Ligados (Pov. Jacob)

Há alguns dias Charlie havia me procurado, estava à procura de um carro para presentear Bella. Desde a festa tenho evitado vê-la, na tentativa falha de tira - lá de minha cabeça. Não adiantou nada, ela ‘mora’ em meus pensamentos 24 horas por dia.

Lembro-me do primeiro dia que a vi, das nossas conversas, do beijo inesperado. Eu penso que isso deve ser uma loucura como alguém, pode invadir sua vida. E se tornar tudo pra você em tão pouco tempo?

Sentimentos, eles são sem controles. Pensei.

“Aquilo que dá no coração E nos joga nessa sinuca Que faz perder o ar e a razão E arrepia o pêlo da nuca”

Eu tentava com todas as forças fazer com que Leah, fechasse o buraco, o vazio que se havia alojado dentro de mim. Sem nem ao menos eu entender o porquê. Porém isso me fazia se sentir sujo, mascarado.

Como se eu tivesse a usando. E talvez fosse exatamente isso.

– Droga – Bufei irritado passando a mão na cabeça –

– Jacob – Sam me chamou, pousando uma mão em meu ombro. Enquanto os outros só olharam estranhando –

– Eu tô Bem – Disse tentando voltar ao trabalho –

– Não, não está – Ele me repreendeu – Vai pra casa, eu sei que você veio aqui pra ocupar a mente, mas não está resolvendo. Daqui a pouco os meninos vão querer saber o que está acontecendo –

Eu odiava quando Sam usava esse tom sábio e autoritário dele. Mas minha irritação era maior porque eu sabia que ele estava certo. Sam sabia de todo meu dilema ‘acho que estou apaixonado’, mas os outros não.

Eles podiam fazer algum comentário na frente de Sheth, com isso chegaria ao ouvido de Leah e assim sucessivamente degringolavam muitas outras coisas.

– Ok. Você está certo – Disse respirando pesadamente –

Tomei um banho rápido nos fundos da oficina, e peguei a direção de La Push.

Ás vezes eu penso que tudo isso que passa dentro de mim, é só uma grande confusão. Confundindo uma grande amizade com estar apaixonado. Mas isso era embaraçoso demais, eu nunca havia me sentido assim.

Eu não sabia como agir, o que era certo, o que era errado. Eu só sentia, sentia algo me consumindo, me puxando, me sugando. Tomando conta do meu ser.

“Aquilo reage em cadeia Incendeia o corpo inteiro Faísca, risca, trisca, arrodeia Dispara o rito certeiro”

Quando dei por mim já estava em casa, parei o carro nos fundos. Sem colocá-lo na garagem de fato, e ia em direção á porta. Quando eu ouvi aquela voz que eu tanto ansiava, sem nem ao menos perceber que ansiava.

Mas eu não acreditei que podia ser ela realmente, congelei no lugar. ‘Ótimo agora eu estou ouvindo voz’ Pensei. Mas no exato momento já estava me virando pra ver se fora real.

E era, o carro que eu havia revisado parado um pouco distante da minha casa. Meu coração deu um solavanco e bateu de forma irregular. Andei até o encontro dela tentando acreditar realmente que era ela, e tentando apagar uma certeza que crescia dentro de mim, questionando que seria por mim que ela estaria aqui.

– Oi – A voz suave dela saiu meio trêmula, lhe dei um tímido sorriso e disse: - Oi Bella – Encarei seus lindos olhos cor de chocolate, eu certamente via algo ali –

– Eu vim visitar a Rachel, mas não sei onde é a casa dela – Ela disse com o rosto corando, e mesmo estando linda assim. ‘Matou’ a esperança que seria por mim que ela estaria aqui – Será que você pode me ajudar –

– Claro, claro – Eu disse instantaneamente, querendo apagar a decepção – Não é longe – Me aproximei dela, nossos braços deram um leve roçar e eu me arrepiei. Encarei seus olhos, e me perdi ali por uns segundos. - Não posso te levar lá, tenho que ir a oficina – Menti, tudo que eu queria era ficar ao lado dela, mas não era certo – Você vai aqui direto – Eu apontei, nossos rostos a milímetros um do outro fez meu coração acelerar e uma enorme vontade de beijá-la me invadiu – E depois é só virar a direita, uma casa azul no final da rua, é bem perto da praia – O cheiro dela me deixava inebriado, ela me olhou ligeiramente sorrindo, e suspirou agradecendo.

