Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 81
80 Negando




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Anthony estávamos juntos outra vez, mas por alguma razão havia vezes que eu não queria estar realmente ao seu lado, eu quis que outra pessoa estivesse em seu lugar, pois embora nos amassemos demais, éramos elementos tóxicos, mortalmente destrutivos. Não havia um dia sequer, em que pelo menos uma briga não ocorresse, era triste e cansativo. Ele praticamente era desatento ao nosso namoro, porque todo dia suscitava uma perda de tempo e energia entre nós. Era um circulo vicioso.

Anabella agora namorava Lucas, eles resolveram ostentar, eu poderia dizer que eles tinham tornado aquilo público, mas era mentira, pois eu sabia, no fundo eu tinha isso dentro de mim, sabia que ela tinha assumido ele, tomado o controle da situação, mas eu não estava certa sobre o contrário. Claro, Anabella era viciada em Lucas, mas não era amor. Ela passava a maior parte de seu tempo correndo atrás de Lucas, exibindo seu "Homem", como ela mesmo adorava falar, arrastando ele para sair, ele só murmurava um Sim e me olhava, como se ainda estivesse esperando que eu mudasse de ideia.


Lucas sempre fora quieto, mas ultimamente ele soava ainda pior, taciturno. Tirando Anabella, ele não trocava mais palavras com nenhuma outra pessoa da sala, mal falava comigo. Claro, ele agora era o troféu da Bells, ela o carregava a todas as rodinhas estudantis, eu o via sorrir vez ou outra, mas sabia que aquele riso era tão frio quanto um iceberg.

Quase uma semana se passou, depois daquele dia em que nos encontramos no Recanto Verde, ele vinha mantendo-se afastado de mim, o melhor ataque é a defesa, certo? Eu também não o procurei, não tinha mais esse direito. De alguma forma, eu sabia que seu silêncio prolongado tinha um nome, grandes suspeitas eu tinha de que fosse: Annie.

Meu mundo voltou a ser uma incrível parede pintada de cinza era difícil admitir que eu fosse mais feliz, quer dizer, só um pouquinho mais, quando tinha Lucas ao meu lado. Talvez por ser o tipo de pessoa que só gostava do inalcançável, só desse valor ao perdido, depois de tê-lo encontrado. Nada era fácil.

Estávamos na aula de Educação Física Era sexta-feira. Eu estava no ultimo degrau da arquibancada cinzenta com cheiro de rato podre. Eu olhei Lucas do outro lado da quadra, admirei ele por um tempo, até o momento em que seus braços envolveram Anabella. Ela roubando mais um beijo dele, ele correspondendo, era patético. Decidi que aquela escola era pequena demais para mim. Quis descer até lá e impedir que ambos os corpos se aderissem, mas eu era só uma idiota rescalda, invejando o namorado de alguém. Sabia que não era um bom sentimento. De volta a minha velha vida mais ou menos, com sentimentos que eu nunca quis. Bem-vinda.

Ergui-me e comecei a andar em direção a saída da quadra. Um portão pequeno e estreito, no final do corredor jazia a sala de balé, okay, um lugar para conseguir uma folga.

Entrei. Fechei a porta e afundei em um dos pufes rosa-shoking.

Fiquei lá por volta de dez minutos convictos. Respirei fundo e fechei meus olhos. Só voltei a abrir quando a porta abriu devagar, estava na meia luz do dia, quase escuro, mas eu reconheceria aqueles passos taciturnos e aqueles olhos tempestuosos e azuis até do outro canto do mundo. Lucas Meu coração triplicou, me endireitei na almofada gigante, depois tentei esconder meu riso que começava a querer escapar, como se ele pudesse me ver nitidamente na meia luz. Tolice.

Ele entrou e sentou-se no outro pufe ao meu lado, não falou comigo. Não disse nada. Esperei pacientemente, pois sabia que aquilo era um dos nossos antigos momentos, se é que posso me referir ao passado, nem tão distante assim.

Repentinamente ele ergueu-se, suas mãos atrás da nuca, esticando-se, soprando o ar. Era impaciência ou fúria, se fosse apostar, apostaria na fúria. Mas obvio que era algo refreado. Após isso, ele sentou-se no chão, bem na minha frente. Seus braços esticados acima do seu joelho, que convinha de apoio. Seus pés batendo no solo, como se tocassem bateria.

– Eu quero te derrubar – Disse por entre-seus-dentes.
– Bem, estou vendo que você está um pouco bravo.

Ele balançou a cabeça em desaprovação.

– Pelo amor de Deus, mate-me logo! – Disse exausta.
– Se eu quisesse te matar já teria feito isso, não acha? – Ele me fitou.
– O que...O que você quer?

Ele aproximou-se de mim com uma velocidade incrível, me perguntei quando ele tinha ficado tão veloz. Sua destresa era admirável, caso não fosse irritante. Ele arqueou seus braços a minha volta, obrigando-me a enconstar minha cabeça na parede fria. Eu parecia um animal acuado.

– Sai daqui. - Disse tentando empurrá-lo.

Mas ele não saia, não se moveu um centímetro, ele era tão forte há uma semana atrás? Droga.

Saia de cima de mim.
Não estou em cima de você, estou apenas te contendo. E não vou sair daqui, até você provar que não sente nada por mim.

–  AH vai fazer o que, tentar seu truque barato de obrigar um beijo? - Disse com desdém.

A respiração dele ficou cada vez mais próxima, hálito sabor menta.

–  Não, dessa vez é você quem irá pedir. – Um riso torpe surgiu atrás dos lábios finos.

Eu não conseguia ver direito seu olhar, muito menos suas olheiras arroxeadas, mas sentia sua pele gélida encostando na minha, testa com testa. Pele contra pele. Sentimentos misturados. Cabeça confusa.


Seus lábios em frente aos meus. Senti minha respiração ficando irregular, terrivelmente irregular, droga, como eu poderia estar me sentindo assim? Tentei outra vez empurrá-lo, foi em vão. Ele não pareceu sentir nenhum incomodo, talvez eu tivesse perdido minha força. Como Sanssão e Dalila erámos conectados, pouco-a-pouco. Em vez de afastar-se, pelo contrário, trouxe seus lábios ainda mais para perto dos meus, agora eu poderia sentir uma leve pressão, eu não estava mais no meu controle, eu teria ido para trás com a cabeça, mas a parede me impedia, talvez fosse a parede, talvez fosse eu. Era real, eu queria beijá-lo. Eu queria isso. Dessa vez eu queria muito. Eu sentia meu corpo formigar, partes bobas do meu corpo sentindo cócegas. Não podia ser, não podia. Eu senti seus lábios repuxarem, ele sorria.

– Apenas diga que você quer, tanto quanto eu.
– Eu não...quero. – Menti ainda em um sussuro, bem como ele havia feito.


Ele afastou-se alguns centímetros. Testando-me.

– Então, por que seu coração parece querer quebrar seus ossos? E por que você está com dificuldades para se lembrar de como respirar? –  Eu não conseguia pensar direito, minha sanidade corria pelo ralo, enquanto ele divertia-se as minhas custas.

...to be continued...



















 


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Notas finais do capítulo

Cometários?



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