1977 escrita por N_blackie


Capítulo 27
Capítulo 27




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O Grande Jogo

- E então eu vim pra cá, para tentar derrotar Voldemort antes que ele destrua tudo o que eu mais... Amo. – concluiu Harry tristemente, encarando os amigos. Já devia ser mais de uma da manhã, e Harry não sabia como iriam jogar a partida final de quadribol mais tarde, mas não parou por um minuto na sua história.

- Então quando dizem a vida é curta... – Lily suspirou, abraçando James deprimida.

Harry foi até a garota e segurou sua mão.

- Eu vim aqui salvar vocês. Todos vocês. Desculpem, eu não queria ter de contar tudo assim, mas depois de tudo o que eu disse sobre ser órfão não podia simplesmente contar uma meia verdade.

- Não queríamos assustar vocês. – Ginny tentou consolar, mas Sirius se ergueu, parecendo desesperado.

- Eu... Eu vou ser preso? Vamos todos ficar mal no fim?

- Sirius, se acalme, por favor! – Hermione disse.

- E meu irmão?

- Ele... Ele se tornou um comensal da morte. – anunciou Harry, triste. – Mas se revoltou.

- Ele se revoltou?

- Aham. Decidiu fazer o que estamos fazendo agora, e até achou a caverna.

- Ele destruiu a horcrux da caverna? – perguntou Marlene. Harry negou com a cabeça.

- Ele nunca saiu da caverna.

Sirius desabou no sofá, tremendo muito. Alice e Frank estavam congelados pelo choque, e Emmeline e Dorcas choravam. James olhou para os amigos, e levantou – se decidido.

- Pessoal! Calma!

- Fale por você, Prongs. – resmungou Sirius, irritado. – Vou ficar em Azkaban o resto da minha vida.

- Harry, vocês estão aqui pra derrotar Voldemort, não estão?

- Aham.

- Se ele for derrotado antes do fim desse ano, tudo vai melhorar para todos nós, não é? Essa é a lógica. Ele não pode nos matar se morrer antes!

- É.

- Então vou matá – lo.

- Ficou louco, James? – exclamou Remus.

Mas James estava irredutível. Foi até Lily, que o encarava sem esperança.

- Vou matá – lo, e então vamos casar. – depois foi até o medalhão e o abriu. Por um segundo o espírito de Voldemort saiu e começou a dizer algo, mas James foi rápido. Pegou o dente e quebrou o vidro de dentro.

O grito se extinguiu, e o maroto jogou a horcrux num canto apressadamente.

- Pronto, agora só falta mais uma e o próprio Voldemort.

- Não está com medo? – perguntou Harry, acompanhando James andar de um lado para o outro, pensativo. James parou subitamente e o encarou, um brilho obsessivo nos olhos.

- Não. Se eu derrotá – lo, salvo todos nós. Se não, já vou morrer mesmo, não me interessa. Sirius não mereceu, Remus não mereceu, nenhum de nós mereceu nada do que aconteceu. Você não mereceu, Harry.

Harry sorriu para o pai e se levantou também.

- Você está certo. Só tem um problema.

- O que?

- A próxima horcrux é uma cobra. A cobra que está sempre com Ele.

- Então temos de encontrar Voldemort.

- Sim.

- Bom, hoje jogamos contra a sonserina, o que já vai ser arriscado. Se sobrevivermos, procuramos por Ele. – brincou James, e ainda animado andou até Sirius, sentando – se perto dele.

- Não precisa amarrar a cara, Pads. Vai dar tudo certo.

Sirius soltou um suspiro pesado.

- Você quem diz.

XXX

A agitação pré – jogo conseguiu manter James e o restante do time bem acordados até a hora do café. Mesmo preocupados, eles sorriram para Regulus quando ele se juntou ao grupo para comer.

- Estão em silêncio. – comentou ele, lançando um olhar à mesa sonserina. – Avery não falou mais nada, mas nunca se sabe, não é?

- Se ele soltar as asinhas nesse jogo, vou amaldiçoá – lo. – rosnou Sirius, se levantando e saindo da mesa. – Não estou com fome. Espero por vocês no vestiário pra acabar com a raça deles.

- Ele dormiu mal? – Regulus indagou surpreso, e James sorriu amarelo.

- Mais ou menos. Acho melhor irmos também. Boa sorte, Reg.

- Obrigado, e para vocês também.

Os grifinórios foram até o vestiário, e encontraram Sirius pegando o bastão. James foi até a sala do capitão buscar o quadro de esquemas, e depois de colocá – lo no lugar de costume se dirigiu à Sirius.

- Cara, relaxa. Não precisa matar todo mundo.

- É bom que você acabe com a raça do Voldemort, James. – Sirius se apoiou no bastão, irritado.

- Nós vamos. – Tranquilizou – o Harry. O time pegou a vassoura e começou a seguir para o campo, surpresos com a rapidez com a qual o estádio simplesmente lotou para ver a final.

- Agora sim! – começou Mary, sua voz abafada pelos gritos e palmas da torcida grifinória. – O jogo que todos nós esperávamos! Grifinória versus Sonserina, que clássico! Quem será que leva a taça? Grifinória tem quinhentos e oitenta pontos no placar geral contra os quinhentos e vinte sonserinos, está apertado!