– Não foi nada – Enfiei minhas mãos no bolso, uma de minhas manias quando estou nervoso – Gostou do carro? – Desconversei -

– Gostei – Ela disse balançando a cabeça – É lindo –

Sorri abertamente, eu ajudei Charlie a escolhê-lo e saber que ela gostou, era o triunfo pra mim.

– Bom, Eu preciso entrar – Eu tinha que sair dali, antes que eu dissesse o que estava preso em minha garganta –

– Eu também – Estreitei os olhos, isso era instantâneo – Quero dizer, Tenho que ir. Não entrar – Ela explicou corando levemente -

– Eu entendi – Era divertido o embaraço dela –

Fiz meu caminho pra casa quase relutante, queria era ir aonde ela fosse. Era isso que todo meu ser queria, mas como sou um tanto orgulhoso. Entrei em casa.

Billy me olhou estranhando, mas não perguntou nada milagrosamente. Me juntei a ele, que assistia um jogo na TV, mas nem o jogo conseguia prender minha atenção. Não depois de vê-la.

Decidi deitar, e só o sorriso tímido, as bochechas coradas, o olhar cativante de Bella rodava em minha mente. Ótimo não consigo trabalhar sem pensar nela, não consigo descansar sem pensar nela, pensei. O que seria de mim?

Rolei um pouco na cama, mas fui alarmado por vozes reconhecíveis vindo da sala. Levantei levemente suspeito e encontrei Becca, Rachel e minhas sobrinhas, senti uma felicidade me invadindo Bella estava aqui.

– Não trabalha mais não é? – Becca disse divertida –

– Tio – May e Kauâne disseram correndo em minha direção –

Achei estranho, Bella não estava com elas. Talvez ela tivesse ido embora, pois se perder realmente não dava. Fiquei inquieto, parecia que tinha algo me chamando. Me puxando como um ímã, me senti sufocando, e quando menos percebi já havia saído de casa e caminhava pela praia.

– Jacob – Ouvi me chamando, olhei para os lados da praia vazia e nada – Jacob – Era a voz de Bella, mas não era materializada, parecia mais em minha mente – Jacob –

Olhei a minha volta, isso tava virando loucura. Quando como um borrão meus olhos encontram o mar, e vejo algo, alguém se afogando. Droga, quem entraria em um mar ressaqueado desses?

Nadei o mais rápido que consegui, as ondas estavam violentas. Mas eu já estava acostumado, cresci nessa praia. Mergulhei de uma vez, e quase ofeguei quando minhas mãos encontram o corpo delicado de Bella.

Travei uma luta com as ondas fortes, mas consegui sair do mar. Trazendo Bella comigo, deitei a sobre a areia. Tentando ouvi seus pulsar, que era fraco. Porém o bastante pra mim.

Massageei se peito uma, duas vezes e nada. Um desespero tomou conta de mim, investi mais uma vez. E logo em seguia, fiz uma respiração boca a boca. Fiz isso mais duas vezes, e em um lampejo. Bella tossiu cuspindo a água toda pra fora, meu coração acelerou parecendo bater naquele momento.

Como se quando eu estive tentando reanima - lá, ele estivesse parado. Os olhos delas se abriram, encarando o meu com profundidade e confusão. A respiração dela era pesada, mas isso não a impediu de balbuciar meu nome.

– Jacob – Segurei seu corpo, o puxando pra mim –

– Está tudo Bem – Garanti olhando fundo em seus olhos -

Agora eu tinha certeza, eu estava apaixonado, amando essa mulher. Um único pensamento em perde-lá fez como se tudo fosse nada. Eu não podia resistir, eu ficaria ao lado dela seja como fosse.

“Avassalador Chega sem avisar Toma de assalto, atropela Vela de incendiar”

Ligados (Pov. Bella)

Quando abri meus olhos, a escuridão não era tão diferente da que eu me encontrava antes. A única diferença é que essa fazia meu coração acelerar de uma forma tão arrebatadora. Como seria possível?

