Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 52
51 Quem são eles?


Notas iniciais do capítulo

*-*



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— Como? — perguntou Lucas.

Eu decifrei em seu olhar que suas defesas permaneciam no chão. Eu tinha usado o elemento surpresa. Eu teria ganhado por WO se aquilo fosse uma batalha – Mas não era.

Pisquei e levantei os olhos, afastando o azul do verde – sentindo minhas bochechas incendiarem como brasas.

— Eu estive conversando com Anabel hoje. Bem... Bem, sobre você.
— Ela contou a você sobre... — Ele estava tão embaraçado quanto eu.

Imediatamente quis enfiar minha face em um buraco, mas não havia para onde ir, ou correr. Eu já tinha feito a grande façanha. Dei uma olhada sorrateira para Lucas, mas não consigo vê-lo direito, apenas um meio riso torcido.

— É uma situação rara para mim – disse ele, mas corrigiu imediatamente – Rara não. Perdão. É completamente incomum – Ele riu.

— Tudo bem, vamos esquecer que eu ergui o tema.

Emudecemos por longos minutos, soou como um centenário. Eu ainda podia experimentar a sensação
de ter um fogo aceso entre nós – Vergonhoso para ambos. Eu me sentia petrificada pela timidez, mas Lucas pareceu superar com mais agilidade.

— No que você está pensando agora? – disse ele, outra vez rompendo a placidez.

— Bom, – disse almejando o azul dos olhos dele e me fartando deles – Vai parecer meio estranho o que vou dizer, e espero honestamente que você não leve para o lado meloso...

— Recolha suas defesas, eu não usaria nada contra você — Disse em tom lascivo, mas ainda assim me pareceu franco.

— É que... Eu, eu gosto de ter estas ocasiões ao seu lado.

— Parados em meio ao verde? Sim, isto também excita muito – Ele revirou os olhos e deu seu sorriso mais ardido.

— Você tem que estragar tudo com uma piada boçal? – disse eu dando um sopapo no seu dorso – Tudo bem, tudo bem... Se não fizesse isto, provavelmente você teria sido abduzido por uma nave e tinham cuspido o bagaço alienígena na terra. Definitivamente não seria você.

— Desculpe Annie. Prossiga – disse voltando a pose circunspeta.

— Não encare isto como uma declaração ou nada do gênero, está bem?— Eu precisava esclarecer as coisas, eu não gostava de ser mal interpretada.

Ele assentiu. Lucas aguardava quieto, eu sentia que cada poro dele queria absorver meu vocábulo. Outra vez, ele dava muita seriedade as minhas palavras, fossem quais fossem.

— Eu me sinto diferente ao seu lado. Eu me sinto de certa forma quase.... Especial. Eu não me sinto uma fracassada como ao lado de todo mundo – Eu arfei — Confesso que você é um cara realmente estranho, mas eu acho que gosto de gente bizarra.

— Quer saber como me sinto em relação a você? – A pergunta podia parecer adventícia, mas eu não a encarei de tal modo. Não naquele momento.

Eu apenas respirei profundamente e me voltei pra ele. Seu rosto de frente para o meu. Senti um calafrio quando seus lábios roxos se abriram.

— Você é como um vaga-lume sem luz – Encarei como um elogio, embora fosse a coisa mais aloucada que alguém tivesse dito a mim – Você é como um interruptor para os enigmas da existência, você é tão simples quanto um quarto quieto e vazio.

Eu não sabia se aquilo era algo adequado e bom, foram às expressões mais remotas e distantes que eu já tinha escutado de alguém, honestamente aquilo era inusitado. E Lucas pareceu advertir minha hesitação assim que minha testa se franziu e minhas sobrancelhas se uniram em burburinho.
Seus lábios se afrouxaram em um sorriso próximo do introvertido. Notei que as olheiras estavam ficando cada vez mais tenebrosas.

— Anabel não mentiu sobre eu ter sonhando... – Eu desviei os olhos dele e mordi meu lábio inferior com tanta força que senti uma gota de sangue –... Sonhado com você. Segundo ela, eu murmurei seu nome.

Eu queria dizer algo, mas as palavras ficaram presas em algum lugar entre a minha traquéia e a minha língua. Queria dizer alguma coisa. Qualquer coisa... Queria dizer, não faça isto comigo. Não faça.

— Depois disto, eu não consegui mais manter um relacionamento com Anabel, aliás, aquilo que tivemos nunca foi afeto, apenas prazer barato. Conveniência, ou...

— Um capricho? – completei, sentindo meu coração triplicar as batidas cardíacas.

— Perfeito – Ele pegou meu braço e fez com que eu o encarasse.

Eu cerrei meus dentes.


— Annie, você me fisgou, e eu não posso evitar isto. Desde o primeiro olhar, você me capturou e me prendeu em um lugar...no mínimo curioso. Eu não podia e nem queria ser amistoso com você. Bem, a verdade é que eu não pretendia me deixar envolver deste modo por você, nem por menina alguma – Minha boca se abriu — Isto vai contra todos os... Planos. Eles me matariam se soubessem – Havia um tom certo de desespero em sua voz, aquilo me fez estremecer inconscientemente.

— Para... Pare Lucas! – Minha voz não tinha perseverança. Não era auto-suficiente.


— Não posso, não posso. Estou acidentalmente submergido por você, Rocxanie – tremi ainda mais quando ouvi meu nome ser proferido dos lábios dele pela primeira vez. Aquilo me golpeou. Regelei.

Senti minhas mãos pregarem. Senti-as aderirem a crosta de suor escorregadiço que se formavam nelas. Fechei minhas mãos em punhos, tentativa inútil de fazer aquilo parar. Eu estava suando como um porco – suando frio.

Lucas continuou.

— Não quero que eles tirem sua vida, seu brilho e seu oxigênio. Uma hora ou outra eles virão e só você pode impedir.

— Que diabos você está falando? Quem são eles? — indaguei fraca.

Ele não deu a mínima para minhas questões.

— Meu sonho foi um prenúncio, cada dia isto se solidifica mais... Você não tem muito tempo, e talvez nem eu... — As palavras giravam na minha mente, totalmente desnorteadas.

Era confuso demais.

A voz de Lucas foi ficando longínqua, meus olhos foram perdendo o foco. Minha mente girava. Girava. Minhas pálpebras ficando pesadas como chumbo. Meus músculos cedendo. Eu vi tudo ficar escuro. Escuro demais.


***

— Para... Pare Lucas! – Minha voz não tinha perseverança. Não era auto-suficiente.


— Não posso, não posso. Estou acidentalmente submergido por você, Rocxanie – tremi ainda mais quando ouvi meu nome ser proferido dos lábios dele pela primeira vez. Aquilo me golpeou. Regelei.

Senti minhas mãos pregarem. Senti elas aderirem a crosta de suor escorregadiço que se formavam nelas. Fechei minhas mãos em punhos, tentativa inútil de fazer aquilo parar. Eu estava suando como um porco – suando frio.

Lucas continuou.

— Não quero que eles tirem sua vida, seu brilho e seu oxigênio. Uma hora ou outra eles virão e só você pode impedir.

— Que diabos você está falando? Quem são eles? — indaguei fraca.

***


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Notas finais do capítulo

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