O Esquecido escrita por NinaDeane


Capítulo 20
A guerra-parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, me desculpem por demorar tanto a postar! É que eu fiquei empolgada com a outra fic... Então, vou dividir a guerra em três partes, e esta é a primeira. Espero que gostem!



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    Não posso negar que acordei ansioso pela guerra.

     Acordamos às cinco horas da manhã. Com nós quero dizer eu e mais 49 campistas. Quíron não achou que seria uma guerra tão grande, e achou que 50 guerreiros seriam mais que suficiente. Todos nos arrumamos, pegamos as armas necessárias e tomamos um café da manhã reforçado. Às seis horas estávamos todos no alto na colina, esperando para que as vans que Quíron contratou chegassem para nos levar. Todos os outros estavam despreocupados, considerando que a maioria havia lutado na grande guerra contra Cronos e todos haviam experiência, mas eu tinha um pressentimento ruim.

      Quando todos chegaram ao Empire State, nos dividimos em grupos e cercamos o perímetro do lugar. Cada líder de um grupo tinha um walkie-talkie para se comunicar com os outros ou com o acampamento no caso da necessidade de reforços. Eu estava na beira do rio Hudson, esperando que algo acontecesse. Não víamos nenhum sinal de inimigos, e também não havia ninguém circulando nas redondezas, o que era estranho. Eu estava a ponto de baixar a guarda quando, do outro lado do túnel Lincoln, pudemos ouvir o som de uma corneta.

       —Percy, você ouviu esse barulho? —Megan perguntou surgindo ao meu lado.

       Assenti e por instantes pude jurar que o chão estava tremendo. Logo depois ouvi barulhos de passos pesados, como se milhares de cavalos estivessem atravessando o túnel. E eu estava certo, mas não eram cavalos, e sim milhares de monstros marchando na nossa direção. É incrível como os monstros se juntam a qualquer fulano que queira destruir o Olimpo. Mas não eram só membros da mitologia grega, na verdade, era o contrário. A maioria eram monstros que nunca havia visto, todos muito feios e esquisitos. Pelo que calculei, eram cerca de cinco mil monstros.

       Percy? Você está aí? Câmbio—ouvi alguém me chamar no walkie-talkie.

       —Annabeth, estou aqui. Pode falar. Câmbio—respondi.

      Percy, avistamos mais de mil monstros marchando em nossa direção, mas não reconheço muitos...

       —É, eu sei, aqui estamos na mesma situação. O que são essas coisas?

       Pelo que eu sei, são monstros da mitologia suméria.Li sobre alguns, e podem ser muito perigosos. Mas teremos de enfrentá-los do mesmo jeito que lidamos com os monstros da mitologia grega. Ah, os monstros estão chegando. Vou desligar.

       —Annabeth, espera...

       Que é?

       —Boa sorte, Sabidinha. Tente não se machucar.

       Boa sorte para você também, Cabeça De Alga. Tente não ser morto. Câmbio e desligo.

      Sorri e coloquei o walkie-talkie no lugar. Destampei Contracorrente e abri meu novo escudo, me preparando para a guerra. Dentro de instantes o exército de monstros estava a dez metros de mim e um homem à cavalo se posicionou cinco metros à frente das criaturas. Logo reconheci o capuz e a capa vermelha. Estremeci com a lembrança do meu sonho e do dia que recuperamos os símbolos dos deuses. O homem tirou o capuz e mostrou ter um rosto amedrontador, cheio de cicatrizes, os olhos tortos, o nariz deformado e a boca caída. O cabelo era meio cinza meio preto avermelhado, comprido e com a aparência de que não via um pente há anos. Ele carregava uma lança comprida e afiada.

     —Meus deuses... —minha irmã murmurou ao vê-lo—Esse aí é mais feio que Hefesto...

      —Atenção, humanos! —ele berrou—Quem é o líder aqui?

      Como ninguém se manifestou e eu era o líder d grupo, dei dois passos a frente tomando coragem e disse:

   —Sou eu.

