O Esquecido escrita por NinaDeane


Capítulo 3
Calados


Notas iniciais do capítulo

Os nomes dos capítulos ficaram péssimos,eu sei,mas não sou boa escritora...



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       Assim que adormeci meu sonho começou. Eu estava atrás de uma coluna de mármore e logo percebi que estava em uma ruína. Estranhamente, olhei para o lado e vi um templo que não me era estranho. O Parthenon. Mas o que eu estava fazendo ali?Aquele com certeza não era o de Nashville. Quando ia sair de trás da coluna para entender porque eu estava ali, ouvi vozes e voltei a me esconder.  Resolvi espiar quem estaria vindo e no centro da ruína entraram duas pessoas de capa e capuz vermelho que começaram a discutir.

        ̶ Meu senhor, temos que colocar o plano em ação ̶ disse uma voz feminina.

        ̶ Sim, meu pequeno pássaro. Mas devemos nos focalizar em deuses menores, para que não se preocupem muito ̶ disse uma voz grave.

        ̶ Mas... mestre! Os meio-sangues já estão se preparando, mesmo que não sabem de vossa existência!

        ̶ Acalme-se, menina. Logo chegará a hora, e então, poderemos dizer adeus a todos os deuses insignificantes do Olimpo.

       E então tudo escureceu e eu acordei. Megan já estava de pé, arrumando sua cama e já vestida com uma camiseta laranja do acampamento e uma bermuda jeans.

        ̶ Bom dia­ ̶ ela disse, sorrindo.

        ̶ Bom dia. Megan, porque acordou tão cedo? ̶ eu perguntei sonolento, percebendo que eram seis horas e que os campistas só acordariam dali a duas horas.

        ̶ Me acostumei. Acordava ainda mais cedo no Brasil.

       ̶ Você morou no Brasil? ̶ Eu disse, surpreso.

        ̶ Não só morei a vida toda como nasci lá. Achou que eu era americana? ̶ riu ela ̶ Só tenho esse nome pois meus avós eram americanos.

       Assim, ela me contou tudo sobre seu passado. Contou que havia se mudado para Nova York no ano anterior e que Megera havia matado sua mãe no dia que a encontramos. Também falou sobre suas viagens e sobre o Brasil. Às sete e meia decidimos o que iríamos dizer a Annabeth e esperamos até as oito para irmos tomar café-da-manhã. Quando nos sentamos à mesa de nosso chalé, Annabeth veio andando em nossa direção, sorrindo e irradiando felicidade. Sentou do meu lado e disse:

        ̶ Bom dia! Como vocês estão?Dormiram bem?Estão prontos para o Primeiro Ensino?

        ̶ Oi, Annabeth ̶ disse minha irmã, abaixando a cabeça.

        ̶ Precisamos conversar ̶ eu disse, com uma expressão séria.

      ̶ Anna... não podemos...não podemos mais falar com você! ̶ disse Megan, desatando a chorar.

       ̶ O quê?Como assim não podem mais falar comigo? ̶ ela disse, surpresa.

       ̶ Papai nos proibiu de conversar com você. Só permitiu que te avisássemos ̶ fungou minha irmãzinha.

       ̶ Por quê?! Ele não pode fazer isso! ̶ gritou Annabeth, começando a correr e a chorar.

      Megan fungou mais uma vez e parou de chorar. Eu estava cabisbaixo, quase chorando também. Ficamos alguns minutos em silêncio e então eu disse:

       ̶ Temos que ir. O Primeiro Ensino começa daqui a dois minutos. Vamos.

       ̶ Está bem.

      O Primeiro Ensino também era uma coisa nova. Eram as primeiras lições que os novatos recebiam e receberiam de um de seus irmãos ou irmãs. Megan se saiu bem para uma novata. De vez em quando, Annabeth nos dava um olhar triste de “eu não acredito nisso” e voltava a ajudar sua irmã, Sophie Harrington. Todos os campistas estavam indo bem. Nico ajudava sua irmã Dana, e os dois pareciam se dar bem. Já era meio dia quando o ensino acabou, então fomos almoçar. Todos conversavam e eu falava sobre a guerra contra Cronos com Megan, até que ela foi conversar com algumas filhas de Deméter e uma Menina bonita apareceu em minha frente.

       ̶ Olá. Você deve ser Percy  ̶ ela disse, sorrindo.

       ̶ Sou eu mesmo. E você é?

       ̶ Sou Jenna. Jenna Brooks.

       ̶ Prazer em conhecê-la, Jenna. Você é filha de Atena, certo?

       ̶ Sim. Prazer em conhecer você, Percy. A gente se vê depois. ̶ disse Jenna Brooks, voltando para sua mesa.

      Jenna era realmente bonita. Seus longos cabelos louros e lisos caíam sobre os ombros e seus lábios rosados esboçavam um lindo sorriso. Sua voz era suave e doce e suas bochechas eram levemente coradas. Seus olhos eram de um cinza intenso e profundo, quase prateado. Mas no que eu estava pensando? Os olhos de Annabeth eram mais bonitos. Pelo menos eu achava, mas não havia comparado os dela com os de Jenna, os quais pareciam ligeiramente mais profundos. Comecei a pensar em Annabeth. Ela devia estar muito triste, afinal, não poderia falar com duas pessoas que ela gostava. Estava prestes a chorar quando Quíron se aproximou.

       ̶ Venha comigo, Percy  ̶ disse ele, me guiando até a casa grande.

       Ao chegarmos, avistei senhor D. na varanda, jogando Pinochle, usando a camisa mais brega que eu já vi.Fomos ao seu encontro e ele me pareceu sério. Quíron agitava seu rabo de cavalo nervosamente.

        ̶ Então, Peter Johnson. Parece que temos uma missão para você.

        ̶ Me chamo Percy Jackson. E de que missão o senhor está falando? ̶ eu disse, irritado.

       ̶ Percy, ontem alguns deuses menores fizeram uma queixa. Disseram que haviam perdido seus poderes. Hoje cedo, Apolo deu falta de sua lira e também reclamou de estar sem poderes. Agora fica apenas sentado em seu trono, reclamando e resmungando para que tragam o instrumento sagrado de volta. Supomos que a roubaram e queremos que vá atrás do ladrão. Você poderá escolher seis meio-sangues para te acompanhar e terá três dias para fazer isso. Grover também irá com vocês. Agora vá, Percy. Quanto antes escolher melhor. ̶ disse Quíron, parecendo mais nervoso do que antes.

      Saí da casa grande atordoado. Como poderia escolher seis meio-sangues? Ou melhor, quem eu iria escolher?


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Notas finais do capítulo

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