar na minha cabeça.

“ Se você jogasse RPG, como eu, saberia que o segredo disso não está em chutar a bola de um lado para outro, e sim manter o equilíbrio e a concentração nas maiores batalhas.”

Deixei a bola cair e concentrei toda a minha raiva nela, dando um chute certeiro no gol.

“ Viu?”

Nate me encarava irritado, e me preparei para o caso dele me bater ou coisa assim. Fiquei encarando ele até que um sorriso vitorioso surgiu em seu rosto, e escutei o treinador Robinson gritando:

“ Potter! O que está fazendo aqui?”

Nate e Mintch abriram sorrisos, e me senti pego em algum tipo de armadilha. Pronto para brigar com o Treinador também, se precisasse, me virei, e percebi que os dois, tão fortões, também não estavam querendo ter problemas com ele, e foram saindo à francesa enquanto Mason se aproximava de mim.

“ Venha até a minha sala, garoto. Quero te perguntar uma coisa.”

E fez sinal para que eu o acompanhasse. Larguei a bola onde ela caiu, e andei pelo mesmo caminho que ele fez, através do campo até o vestiário. Depois dos banheiros e lugares de vestir, tinha uma salinha, cheia de fotos antigas e alguns troféus. Atrás de uma cadeira estofada estava os porta - retratos, e em uma das fotos em cor desbotada percebi Roger sorridente, uma cópia de Sirius vestindo roupas muito bizarras dos anos 90.

Havia apenas uma cadeira em frente à mesa atolada de coisas, e foi lá que me sentei, desconfortável e irritado, para encarar o Treinador.

“Me responda uma coisa, Potter. “ ele começou depois de respirar fundo. “ Como diabos você fez aquilo com a bola? Nas últimas aulas você quase decapitou seu amigo Black com aquela corda que vocês deviam usar para pular. Nos últimos meses você conseguiu cometer mais acidentes dentro da quadra do que qualquer outro aluno que eu conheço, e de repente, como um passe de mágica, eu vejo você se comportando como um jogador treinado no meu campo, junto de dois dos meus atacantes. Explique. “

“O pai de Sirius tem nos ensinado a jogar... Aquele acidente... Bom, foi acidente. “

“Você joga bem, garoto. “

“Obrigada, Senhor. “

Ele olhou de cima a baixo, e depois levantou.

“Sabe, Potter. Nossas seleções já acabaram. “

“Sei sim, Senhor. “

“Se levante e venha aqui. “

Me levantei, sem entender o que ele queria com aquilo. Mason afastou a cadeira, e me chamou para uma sala ao lado onde se faziam os exames nos jogadores. Sentei na maca, e ele me encarou por um tempo, pediu para tirar a camisa, flexionar os braços, respirar e expirar, aquele praxe todo.

“ Roger fez um bom trabalho em você, Potter. “ ele comentou, pensativo. “ Seu condicionamento, pelo menos pelo que parece, melhorou em cem por cento.”

Senti o rosto esquentar, e sorri sem jeito pelo elogio. Mason não respondeu, só continuou o exame, mediu minha altura, me pesou e mandou fazer flexões e tantos abdominais no chão, sem comentar nada além de uns resmungos. Quando eu ia perguntar pra que estava fazendo tudo isso, ele me mandou colocar a camisa de novo e me deu um tapa nas costas.

“ Se quiser uma vaga no meu time, apareça amanhã para treinar. Será o seu teste, se conseguir acompanhar, e quiser, a chance é sua.”

O encarei surpreso, e quase deixei cair a mochila quando ele me jogou. “Obrigado, Treinador” agradeci, e Mason ergueu o polegar.

“Apareça amanhã, Potter, e diga aos seus amigos para pararem de fingir que não sabem o que fazem numa quadra, estarei de olho. “

“Sim, Senhor. “ sorri, indo embora de trás para frente. “

Assim que sai dos vestiários desatei a correr, sem acreditar no que tinha acabado de acontecer. Precisava contar aos garotos, a minha mãe, a Roger... Deus do céu, Roger vai ficar doido!