Todo o momento que estive me afogando era nele que eu pensava, era ele que eu chamava. E agora estavam aqui, as duas esferas negras me encarando. Provando que eu estava certa. Eu estava apaixonada por Jacob.

“Arrebatador Vem de qualquer lugar Chega, nem pede licença Avança sem ponderar”

– Jacob – Balbuciei tentando me levantar, e ele me segurou colando meu corpo no dele -

– Está Tudo Bem – Ele garantiu, me olhando profundo nos olhos –

A culpa que diariamente me corroia por estar pensando nele, as barreiras que sempre me mostravam que ele era um fruto proibido agora não pareceu existir.

– Temos que sair daqui – Jacob disse, me ajudando a levantar – Você deve estar congelando-

Tentei ficar de pé, mas meu corpo não respondeu. Parecia ter sumido, parecia estar dormente.

– Você perdeu suas forças Bella – Jacob disse me segurando pela cintura, enquanto nossos rostos se roçavam – Eu vou te carregar –

Eu nem consegui protestar quando os braços de Jake passaram por meus joelhos, e eu me encontrei em seu colo, sendo carregada. Minha garganta estava ardendo, queimava até quando engolia a saliva.

Fiquei impressionada com o preparo físico de Jacob. E quando dei por mim, já passávamos uma sala enorme. Com os rostos preocupados de Becca, Rachel e Billy. Que perguntavam o que aconteceu, mas Jake só respondeu o básico ‘Bella se afogou’ me levando até um quarto e me colocando na cama.

– Jake, tô toda molhada – Sussurrei, e ele me encarou dizendo que não havia problema –

“Aquilo bate, ilumina Invade a retina Retém no olhar”

Eu nem havia percebido que tremia de frio, talvez por que meu corpo estava perto do Jake. Ele jogou uns cobertores sobre mim, e logo as gêmeas estavam no quarto mostrando sua preocupação.

– Eu não sei o que aconteceu, acho que foi uma câimbra. – Respondi ao turbilhão de perguntas delas –

– Você quer alguma coisa? – Becca me perguntou –

– Água – Respondi, minha garganta queimava –

Não demorou muito e Becca apareceu com a água.

– Talvez fosse melhor ela tomar um banho quente e trocar essa roupa – Rachel sugeriu – Você também Jake –

Jake e eu assentimos, enquanto Becca me mostrava aonde era o banheiro Rachel tentava arrumar uma roupa antiga sua pra mim. E Jacob saiu, acho que pra fazer o mesmo que eu fazia agora. Tomar um banho quente.

Depois de um banho quente eu me sentia melhor, Rachel me levou agora para outro quarto para me trocar. Era um quarto mais amplo, arrumado.

Coloquei a roupa que ficou um pouco maior que eu no tamanho, e andei pelo quarto. Reconhecendo que era o de Jake, tinha uma coleção de mini carros e pôsteres que denunciava minha suspeita.

Observei uma mesinha cheia de portas retratos, Jacob com seus amigos na infância, na adolescência e agora. Ele e as irmãs, as sobrinhas, o pai. Uma mulher muito linda e diferente que eu imaginei ser a mãe dele, pelas afeições parecidas. E fotos dele e Leah.

Suspirei alto com uma foto na mão. Sentindo a culpa, um sentimento de traição a ela, a Edward queimar dentro de mim. Soltei o porta-retrato, e continuei meu Tour pelo quarto.

“O lance que laça na hora Aqui e agora, Futuro não há”

Me sentei na cama sorrindo, imaginando que ali era o quarto do homem que eu amo.

– O homem que eu amo? – Me indaguei puxando um travesseiro e apertando ao meu corpo –

Em um ato impensado, levei o travesseiro em direção ao meu nariz. E inalei o cheiro amadeirado perfeito, me inebriando. Fazendo o fogo queimar minha paixão.

Rolei pela cama sorrindo e apreciando o momento. Quando tomei um susto quando a porta do quarto se abriu, e Becca me olhou assustada e travessa fazendo meu rosto esquentar.

