Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 36
35 Festa na Piscina




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As luzes traseiras do carro de Lucas acenderam quando ele parou em frente à casa de Anabel. Eu fiquei no carro e tentei testar minha cara de plena felicidade por ela nos acompanhar, mas logo cedi, eu era um fracasso com mentiras. Melhor mesmo era só bancar a educada, isto bastaria. Lucas saiu e bateu a porta do carro, escorou-se no pára-lama.

Adams permaneceu tranqüilamente, esperando por sua “acompanhante”. Eu ainda me perguntava, o que ele estava querendo namorando uma menina como Anabela? Eu não era do tipo de pessoa que me intrometia em relacionamentos alheios, mas aquilo era uma piada. Adams poderia ter qualquer uma, então por que tinha que ser a detestável e inconveniente da Anabel? Eu era a culpada? Obvio que não.

Eu sabia por experiência que ele podia cuidar de si mesmo, ele poderia decidir por si mesmo. Embora aquela escolha, ou “capricho” como ele mesmo dizia, era um erro na certa. Paciência.

Finalmente Anabel apareceu, ela ultrapassou os portões de sua casa, vestindo uma mini-saia tão curta que era possível ver suas calçolas. Sem falar no decote extravagante e chamativo. Ela estava descaradamente vulgar.

Estava explicado do que Lucas via nela.

Ela correu e se atirou nos braços dele. Eu virei meu rosto para o outro lado, eu estava me sentindo um castiçal. Quando voltei a olhar, ambos estavam trocando baba. Até mesmo uma vaca beijando um boi possivelmente seria menos nojento. Meu próprio corpo estava pronto para a ação, eu precisava parar aquilo, era uma questão de saúde psíquica. Olhei em volta, em busca de alguma coisa para atrapalhar os resíduos de adrenalina. Imediatamente eu empurrei minha mão e pressionei a buzina com força.

BEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

Eles olharam através do pára-brisa, eu sorri sem o mínimo humor.

— Algum problema, Roc? – Anabel indagou-me em tom de acusação.

— Por que vocês não vão para um Motel? – contrapus.

— Não seria má idéia! — disse ela ingressando no carro. Banco de trás.

Lucas inclinou a cabeça e a balançou álacre. Estava claro que ele estava se divertindo com aquela situação.

Ele manobrou pelo trafego por alguns minutos antes de chegarmos no destino. Anabel tagarelou o tempo inteiro, em maioria sobre bobagens que envolvessem alguma conotação sexual. Mas depois de algum tempo eu fiquei distraída, de modo que, terminantemente não escutei muita coisa do que ela disse, apenas usei o certeiro “É”, quando no automático ouvi meu nome.

Quando chegamos ao lugar, foi uma big surpresa pra mim. Pois o churrasco era em uma casa aristocrática. Uma casa nobre. Aliás, o bairro todo era aperfeiçoado por edificações formidáveis e gigantescas. Era o melhor bairro da cidade. Cercado de casarões luxuosos. Bem dessemelhante ao que eu esperava. De certa forma, eu não me senti confortável em meio aquele esplendor todo.

Lucas acionou um dispositivo no automóvel, e os intocáveis portões de madeira se separaram lentamente, permitindo a passagem do veículo. Eu não sabia o que esperar.

Ele estacionou o carro ao lado de outros três. Descemos do veículo e contornamos a casa. Anabel não parava de falar e dar pequenos pulos ao lado de Lucas. Lucas comentou algo sobre todos estarem na piscina. Instantaneamente eu congelei, eu não tinha nenhum biquíni, e mesmo que o tivesse jamais usaria um publicamente. Eu não era o tipo de garota que era provida de peitos enormes, eu era magra e pálida. Pensei em discutir esta questão com Lucas Oliver, mas sabia que seria inútil. Ele iria me ignorar – como em qualquer outro dia.

A primeira aparição foi de um grupo de jovens, cujas vidas pareciam ser completas e a conduta totalmente irresponsável. Bêbados, alegres e totalmente insensatos.

Caminhamos os três. Sentamos próximo a beira da piscina, em uma mesa branca e redonda acastelada por um enorme guarda sol. Apenas Lucas e eu, pois Anabel perguntou sobre o toalete e sumiu, ela estava doida para colocar seu biquíni miúdo, que para ser sincera, não cobria nada. Lucas riu com tipo de safado, enquanto Anabel se afastava. Depois que ela estava longe o bastante, resolvi me manifestar:

— Você não me falou nada sobre festas aquáticas – destilei mordaz.

— Eu sei – disse.

— Eu sei? – fiz uma careta, mostrando insatisfação.

— Estou tentando te manter vestida, não quero você se expondo na frente deles — Ele lançou um olhar aos outros garotos e se voltou para mim.

Eu ri sem humor algum e revirei os olhos. Estava me sentindo pouco à vontade. Na verdade totalmente constrangida. Resolvi erguer a bandeira branca, pois de nada adiantaria revidar com Lucas.

— Cadê sua irmã?

— Ela ainda não chegou, eu acho – disse se abaixado e tirando a parte de cima de sua roupa.

Ele olhou para mim.

— Importa-se? – disse.

— Por mim. – cuspi na face dele.

Reparei que Lucas tinha um suntuoso abdômen, ressaltado por todas aquelas cicatrizes. Ele ainda era alheio ao meu olhar, mas era um tipo atlético bizarro. Magro com jeito.

***


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Notas finais do capítulo

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