1977 escrita por N_blackie


Capítulo 31
Capítulo 31




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O Sequestro

O feriado da páscoa pareceu voar para Harry, de tão ocupado que ele e os amigos estavam com as revisões para os NIEM's. Desde a primeira reunião da Ordem, as únicas notícias que eles tinham de Voldemort vinham de curtos bilhetes enviados por alguns membros, que diziam estar procurando, mas sem achar nada.

Hermione e Lily estavam tão nervosas com os exames que Harry achou que fossem desmaiar quando uma coruja marrom escura chegou no café da manhã, trazendo o Profeta Diário.

- Quem mandou essas corujas ficarem aqui? – irritou – se Lily, afastando seu livro se perto do animal. Hermione, tremendo por causa do susto, pagou ao animal, e puxou o jornal para ler.

- James... – chamou ela algum tempo depois, com a voz fraca. James levantou o rosto das anotações que lia e a olhou.

- Quê?

- Olhe isso. Lene, você também.

Ex – Aurores desaparecidos

Os aurores aposentados Martha e Allan Potter, 63, desapareceram durante o fim de semana passado juntamente com um casal amigo, Lorraine e Mark Mckinnon. Há suspeitas de que antigos inimigos os tenham levado, e os aurores estão investigando.

Os filhos dos casais, Marlene Mckinnon e James Potter, se encontram em Hogwarts, intactos. "Não vamos sossegar enquanto não acharmos os quatro." Declarou Alastor "Olho – Tonto" Moody.

Marlene parecia ter sido atacada por um basilisco, e James não conseguia segurar o livro.

- Meus pais... – balbuciou ele, as lágrimas vindo aos olhos. Sirius, que estava o lado dele, afundou o rosto nas mãos, e Harry temeu que ele caísse no choro, coisa que nunca fazia na frente de ninguém.

- Voldemort vai matá – los. – Marlene chorou, sendo consolada por Remus. – Eles nunca fizeram nada!

- Calma. Vai ficar tudo bem, Jim. Os aurores não vão querer que colegas deles sofram alguma coisa. – comentou Lily, abraçando James, que havia jogado os óculos sobre a mesa.

Entretidos consolando os amigos, os garotos não notaram que um grupo de sonserinos se aproximava. Malicioso, Avery sentou – se de frente para James.

- Entendeu porque não de deve mexer com o Lord das Trevas, Potter?

- Saia daqui, Avery. – rosnou Sirius, ainda de cabeça baixa. O garoto inclinou a cabeça para o lado, dando um sorriso torto esquisito ao dizer:

- Oh, pobre Black. Também está triste com a morte dos Potter e dos Mckinnon?

- Eles não estão mortos. – Harry disse irritado. Barty, atrás de Avery, riu.

- Os Potter são dois velhotes que mal conseguem segurar a varinha, Parker. Se o Lord das Trevas olhar para eles os dois morrem. E quanto aos Mckinnon, acho que dessa vez a tão estimada inteligência corvinal deles não vai adiantar de muita coisa...

- Acho melhor irem embora daqui. – uma voz irritada disse atrás deles. Barty e Avery olharam para trás, e Regulus passou entre os dois, sentando – se na mesa da grifinória.

- Oh, esqueci que o Regulus agora é um deles. – ironizou Avery, saindo da mesa. – Uma pena, Black. Vai morrer como seus amigos estúpidos.

- Recebi uma carta do papai. – declarou Regulus assim que os dois sonserinos saíram, rindo.

- E o que tem? – Sirius levantou a cabeça, os olhos vermelhos. Regulus tirou um pedaço amassado de pergaminho do bolso e leu:

Reg e Sirius,

Espero que estejam bem. Ontem à noite Mark me enviou um sinal, dizendo que ele e Lola estão bem, e que Martha e Allan estavam com eles. Os quatro estavam jantando quando um grupo de comensais chegou. Sua prima está entre eles, a propósito. Estou preocupado com vocês. Mandem-me notícias.

Se conheço as mentes dos meus meninos, vocês devem ter se metido com coisa grande, e não sei se posso segurar por aqui, então tomem cuidado. Walburga disse o endereço dos Potter a eles, então voltar à mansão não é seguro.

Avisem à menina Mckinnon que qualquer coisa, eu vou cuidar dela. Mark me confiou essa tarefa e vou ajudar vocês.

Meus melhores desejos e, por favor, não morram nessa briga.

Oreon.

- Ah, Deus. – Marlene suspirou, e Sirius passou o braço em torno dela.

- É vingança. – James rosnou, as lágrimas ainda escorrendo.

- Minha mãe... – Regulus baixou a cabeça.

- Sua mãe. – Sirius se levantou, furioso. – Vou falar com Dumbledore. Ele precisa deixar a gente sair daqui. Vocês ouviram o que Avery disse. Voldemort não vai demorar a matar os nossos pais.

- É verdade.

Harry baixou a cabeça, tentando se lembrar do sonho que tivera havia alguns dias. Um susto, foi o que ele disse. Um susto.