Derrapei em frente de casa, e mamãe soltou um gritinho quando apareci na cozinha.

“Onde você se meteu, Jimmy?”

“Mãe, você não vai acreditar. “ sentei na banqueta, e comecei a tagarelar sem parar sobre o que tinha acontecido, sem mencionar o porque de estar irritado pra início de conversa, claro. Quando terminei, ela estava sorrindo, e me beliscou na bochecha com carinho.

“Sempre soube que você tinha algo escondido além daquela pinta na sua coxa.”

“Mãe! “ resmunguei, e ela bagunçou os meus cabelos. “

“Estou feliz por você, só isso. Não esqueça da consulta na Doutora Owen. “

“Claro, não perderia por nada. “

E é, hoje, senhoras e senhores, o melhor dia da minha vida.

Narrado por: Sirius Black

Filme do Momento: Algum sobre alguém que não sabe o que fazer.

Ouvindo: A Little Less Conversation “ Elvis (Intérprete: meu Pai. Sim.)

“Como vou fazer para escolher qualquer música pra essa apresentação, pai? “ me joguei no banco do carro do meu pai. Regulus estava ajudando ele a cantar, fazendo o som do saxofone e batucando.

“Se eu fosse você cantava essa aqui mesmo, garotão. É clássica! A Little Less conversation and a little more action please... “

“Vou ter que usar barriga falsa e costeletas? “ engoli em seco, e ele gargalhou.

“Claro que não! Quando eu cantei foi de arrasar, não tem erro. “

“Você pode cantar Iron Maiden se quiser algo mais pesado. “ sugeriu Regulus, soltando uma risada esquisita. Ele fez uns amigos meio estranhos no colégio, e agora entrou nessa fase se escutar cantores em vozes guturais.

“Vai se ferrar, Regulus. “

“FEEEAR OF THE DAAARK! “ ele começou a cantar atrás de mim, e meu pai acompanhou o coro de fundo. Revirei os olhos e me afundei na cadeira.

O carro estava quase implodindo com o som alto quando finalmente paramos na garagem, e saltei com os acordes ecoando na minha cabeça.

“ Calma, garotão, dá tudo certo no final. “ meu pai sorriu encorajador no elevador, e sorri de volta, agradecido pela confiança. Regulus ainda cantarolava quando chegamos em casa, e fiquei com dor de cabeça com um barulho alto de violão e vozes altas que vinha da casa dos Mckinnon.

Cansado, fui para o meu quarto e me joguei na cama, encarando meu pôster do Batman colado no meu teto. “Que fazer, Bruce.” Resmunguei, encarando a expressão séria que ele sempre tem. Fechei os olhos, querendo tirar um cochilo, quando o interfone agitou o apartamento inteiro. Acordei de repente, assustado, e quando cheguei correndo à sala meu pai estava atendendo.

“Oi. Senhora Wales! Sim... Não. Não. Meus meninos não fizeram nada. Sim, mas não. Sim, aqui do lado. O que? Ugh... Tá legal... Claro! Regulus vai pegar. Magina, a senhora que é um doce. Claro, tchau. “

“A síndica? “ perguntei, e ele revirou os olhos.

“Regulus, vai até o apartamento da Senhora Wales pegar um bolo que ela fez para nós...Tenha certeza de que não está envenenado. Sirius, vai até o apartamento do lado mandar eles abaixarem o volume porque alguém, que eu tenho certeza ser um dos idiotas do primeiro andar que não escutam nada, reclamaram do barulho. “

Regulus ergueu o polegar e foi até o elevador rindo da reação dele, e dei de ombros enquanto seguia para os Mckinnon, decidido a só pedir pra baixarem o volume e então sair dali. Quem me atendeu foi a mãe da Marlene.

“Sirius! “

“Olá, Sra. Mckinnon. “ dei meu melhor sorriso simpático. “ É que a Sra. Wales ligou, e disse que recebeu algumas reclamações do barulho... “

“Ah, claro! Vou pedir para baixarem, fique tranquilo. Entre aqui um minuto, tenho um pedaço de torna para Roger. “

“Meu pai? “ entrei dando cada passo com nervosismo, e ela sorriu sonhadora. “

“É... Ele me ajudou a manobrar o carro ontem com tanta gentileza... “

Suspirei. Esse é o meu pai.