- Acabe com isso rápido. – James sussurrou para Harry, antes de ser chamado por Madame Hooch para cumprimentar Avery. Harry olhou para o time sonserino, e seu olhar parou em Regulus, que parecia abatido. Nervoso, cutucou Sirius.

- Tem alguma coisa errada com Regulus, Pads. Olhe.

- Parece que está doente...

O olhar de Regulus encontrou o de Harry, e o garoto apontou discretamente para Avery.

- Avery fez algo com ele...

- Eu disse que ele ia fazer alguma coisa. – irritou – se Sirius, revirando os olhos.

Mas não houve tempo para mais discussão, pois o apito soou e todos tiveram que tirar os pés do chão.

Sirius de certa forma estava certo em querer ser agressivo, pois Harry nunca vira um jogo tão letal quanto aquele. Logo nos primeiros minutos, um balaço acertou Ron em cheio quando a bola estava no outro lado do campo, e James acertou a cobrança, marcando para a grifinória. Sirius perdeu a paciência e derrubou outro artilheiro da vassoura, deixando sonserina sem um jogador.

Harry procurava desesperadamente o pomo, mas nenhum sinal da bolinha era visto.

- Potter, Mckinnon, Weasley e... Ah! – gritou Mary, quando Avery passou e tirou a goles da mão de Ginny.

Ron parecera ter perdido a confiança após o choque com o balaço, pois os sonserinos marcavam um gol atrás do outro, deixando o garoto cada vez mais desesperado.

- Ponto da sonserina! – irradiou Mary, querendo soar imparcial, mas a voz carregada de aflição – Agora temos cem para a sonserina e cinquenta para a grifinória! Vamos, pessoal!

Harry começou a voar para todo lado, e encontrou Regulus passando mal perto das balizas.

- Reg, o que aconteceu?

- Avery... – balbuciou o garoto, olhando ansiosamente para o campo. – Harry, me desculpa.

- Por quê?

- Eu não tive como me defender, eles me pegaram de surpresa com os bastões...

Harry deu outra olhada para o campo, e viu que a sonserina havia marcado outra vez.

- Vocês vão ganhar.

- Eles querem fazer duzentos pontos, Harry. – explicou Regulus pesaroso. – Para não precisarem de mim. Eles me torturaram no vestiário, e eu... Ah, Harry, desculpa.

- Fala logo, Reg! O que você disse?

- Que vocês vinham do futuro. Eu não consegui fazer nada, os Carrow vieram por trás, e me bateram com os bastões . Depois foi fácil para Crouch usar a maldição cruciatus.

- Não tem problema. – consolou Harry, preocupado – Vamos ver o que acontece.

Outro ponto da sonserina. Harry avançou com a vassoura pelo campo, se desviando de dois balaços por um triz. Tinha que achar o pomo. Passou pelas balizas rapidamente, a tempo de ver James sendo derrubado. Por um segundo pensou em parar para ver como o amigo estava, mas desistiu quando um lampejo dourado perto de Ginny chamou sua atenção. O pomo.

Harry nunca desejou tanto ter a sua Firebolt como naquele momento, quando impeliu a vassoura ao máximo que pode, Ginny como seu único foco. Não viu James cair da vassoura e ser acudido por Sirius desesperado, e tampouco viu os jogadores pararem o jogo para brigarem entre si, e nem viu Madame Hooch tendo de usar a varinha para tirar Sirius de cima de Avery. Tudo que viu foi sua mão se fechar em torno da bolinha, e os gritos dos grifinórios ecoarem pelo campo.

Quando chegou ao chão, viu Madame Hooch ralhar com Avery.

- Nunca, em toda a minha vida, vi algo tão baixo! Amaldiçoar o artilheiro grifinório! Cinquenta pontos a menos para a sonserina, e uma semana de detenção. Sr. Black, quanto a você...

- AH! – gritou Lily ao chegar ao local, e ela e Harry correram para a maca onde James estava estendido, com Sirius ao seu lado, tenso.

- Se Avery matou James, eu juro que não vou descansar até acabar com ele. – ele sussurrou de modo letal, virando os olhos coléricos para o sonserino.

James estava num estado deplorável. Ainda na vassoura, recebera vários balaços quando Sirius perguntava se Regulus estava bem e Fabian tentava proteger Ginny de mais balaços. Somado a isso, Alecto Carrow lhe dera um golpe de bastão na cabeça, fazendo – o desmaiar e cair da vassoura. Sirius conseguira segurá – lo antes que batesse no chão, mas estava com um corte profundo na cabeça, de onde escorria um filete de sangue.

- Jim... – Lily passava a mão pelos cabelos dele, e viu o namorado abrir os olhos lentamente.

- Ganhamos?

- Aham. – Harry mostrou o pomo para ele. – Você levou a grifinória ao campeonato, Prongs.

O maroto sorriu para Harry, e segurou a mão dele.

- Obrigado. – e depois caiu na maca, desacordado.



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