1977 escrita por N_blackie
Ron & Hermione - REGULUS, VOCÊ FICOU LOUCO? – gritou Sirius, avançando para o irmão e tirando o dente de suas mãos. Embora Sirius fosse realmente forte e tivesse derrubado Regulus, ele apenas se ergueu do chão tranquilamente. Harry pegou o diário, e viu que Ginny parecia prestes a chorar. - O que ele leu nessa porcaria? – Sirius segurava o dente firmemente contra o corpo, como se temesse que o objeto chegasse perto do irmão novamente. Harry abriu o diário na primeira página, e começou a ler. - Olá, Regulus Black. Porque tenta me deter? Sabe muito bem que é seu destino me seguir. Pense no que a sua mãe acha de você trair a família! Justo você, o filho perfeito dela... Seu irmão é um caso perdido, ela diz. Mas você não é... Porque tem que ser assim? A maioria preferiria a morte a desapontar toda a família. Você é assim? Horrorizadas, as garotas se afastaram deles, e James tirou o caderno da mão de Harry. - Esse cara é maluco. Sirius, me dá esse dente e vamos acabar com isso. Mas o outro maroto não soltou o dente. Seus olhos se arregalaram de cólera, e ele andou raivoso até James, tirando o diário da mão dele. - Esse idiota... – começou ele, abrindo o diário no meio – Pensa que vai matar... – Ergueu o dente. – O meu irmão. E com um rosnado, Sirius trespassou o caderno negro com o dente, fazendo com que a tinta começasse a vazar das páginas, inundando sua roupa e o tapete. Um ponto brilhante familiar saiu do diário, e a sombra do jovem Riddle olhou para todos com raiva, soltando um grito agourento. Quando o barulho finalmente cessou, Regulus saiu do estado de transe, piscando atordoado. - O que houve? Quando viu Sirius no chão, correu para tentar ajudá – lo, mas o maroto já estava se levantando com o restante do diário nas mãos. - Você tá bem? – perguntou a Regulus, que acenou com a cabeça. Sirius suspirou aliviado, e se jogou na cama. - Não faça mais isso comigo, Reg. Jogue fora. – e jogou o diário para James. Quando todos desceram para a cozinha, encontraram Sra. Potter preocupada, pronta para servir um lanche. - O que foi aquele grito, querido? – perguntou a mulher cautelosamente, e Harry notou que havia um quê de orgulho em sua voz. - Lembra daquele problema que eu comentei, mamãe? - Você contou? – Hermione se surpreendeu, e a Sra. Potter sorriu para ela. - Querida, lutei contra as artes das trevas por toda a minha vida. Mesmo que meu filho tentasse me esconder que está ajudando vocês a procurar tais objetos ele não conseguiria. Sou do tempo em que Grindewauld atacava búlgaros toda hora. - A senhora lutou contra Grindewauld? – Frank exclamou empolgadamente. Ela sentou – se junto deles e se serviu de chá. - Não posso dizer que lutei de verdade contra ele, mas ajudei muita gente a escapar enquanto Dumbledore não cuidava dele. Mas enfim, acho que agora não é hora para velhas histórias de guerra, sim? Quem quer ir comigo ao Beco Diagonal buscar os sorvetes e logros que comprei? A agitação na mesa começou instantaneamente, varrendo o problema com o diário da mente deles. Sirius, porém, se manteve sério e pensativo durante o lanche, e não falou nada até todos chegarem ao Beco Diagonal, quando puxou Harry e James para um canto. - Novato, qual é a próxima coisa que precisamos buscar? - Não existe uma ordem, Sirius. Destruímos duas horcruxes de seis... - Acha que Ele poderia ter escondido alguma na Travessa do Tranco? – interrompeu James, acompanhando o pensamento do amigo. Harry tentou lembrar – se de alguma menção ao lugar, e um flash de um jovem Tom Riddle trabalhando na Borgin & Burkes lhe veio. - Pode. Mas nunca conseguiríamos entrar na Borgin. Os vendedores sabem reconhecer alguém... Que não queira matar ninguém. A essa altura, todos já devem saber que Regulus saiu de casa também, então esse disfarce acabou. - Meus pais são amigos do Borgin. – Sirius deu um de seus sorrisos que deixavam Harry receoso. - Não entendo o que isso pode ter a ver com... - Marlene! – chamou o maroto, e Marlene virou – se do grupo, caminhando na direção deles. - O que foi? Vamos logo, a Sra. Potter disse que encomendou uns cinco bolos nos Fortescue. - Olha só: eu e Marlene podemos tomar poções do envelhecimento, nos vestir como meus pais e então entrar no Borgin, revistar e depois ir embora! Genial! - Ótima ideia, Padfoot. – ironizou James. – Só tem um pequeno problema. Eu não sei você, mas eu não ando com um kit de poções no bolso. - Lily! – Harry sorriu. – Ok, Sirius, gostei do seu plano. - Ficou louco? – Marlene começou, mas Harry a interrompeu. - Lily faz a poção, e antes da festa de ano novo nós vamos para o Borgin, que tal? Os quatro concordaram, e enquanto recomeçavam a andar para alcançar os outros, James sussurrou para Harry. - Não acredito que concordou com isso. - Sirius está tentando manter Regulus longe das horcruxes, Prongs. – Harry explicou, preocupado. – Não percebe? Ele quer destruir as horcruxes sem ninguém perceber. Um suspiro de incredulidade foi ouvido, mas Harry não ligou. Achava que pelo menos desta vez o plano de Sirius daria certo, mas antes precisava convencer Lily de fazer a poção, o que na opinião dele seria a tarefa mais difícil. XXX Perto do horário da festa começar, os Potter aparataram até a casa dos Evans para buscar os pais de Lily, deixando James e Sirius encarregados de receber os outros convidados. Surpreendentemente, Lily havia concordado em preparar a poção em parceria com Hermione, após Harry explicar que Regulus não poderia ser arriscado mais uma vez, e estavam cozinhando o líquido azulado lentamente quando Harry entrou. - Com licença... Lily, que usava um vestido verde para combinar com os olhos, sorriu para ele. - O Professor Slughorn devia ver isso! – exclamou ela, feliz. - Onde está Hermione? - Boa pergunta... Ela e Ron estavam discutindo agora há pouco... Harry revirou os olhos e correu em direção ao quarto de Hermione. Quando chegou perto da porta, escutou os gritos de Ron: - Será que eu sempre tenho de ser o errado? Será que você não pensou que talvez, uma única vez, eu estou certo? - Ron, eu não entendo você! Estou tentando ficar perto de você, e não te ofender ou coisa assim! - Eu também quero ficar perto de você, será que não entende? Mas você... Sei lá! Parece superior sempre, a mais inteligente. – a voz de Ron abaixou um pouco, e Harry chegou mais perto da porta. – Eu... Eu gosto de você, Hermione. De verdade. - Ron, eu... Um suspiro foi ouvido, juntamente do rangido da cama sob o peso de alguém. A voz de Hermione, antes quase chorosa, agora ficava feliz. - Confesse que ficou com ciúmes de Viktor. - O quê? Eu confesso meus sentimentos e você só quer lembrar daquele idiota? - OH, Ron! – gritou ela, e Harry escutou a voz sufocada de Ron. - Você é completamente maluca. Rindo, Harry desceu as escadas para ajudar os amigos, com um sentimento de que, se não corresse para falar com Ginny, seria o único a comemorar sozinho a queda de Voldemort.
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