Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 47
46 Meu protetor?


Notas iniciais do capítulo

Queridas leitoras, tudo bem com vocês? Eu espero que estejam bem.
E bom, sobre esse capitulo, o que há para dizer?
Roc Está mais sociável? Mais intrigada? Mais atraente?
Lucas Mais misterioso, mais sarcástico, menos opositor?
Leiam e descubram *-*
Queria deixar um agradecimento especial para as duas leitoras que me fizeram muito feliz hoje, com suas palavras sobre a minha história Obrigada mesmo!
●Gabi Hikari e Heloisa Horn ●



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Lucas estacionou o veículo atrás de uma fileira de carros. A música estava alta – indicando qual casa estava oferecendo a festa. Número 776. Eu desci e esperei em pé, enquanto Lucas completava o alinhamento do carro. Lucas bateu a porta e caminhou em minha direção e algo surpreendentemente dentro de mim disparou.

Talvez fosse o modo que ele se movia na noite – apressado, mas como se não estivesse indo a nenhum lugar especifico. Talvez fosse a luz do poste iluminando seu rosto e o cinza dos seus cabelos, eu não sei exatamente. Eu apenas gostei do que vi. Lucas se fincou ao meu lado e estendeu a mão para que eu o abancasse. Eu olhei para a face dele e ele sorriu torto. Eu não entendi aquele gesto estranho.

– O que espera que eu faça? – indaguei desnorteada.
– Mova-se agora – disse ele sério.
– Não preciso disso. Posso andar.
– Eu sei que pode – Riu – Só quero que você não pense sobre ele hoje.


Entramos e nos sentamos em uma mesa esbranquiçada coberta por uma toalha de camurça rubra. A mesa também era circular e permanecia nos fundos do quintal do domicílio. Havia muitas pessoas lá, quase todas desconhecidas e bêbadas. Riam e conversavam. Todo mundo que eu julgava conhecer estava sentado na mesma área.

A irmã de Lucas estava lá, em uma das quarto cadeiras, balançando seu cabelo loiro acinzentado por seus ombros; mexendo a cabeça no compasso da música. Locke estava com os braços atravancados sobre o peito e uma expressão reservada. Eu li algo nas entrelinhas. Reparei que Brianna o olhava de soslaio – Um olhar nitidamente aproximadamente deslumbrado. Vi que também soltava pequenos suspiros. Lucas tinha ido pegar uns petiscos e bebida para a gente. Então eu estava novamente no papel do castiçal. Segurando vela para o suposto casal sigiloso.

— Ei! — Brianna o agarrou pelo cotovelo e a forçou a desdobrar os braços — Que inferno? Eu quero que você dance comigo.

— Desculpe Brianna, mas não quero pisar no seu pé — Ele forçou um riso torto.

Brianna bufou.

— É, provavelmente não quer mesmo.
— Vamos dançar Roc?
— Depois eu vou — anunciei.
— Está bem — disse se erguendo — E enquanto a você Locke, esse seu jeito passivo-agressivo de tentar me fazer largar do seu pé não vai colar a noite inteira — finalizou dando uma piscadela.

Eu ri. Brianna saiu destilando seu olhar mais provocante na direção de Locke,
que parecia evitá-la a qualquer custo. Ele se curvou sobre os cotovelos e arfou.

— Você deveria dar uma chance a ela, Locke. — disse.

Locke fechou os olhos e balançou negativamente a cabeça, esboçando um riso proibido.

— Tá legal. Isso não vai acontecer.
— É uma pena, eu acho que vocês ficariam bonitinhos lado a lado.

— Gostei dos brincos, são novos? — Locke disse provavelmente querendo mudar a prosa.


— Sim, obrigada - Dei de ombros.

Ele riu e balançou a cabeça.

Apesar de ter esbarrado nele algumas vezes, sendo este nossa terceira incidência imediata. Havia muitas coisas que eu ainda não sabia sobre Locke. Por exemplo onde ele morava, se ele já havia terminado o colegial, se trabalhava em alguma loja de conveniências, ou, o tipo de garoto que ele era e qual o seu lugar preferido para se esconder. Algo dentro de mim contava histórias sobre Locke ser o tipo de garoto que gosta de confusão e desordem – Mas sua postura incrivelmente compenetrava desmentia isto.