O barulho de violão vinha da sala, e arrisquei uma espiada na sala. Marlene estava no sofá, com um cara que nunca vi antes na vida. Era ele que tocava, e a cada nota de uma musica melosa qualquer senti meu peito pesando, como se estivesse recebendo injeções de mercúrio puro. Desviei o olhar, mais cansado do que nunca, e agradeci de alguma forma automática enquanto saia o mais rápido possível dali.

“ Não está envenenado, garotão! “ assim que cheguei meu pai disse de boca cheia enquanto me estendia um pedaço do bolo da Senhora Wales. Era todo coberto com glacê e em cima tinham as palavras: Parabéns Apto. 85 pelos meses sem barulho!

Deixei a torta em cima da mesa e resmunguei:

“ Sra. Mckinnon agradece pela ajuda na garagem.”

Fui até o meu quarto.

Narrado por: Remus Lupin

Camiseta do dia: I’m Blogging This (Estou blogando sobre isso)

Ouvindo: It’s My Life - Bom Jovi

“ Remie! “ Emme apertou minhas bochechas já na porta de casa. “ Esta usando uma das camisetas!”

Sorri amarelo enquanto as três entravam na sala da minha casa, e fiquei surpreso com o contraste absurdo que elas faziam com o ambiente. Meu pai estava em casa escrevendo, então me ajudou a montar alguns assentos de almofada e uma lousa.

“Se puderem sentar... “ apontei os lugares, e meu pai resolveu atacar. “

“Rápido como uma faca. “ meu pai murmurou de longe, arrancando risadas das meninas.

“Como eu dizia. “ revirei os olhos, e ele sorriu. “ Com o fim da Guerra das Duas Rosas, Ricardo III”

“Hem... “ ele tossiu, mordendo o lápis e desviando o olhar assim que olhamos para ele.

“A dinastia Tudor começou, formada por um herdeiro dos York e”

“Hem... “

“ Esse aqui. “ apontei. “ É o meu pai.

Ele sorriu satisfeito, e até o fim da aula não incomodou mais, além de umas risadinhas ocasionais que ele sempre dá enquanto escreve as piadas. Emme, Hilary e Fergie são boas alunas em desespero, então seguimos com bastante tranquilidade pela explicação, e elas fizeram algumas perguntas que consegui, ainda bem, responder.

Quando terminei, decidi mostrar a elas minhas coleções, inclusive de cosplays, o que deveria deixá”las mais animadas depois do estudo. Hilary curtiu a máscara do Maskara, e Fergie perdeu uns bons minutos folheando meus álbuns. Emme estava olhando as fantasias, e puxou meu robe de jedi com curiosidade.

“Essa aqui... “

“É a de Anakin. “ sentei a seu lado, sorrindo. Eu amo essa fantasia.

“Faz par com a minha, né? “ Emmeline sorriu, e eu fiquei vermelho.

“Faz. “

“Algum dia podemos ir juntos em algum lugar. “ ela apertou minha bochecha. “ E tirar fotos

juntos...”

Sustentei seu olhar, e Emme continuou sorrindo. Estava sendo tão simpática, tão bacana, que mal acreditava que era a mesma Emmeline de sempre.

MAIL!

O alerta do computador me fez saltar para longe dela, cortando qualquer momento que pudesse estar acontecendo ali. Corri para o teclado tentando esconder o vermelho do rosto, e quando abri o envelope pulsante, abriu uma mensagem de Peter, com o assunto Festa. Estava enviado para Sirius, James, Lily (que?) e a mim.

Festa na casa do Sirius, próximo sábado! Roger convida a todos para que venham “ e tragam quem quiser “ e espera sua presença!

Que a Força esteja com vocês!

Pete!

Depois que me recuperei do excesso de pontos de exclamação, parei para refletir. O que Pete quer com isso?


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