– E... Eu... Tava... - Me enrolei na hora de explicar e ela sorriu levemente–

– Tudo Bem – Ela segurava um sorriso – Só vim te trazer, isso – Ela colocou uma xícara fumegante em cima do criado –

– Becca? – Chamei, e ela me olhou – Chama o Jake pra mim? – Ela assentiu sorrindo –

Eu pulei da cama, arrumando a cama. Sentando-me casualmente com a xícara na mão. E logo em seguida Jake entrou no quarto, se sentando a minha frente. Eu fiquei entorpecida.

Ele usava apenas uma calça de moletom e uma blusa regata branco. Não consegui segurar o suspiro, e meu rosto esquentou.

“Aquilo te pega de jeito Te dá um sacode Pra lá de além”

– Becca falou que você estava me chamando? – Ele perguntou meio receoso, e eu assenti –

– Seu quarto é lindo sabia? – Disse e ele deu um sorriso aberto e disse: – - Obrigado -

O silêncio constrangedor se perdurou por alguns minutos, fazendo nos dois desviar o olhar.

– Bella – - Jake – Falamos juntos e sorrimos disso.

– Fala você – Falamos juntos outra vez –

– Fala você – Agora só eu falei – Tudo Bem – Ele respondeu sorrindo fracamente – Bella você tem noção do que aconteceria se eu não tivesse ido até a praia?Eu não gosto nem de pensar, Você poderia estar... –

– Hey tá tudo Bem – Eu disse segurando uma de suas mãos –

– Eu senti um desespero tão grande, um medo – Ele suspirou – Mas isso me fez ver uma coisa –

– O quê? – Perguntei mordendo o lábio inferior –

– Que podemos realmente ser amigos – Ele disse tampando qualquer veiculação minha de dizê-lo que eu estou apaixonada por ele – Um único pensamento de te perder, me fez ver que talvez eu estivesse enganado – Ele pousou uma de suas mãos em meu rosto e continuou – Talvez o que exista entre nós é uma identificação absurda, uma ligação, um conhecimento mútuo. Uma grande amizade –

“O mundo muda, estremece O caos acontece Não poupa ninguém”

Fiquei em silêncio encarando o olhar indecifrável a minha frente. Talvez ele estivesse certo, e até mesmo eu me enganei.

– O que você queria me dizer? – Ele perguntou –

Encarei o rosto bronzeado, que tinha um ligeiro sorriso de canto. Tentando tomar coragem para dizer, expor tudo o que estava dentro de mim.

– Nada demais – Fraquejei – Só te agradecer, obrigado por ter salvado a minha vida. Como você disse se você não estivesse por perto, nem sei. Obrigado -

– Não precisa agradecer, eu faria tudo de novo. Por você ou qualquer outra pessoa que precisasse – Fiz um pequeno muxoxo ao ouvir ele dizer que faria por qualquer um, era egoísta, mas eu queria que fosse por mim, por que era eu –

– Mesmo assim obrigado – Segurei sua mão com mais força, e ele me puxou para um abraço –

Os braços fortes circularam minha cintura, e eu afundei meu rosto em seu pescoço sentindo o cheiro maravilhoso de sabonete vindo dele.

Burra, mil vezes Burra, eu gritava em pensamentos pra mim. Eu tinha que dizer, dizer a ele tudo que eu sentia quando estávamos juntos, quando nossos olhares se cruzavam.

Que era um sentimento ímpar, incapaz de ser dominado. Mas as palavras dele haviam me desarmado.

“Avassalador Chega sem avisar Toma de assalto, atropela Vela de incendiar”

Nos separamos e ele me chamou pra apresentar sua casa. Que era linda, tão confortável, aconchegante com um toque de requinte. Enquanto ele me mostrava tudo, eu tentava apresentar frieza, mas não dava.

Tudo dentro de mim era como uma represa pronta pra jorrar, querendo iluminar a estrada, a casa o quarto. Não dá pra ocultar. Algo preso quer sair do meu olhar, atravessar montanhas e encontrá-lo. Tocar o seu olhar, fazer ele me enxergar e se enxergar dentro de mim.

Depois de ver todos os cômodos, fomos pra sala. Se juntando a Becca, Billy e Rachel que riam do modo bobo como eu me afoguei.

