Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 61
60 Minha fantasia é você


Notas iniciais do capítulo

Queridas leitoras do meu coração! Obrigada por não terem me abandonado! Por acreditarem na minha história! :D
Isso é muito, muito, muito importante! :D
Estou começando a acreditar que sei realmente escrever...Depois de anos e anos...!
Sem mais...Vamos a história!
Se alguém quiser recomendar a minha história, sinta-se a vontade!
*-*



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Eu olhei diretamente para os braços dele, finalmente a luz cuspia os fatos nitidamente sobre meu cérebro, fazendo-me parecer cruel. Eu me encolhi secretamente, eu não podia lidar com violência física. Não mesmo. Claramente algumas manchas roxas em formas arredondadas, dançavam sob a epiderme amenamente morena de Tony.

Eu engoli a seco quando a culpa me atingiu um único golpe no estômago. Eu era a responsável por seus machucados.

Sentei-me ao seu lado.

Ele deu uma risadinha e disse a mim:

— Não se preocupe meu amor, isto não é nada. Eu já me sinto muito melhor só de estar ao seu lado.

Eu peguei um de seus braços e coloquei sob meu colo, cutuquei os círculos com o dedo indicador, docemente. O roxo não se mecheu. Eu olhei para sua face, para saber se estava doendo, mas ele não se agitou, nem mesmo um músculo se quer. Não satisfeita eu indaguei:

— Dói?
— Estes não.
— Há outros hematomas?

— Há, um pouco mais — disse com desgosto na voz. Como um guerreiro que perde uma batalha e tem que voltar para casa e admitir que falhou.

— Me mostre.
— Deixe pra lá, vou passar uma pomada e tudo vai melhorar.
Eu lhe lancei meu olhar de “você não tem como fugir”

Ele compreendeu e ergueu a camiseta.
Minha boca contorceu-se em um “O”.

O abdômen dele estava repleto daquelas manchas arroxeadas. Mais um golpe de culpa me inundou. Quis chorar e confessar tudo.

— Me desculpe – disse o abraçando.
— Está tudo bem amor, não foi nada demais. E não foi sua culpa.

— Foi sim — Eu afundei em seu ombro, sentindo algumas pequenas lágrimas queimarem meus olhos.

Senti seus braços fortes me envolverem e tudo pareceu ficar bem, apenas afetuosamente bem. Eu não era mais cruel, e nem ele era mais a vitima, ou o cara que tinha me deprimido. Éramos apenas nós mesmos, nós, sob a luz clara do meu pequeno quarto, nós a propósito do silêncio e do fascínio. Eu abafei a minha culpa, como ele também abafou seu desgosto.

Anthony se afastou um pouco de mim. E limpou minhas lágrimas com a ponta dos dedos de maneira carinhosa. Depois elevou minha mão até sua boca, beijando-a suavemente. A seguir se aproximou mais perto do meu rosto e virou pegando um atalho até meu pescoço. Beijou meu pescoço amenamente, um beijo arrastado – vagaroso e demorado. Meu coração disparou, assim que senti seu toque. Minhas veias se dilataram e meu sangue inundou meu corpo, me fazendo estremecer por dentro.

Tony foi escalando meu pescoço, depois meu queixo, minha bochecha, até finalmente alcançar minha boca.

A aderência de nossos lábios era uma sensação indescritível. E tudo que eu conseguia pensar era em absolutamente nada. Um enorme nada. Apenas e tão só rendição. Eu baixei as minhas armas e cessei a guerra invisível por um momento, uma bandeira branca balançou em meu coração. Eu rapidamente agarrei e envolvi seus cabelos entre meus dedos. Ele respondeu com mais vigor no beijo. Agressivamente doce. A pressa era o nosso interruptor. Anthony me apertou contra o seu corpo, segurando-me firme. Aproximou suas mãos da minha cintura, e deslizou rapidamente por baixo da minha blusa, lentamente seus dedos tocaram minha barriga. Uma corrente elétrica percorreu meu corpo como mágica. Puxando-me mais e mais. Eu estava vulnerável. E as pontas dos seus dedos levemente trêmulos. Dedos carinhosamente convidativos. Rendição. Rendição. Rendição. Meu crânio não conseguia refletir, eu não conseguia respirar direito, meus pulmões precisavam desesperadamente de oxigênio. Mas tudo que eu só conseguia sentir era uma explosão de sentimentos malucos e desorientados. Em um impulso de vida ou remorso, eu o empurrei com toda força para bem longe. Ele não esperava por aquilo, ele esperava rendição. Eu também.

Eu me ergui e dei início a andar de um lado para o outro, em uma tentativa de voltar a mim. Ele ficou me observando com um misto de encanto e conquista.

— Isto não está certo! — disso com a respiração entrecortada.

— Não está certo? — Ele parecia dúbio — O que não está certo?

Eu permaneci enfiada em meu caos particular.

— Nós não estávamos cometendo nenhum pecado — disse ele com um riso nos lábios. — Talvez você esteja um pouco assustada, mas — ele deu uma pausa e sorriu de modo sedutor — Eu quero você, e pelo que eu percebi você também me quer com a mesma intensidade.

— Eu não...Eu não...quero você — Palavras gaguejadas e estúpidas.

Ele sorriu convencido.

— Me desculpe, mas não foi o que pareceu.

— Está tarde, acho melhor você ir embora — disse abrindo a porta e segurando a maçaneta.


Anthony me olhou longamente e depois suspirou.

— Somos namorados há tanto tempo, e você ainda me rejeita desta forma.

...

Sábado tinha chegado. Lá fora a manhã explodia em um sol brilhante e claro... um sol que queimava toda a cidade, adjunto a um extenso céu azul. Assim que eu acordei, esfreguei os olhos e imediatamente telefonei para Lucas em busca do telefone de Locke. Ele hesitou um bocado antes de me conceder o número, mas quando lhe disse que eu queria acrescentar mais algumas coisas a minha vingança, ele simplesmente cedeu. Após conseguir o número, eu mal me despedi, desliguei o aparelho e me pus a discar. 

O telefone começou a chamar, uma, duas, três... No quarto toque, alguém atendeu e nada disse. Estranho. 

— Alô Locke? — Eu disse com certo receio.
— Rocxanie — disse ele. 
— Eu mesma, tudo bem? — disse tentando achar um ponto. 
— Cada vez melhor. E você? 
— Estou indo — respirei prontamente — Locke, eu queria falar sobre algumas coisas que andaram saindo do controle. 

— Há algo inconveniente? — disse como uma questão retórica e cheia de farpa. 

— Você o feriu certo? 
— Não — negou — Eu não chamaria isto de “ferir” alguém. Foi uma luta justa. Eu não usei de trapaça, truques ou qualquer coisa do gênero. Não tenho culpa que ele seja previsível. 

Eu ri apreensiva, querendo não conjeturar o que ele titularia de realmente machucar alguém. 

— E sobre a guitarra, como você pode ter conseguido sabotar as aulas?

— Se eu te contasse provavelmente teria que te matar — disse ele sem tom algum de brincadeira. 

Ele me assustava, mas eu não podia deixar o medo me paralisar. 

— Bom, eu gostaria de falar pessoalmente com você. Você... 
— Estou livre hoje. Eu te pego na sua casa ás 19h. 
— Tudo bem. Tchau — disse desligando.

***


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Notas finais do capítulo

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