Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 39
38 Linhagem




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— Hei Brianna, você e o Lucas — disse contemplativa — são um pouco diferentes, apesar da sugestão igual na aparência, NE?

— Bem, eu... — ela parecia sem saber o que dizer —... É, talvez sim. Acho que somos diferentes mesmo — concluiu duramente.

— Isto a aborrece? – conjeturei.

— Talvez. Quer dizer, as pessoas sempre comentam o quanto nós somos diferentes, ou o quanto não temos mesmo nada haver mesmo, quero dizer na individualidade. E as pessoas simplesmente falam sobre isto como se fosse algo bizarro ou maléfico, como se o fato de não sermos parecidos na personalidade fosse algo anormal, ou completamente inaceitável.

— Desculpe-me, não quis saber com essa finalidade. – Fui honesta.

— Okay. Sei que você é diferente. Notei que não havia más intenções. Mas, fico realmente preocupada, Roc. Às vezes sinto que este tipo de comentário só tem nos afastado, sinto que Lucas não me conta mais nada sobre sua vida, e isso me faz automaticamente uma irmã péssima. Sabe Roc, eu sempre o convido para sair e se divertir um pouco, mas ele consecutivamente recusa. Na verdade foi uma surpresa muito grande, quando ele aceitou meu convite.

— Então, vocês não são próximos? — quis explorar esse ponto.

— Bom, eu estou tentando manter isto há algum tempo, estou desesperadamente tentando me aproximar e ser uma irmã legal. Estou buscando aproximação, e já não é de hoje, mas ele sempre parece estar em outro planeta.

A irmã de Lucas olhou para o irmão com ansiedade. Ela parecia realmente sentir muito em alto grau, sentir por eles não serem mais chegados. Isto claramente era algo que verdadeiramente a aborrecia. E isso me distorceu a pegada de que algum dia, mesmo que em aspiração sonífera, mesmo que em algum segundo insignificante do passado, eles foram uma família de fato. Foram sim – Afinal, ninguém sente tanta falta do que nunca possuiu. Contudo, me indaguei a respeito do paradeiro da família. Recordei-me que Lucas Oliver, jamais pronunciou nada sobre os pais dele, mas isto já era de se esperar, ele era um mausoléu cheio de segredos.

Na verdade a irmã tinha sido um grande baque para mim. Meu cérebro já tinha aceitado que Brianna era a parte menos estragada da família, ao menos era no que todos ao redor pareciam acreditar, no que eu acreditei. Contudo, meu coração não conseguia aceitar aquilo com naturalidade, Lucas ainda era uma “coisa” para mim.

— E os seus pais? — Indaguei.

Ela fez uma careta que a denunciou.

— Bem, nós não conhecemos a mamãe. Ela não era o tipo de mulher que criaria raiz, eu acho. Abandonou-nos assim que meu irmão nasceu, Lucas provavelmente não se lembra do rosto dela – Brianna disse, e pude perceber que havia certa revolta na sua voz. Mas não o suficiente para fazê-la parecer insurgente ou rancorosa com a mãe pouco convencional, talvez só zangada pela parte que tocava o irmão.

Ela fez uma pausa e continuou:

— Papai, eu quase não vejo. Eu o via mais antes de meu mano sair de casa. Contudo, agora papai quase não para em casa. Vive enfiado no trabalho.


Eu estava parada no meio de uma imensidão de informações. Eu não sabia nada sobre Lucas. Nada mesmo.



– Lucas saiu de casa? Ele não mora com você e com seu pai? Foi o que você disse?

Brianna deu um longo gole na maltzbier.


— Não – ela respondeu – Eu queria muito que ele morasse conosco. Mas aos quatorze anos, ele parecia certo do que queria para si e nós não podemos impedi-lo. Na verdade, eu só fiquei sabendo de sua partida, quando ele já tinha ido embora. Foi um período difícil para todo mundo. De certa forma, ainda é.

— Ele tinha algum problema? – ela estreitou os olhos para mim, parecendo não entender o ponto.

— Álcool, drogas, amigos errados? — Completei.

— Eu gostaria de saber, mas acho que ele apenas quis se emancipar. Até alguns anos atrás, era um menino normal, depois disto eu não sei bem – ela disse com um pesar na voz — E vocês dois? São amigos há muito tempo?

— Eu não sei ao certo, para ser honesta eu nem sei se ele me considera uma “amiga”.

— Eu acho que sim, ele não traria você aqui se não a considerasse muito importante, talvez até especial — Ela piscou — Pode confiar em mim.

Na verdade saber disto não me reconfortou nem um pouco, já que Anabel estava ao lado dele também, ela também era sua convidada. Ele a considerava mais respeitável que eu?

Respirei fundo, tentado afastar esse pensamento.

— Eles estão juntos? – disse Brianna, observando os dois conversando na sombra.

— Acho que sim, eles não se desgrudam mais. – disse com desdém.

— Ela é uma boa moça? – Brianna disse como se já soubesse a resposta.

— Ela é conhecida na escola por suas incríveis habilidades.

— Que tipo de habilidades?

— Acrobacias no colchão – disse sem pensar.

Brianna gargalhou.

***


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Notas finais do capítulo

Leitores comentem!
Fantasminhas deixem um Bu pelo menos!



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