Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 22
21 Faísca




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Ele começou a rir discretamente.

Surpreso, mas não menos faceiro com o convite cheio de néctar.  


Eu apenas olhei para Melena da cabeça aos pés, com um meio sorriso no rosto, balancei minha cabeça negativamente, achando aquilo um profundo absurdo.

No total éramos dezoito alunos, dez garotas e oito garotos. E não havia uma face naquela sala, que não esperasse com ânsia por uma resposta de caráter prático de Lucas – todos queriam a mesma coisa, sem exceção, todos queriam conhecê-lo de perto, e com uma bela dose de aumento, de intimidade. Os meninos queriam saber de verdade quem era aquele cara – e – as meninas queriam ter a possibilidade de beijá-lo entre outras coisas. Voltei a prestar atenção em Melena, quando Lucas inesperadamente içou-se da sua carteira. Não acreditei no que ele estava prestes a fazer.

Lucas caminhou até ela sem pressa. Aproximou-se e falou algo baixo somente para ela. Sussurrou secretamente em suas orelhas perfeitas de patricinha. Algo que fez com que ela sorrisse maliciosamente e mordesse o lábio inferior, algo que a fez me encarar.


A sala soltou alguns murmúrios maldosos. Eu detestei aquilo.

Olhei para ele sem saber muito que esperar. Ele também me observou com um riso incompreensível. Em seguida Melena apontou pra mim.

– Aaaaahhh, sinto cheiro de romance no ar, pessoal! - todos voltaram seus olhares pra mim – Roc, Lucas quer que você brinque, disse que é sua condição pra participar. Você aceita?

Meu coração disparou impetuosamente, meus músculos tornaram-se inflexíveis e minhas bochechas avermelharam. E antes que eu pudesse pensar em ‘falar’ alguma coisa. Anabel, que estava sentada a minha direita puxou meu braço com brutalidade – quase me derrubando da cadeira. Quase me puxou pelos cabelos e disse a mesma frase três vezes sem parar: ‘Aceita! Por tudo que é mais abençoado, amiga’ Anabel não foi à única a me jogar contra a parede, Suzan – Brenda e Juliana também vieram me pressionar. Percebi que elas arrancariam meu coro – meu sangue e minha alma para ter uma maior proximidade com Lucas, eu estava sem saída.

ah Meu Deus, que raio de condição foi aquela?

O menino mais cara-de-pau – sem noção e irritante da face da terra!

O que elas tanto viam nele?

Lucas como aquele sorriso emblemático, encantou a todas, com seu ar bizarro de 'lunático'- Ossos pontudos e seus olhos azuis que brilhavam de felicidade por estar
ali me deixando se jeito - corrompendo minha quietude. Seus olhos corriam felizes sobre os olhares femininos. Me atingindo em cheio.

– Chegaaaaaaa! – disse eu – Estou me rendendo...Se é pra bem e felicidade
geral da nação brasileira. Eu brinco! Mas também tenho minha condição!

– E qual é? – perguntou Melena enquanto se deciliava com um pirulito em forma de coração.
– Não quero gracinhas pro meu lado! – disse eu, achando que estava sendo clara como água.

NINGUÉM consegue segurar o botão de "voltar".

Eu fiquei parada, como uma estátua, apenas sentindo os abraços dos meus colegas, os gritos a minha volta e toda aquela glorificação, me fez recordar os meus dias de menina popular. – Mas isso não importa.

Afastamos as outras mesas e tiramos as cadeiras do caminho. Nos sentamos em círculo. Não sei como, Peter Pessoa tinha uma garrafa de Smirnoff em sua mochila.

Eu era a única com dezessete anos e total bom senso?

Era tudo que eles precisavam pra começar aquela idiotice.

Lucas acomodou-se praticamente ao lado de Melena – me encarando como se estivéssemos longe daquelas pessoas. Sem pudor – sem discrição – era como se ele estivesse me vendo nua. Cruzei os braços pra me resguardar daquele pensamento e afastei meus olhos dele. No momento que fiz isto, Peter me olhou de soslaio e permaneceu sério.

Peter Pessoa – Ele lembrava algumas características de Lucas – mas era muito arteiro e bagunceiro para ser totalmente comparado com meu "amigo". Peter foi o primeiro menino por quem me apaixonei de verdade e por conseqüência o único menino que teve a regalia de me dar um belo e silêncioso "FORA"

Chorei por quase dois meses. E pensar que tudo começou, em um jogo semelhante aquele, foi como se eu tivesse rompido a linha tênue que existia entre nós, ou, que eu acreditava existir. Nunca mais nos falamos desde então, nem mesmo por mera educação. Educação não era o forte de Peter. Ele me evitava com todo custo. Imaginei o quanto estava sendo difícil pra ele me encarar tão próxima outra vez, talvez em sua mente doentia, eu ainda fosse cair de joelhos e lhe pedir em namoro - Aquilo foi uma fraqueza, mas eu não me arrependo. Ele parecia me detestar, com um misto de medo, ele realmente ainda achava que mexia comigo? Belo trouxa!
O jogo havia começado há dez minutos e nada demais havia surgido até ali.

Mantive minha expressão tão opaca quanto pude, mas meus pensamentos estavam correndo soltos e com rapidez. Lucas provavelmente iria dar um jeito de me envergonhar publicamente outra vez. Me arrastar com ele.

Rodaram a garrafa que brecou-se entre mim e Lucas.

*-*


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