1977 escrita por N_blackie
Uma Ideia de Liberdade Naquela noite, não houve festa na torre da grifinória. Os alunos comemoraram em silêncio na sala comunal, esperando as notícias sobre o estado de James, e não havia um grifinório que não desejasse a expulsão de Avery. Lily estava inconsolável, e não saia dos braços de Harry. - E se ele morrer? – ela perguntou tristemente, dada certa hora. - Então estamos todos ferrados. – Harry a abraçou mais forte. Quando o relógio bateu meia noite os garotos desistiram de esperar notícias e subiram para tentar dormir. Harry subiu as escadas acompanhando Sirius quando parou subitamente, sentindo uma dor repentina na testa, onde ele sabia estar a cicatriz. - Novato, está bem? – Sirius perguntou preocupado, mas Harry esfregou o lugar e tranquilizou o amigo. - Está tudo ok. Vamos dormir. Amanhã quero visitar James. Sirius concordou, e não demorou muito para que os garotos se acomodassem nas camas para dormir. Harry, que estava exausto pelos acontecimentos do dia, dormiu quase instantaneamente. O garoto não saberia dizer exatamente quando o pesadelo começou, ou se era realmente real. Estavam no jogo novamente, e um lampejo de luz verde cortou o céu. - Vamos, Potter, vá salvar o seu pai. Harry viu James cair da vassoura, mas não havia ninguém para salvá – lo. Onde está Sirius? Pensou desesperado. James caia mais rapidamente, e os gritos de Lily ecoavam pelo estádio. Harry pensou que ela estivesse querendo salvar James, mas outro chamado veio, um chamado familiar... - HARRY! Harry acordou suado e trêmulo, olhando em volta. Estava tudo bem. Ainda um pouco tenso, se virou para o outro lado e voltou a dormir. Na manhã seguinte, Harry e os outros não foram tomar café, seguindo direto para a Ala Hospitalar. Se alegraram quando Madame Pomfrey os deixou entrar, e mais ainda quando viram que James havia acordado, embora usasse uma faixa em volta da cabeça. - Jim! – exclamou Lily, sentando – se ao lado dele. James apertou a mão dela. - Então, decidiram onde vão procurar Voldemort? - Você ainda quer ir atrás dele? – perguntou Marlene, surpresa. James ergueu as sobrancelhas. - Claro! Assim que sair daqui vou ver onde podemos procurar. - Você é louco. – Sirius riu, aliviado. James acompanhou Sirius na risada, mas Remus interrompeu a festa com uma ideia. - Sabem, acho que só nós não vamos conseguir fazer nada contra Voldemort. - O que você propõe? Desistir? – Peter perguntou. Remus balançou a cabeça. - Claro que não! Concordo com James, nós devemos fazer isso... Mas acho que se essa tal "Ordem" existe, nós deveríamos, sei lá, adiantar a formação dela, não acha? Podemos falar com Dumbledore, tenho certeza de que ele nos apoiaria! - Formar a Ordem da Fênix? – Ron se impressionou, sorrindo. - Aham. Posso falar com Dumbledore se vocês forem comigo. – Continuou Remus, animado. – E então marcamos uma reunião aqui mesmo... - A Sala Precisa. – falaram Ginny, Harry, Ron e Hermione ao mesmo tempo. Luna deu uma risadinha. - Que bom! Voltaremos aos tempos de Armada, não é? - Armada? A tal da A.D que você nos disse, Harry? – James perguntou. Harry sorriu. - É. Eu não expliquei como funciona, né? O intuito principal era termos aulas de defesa contra as artes das trevas decentemente, mas como agora isso não é mais necessário... Acho que Luna está certa. Usando a sala precisa, é quase como a Armada. - Eu gostava da armada. – Neville disse timidamente. – Você me ensinou tudo que sei em duelos, Harry. - Obrigado. – Harry sorriu orgulhoso, e trocou um olhar cúmplice com James. - Então mãos à obra! Eu adoraria ir com vocês, mas a última vez que levantei para ir ao banheiro Madame Pomfrey ameaçou me mandar para o St. Mungus, então acho que ficarei aqui por mais um ou dois dias... Todos riram, e Lily olhou para eles. - Fico aqui cuidando dele. Vão a sala de Dumbledore vocês, ok? Boa sorte. Animados, os outros saíram da enfermaria e seguiram direto para a sala de Dumbledore. A gárgula de sempre estava ali, e Sirius não hesitou em dizer a senha: - Tortinhas azedas. A gárgula abriu espaço para passarem, e Remus abriu a porta da sala de Dumbledore com cautela. O diretor pareceu surpreso com o número de alunos em sua sala logo de manhã, mas não demorou a providenciar cadeiras suficientes para todos. - Professor, precisamos falar com você. – Harry anunciou. Dumbledore o olhou por cima dos óculos meia lua, e encarou os rostos determinados de todos. - Ah, estou curioso para saber o que levou tantos grifinórios para longe das salas de aula hoje. - Professor, descobrimos que eles são nossos, hã, parentes. – começou Remus, um pouco incerto, Dumbledore lhe deu um sorriso gentil. - Eu imaginei que esse segredo não seria escondido por todo o tempo. Imagino que vocês têm destruído as horcruxes juntos, certo? - Sim, senhor. - Pois então, qual é a ideia de vocês? Todos mergulharam num profundo silêncio, até que Hermione gaguejou: - N – Nós queremos formar a Ordem da Fênix. Sabemos que somos novos demais mas... - Nos tempos de hoje, Srta. Granger, acho que vocês são perfeitamente capazes de fazer parte da Ordem. Hermione sorriu. Dumbledore continuou: - Vou entrar em contato com alguns antigos amigos, e mandarei um bilhete assim que marcar a primeira reunião, sim? - Claro! Muito obrigada, Professor. – Ginny sorriu, e o homem colocou os dedos nos lábios. - Chamem seus amigos mais próximos, mas isso é um segredo, portanto, só os mais confiáveis. - Sim, senhor. O grupo correu para a Ala Hospitalar, e Harry abriu cuidadosamente a porta, fechando – a rapidamente em seguida. - Vamos, abra que precisamos entrar! – Marlene apressou, indo até a porta e abrindo. Com um sorriso malicioso, ela olhou para o grupo atrás dela. - Acho que estamos interrompendo algo. E em silêncio, Marlene fechou a porta novamente, deixando James tirar a blusa de Lily em paz.
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