1977 escrita por N_blackie


Capítulo 18
Capítulo 18




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Ron & Hermione

- REGULUS, VOCÊ FICOU LOUCO? – gritou Sirius, avançando para o irmão e tirando o dente de suas mãos. Embora Sirius fosse realmente forte e tivesse derrubado Regulus, ele apenas se ergueu do chão tranquilamente. Harry pegou o diário, e viu que Ginny parecia prestes a chorar.

- O que ele leu nessa porcaria? – Sirius segurava o dente firmemente contra o corpo, como se temesse que o objeto chegasse perto do irmão novamente.

Harry abriu o diário na primeira página, e começou a ler.

Olá, Regulus Black. Porque tenta me deter? Sabe muito bem que é seu destino me seguir. Pense no que a sua mãe acha de você trair a família! Justo você, o filho perfeito dela... Seu irmão é um caso perdido, ela diz. Mas você não é... Porque tem que ser assim? A maioria preferiria a morte a desapontar toda a família. Você é assim?

Horrorizadas, as garotas se afastaram deles, e James tirou o caderno da mão de Harry.

- Esse cara é maluco. Sirius, me dá esse dente e vamos acabar com isso.

Mas o outro maroto não soltou o dente. Seus olhos se arregalaram de cólera, e ele andou raivoso até James, tirando o diário da mão dele.

- Esse idiota... – começou ele, abrindo o diário no meio – Pensa que vai matar... – Ergueu o dente. – O meu irmão.

E com um rosnado, Sirius trespassou o caderno negro com o dente, fazendo com que a tinta começasse a vazar das páginas, inundando sua roupa e o tapete. Um ponto brilhante familiar saiu do diário, e a sombra do jovem Riddle olhou para todos com raiva, soltando um grito agourento.

Quando o barulho finalmente cessou, Regulus saiu do estado de transe, piscando atordoado.

- O que houve?

Quando viu Sirius no chão, correu para tentar ajudá – lo, mas o maroto já estava se levantando com o restante do diário nas mãos.

- Você tá bem? – perguntou a Regulus, que acenou com a cabeça. Sirius suspirou aliviado, e se jogou na cama.

- Não faça mais isso comigo, Reg. Jogue fora. – e jogou o diário para James.

Quando todos desceram para a cozinha, encontraram Sra. Potter preocupada, pronta para servir um lanche.

- O que foi aquele grito, querido? – perguntou a mulher cautelosamente, e Harry notou que havia um quê de orgulho em sua voz.

- Lembra daquele problema que eu comentei, mamãe?

- Você contou? – Hermione se surpreendeu, e a Sra. Potter sorriu para ela.

- Querida, lutei contra as artes das trevas por toda a minha vida. Mesmo que meu filho tentasse me esconder que está ajudando vocês a procurar tais objetos ele não conseguiria. Sou do tempo em que Grindewauld atacava búlgaros toda hora.

- A senhora lutou contra Grindewauld? – Frank exclamou empolgadamente. Ela sentou – se junto deles e se serviu de chá.

- Não posso dizer que lutei de verdade contra ele, mas ajudei muita gente a escapar enquanto Dumbledore não cuidava dele. Mas enfim, acho que agora não é hora para velhas histórias de guerra, sim? Quem quer ir comigo ao Beco Diagonal buscar os sorvetes e logros que comprei?

A agitação na mesa começou instantaneamente, varrendo o problema com o diário da mente deles. Sirius, porém, se manteve sério e pensativo durante o lanche, e não falou nada até todos chegarem ao Beco Diagonal, quando puxou Harry e James para um canto.

- Novato, qual é a próxima coisa que precisamos buscar?

- Não existe uma ordem, Sirius. Destruímos duas horcruxes de seis...

- Acha que Ele poderia ter escondido alguma na Travessa do Tranco? – interrompeu James, acompanhando o pensamento do amigo. Harry tentou lembrar – se de alguma menção ao lugar, e um flash de um jovem Tom Riddle trabalhando na Borgin & Burkes lhe veio.

- Pode. Mas nunca conseguiríamos entrar na Borgin. Os vendedores sabem reconhecer alguém... Que não queira matar ninguém. A essa altura, todos já devem saber que Regulus saiu de casa também, então esse disfarce acabou.

- Meus pais são amigos do Borgin. – Sirius deu um de seus sorrisos que deixavam Harry receoso.

- Não entendo o que isso pode ter a ver com...

- Marlene! – chamou o maroto, e Marlene virou – se do grupo, caminhando na direção deles.

- O que foi? Vamos logo, a Sra. Potter disse que encomendou uns cinco bolos nos Fortescue.

- Olha só: eu e Marlene podemos tomar poções do envelhecimento, nos vestir como meus pais e então entrar no Borgin, revistar e depois ir embora! Genial!

- Ótima ideia, Padfoot. – ironizou James. – Só tem um pequeno problema. Eu não sei você, mas eu não ando com um kit de poções no bolso.

- Lily! – Harry sorriu. – Ok, Sirius, gostei do seu plano.

- Ficou louco? – Marlene começou, mas Harry a interrompeu.

- Lily faz a poção, e antes da festa de ano novo nós vamos para o Borgin, que tal?

Os quatro concordaram, e enquanto recomeçavam a andar para alcançar os outros, James sussurrou para Harry.

- Não acredito que concordou com isso.

- Sirius está tentando manter Regulus longe das horcruxes, Prongs. – Harry explicou, preocupado. – Não percebe? Ele quer destruir as horcruxes sem ninguém perceber.

Um suspiro de incredulidade foi ouvido, mas Harry não ligou. Achava que pelo menos desta vez o plano de Sirius daria certo, mas antes precisava convencer Lily de fazer a poção, o que na opinião dele seria a tarefa mais difícil.

XXX

Perto do horário da festa começar, os Potter aparataram até a casa dos Evans para buscar os pais de Lily, deixando James e Sirius encarregados de receber os outros convidados.

Surpreendentemente, Lily havia concordado em preparar a poção em parceria com Hermione, após Harry explicar que Regulus não poderia ser arriscado mais uma vez, e estavam cozinhando o líquido azulado lentamente quando Harry entrou.

- Com licença...

Lily, que usava um vestido verde para combinar com os olhos, sorriu para ele.

- O Professor Slughorn devia ver isso! – exclamou ela, feliz.

- Onde está Hermione?

- Boa pergunta... Ela e Ron estavam discutindo agora há pouco...

Harry revirou os olhos e correu em direção ao quarto de Hermione. Quando chegou perto da porta, escutou os gritos de Ron:

- Será que eu sempre tenho de ser o errado? Será que você não pensou que talvez, uma única vez, eu estou certo?

- Ron, eu não entendo você! Estou tentando ficar perto de você, e não te ofender ou coisa assim!

- Eu também quero ficar perto de você, será que não entende? Mas você... Sei lá! Parece superior sempre, a mais inteligente. – a voz de Ron abaixou um pouco, e Harry chegou mais perto da porta. – Eu... Eu gosto de você, Hermione. De verdade.

- Ron, eu...

Um suspiro foi ouvido, juntamente do rangido da cama sob o peso de alguém. A voz de Hermione, antes quase chorosa, agora ficava feliz.

- Confesse que ficou com ciúmes de Viktor.

- O quê? Eu confesso meus sentimentos e você só quer lembrar daquele idiota?

- OH, Ron! – gritou ela, e Harry escutou a voz sufocada de Ron.

- Você é completamente maluca.

Rindo, Harry desceu as escadas para ajudar os amigos, com um sentimento de que, se não corresse para falar com Ginny, seria o único a comemorar sozinho a queda de Voldemort.


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