Pelo canto do olho, observei que Locke não tocou na bebida, tampouco nos aperitivos que Lucas tinha acabado de trazer.


Eu peguei a garrafa e dei um gole. Engoli e quis lançar tudo para fora. Cuspir. Minha face se retorceu em uma careta e Lucas riu de canto. A cerveja tinha um gosto espantoso para meu paladar – Era a primeira vez que eu colocava álcool na minha boca. E depois do terceiro trago até que me afeiçoei.

— Aposto cem pratas que você não bebeu antes, quero dizer antes do seu primeiro sorvo? – indagou Lucas jocoso.

— É tão evidente assim? – indaguei um pouco ruborizada.
— Veja só, estou te levando para o mal caminho.
— Precisa se esforçar mais.
— Como diabos eu posso chegar mais perto?

Lucas lançou um sorriso traquinas pra mim. Era a primeira vez que eu o via com aquela hilariedade presa nos lábios roxos. Eu sorri cúmplice de volta.

— Estou aqui há algum tempo e ainda não sei de quem é o dono da festa – quis saber.

— Não sabemos — disse Locke quebrando a linha de silêncio.
— Algum amigo de Brianna, ela é o rato das festas aqui. Nós só a seguimos.

Eu revirei meus olhos.

— O quê é? — dissse Lucas — Boca livre.


Eu não pensei apenas agi – Senti a mão de Brianna me puxar para próximo da pista de luzes tecnicoloros acompanhada por um som extraordinariamente gritante. Deixei Locke e Lucas para trás – ambos com um risinho nos lábios ao me verem sendo praticamente carregada por a persistente moça entusiasmada-que-não-me-deixou-quieta.

— Eu, eu meio que não sei dançar, Brianna — Eu disse, alterando minha voz, tentando fazê-la me escutar.

— Está escuro aqui. Não há conhecidos por perto. E o principal você tem a liberdade pra fazer qualquer coisa. Se joga na batida — Ela disse expressando um sorriso confiante.

Eu não era uma garota muito articulada, ao menos não em público, mas aquela noite ia ser diferente – Eu iria me soltar. Decidi.

Levemente comecei a deixar meus pés se moverem devagar. Para um lado e para o outro. As pernas e o quadril foram seguindo os passos – Que no fundo não eram tão complexos. Meu cabelo parecia ter criado vida própria, uma sensação libertadora – Enquanto eu sentia as borboletas do estômago correr velozmente para outro local, para outro alguém. Eu estava bem, pela primeira vez em muito tempo, eu estava conseguindo dançar na frente de gente estranha. Eu sorria – A musica me tragou em um só gole e eu era parte dela. Vi Brianna do meu lado, me dando a maior coragem – energia e sobretudo animação. Ela havia me incentivado e fui grata por isto. Agora dançávamos juntas – parecíamos amigas.


— Roc, estou indo pegar um refrigerante e já volto — Ela sorriu novamente.

Eu olhei e vi apenas o seu reflexo andando entre o pessoal. Concordei de qualquer maneira.

Eu relaxei um pouco mais e continuei dançando com frenesi.

De repente senti que alguém estava na minha cola e girei. Era um cara. Ele era um pouco mais alto que eu, com cabelos escuros e olhos que pareciam esmeraldas. E por um momento nós estávamos tão perto que eu poderia sentir sua respiração. Eu dei um passo para trás e esbarrei nas costas de alguém que murmurou algo, que eu não compreendi devido a música altissíma.
Ele se inclinou e disse na minha orelha:

— Eu tive um péssimo dia e ver uma garota sorrir assim sempre me faz melhorar. Então, você pode sorrir outra vez para mim?

Eu corei, lisonjeada e assustada.


Eu pensei em alguma forma de me desvencilhar do admirador – quando o mesmo agarrou pegou meu pulso com astúcia e soprou mais uma frase improvisada na minha orelha.

