1977 escrita por N_blackie


Capítulo 33
Capítulo 33




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Capítulo Bônus VI

Lobisomem VS. Lobisomem

Muito embora a batalha tivesse silenciado quando a Ordem chagou, essa situação não se estendeu ao duelo que acontecia no chão, entre Greyback e Remus.

O garoto, sempre tão quieto e reservado, decidira realmente extravasar sua raiva no culpado por todo o sofrimento de seus pais e próprio naquela noite.

- Pobre Lupin, quer me matar, eh? – rosnava Greyback, fincando as garras na barriga do garoto, que urrou de dor.

Remus usou a camisa, já em farrapos, para tampar o rosto do oponente, confundindo – o. Greyback tirou as garras dali, e Remus sentiu o sangue quente inundar o pano branco.

Remus resolveu atacar, e deu uma patada no rosto de Greyback com força, deixando o homem atordoado, para longo depois usar as garras dos pés para empurrá – lo pelo peito. Greyback voou longe, e Remus sorriu para si mesmo, desejando ter toda aquela força fora da lua cheia também.

Não se passaram cinco segundos e Greyback se levantava, cuspindo sangue no chão. Furioso, o lobisomem avançou para Remus, que fez o mesmo. O barulho dos corpos em choque chamou a atenção de algumas pessoas, mas ambos estavam surdos.

Greyback deu um empurrão selvagem em Remus, que caiu no chão. Sem dar tempo ao garoto para respirar, o lobisomem adulto avançou para cima dele, dando soco após soco no rosto dele. Estava quase deixando o garoto desacordado quando um guincho foi ouvido seguido de um rosnado.

- Saia daqui! – reclamou Greyback, deixando Remus no chão e se virando para Peter, que em forma de rato não parava de roer seus pés. Peter começou a subir pela perna peluda do bruxo, que se debatia para tirar o garoto dali.

Remus abriu os olhos, e viu Greyback de costas, tentando tirar Peter de perto dele, e teve uma ideia. Visualizou a nuca dele, e avançou para frente. Nunca imaginou que um dia mataria alguém, muito menos um lobisomem adulto, e se assustou quando, ao acertar a nuca de Greyback com força, o homem caiu no chão.

- Ele tá morto? – perguntou Peter, se transformando em garoto novamente. Remus foi trêmulo até Greyback.

- N – Não sei. – o garoto gaguejou, colocando a mão o pescoço do bruxo. Nada. Assustado, Remus se afastou engatinhando de costas. Greyback estava morto.

- Você apagou o cara, Remus! – Peter exaltou de felicidade, mas Remus ainda estava assustado para comemorações. Tocou a própria barriga, e sentiu seus dedos se molharem com o sangue que escorria dali.

- Estou sangrando. – ele percebeu, olhando para as vestes ensanguentadas. – Estou sangrando e sem camisa no meio no ministério da magia?

Peter encarou Remus, duvidando seriamente da sanidade do amigo.

- Está. Estamos duelando com os comensais da morte, lembra? No Ministério...

Remus olhou em volta. Após um momento de choque com a chegada da Ordem, todos voltaram a duelar. Oreon Black corria por entre os grupos de duelo na direção do quarteto encolhido num canto, muito assustado e chocado para se atrever a andar pelo lugar.

Viu James e Sirius, cada um com um comensal, duelando. Viu Lily estuporar uma comensal da morte atarracada, e Ginny desintegrar as vidraças restantes com um feitiço.

Depois, seu olhar se voltou para o chão em sua frente, onde Greyback jazia, e ainda para si mesmo, selvagem e sangrento, participando daquela briga. Ao invés de sentir a culpa e tristeza pela guerra, e pela morte que causou, uma espécie de alegria selvagem tomou conta dele.

- Estou no meio do ministério. – repetiu, mais para si mesmo do que para Peter.

- Cara, você está bem?

- Estou sangrando.

- É, você tá. Quer procurar ajuda?

Remus se levantou e olhou em volta. Toda a seriedade daquele local pareceu uma piada para ele. Viu os comensais, e depois virou para Greyback, morto aos pés dele.

Eu posso fazer qualquer coisa, riu – se. Tenho garras e uma varinha, eu posso fazer qualquer coisa!

- Dorcas! – gritou, e a namorada virou para ele. Notar os músculos e garras que o garoto adquirira a fez corar um pouco, mas perguntou:

- Hum?

- Quer ajuda? – ele gritou, mostrando as garras. A garota sorriu, e se abaixou de outro feitiço.

- Seria bom!

Sorrindo, Remus correu até o comensal, passando uma garra pela garganta dele. O homem se curvou de dor, e então Dorcas o paralisou.

- Yeah. – Remus riu, enquanto ele e Dorcas seguiam para o outro comensal. Um sentimento rebelde tomou conta dele na batalha, e parecia que cada comensal preso era uma vitória individual, de um espírito novo que se formava nele. Quando viu James arregalar os olhos para ele depois de outro comensal derrubado, sorriu.

- Cara, o que aconteceu com você? – ele perguntou, meio rindo meio preocupado. Remus mostrou os dentes afiados.

- Agora eu controlo a maldição, e não o contrário.


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