O Esquecido escrita por NinaDeane


Capítulo 6
Encontrados


Notas iniciais do capítulo

Também tá um pouquinho mais curto...



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  Depois de quarenta minutos eu, Megan, Bailey e Jamal entrávamos no Central Park para procurar os objetos. Tínhamos que achar o javali, o raio, a coruja, a pomba e a foice. Eram sete horas e quarenta minutos e o céu estava como no dia anterior. Aparentemente Zeus também havia perdido seus poderes e não conseguia controlar o céu. O Central Park estava vazio, o que supostamente facilitaria nossa busca. Andamos por um tempo até que Jamal avistou uma grande coruja no galho de uma árvore. O animal era imponente e parecia sábio. Jamal escalou a árvore e Bailey jogou uma das gaiolas que Quíron havia nos dado. A coruja, sabendo o que deveria fazer, entrou na gaiola tranquilamente.

                   ̶ Ótimo ̶ eu disse ̶ já pegamos a coruja. Agora precisamos do raio, do javali, da foice e da pomba.

                   ̶ Mas como vamos achar a pomba?Afinal, existem milhares de pombas aqui ̶ disse Bailey, preocupada.

                   ̶ Certamente que existem muitas pombas aqui, mas a pomba de Afrodite não poderia ter a aparência de uma pomba comum. Ela deve ser a mais bela de todas ̶ disse Megan.

                 ̶ Certo. Acho que não vai ser fácil achar a pomba e os outros objetos então, acho que devíamos nos separar. Bailey, pegue a gaiola e vá procurar o javali. Megan, você procura a pomba e eu procuro o raio. Jamal, você fica aqui e cuida da coruja. Nos encontramos aqui em quarenta minutos ̶ eu disse.

                   Fomos por caminhos diferentes e Jamal sentou em um banco próximo segurando a gaiola da coruja. Eu andava apressadamente, procurando qualquer sinal de que o raio estivesse ali. Continuei andando até perceber um estranho brilho azul vindo de um arbusto. Caminhei até a planta e a afastei para ver se era o raio. Lá estava ele. No meu primeiro ano no acampamento, havia sido acusado de roubar o raio e tive que encontrá-lo. E ali eu estava, procurando o precioso raio de novo. Eu o agarrei e enfiei em meu bolso. Saí correndo de volta para o banco onde Jamal estava. Bailey já estava lá, carregando uma gaiola que continha um javali do tamanho de um porco, com pele vermelho-escura e olhos cor de fogo. Megan chegou logo depois, trazendo em seu ombro uma bela pomba. Era completamente branca. Só possuía uma única mancha no pescoço na forma de um coração. A pomba fazia um barulho suave e estufava seu peito, dando a impressão de grandeza.

                  ̶ Agora só precisamos da foice ̶ disse Megan.

                  ̶ Olhem ̶ disse Jamal ̶ as pessoas estão começando a chegar.

                   ̶ Então vamos. Temos que achar a foice. E rápido ̶ eu disse, percebendo algumas pessoas andando de bicicleta.

                  Começamos a andar, tentando esconder as gaiolas. Nenhuma pessoa pareceu notar elas. Andamos por vinte minutos até Megan avistar uma mulher mais velha cortando a grama com uma foice de cabo preto e decorada com imagens de plantas e flores. A lâmina da foice era extremamente afiada e possuía uma espécie de brilho. Fomos até a senhora e ela nos ignorou.

                    ̶ Com licença, onde a senhora achou esta foice? ̶ perguntou Jamal delicadamente.

                    ̶ Não a achei em lugar nenhum. Eu a ganhei ̶ resmungou a senhora, apresentando mau-humor.

                   ̶ Hã... nós... nós precisamos dela ̶ disse Bailey.

                   ̶ Então acharam que seria assim tão fácil quanto os outros objetos?Não lhes darei a foice de graça. Terão que me matar primeiro ̶ disse a velha.

                  Ao terminar de falar, a senhora começou a se afastar, largando a foice na grama. Ela começou a se distorcer e penas surgiram em seu corpo. Duas grandes asas surgiram em suas costas e sua boca se transformou em um bico. O que me surpreendeu foi que quando ela abriu o bico pude ver dentes afiados. A velha havia se transformado em um monstro.

                  ̶ O que é isso? ̶ perguntou Jamal, assustado.

                  ̶ Se não me engano, uma harpia. Estou certa, Percy? ̶ perguntou Megan.

                  ̶ Sim, infelizmente sim ̶ eu respondi, tirando minha espada do bolso.

                 A harpia soltou um grito estranho e me atacou. Ela voou para cima de mim, tentando me arranhar com suas garras. Desviei para o lado tentei atingir sua mão com a espada, mas não consegui. Ela voou na direção de Bailey, que saiu correndo e agarrou a foice. O monstro foi atrás dela e Jamal tirou da mochila que havia trago um pequeno bastão, que logo se transformou em uma lança.

                  ̶ Bailey! A lança! ̶ gritou Jamal, jogando a lança para Bailey e recebendo de volta a foice.

                 Bailey agarrou a lança e desferiu um golpe na direção dos pés da harpia. Por sorte ela acertou e o monstro gritou de dor, caindo no chão. A harpia, percebendo que Bailey estava distraída, puxou seus pés e sua lança caiu no chão. O monstro pegou a lança e quando ia colocá-la no ombro de Bailey Megan saltou em suas costas e começou a bater em sua cabeça com o cabo da foice. A harpia conseguiu jogar minha irmã no chão e pegar a lança de novo. Ela provavelmente iria matar Megan com o golpe, mas, ao abaixar a lança, um leve brilho dourado envolveu Megan e lança voou da mão do monstro. Megan foi ágil e, enquanto a harpia olhava para ela, incrédula, cortou sua cabeça. O corpo do monstro explodiu em pó de monstro e Megan se levantou.

                   ̶ Como você fez isso? ̶ eu perguntei boquiaberto.

                  ̶ Eu... eu não sei! ̶ disse Megan.

                  ̶ O colar! ̶ disse Bailey apontando para o colar de Megan, que brilhava ̶ O colar deve ser um escudo!

                  ̶ Provavelmente, mas agora temos que ir para o Times Square. Tenho alguns dólares para pegarmos um táxi.Vamos! ̶ eu disse, com uma expressão séria.

                 Assim saímos do Central Park e pegamos um táxi. O motorista pareceu não notar as gaiolas e os animais. Todos pareciam surpresos e ansiosos, pensando no que mais teríamos de enfrentar.


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Notas finais do capítulo

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