— Nossa, você é a cara da minha terceira namorada.
— E quantas namoradas você teve? — destilei rolando os olhos.
— Duas — pareceu cada vez mais exultante.

A música foi trocada ao acaso. Agora fora abatida a uma canção rápida e romântica – totalmente açucarada apesar de barulhenta. Não teria momento pior.

— Hey, é impressão minha? Ou está tocando a música do nosso primeiro beijo? — Eu ergui minha sobrancelha direita. Descrente.

— Nada mau para uma cantada de principiante. Mas acho que você está flertando com a menina errada — disse andando e deixando o estranho para trás. Senti um frear.

Ele estava segurando meu braço. Sua mão me deixando sem evasiva.

— Dá para tirar suas mãos de cima de mim? – lancei o meu pior olhar, mas algo me dizia que aquilo não era auto-suficiente.
— Me dá só uma chance? — Seus lábios rosados se abriram em um riso largo.
— Não. Agora se não se importa — olhei para o meu braço.
— Não antes de conseguir um ultimo desejo! – disse me jogando contra seu corpo, e agarrando com firmeza minha cintura, se dobrando para tentar me beijar, eu o empuxei para além e tropiquei alguns passos para trás. Bati em um outro corpo sólido.

Meu coração veloz. Locke tinha acertado um murro no queixo do menino.
Eficientemente rápido para que eu pudesse avistar o momento exato que isto tinha acontecido.


O garoto dos olhos cor de esmeralda se ergueu em um pulo e quis contrapor. Mas Locke parou a mão dele há poucos centímetros de atingi-lo no nariz – abrangendo a mão do menino com a sua, fechando-a. O garoto deu um sovar de esquerda na barrida de Locke e ele se envergou, perdendo o ar. Isto foi à deixa que precisava, o menino pulou em cima de Locke – que já parecia reagir. Socos – chutes e pontapés. Os dois se engalfinhando como dois animais. O pessoal da festa já estava em volta – um circulo que muito lembrava os campos de batalha.

— Pare com isto Locke! Pare já! – eu berrei – Você está maluco? Solte-o.

Mas meus gritos se perderam no meio do alvoroço. Até Lucas chegar e apartar Locke do menino que parecia ter sangue escorrendo da narina.

Eu posso ter ficado um pouco atordoada com a confusão – Mas os olhos de Locke pareceram acender ao comedimento que as gotas de sangue desabavam do nariz do menino. Ele parecia transtornado. Fui atrás deles. Lucas o forçou a sentar na cadeira, mas Locke ainda parecia alterado. Sem sinal de Brianna. Por um segundo eu quis saber onde ela estava?

Lucas saiu puxando Locke pelo moletom com violência – mas mesmo a distância ele continuou encarando friamente o garoto que permanecia sentado no chão com um olhar extremamente agressivo, sendo consolado por alguém.

— O que deu em você Locke? O que deu em você para fazer aquilo? — Eu exigi — Pulou como um leão em cima do menino.

Ele me lançou um olhar ameaçador. Por um instante eu tremi por dentro.

Lucas não falou nada, mas parte da tensão não deixou seu corpo, ele de os ombros. Ele parecia no limite, quase louco, mas uma aparência de controle havia retornado a ele.


— Você deveria manter distância de caras assim – disse Locke erguendo a cabeça e me afrontando mais tranqüilo.

Eu me sentei.

— Eu sei muito bem de quem eu devo ou não me afastar. Eu poderia ter resolvido toda a situação do meu jeito. Você não precisa me dar nenhuma assistência — cuspi na cara dele.

Os olhos de Locke deflagraram em rebeldia, ele se curvou duro e içou seu corpo marchando para longe.

— Locke, fique longe daquele otário! Aliás afaste-se de tudo que represente perigo, já tivemos o bastante – advertiu Lucas, enquanto Locke dava os ombros.

Lucas franziu o cenho como se estivesse realmente atormentado com toda aquela situação, como se em partes ele fosse o responsavel.

***


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Notas finais do capítulo

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valeu :)



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