– Que bom que o Jake deu vontade de passear na praia – Becca disse divertida e eu assenti –

Conversávamos sobre tudo, mas o dia já estava quase se findando e eu tinha que voltar pra casa. Anunciei minha ida e logo Jake se prontificou a me levar.

– Não precisa Jake sério – Disse e ele negou –

– Eu vou te levar e pronto – Disse se levantando e passando por mim – Você estava sem forças há alguns minutos atrás, e você quer que eu te deixe ir sozinha –

– Ele está certo – Billy disse me fazendo revirar os olhos mentalmente –

Será que ele não sabia que a presença de Jake deixava as coisas difíceis pra mim?

“Arrebatador Vem de qualquer lugar Chega, nem pede licença Avança sem ponderar”

Me despedi de todos, e entrei no carro. Enquanto Jake me seguia com o seu. Pelo retrovisor eu via se rosto, e ele sorria enquanto eu fazia careta mostrando claramente ou quanto desconfortável era aquela situação.

– Obrigado por vir me trazer – Eu disse a ele, nós já havíamos chegado e subíamos as escadinhas da varanda de Charlie –

– De nada – Ele disse sorrindo – Está entregue –

– Obrigado mais uma vez, por me salvar também – Eu sabia que já tinha dito isso milhares de vez, mas se isso atrasaria a partida dele eu falaria quantas vezes necessárias –

– Eu só fiz o que devia ser feito – Ele respondeu sorrindo –

– Mesmo assim obrigado – Disse me virando pra entrar –

– Sabe o que é mais estranho? – Ele falou me fazendo voltar –

– O quê? – Perguntei –

– Eu sentia aqui – Ele pôs a mão sobre o coração – Um desespero, uma falta de ar. Eu nem estava com vontade de ir à praia, mas era como se algo me puxasse pra lá. Como um ímã, e depois eu ouvi, ouvi você me chamar –

– Quer saber uma coisa mais estranha? – Perguntei e ele assentiu – Eu chamei você o tempo todo por pensamento –

Ele me olhou meio espantado com minha resposta. Nossos olhares se encarando profundamente, o vento passou esvoaçando meu cabelo, os fazendo cair sobre o meu rosto. Ele levou uma de suas mãos tirando os fios de meu rosto e sorrindo disse:- O que é isso? – Sua mão fiou em meu rosto – Uma ligação? Telepatia? –

“Avassalador Chega sem avisar Arrebatador Vem de qualquer lugar”

– Não sei – Fui sincera – Só sei que foi bom, me salvou –

Ele riu lindamente, e aproximou o rosto de mim. Beijando meu rosto, bem perto da minha boca. Eu podia sentir seu hálito, podia sentir as borboletas voando frenéticas no meu estômago.

Enquanto seu rosto lentamente chegava mais perto da minha boca, meu coração acelerava. Eu mesmo me sentindo estranha, pela primeira vez não tinha forças pra afastar.

Mas afinal o que tinha acontecido com o papo de amigos?

“Aquilo que dá no coração Que faz perder o ar e a razão”

Não sei, a única coisa que eu sentia nesse momento era Jacob Black e as sensações que ele despertava em mim.

– Bella – Eu e Jake demos um pulo se afastando, quando a porta abriu e a voz de Sue nós acordou –

– Nós... Er... Eu... – Gaguejei olhando o rosto alarmado de Sue –

– Oi Jacob – Ela o cumprimentou normalmente – Estava preocupada com você Bella, mas vejo que você está bem. Bom eu vou deixar vocês terminarem de conversar –

Ela fechou a porta sorrindo e eu senti meu coração se exprimir.

– Droga – Disse baixinho e Jacob que também ficou tenso me olhou – Eu vou entrar, tenho que explicar Sue o que ela viu –

– Talvez fosse melhor eu ir com você –

– Não – Eu respondi imediatamente – Fica aí, assim talvez entre na minha cabeça que você é inatingível – beijei seu rosto rápido e entrei em casa –

Escorei-me na porta e deixei meu corpo descer, deslizar por ela até chegar ao chão. Fiquei ali sentada, pensando, me reorganizando. Na verdade eu estava com vergonha e medo de encarar Sue.

“Aquilo reage em cadeia Incendeia”

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