Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 6
5 Perseguida




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Saí de casa e o dia estava chuviscado. Nuvens escuras me seguiam. Abri meu guarda-chuva de margaridas amarelas e vibrantes. E sorri sozinha e com certa dor, ao pensar em uma garota ranzinza com uma guarda chuva que lembrava a luz do sol. Mais uma tentativa de dona Luci para trazer as cores vibrantes de volta para minha vida. Mamãe era mesmo uma lutadora. Me aturar deveria ser um trabalho de samurai – somente um guerreiro aceitaria este trabalho e conseguiria certo exito.

– Um dia frio e chuvoso que ótimo! – disse dobrando a esquina.

Talvez eu fosse apenas uma velha presa em um corpo de 17 verões. Eu pensava nisto o tempo todo. Coisa de uma conspiração internacional!
Bobagem. Talvez eu não fosse de todo uma má pessoa, apenas uma
garota teimosa, que achava o colegial o pior lugar da face da terra. Caminhando do lado errado da vida. Meu mundo era escuro? Ou eu o fazia ser assim?

(Merda! Põe um sorriso nesta carinha pálida. Ao menos por hoje!)

– Prometo tentar. – disse cochichando comigo mesma em uma conversa monossilábica com a minha mente.

Cheguei à rua dos grandes muros altos e silenciosos. Nenhum barulho era escutado ali. Era uma rua totalmente deserta. Quase nunca passava ninguém, apenas em raras exceções. Olhei para os muros do lado direito, enquanto as arvores antigas adjacentes, pareciam envergar-se olhando desconfiadas para mim. De um jeito nobre e assustador. Se eu olhasse fixamente poderia ver um sorriso malicioso e sábio atrás delas. Eu não o fiz. Voltei a olhar reto. Apressei o passo. Meu coração galopava. Eu era além de tudo despreparada fisicamente.

Eu já avistava o final da rua. Embora ainda faltasse um bocada para caminhar – foi quando inesperadamente um carro surgiu. Um CROSSFOX preto brilhante. Aproximou-se de mim e diminuiu o ritmo, andando no meio fio. Bem ali, ao meu lado.

Eu senti um arrepio inexplicável. Pensei que um estranho se aproximando de mim, em um carro com vidros fumês, não seria nada bom. Não era nada de bom, eu estava em perigo. Instantaneamente planejei minha fuga. Meus neorônios martelavam constantemente pensando em qual o trajeto mais veloz para esquivar-me do abissal e brilhante carro.


O medo era um péssimo amigo das minhas pernas – pois este sentimento parecia ter uma ligação direta com os ligamentos e nervos sinapticos da mesma, me impedindo de correr como um animal acuado.

(Corram me obedeçam...Merda! Corram!)

Cérebro e músculos desconectados. Totalmente sem acordo. Meu coração bateu forte. Senti a adrenalina correr silenciosa por minhas veias e artérias. Senti minhas mãos gelarem. Eu parecia mais um coelho medroso e bobo. Contudo, era algo interno, ninguém poderia supor com absoluta certeza. Eu acho. Enfim, por fora eu continuava caminhando com passos longos. Bem longos. O máximo que eu era capaz. O máximo.

A vidraça escura do carro abaixou devagar.
Muito devagar. Quase sem vontade alguma de revelar o motorista.
Enquanto ainda no meio fio, o veiculo seguia meus passos. Eu tive ainda mais medo. Eu podia sentir o pavor me petrificando. Cada passo. Músculos rígidos.
O motorista colocou as mãos para fora. Mãos pálidas e magras. E fez um sinal de “Pare”.

(Eu já vi essas mãos antes)

Franzi meu cenho.



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Notas finais do capítulo

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