Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 83
82 Locke


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas Leitoras, aqui está um capítulo a respeito do Loo e de como a Roc o vê. Sejam boazinhas e comentem bastante : ) Pois isso me ajuda a postar mais rápido. Acho que irão gostar do cap, mas caso não gostem digam : )



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Sábado tinha chegado e o dia custou a passar, as horas se perderam em alguma ampulheta longe de mim, rastejando e ignorando o próprio tempo. A televisão preenchia a lacuna da minha vida parada, mas com obviedade zapeei por ela o dia inteiro, não tinha nada que se consagrasse. Nada que proporcionasse algum entretenimento decente. Lá jaziam apenas bundas e peitos por toda parte, ou engravatados enfadonhos ponderando catástrofes que nem se quer permaneciam estar por vir, programas sensacionalistas, bobagens a parte. O tédio não era mais um hospede, era um morador permanente. Era incrível como isso me mordia o tempo inteiro. O mundo inteiro procura uma emoção, e todos pareciam encontrar, bem todos, menos eu.


****

Lá estava eu, estática no portão sob a luz amarelejada do poste. Acima de mim a permissão de minha mãe e uma lua prateada. Eu vestia uma calça jeans e uma camiseta larga Preta. Minhas pulseiras de plásticos e estrelas. Com um agasalho por cima de tudo. E uma sapatilha preta nos pés. Agradeci aos céus por não estar tão frio. Aquilo era perfeitamente suportável.

Subi, tomei um banho bem demorado. Escutei algumas canções tristes. Isolei-me. E me preparei para minha ação domo Cupido, parte II.

Ele chegou à minha casa pontualmente às 19h. Meu coração acelerou ao vê-lo em cima daquela motocicleta, juro que não quis, mas ele era como os fogos de artificio, inalcançável e admirável. Sempre que ele surgia em cana, meu coração batia em tempo dobrado, de certa forma ele me intimidava.


Ver ele era sempre uma surpresa, era como ser pega em casa por um astro do Rock. Ele estava outra vez bonito brilhante e sombrio Enfiado em suas cores escuras, no jeans e na velha camisa de qualquer banda de HardCore. Com aquelas botas pretas. Ele tinha um magnetismo a parte, e confesso que isso me permitia ficar tensa.


Ele era um cara mais velho obviamente, era sombriamente aceso e sexy, qualquer garota ficaria na dele, me perguntei se ele me desse uma chance, se eu cairia fora? Bobagem, eu tinha uma missão, não poderia ser uma traíra, só por causa de um cara apetitoso.


Ele sorriu para mim e acenou para que eu me agarrasse a ele na garupa da moto. Ele não era de falar muito, mas aquele risinho de banda que ele deu foi o bastante.

Vivendo para encontrar uma emoção esse pensamento foi tudo que minha mente absorveu, enquanto eu passava minhas mãos ao redor da cintura dele. Ele era perfumado ainda. Cupido, apenas Cupido.

E lá fomos nós, rompendo a atmosfera da noite. Embalados, fomos para bem longe, longe demais. Eu adorava a sensação de liberdade que tinha ao lado dele em cima daquela motocicleta em movimento rápido. Mais e mais.

Pensei mais sobre ele, vendo toda aquela escuridão, não tive como não fazer.

Locke poderia apenas ser um garoto da cidade, nascido no Sul. Vivendo em um mundo solitário, com uma história de vida deserta e fria. Um garoto livre, com um instinto destrutivo. Um garoto que tinha seus negócios, como ele mesmo disse trabalhando duro para se manter? Sabe, algumas pessoas nascem para dançar algo colorido e afortunado. Locke parecia ter passado a existir a partir de uma canção um blues. Ele e eu E aquela coisa desconhecida e familiar entre nós. Como nas canções duras de tristes. Procurando nas sombras da noite Um pouco de animação.

Locke e sua maneira pacata e violenta de agir, como se nada tivesse muita importância, como se nada fosse impossível de se resolver por si mesmo.

Ele era indecifrável Eu não sabia nada dele. Nada mesmo. Mas ele me parecia ser aquele tipo de cara que foge com você em um trem á meia noite sem aviso. Sem nada para perder ou ganhar. Ele me parecia exatamente o tipo de cara errado, aquele que lhe dá o mundo em uma noite de estrelas e depois lhe deixa um adeus, escrito no espelho com um batom vermelho carmim. E um dia volta, ou talvez não, talvez ele nunca fosse o tipo de cara que voltasse para casa. Selvagem e sombrio. Ainda assim com um toque ingênuo. Ele tinha uma nuance terrível. Ele era incompreensível. Uma mureta impenetrável. Talvez fosse isso, o não poder decodificá-lo, era isso que me inquietava nele.

Ele acelerou através das ruas já conhecidas. E os logradouros iam passando esclarecidos através do espelho de nossos olhos. Em todos os quatro lados as construções das casas e estabelecimentos iam virando apenas fagulhas e impressões. Meu olhar se voltou em direção ao céu noturno. Naquela noite não havia muitas estrelas Aliás, elas eram incomuns ultimamente Nas minhas contas mentais, o resultado se igualou a sete. Sete estrelas sob nossas cabeças. Eu desejei poder pedir algo a elas. Mas desejos eram perigosos demais.

Continuamos ociosos pela cidade. Desocupados até pegarmos um caminho conspícuo contornando o cemitério das Lástimas. Quando o muro retilíneo tomou o lugar das casas bem iluminadas, minha atenção se desandou para aquelas grandes estatuetas de gárgulas e anjos que iam nos espionando por cima do paredão do cemitério. Olhares sinistros e complacentes. Arrepiei-me.

Andamos mais um pouco.

A luz da moto preta de Locke se apagou. Estávamos em frente a uma casa desajeitada em uma rua pouco iluminada. Ele parou em frente a casa. Em cima da calçada. Saltamos praticamente ao mesmo tempo. Estreitei minha visão para tentar enxergar mais detalhes, mas não consegui ver muita coisa. A pouca luminosidade não auxiliava em nada.

Ele virou a cabeça e moveu a boca:

Bem-vinda ao meu docelar.

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Notas finais do capítulo

Quer saber o que acontece? . . . tchãn, tchãn.
Mistery, comentem! Façam uma autora feliz.



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