Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 9
8 Confronto




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Lucas caminhou na minha frente. Então eu guardei o pequenino Ipod no bolso da minha blusa de frio. E comecei a marchar. Só então percebi Tony me afrontando – escorado com os braços cruzados no portão da escola. Paralisado — E com um furor proclamado em seus olhos. Ainda assim incrivelmente luminoso. Eu o achava ainda mais sexy quando ficava aborrecido. Aproximei-me dele com um sorriso na cara. Um sorriso objetivo que lhe descrevia: “Desculpe Anthony, sei que estou sendo uma bruxa”. – Mas não implique por eu andar com o menino das ENORMES OLHEIRAS. Não amole por eu andar com alguém que pensa como eu. Não implique por ele não ser um idiota egocêntrico e ainda assim bem aventurado como você.

(Por favor não implique)

Tony não respondeu ao meu sorriso. Até quis, mas segurou-o pra si próprio. Olhou-me de maneira desaprovadora. E logo após desviou o olhar.


— Olá. – disse dando-me um beijo na bochecha. Droga! Era um péssimo sinal. “Olá” em vez de “Oi.” Entretanto meu novo eu não se preocupava tanto quanto deveria. Não haveria porque me preocupar.

— Oi. Como você está? – disse tentando manter a paciência.
— Estou ótimo. E você? – disse caminhando acelerado.
— Há algo errado com você? – disse sem agüentar.
— Não mesmo. – limitou-se a falar. Houve um longo minuto de sigilo enquanto sentávamos em um lugar mais reservado do colégio como sempre fazíamos.

O sinal não havia estrondado. Faltava exclusivamente 7 minutos.

— Anabel me falou uma coisa – disse ele mirando o nada. Mãos arqueadas e cotovelos apoiados nos joelhos. Pés frenéticos. — Não que eu dê importância ao que aquela vaca diz. Mas creio que desta vez ela esteja... — ele parou.

Tony fez uma careta, e murmurou algo que se tornou inaudível, perdendo-se na aglomeração e no barulho dos estudantes. Percebi que ele olhou rapidamente pra o lado esquerdo e depois voltou sua face para mim – olhar furioso. Duplamente audaz.

— O que é? – perguntei.
— Qual é, a deste moleque? – disse entredentes.
— Que...? – eu parei, sensação provocada pelo desconforto.

Lucas estava em pé, ao alcance de nossas visões.Próximo. Bem ali. Um pé amparado pela parede, braços atravessados. E uma cara desafiadora para Anthony. As luzes florescentes do pátio começaram a piscar, depois voltaram ao normal. Anthony deu um puxão no meu braço, voltei a vê-lo. Mas desta vez foi ele, que se desfez do meu olhar. Notei que Lucas caminhava em nossa direção. Passos convictos. Ambos os olhares era magneticamente opostos, ira, fúria e hostilidade. Eu fiquei ali, alternando meu olhar entre meu amigo-estranho DE ENORMES OLHEIRAS e meu amor ciumento.


—Vamos. – disse erguendo Tony e o puxando pelo braço. Em uma tentativa fracassada de afastar os dois.

— Espere. – falou fincando o pé. — Não posso sair, não antes de cumprimentar o seu novo amigo. – Eu dei uma risadinha sem humor algum.
— Acha mesmo que isto é necessário ?
— Eu não vou a lugar algum. Pode confiar em mim. –disse entredentes.

— Olá. – Lucas estendia a mão pálida e cumprida. — Me chamo Lucas.
— Olá, Tony. – disse apertando a mão de Lucas, quase quebrando seus ossos.

Notei que o garoto das ENORMES olheiras, segurou as pontas apesar de sua mão estar sendo, comprimida e esmagada. Sua face se mantinha firme, como um menino grande ele não choraria.

— Anjo, estou aguardando você depois da aula. – falou Lucas.


Eu o espingardei imediatamente. Meus olhos, nos olhos dele. O escárnio e a ira – um lutando para destroçar o outro. E tudo isto em apenas um olhar silêncioso. Quando Lucas desapareceu na multidão que subia as escadas. Eu me voltei para Tony. Ele capturou sua mochila com grande exaltação e rapidamente a pos em seu dorso, escorada por um ombro. Um ombro machucado, um ombro enganado. Eu omiti.


(Ele não vai me absolver...Eu fui uma bruxa, Tony...Eu sei que fui)

Deus-nos-acuda! Era meu fim. Anjo? Encontros posteriormente à aula...com alguém que me encarava estranhamente como um rosto familiar, algum maluco que era inexplicavelmente intimo. Intimo de um jeito platônico e flutuante...tão intimo como lacunas, e tão ranzinza quanto uma Alma atormentada. Um garoto que chegou pra por fogo no circo. Um garoto que queria me afastar de Tony.

— Tony...Tony... – apressei-me para acompanhar seus passos.
— O que é “Anjo”? – disse tão irônico e violento.
— Cara...Como você pode cair na pilha dele? Não existe nada de Anjo.
— Não foi isto que Anabel me descreveu... – riu sem humor algum.
— O que ela te disse, por Deus, fala! – eu estava caindo, direto na maré do rebaixamento.
— Pergunte a ela, ué! – rebateu dois tons acima.
— Estou querendo saber isto de você. Seus olhos estão queimando, Tony.
— Obvio que estão. Não percebeu o modo que ele olhou pra você, e o modo como aquilo parecia derreter na boca nojenta dele...Anjo. Que porra Rocxanie!


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