Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 78
77 Gatas & Tigresas.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem : ) Não se esqueçam de comentar : )
Se quiserem também podem recomendar a história, aliás seria demais.



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Voltamos para a aula.

A primeira aula foi embora, bem como a segunda, terceira. Pausa para o intervalo.

Ergui-me já destinada a achar um lugar novo e ficar solitária na intermitência das aulas, mas antes que saísse totalmente da sala avistei Anabela aproximando-se da carteira de Lucas. Voltei e me sentei outra vez, fingi procurar alguma coisa na minha mochila, só para observar aquilo um pouco mais. Mesmo sendo difícil admitir a mim mesma, eu detestava ver os dois juntos, eu tinha ciúmes, só um pouco de dor-de-cotovelo – quem sabe fosse porque Anabela, ela era mais saliente do que eu jamais seria, atraente, mais peituda também e tinha uma naturalidade com os garotos que eu jamais teria. Ela sabia do que eles “gostavam”, ela sabia seduzi-lo de um jeito bem obsceno e colegial.

Ela era bem melhor que eu, pelo menos no quesito “musa do verão”.

Lucas virou sua cabeça para cima para olhá-la, e levantou as sobrancelhas.

— Como vai meu anjo? — disse ela agitando seus cabelos.

— Olá Bells, eu estou melhor agora e você? — “Bells” agora eles trocavam apelidinhos carinhosos? Cachorro.

Seu instinto era de aninhar-se ao lado dele e cobrir os seus lábios com beijos, era tão manifesto que me dava ânsia de vômito.

— Você vai estar sozinho na sua casa hoje? — Perguntou ela.

Ele não se mexeu. Exclusivamente exibiu um sorriso trapaceiro, um riso malandro. Ela sorriu de volta com mais intensidade, eles compraram olhares. E eu vi os olhos dela se iluminarem.

Eu não sabia exatamente o que eu estava sentindo. Inveja. Raiva. Nojo.

— Vou estar sozinho, por quê? — Ah ta, como se não soubesse o nível baixo daquela conversa.

— Quer companhia? Sabe podemos ver um filme, — ta só se for pornográfico — Depois posso fazer sua comida predileta. E sabe outras coisinhas mais. — Ela deu uma longa piscadela pra ele.

— Bells, você me deixa tão... quente. — Disse ele passando a língua nos lábios descorados. Não, mentira, ele não disse isso.

Ele levantou encostou-se na parede e a puxou gentilmente para junto do seu corpo. Os corpos ficaram juntos, muito juntos. Ela traçou a linha de sua mandíbula com os lábios, beijou o lado do pescoço dele, pousou sua mão nos cabelos cinzentos. Ele abarcou sua cintura, eu não acreditava no que estava vendo, sua mão desceu até o “bolso” dela. Eles iam para os finalmente, ali mesmo? Estava obvio pra mim que aquilo ia acabar nos lençóis. Ahram, eu quis morrer, mas antes quis socar a cara dele. Aquele cínico, fingido, filho de uma mãe.

Prendi minha respiração, depois respirei fundo e desapareci daquela sala. Meus olhos já tinham visto o bastante.  Achei Anthony parado próximo da escada, ainda parecia tenso, mas eu também estava tensa, eu precisava fazer alguma demência como todas as meninas malucas de dezessete anos.

— Oi Anthony. – Ele sorriu assim que me viu parada na sua frente.

— Roc, me desculpe por ter te deixado na quadra, eu estava um pouco fora de mim... Espero que entenda.

— Eu entendo sim, — disse sorrindo, tentando disfarçar a minha fúria — Já nem lembro mais.

— E sobre o que acontecerá amanhã, — eu o interrompi.

— Espere um pouco Anthony, preciso te perguntar uma coisa... — Eu me senti muito inquieta, já sentia as minhas bochechas corarem, só de pensar naquilo.

— Claro, meu amor. — Disse ele percebendo que eu parecia apreensiva. — Puxei-o para um canto mais escondido.

Ele soltou um riso específico, quando fiz isso.

— Você me acha... Tipo... Me acha atraente? — Ele deu um risinho tímido.

— De onde veio essa pergunta? — Arqueou uma sobrancelha.

— Só me responda.

— Acho você muito atraente.

— Atraente de que jeito?

— Como assim, amor?

— Charmosa como uma gatinha com um carretel de lã, ou sedutora como uma tigresa?

Ele gargalhou, me senti uma boba. Mas para quem mais eu poderia fazer esse tipo de pergunta?

— Você não faz idéia, não é mesmo? – Ele tocou meu rosto, senti sua pele quente. — Você é a garota mais sexy que conheço — Ele balançou a cabeça ao pensar no fato. Eu me senti mais quente. Minhas bochechas agora ardiam no canto escuro.

Fiquei quieta, fixando um ponto na escuridão.

— Uau, por que isso agora?

— Eu acho que não me sinto bonita, sabe uma beleza não auto-suficiente, acho que apenas queria saber se era uma opinião particular... — Tentei explicar.

Ele me olhou, virando a cabeça ligeiramente para a esquerda, depois para a direita, um olhar exato, o olhar mais perfeito que alguém poderia olhar pra outra pessoa, soube ali, que para ele eu era a garota mais linda do mundo. Ele me fazia sentir bela. E aquilo me bastaria por muito, muito tempo, talvez uma vida inteira.

Ele inclinou a cabeça para mim e esperou, eu senti a mágica daquele instante.

— Sou só eu, ou você também sente o mesmo? — Perguntou aproximando-se com cuidado do meu corpo.

Eu pousei minhas mãos com a mesma cautela nos ombros dele, movendo-me para o seu pescoço. Meus dedos engenhados no seu cabelo. Ele encostou seu rosto. Senti sua respiração aproximar-se da minha, pacificamente. Ele não tinha pressa, eu não estava inclinada a correria.

— Eu te amo e você é linda. — Vi seus lábios se moverem.

Eu fechei meus olhos e senti seus lábios me envolverem, para outro lugar, outro tempo, outra direção, outra história. Éramos eu e ele, e aquele período. Os lábios dele tinham um gosto tão apropriado, tão doce, tão amável. As mãos dele agarraram minha cintura firmemente — eu era dele, ele era meu. E só por uma vez, não me senti estúpida por querê-lo.


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Notas finais do capítulo

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