   —Ordene aos seus guerreiros que me levem ao Olimpo, ou haverá guerra. Meus monstros aliados não devem mostrar piedade, e vencerão cada obstáculo posto em seu caminho.

   —Eu nunca faria isso—falei cerrando os dentes, com raiva.

   —Que seja—o homem deu de ombros e se virou para os monstros—Atacar!

   Então o exército veio correndo em nossa direção. Esperamos que eles viessem e logo o combate começou. Eu lutava ferozmente contra monstros que nunca vi na vida, que cuspiam veneno, ou que tinham mais de uma cabeça. Eles eram um pouco mais difíceis de matar do que os monstros gregos, mas consegui matar a maioria. Os monstros não paravam de chegar, parecia que eles morriam e dentro de minutos já estavam vivos de novo! Pude ver que a maioria dos semideuses estava precisando de ajuda. As coisas começaram a ficar mais complicadas, minha espada e escudo se movimentavam rapidamente para que nenhum monstrengo me pegasse.

    —Percy, atrás de você!—alguém gritou enquanto eu lutava contra uma dracaena. Me virei fazendo um arco com a espada, e, por sorte, atingi um monstro com asas que ia me atacar pelas costas.

     Estranhamente, percebi que quem havia me chamado era Annabeth. Quando matei a dracaena olhei em volta para avaliar a situação. Olívia e Annabeth lutavam lado a lado, Megan usava seu tridente contra um monstro que cuspia veneno e Nico estava ajoelhado no chão ao lado de uma guerreira caída, que reconheci ser Lilly. Liv desviou o olhar para aquela cena e sua boca formou um “o” de surpresa quando ela viu o filho de Hades se abaixar e dar um beijo na garota. Despercebida e chocada, a filha de Apolo não percebeu o monstro que se aproximava com uma espada atrás dela.

     —Olívia! Atrás! Sua perna! —ouvi Megan gritar com urgência enquanto a amiga caía com um corte extenso e sangrento na perna. Pude perceber o terror no rosto de minha irmã, e lembrei-me do dia em que ela teve um pesadelo, e falou a mesma coisa.

     Um filho de Apolo carregou Olívia para um prédio onde os feridos estavam e voltei para o combate. Nico surgiu ao meu lado, lutando com raiva e voracidade.

      —O que aconteceu ali atrás? —perguntei arfando enquanto decepava a cabeça de um monstro.

      —Lilly, ela... Ela se foi—ele disse cerrando os dentes e matando uma criatura de duas cabeças—Um monstro lhe atingiu com veneno e ela não resistiu.

      Até me lembrei de Silena Beauregard, uma filha de Afrodite que morrera na guerra do verão anterior por causa de veneno. Então entendi a razão de ele estar daquele jeito. Continuamos a lutar arduamente, mas os monstros apareciam de novo, apenas dificultando as coisas. De repente, cerca de vinte campistas surgiram, pelo visto Quíron havia mandado reforços. Sorri quando percebi que estávamos começando a ganhar, mas o sorriso se desfez quando Nico saiu correndo na direção do homem no cavalo.

      —Você! —ele gritava—Você matou a Lilly!

      —Não, Nico, Por aí não! Cuidado com a flecha! —minha irmã berrou. Mais uma vez ela repetira o que dissera no dia do sonho.

      Não entendi muito bem por que ela disse aquilo, mas quando vi Nico cair no chão com uma flecha no braço ensangüentado entendi.

      —NÃO! Nico! —Meg choramingou. Estava aterrorizada, pois tudo o que ela havia visto no sonho estava acontecendo.

     O filho de Hades também foi levado para o lugar dos feridos, e eu voltei a lutar um pouco aflito. Afinal, no sonho de Megan, eu... Bem, digamos que eu não tinha um final feliz. Levei um susto quando um som estridente chegou aos meus ouvidos e o chão tremeu.

   De repente, um polvo gigantesco e monstruoso surgiu no rio Hudson, que era ninguém menos que... O Kraken!


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Notas finais do capítulo

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