Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 30
29 Solitária




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Depois da aula voltei para casa e tirei meu cochilo da tarde.

Às vezes a fleuma da minha vida me consumia em chamas de tédio. E cansada de não fazer nada, me ergui a fim de ir dar uma volta no Café Memórias. Esforcei-me para vencer a preguiça e o desanimo, abri meu guarda roupa para escolher uma vestimenta simples. Optei por uma calça jeans clara e despedaçada com alguns furos, uma camiseta preta, além dos meus tênis.

Fui ao banheiro, avisei minha mãe e parti.

Enquanto caminhava, comecei a refletir sobre meu humor acido. E cheguei à conclusão de que ele estava um pouco melhor. Eu não estava feliz, óbvio que não complemente satisfeita, apenas melhor em cerne. Um ou dois patamares acima do normal. Finalmente, eu estava conseguindo trazer um pouquinho do sol em minha vida e isto era bom.

O gosto de se sentir bem era tão raro a mim que eu quase não reconheci. Contudo eu gostava. Eu gostava daquilo, na verdade eu poderia me acostumar em não ser mais tão depressiva.

A maioria dos adolescentes sempre andava em bando, mas para mim a solidão era quase uma amiga estranha. Estranho como a gente se acostuma com certas coisas, mesmo sem apreciá-las.

“Por que eu não nasci golfinho?”

Finalmente depois de 25min caminhando, finalmente eu tinha chegado ao meu destino.

Lá estava eu, sentada ao fundo do Memórias, batucando na mesa com os dedos frios e esperando que o garçom chegasse com o meu pedido – Eu tinha pedido um hambúrguer normal, fritas e refrigerante de cola. O local permanecia relativamente vago, o que significava que tinham mais ou menos de dez a quinze pessoas lá. Examinei aquelas faces de modo discreto. Mas todos ali tinham rostos desconhecidos, então tudo certo. Perfeito. Era um dos poucos lugares que eu freqüentava, uma vez ou outra claro. E era a terceira vez que eu ia sozinha, pois sexta-feira era o dia de mais uma atividade extracurricular de Anthony, além do que, eu era suficientemente independente e determinada o bastante pra não precisar de companhia.

O garçom chegou com meu pedido.

Eu sorri educadamente. Eu também sabia ser cordial quando me convinha.


Na primeira mordida, eu quis sumir. A quem eu estava enganando? Eu detestava estar sem Anthony. E eu continuo rebobinado a fita do namoro perfeito, onde a dama não era a segunda opção. Sensações como estas não deveriam ser experimentadas. Jamais.

Eu olhei para as batatinhas fritas amareladas, quentes e um pouco murchas, mas é como sempre dizem nada é perfeito. E com um preço semelhante aquele, era de se esperar que não fosse mesmo. Pensei em reclamar, mas quando as provei elas estavam deliciosas. Desisti. Ou melhor, não havia mais necessidade de aborrecimento. Não mais.

Comecei a comer sossegada. E a reparar na iluminação do lugar que variava entre o azul claro, o florescente e o lilás. A música também era ótima – Vezes agitada, vezes não.
Suspirei e dei mais um trago no refrigerante.

Comecei a prestar atenção no cardápio que ainda jazia ao meu lado, li com muita concentração as letrinhas miúdas, até escutar a voz de Lucas.
Comecei a comer sossegada. E a reparar na iluminação do lugar que variava entre o azul claro, o florescente e o lilás. A música também era ótima – Vezes agitada, vezes não.
Suspirei e dei mais um trago no refrigerante.

Comecei a prestar atenção no cardápio que ainda jazia ao meu lado, li com muita concentração as letrinhas miúdas, até escutar a voz de Lucas.

Eu engoli uma batatinha frita e estiquei meus lábios, totalmente incrédula.
Meu olhar esbarrou com o azul anil, aquele mesmo conhecido azul, sem contar aquele sorrisinho mecatrefe e desregrado. Cafajeste.


x-x



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Notas finais do capítulo

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