- Vamos, é poções agora. – Remus disse desanimadamente, e todos pegaram suas mochilas. Os corredores nunca foram tão escuros e frios para os garotos quando naquela tarde. Harry se lembrava se como Sra. Potter tinha sido gentil com eles, e de como ela sabia que ele tinha algo de especial. Se ela não vivesse para ver Harry novamente...

Slughorn parecia estar um pouco desanimado também, pois emagrecera muito e estava ansioso, olhando sempre para trás. No fim da aula, ele chegou perto de Lily e disse:

- L – Lily, poderia ficar aqui no fim da aula?

- Claro, professor. – Lily disse, confusa. Slughorn pareceu aliviado, e saiu rapidamente.

- O que ele quer? – sussurrou Hermione para Harry, que deu de ombros.

Ao final da aula, os sonserinos também ficaram para trás, e enquanto guardavam lentamente seu material escutaram Barty Crouch sentar – se na mesa do professor.

- Sabe, Professor. – começou ele, tentando soar simpático – O Lord das Trevas sempre gostou do Senhor.

- S – sério?

- Ah, sim. – disse Amico Carrow, aparecendo atrás de Slughorn. – Sempre disse que, sem o Senhor, ele não seria nada.

- E – ele está sendo modesto.

- Ah sim, e vive dizendo como gostaria de pensar que pode contar com os seus... Serviços.

- Eu... Eu poderia me dar ao luxo de pensar? – gaguejou Slughorn, se afastando dos adolescentes. Barty sorriu, tirando a varinha das vestes.

- Mas é claro que pode, Professor. Só gostaríamos de lembrar – lhe que a maioria das pessoas não recusa favores ao nosso mestre. Tenha um bom – dia. – completou Avery, e os três deixaram Slughorn sozinho, trêmulo.

- Professor! – Lily saiu de trás da mesa com a mochila nos braços, e sentou o homem da cadeira. – Aguamenti! Tome aqui, um copo de água, professor.

- Ah, Lily, sempre doce, sempre gentil, não? – sussurrou Slughorn. – Sinto muito pelos seus pais, James.

- Eles vão ficar bem. – James tentou soar confiante, mas seus olhos estavam vazios e sem brilho.

- O Senhor não pode ceder, Professor! – Ron disse, exasperado.

- Veremos, Sr. Weasley. Veremos. Acho que tem mais aulas hoje, não?

Apressados, os garotos foram até a aula de Herbologia. Enquanto cuidavam de algumas raízes venenosas, Harry viu que Sirius e James não paravam de cochichar, e imaginou se os dois não estariam pensando em resgatar os Potter e os Mckinnon sozinhos.

Após Herbologia, eles seguiram monotonamente até Transfiguração, que para Harry durou uma eternidade. Quando finalmente se viram livres de todas as aulas do dia, o único consolo deles era que poderiam tentar descansar na sala comunal.

Por todo lugar que iam, pessoas paravam para desejar força para James e Marlene, e quando chegaram à sala comunal não foi diferente.

- Não aguento mais as pessoas achando que meus pais estão mortos. – James se irritou certa hora, indo para o dormitório. Harry, cujos olhos estavam se fechando da exaustão de andar pelo castelo, resolveu acompanhar James.

- Prongs? – perguntou quando entrou no dormitório, mas as cortinas da cama do amigo estavam fechadas, e o garoto suspeitou que ele estivesse fingindo que dormia. Resignado, Harry vestiu o pijama e se deitou, imaginando onde Voldemort colocara os Potter e os Mckinnon.

Harry demorou a dormir, e quando finalmente pegou no sono, se viu saindo de uma lareira negra, direto no saguão do ministério. No meio do lugar, amarados, estavam os Potter e os Mckinnon. Nenhum deles mostrava sinal de tortura.

- Agora, vou perguntar mais uma vez. – começou Voldemort, com a voz fria e cruel. – O que os garotos vieram fazer?

- Não sabemos de... Nada. – arfou Lorraine.

- Claro que sabe! – irritou – se Bellatrix, segurando o queixo da mulher com as unhas negras como garras. – Eles passaram as férias com vocês!

- Os meninos não fizeram nada... – começou Allan, mas Rodolphus apontou a varinha para ele, e o home se contorceu de dor.

- Sabemos que eles vieram do futuro, mas para quê? Atrás daquela porta. – Voldemort apontou um dedo magro de pálido para a porta do elevador. – Tem o departamento dos aurores, onde eu sei que estão os documentos. E vocês também sabem.

- Não, por favor... – Martha Potter implorou.

- Cale a boca! – Voldemort sibilou, e a mulher calou – se instantaneamente.

- Seus filhos estão metidos nisso. – um homem de cavanhaque e um sotaque forte disse. Harry reconheceu Karkaroff.

- Meu filho não faria isso! – Allan disse sério, mas Voldemort riu.

- Vamos ver o que seus filhos fazem agora. Crucio.


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