1977 escrita por N_blackie


Capítulo 16
Capítulo 16




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Buscando os Melhores

Conforme a festa de Natal se aproximava, Harry começou a sentir uma agitação maior com a perspectiva de buscar os amigos, dos quais sentia muita falta. Como os dentes do basilisco estavam no malão de Hermione, ele e James decidiram deixar o diário guardado para que ninguém ficasse tentado a mexer nele.

Na manhã do dia anterior à festa, os dois garotos acordaram cedo e desceram para tomar café e planejar qual seria a ''rota'' de busca daquele dia.

- Bom – dia, mamãe. – James bocejou assim que chegou à cozinha, que já estava cheia de um cheiro delicioso, que Harry logo identificou como a comida que seria servida.

- Olá, querido! Harry, preparei os biscoitos para você...

Harry sorriu. Com o tempo se acostumara com o carinho especial que a Sra. Potter tinha por James e seus amigos, e não censurou Sirius por gostar tanto dela. Todo dia de manhã, sem falta, ela preparava biscoitos de chocolate para ele, depois de saber que gostava muito deles, além de um bom sanduíche de bacon com ovos para James. Harry, que nunca experimentara nada parecido até mesmo na casa dos Weasley, sentia um aperto no peito quando pensava que o feriado de natal iria acabar, juntamente com aqueles mimos especiais.

- Vamos começar pela casa dos Prewett – Planejou James, enquanto comiam – Mas eles não vão seguir conosco, porque Hermione precisa destruir o diário com os dentes. Depois vou buscar Peter na casa dele enquanto você segue até uma vila próxima dali, onde Frank mora com a mãe dele, Dona Augusta. Depois de Peter, Frank, Alice e Neville estiverem aqui, nós dois seguimos para Londres, até o apartamento de Sirius e Regulus.

- Ok. Sirius vai trazer os presentes, certo?

- Aham. Todo mundo enviou os presentes para lá. Só espero que Sirius não tenha aberto todos...

Quando acabaram de comer, deram adeus para a Sra. Potter e entraram, um a um, na lareira. Harry grudou os cotovelos no corpo quando sentiu os braços roçarem na parede de tijolos, enquanto um barulho de vozes se tornava cada vez mais alto.

Quando finalmente parou, saiu da lareira e parou ao lado de James, contemplando, abismado, a casa dos Prewett.

O espaço era grande, mas estava tomado de gente. Os garotos foram recebidos por Ginny, que trazia um menino pequeno no colo.

- James! Harry! – sorriu ela, dando um beijo na bochecha deles. Quando se afastou, percebeu o olhar indagador dos garotos para o menino em seu colo, e explicou, sorrindo:

- Este é Charlie, Harry. Charlie, diga oi para o Tio Harry, sim?

Harry sentiu o queixo cair quando olhou para o menino de cabelos muito ruivos que mordia um dragão de pelúcia e olhava para ele, sem conseguir imaginar como ele poderia se tornar o irmão mais velho de Ginny. Não achou que poderia se surpreender mais quando outro menino, um pouco mais velho que o que Ginny segurava irrompeu na sala, indo se aninhar junto de Ginny.

- Prima, diz pro Tio Gideon parar de assustar a gente com história de monstro?

Paciente, Ginny se abaixou e puxou o menininho para junto dela, gritando em seguida:

- Gideon, para com isso, idiota! Depois o Bill não dorme e eu me ferro! Esqueceu que a Molly não pode ficar sem dormir, imbecil?

Gideon entrou na sala rindo.

- Eu não tenho culpa! Só estava querendo...

- GIDEON! VEM AQUI, PORCARIA! – gritou Fabian ao longe – MOLLY QUER DESCER AS ESCADAS, E EU NÃO VOU LEVITAR NINGUÉM PRA BAIXO!

- Onde está Arthur?

- No trabalho, dã. – Ron entrou na sala carregando uns brinquedos nos braços. – Hey, Harry, James, como estão?

Os dois se entreolharam, sem entender nada daquela confusão.

- Esta aqui é...

- A casa da vovó Prewett. – riu Ginny, bagunçando os cabelos de Bill - É assim mesmo. A vovó e o vovô estão viajando, então convidaram Molly e Arthur para ficar aqui e cuidar de Fabian e Gideon. Mas quem está cuidando da Molly somos nós mesmos. Ela está grávida. – completou ela com uma piscadela.

A porta da sala se abriu novamente, e Fabian e Gideon entraram, cada um segurando um braço de uma mulher ruiva muito bonita, que ostentava um barrigão enorme. Harry e Ginny se entreolharam, e ele sorriu ao ver Molly Weasley, quase vinte anos mais nova, entrar e sorrir para eles.

- Oi! Vocês devem ser os amigos de Fabian e Gideon, certo? Ah, desculpem o incômodo, mas sabem, é difícil carregar dois bebês de uma vez só! Só espero que um deles seja menina... Arthur e eu queremos tanto uma garotinha...

Ajudava pelos irmãos, ela sentou –se numa poltrona e estendeu os braços.

- Charlie, querido, venha cá com a mamãe... Ginny, obrigada pela ajuda com os meninos, fico tão feliz de poder ter uma mulher me ajudando... Bill e Charlie gostam tanto de você, fico impressionada!

A ruiva sorriu sem jeito, enquanto Ron limpava a garganta.

