Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 31
29 Me enturmando




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— Olá Lucas, por que será que eu não estou surpresa em te encontrar aqui, HEIN?
— Bem, talvez porque virou costume. — ele riu libertino — Nossos “encontros”. Felizes coincidências — Cara-de-pau.

— Coincidências? Sei, claro – Disse absorvendo o refrigerante pelo canudinho.

— Annie, gostaria que você conhecesse uma pessoa.
— Quem?
— Um amigo meu — quase me engasguei com o refresco.
— Quem? — disse içando uma sobrancelha. — Que amigo? Você tem amigos?
— Calma, — Ele bateu nas minhas costas e riu presunçoso — ele está estacionando o carro e já vem. Ele também está muito entusiasmado para conhecê-la.

A idéia de Lucas ter alguém para chamar de amigo era a mim perturbadora.
Ele não era do tipo que tinha amigos, ao menos eu pensei que não, eu apostaria minha casa que não. E entusiasmado para me conhecer? Por quê?


Lucas se sentou na mesma mesa que eu, sem cerimônia alguma. Pousou seus cotovelos em cima da mesa e se projetou para frente. Visivelmente ansioso. Estranhei. Contudo, estranhar algo que Lucas fizesse já era normal.



— Lucas, você está me seguindo de novo?

— Não Annie, eu só não gosto de vê-la tão só. Acho que você precisa de uma turma. Gente com desejos e gostos iguais aos seus.

Sinapse.

— É isto que você está fazendo? Você está tentando me enturmar?
— Parece bom pra você – disse com humor e determinação.
— Era só o que me faltava! – disse com desdém.



Lucas não me contestou, apenas olhou para a entrada do local. Eu me virei e comecei a olhar o pessoal do Memórias. Fixei em um ponto e ali fiquei, esperando a vida estender-se mais um pouco. Era uma mistura estranha de visão em câmera lenta sobre a perspectiva do local. Luzes violetas e azuis. Música alta e agitada. Passos e suspiros alternados. Garçons e garçonetes apressados. Era tudo uma coisa só. Era o caos tomando seu curso.



Foi quando repentinamente entre aqueles corpos totalmente incógnitos e agitados da lanchonete, surgiu uma face. Ele poderia ser só mais um na multidão. Mas aquele rapaz não era. O semblante dele era nebuloso demais para se misturar com todos aqueles risos e instantes, parecia mesmo um peixe fora do aquário, uma peça aleatória. Ele não era dali, pois não pertencia de fato ao lugar. Na verdade eu duvido que algum dia meus pés tenham esbarrado nele pela cidade. Então pude deduzir: Ele era o dito-cujo que Lucas estava esperando, o cara amigo. O garoto foi se aproximando de nós. Parecia abominar todos os corpos, pois embora o local estivesse cheio, ele não os tocou. Incrível habilidade de desviar de corpos.


***


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Notas finais do capítulo

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