- É uma pena, Molly... Porque eles vieram chamar a gente... Vou chamar Hermione...

O sorriso no rosto da mulher se desmanchou.

- Vou senti falta de vocês... Onde está Hermione, falando nela?

- Está estudando lá em cima. – Ginny revirou os olhos. – Ela não cansa nunca!

- Com licença... – Harry levantou – se e seguir Ron.

- Peça para Hermione levar os dentes. Achamos o diário.

Os olhos do amigo se arregalaram, e ele acenou com a cabeça enquanto corria escada acima. Aliviado, Harry voltou para a sala, quase tropeçando em Bill, que corria na direção de Charlie.

- Bom, me prometam que voltaremos a nos ver. – Molly sorriu, e Ginny a abraçou.

- Nós prometemos. Tenha certeza de que ainda vai nos ver, Molly.

Ron e Hermione chegaram, e abraçaram Molly. Hermione foi a primeira a usar a lareira para ir à Casa dos Potter, sendo seguida por Ginny. Antes de entrar na lareira, Ron deu um sorriso amarelo e abaixou – se na altura de Charlie.

- Bom, tchau, Charlie... Se um dia você tiver um irmão mais novo que... Acidentalmente te fizer quebrar a perna, por favor não brigue com ele, e nem o pendure pelos tornozelos para fora da janela, sim?

Harry sorriu para o amigo, que piscou para ele.

- Casa dos Potter! – gritou ele, para depois desaparecer. James olhou confuso para Harry, mas não disse nada. Após de despedirem dos Prewett, os dois garotos pegaram a lareira e seguiram cada um para um lado.

Harry saiu um pouco tonto na sala de estar dos Longbotton, e ficou aliviado ao ver que não havia confusão nenhuma. Alice, Frank e Neville o esperavam conversando animados, sob o olhar atento da Sra. Longbotton. Quando entrou no lugar, a mulher andou austeramente para ele, lhe estendendo a mão.

- Olá, você deve ser o amigo de Frank. – sorriu ela. – Querido, pegue suas malas... As de Alice também, menino, seja um cavalheiro, por favor.

- Bom, vocês vão de lareira até a casa dos Potter, ok? – instruiu ele, indicando a lareira com a mão. – Eu vou encontrar com James daqui a pouco, mas vocês podem seguir sem a gente.

Acenando com a cabeça, os três foram até a lareira, e em poucos minutos tinham sumido. Um estalo foi ouvido, e James aparatou ao lado dele, acompanhado de um homem gordinho sorridente.

- Obrigado, Sr. Pettigrew! – agradeceu James, e o homem desapareceu. – Vamos, Novato?

Os dois refizeram o caminho até a lareira, e Harry começou a se perguntar se a tontura das viagens por Rede Flu algum dia passariam. Um vento frio bateu em seu rosto, e ele abriu os olhos.

Estava numa sala acinzentada cheia de pacotes coloridos, que Harry reconheceu como os presentes. O garoto saiu da lareira, e viu James e Regulus empacotarem todos os quadrados coloridos dentro de um saco maior.

- O que houve? – ele perguntou ao ver a expressão aborrecida de James. O maroto apenas balançou a cabeça e fechou mais ainda a cara quando Sirius entrou.

Harry, ao olhar para o padrinho, notou o que deixara James tão irritado. Enquanto esperava Regulus e James fecharem o saco com os presentes, Sirius puxou um cigarro do bolso e acendeu.

- O que está fazendo? – Harry perguntou, levantando – se e tirando o objeto da mão dele.

- Sei lá, deu vontade.

Harry revirou os olhos.

- Não faça mais isso.

- Não adianta, Novato. – falou James, irritado. – Eu disse pra ele não fazer mais.

- Acha que os pais da Lene vão adorar ver você fumar? – Harry disse secamente, e sorriu para James quando Sirius arregalou os olhos.

- Esqueci! – e apagou o cigarro. – Ok, não faço mais. Só fumei dois até agora...

Vitorioso, James entregou o saco para Regulus e disse:

- Você e Sirius levam pra minha casa, ok?

Os dois irmãos pegaram cada um numa das extremidades do saco e aparataram (Sirius ajudou Regulus). Quando os dois desapareceram, James sorriu para Harry:

- Obrigado, Novato. Não tinha pensado em ameaçar com os pais da Lene. Falando em pais, agora vem a casa da Lily...

- Quer ir sozinho? – Harry perguntou inseguro. James arregalou os olhos.

- Não! Quero dizer, não estou com medo, sabe. É só... Não conheço nada de trouxas, preciso que você me dê cobertura... Não precisa ir se não quiser também, claro...

- Tudo bem, Prongs. Eu vou.

- Obrigado. Não sei como te agradeço e...

- Só cale a boca e não faça besteira na frente do Sr. E Sra. Evans, ok?

Harry foi até a lareira e acendeu – a com a varinha, sendo seguido por James. Quando entrou na lareira, Harry notou que o maroto tremia levemente, e parecia começar a suar.

- Tem certeza que a lareira deles está na rede?

- O que? Ah, sim, está sim. Meu pai ligou pra uns amigos dele no Departamento de Transportes Mágicos e ele arranjou.

- Ok. Espero você lá.

E a última visão que ele teve de James foi uma rápida passada das mãos pelos cabelos rebeldes, antes de desaparecer em direção à casa de Lily.


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