Bloody Bones escrita por Bea


Capítulo 9
Capítulo 9




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SETE MESES DEPOIS

 

A sacada estava aberta e uma brisa fria entrou por ela, fazendo o lençol da cama levantar suavemente. Brennan arrepiou-se com o toque dos dedos de Booth por suas costas e com isso chegou mais perto dele. Buscou a outra mão do companheiro por baixo do lençol e entrelaçou junto com a sua. Abriu os olhos e observou algumas árvores na rua com os galhos congelados causado pela neve que caíra por toda a noite.

Booth aproximou Brennan de si, sentindo que ela estava começando a ficar fria. Ela era tão humana... Seu corpo, quente, a manteria longe do frio quente por algum tempo. Ele levantou o rosto dela e beijou seus lábios, igualmente frios comparados aos seus. Brennan estremece com a sensação e ri baixo.

- Que foi? – Ele pergunta, ainda com seus lábios sobre os dela.

- Você é tão quente...

- Uhum, sou bem quente. – Ele solta a mão de Brennan e passa a pela lateral do corpo dela.

- Ah, claro. – Ri baixo – Mas não falava disso.

- Talvez não deveríamos ter escolhido Zurique.

- Gosto da Suíça.

- Então devemos comprar mais um cobertor para você. Seu sangue está saindo todo do seu rosto.

- Me dê um pouco do seu sangue que isso se resolve.

Booth estrala o pescoço e depois inclina a cabeça para o lado, deixando-o livre para Brennan morder. Ela primeiro beijou o local e depois mordiscou. Booth riu, sentido cócegas. Brennan o acompanha na risada e depois o morde, sentindo o sangue dele saciar a sua sede e lhe dar forças.

Angela pôs suas duas mãos sobre sua barriga. Sua grande barriga que trazia uma miniatura sua e uma Hodgins. Apenas com sete meses de gravidez, mas sua barriga parecia que nunca mais pararia de crescer.

Andou vagarosamente até o andar do laboratório que tinha em sua casa. Hodgins não tinha se dado o trabalho de vir tomar café com ela. Angela sabia que ele não fizera isso por que queria, provavelmente nem notara o amanhecer.

- Jack? – Chama ele quando chega.

- Angie? – Ele tirou os olhos do computador – Amanheceu?

- Sim.

- Oh, desculpe...

Hodgins se levanta e vai até sua esposa. Ela nota seus olhos vermelhos e seu rosto cansado. Hodgins acaricia carinhosamente a barriga de Angela e depois lhe dá um beijo.

- Achou alguma coisa?

- Sim e não.

- Nunca vou perdoar Brennan por isso.

- Se eu descobrir o que é... Angie! Nem sei o que faço!

- Pois eu sei, vais fechar a porta desse laboratório e vai me ajudar a cuidar do casalzinho que vai sair dessa barriga daqui a dois meses.

- Precisa nem pedir, Madame. – Ele ri a beija novamente.

Brennan estava apenas com sua camisa e roupas íntimas na cozinha, preparando chocolate quente para ambos. Booth estava terminando de fechar todas as janelas e portas, preocupado com o frio que ela poderia sentir. Chegou à cozinha e andou vagarosamente até Brennan com o intuito de beijar-lhe sua nuca nua.

Brennan, que recém recebera uma dose literalmente generosa de sangue, tinha os sentidos aguçados e ouviu Booth chegar. Deixou que ele chegasse bem perto de si e virou-se quando ele estava preste a beijar-lhe a nuca, obrigando-o a beijar-lhe os lábios.

- Ahh, espertinha.

- Booth, temos que ir.

- Tens certeza, Bones?

- É nossa única chance.

- Não precisamos...

- Não quero viver assim, Booth.

- Sério? Estou tão feliz assim... – Ele rouba um beijo de Brennan.

- Ah, sim, eu também, mas não posso “viver” sabendo quem temos ainda essa chance. – Ela faz as aspas com as mãos.

- Acha que a Angela já recebeu a carta?

- Acho que sim. Espero que sim.

- Okay, mais saiba que eu te amo assim mesmo como tu és.

- Eu também te amo.

Angie,

Antes de qualquer coisa, se for mandar algum tipo de carta para o remetente, não perca seu tempo.

Sem, em segundo lugar, eu e Booth estamos bem, na medida do que nos é oferecido. Sei que Hodgins descobriu uma anomalia no sangue que deixamos. Aproveitando, peço desculpas se “roubamos” seu esposo, já que muito provavelmente ele não saiu do laboratório enquanto não descobrisse o que era.

Sei também que apesar de ter encontrado uma anomalia, não a identificou. Lamentamos em dizer que ele nunca irá identificá-la. Se o fizer... Bem, boa sorte.

Estamos sentindo a falta de todos. Posso incluir Booth nisso e principalmente posso dizer que ele sente muita falta de Parker. Espero que ele não esteja sentindo tanta a falta do pai quanto o Booth sente a dele.

Tenho uma ideia. Espero que você e Hodgins nos perdoem por tê-los deixado. Estamos dispostos a retornar à Washington para uma conversa que talvez poderá resultar na restauração de grande parte de nossas vidas.

Não fale para ninguém sobre nosso contato, apenas para Hodgins. Nos encontraremos daqui a 5 dias, a partir da data de envio desta carta, no Tree Lake Park, às 15h30.

Confiamos em vocês, gostaríamos da retribuição dessa confiança.

Até breve,

T. Brennan.

Hodgins abaixou a carta e olhou assustado para Angela. Olhou para a grande barriga de sua esposa e pensou no susto que ela poderia ter levado ao ler aquela carta.

- Quando viu isso?

- Logo depois que acordei, mas deve ter chegado ontem. – Disse ela se ajeitado na cama – Só deu tempo para tomar um café para alimentar nossas miniaturas e vir te chamar.

- Vai querer ir?

- Ah Jack, você passa mais tempo naquele laboratório do que respirando ar puro, acha que no mínimo não vou te obrigar a me levar até lá para saber que diabos de sangue é aquele que eles deixaram?

- Nossa, isso tudo são os hormônios da gravidez?

- Lembre-se estou carregando dois aqui – Encosta duas vezes a ponta dos dedos em sua barriga – Duas vezes mais hormônios.

- Então vamos. Mas quero preparar um relatório completo do que descobri. Nós temos apenas... – Olhou a data da carta – bem, é amanhã.

- Já sei. Laboratório.

- Desculpe.

- Coma algo pelo menos.

-Tudo bem, mande alguém levar algum lanche lá.

Hodgins beija os lábios de Angela e saiu, subindo as escadas rapidamente e indo para o laboratório.

- Temos isso de bagagem? – Brennan apontou para uma mala mediana que Booth levava nas mãos.

- Vida de nômades, querida. É o preço.

- É, acho que estou com saudades do meu apartamento.

- Não vejo a hora de ver Parker!

- Booth, eu não sei se deveríamos...

- É o combinado. Te levo para conversar com Hodgins sobre esse seu plano maluco e eu vou ver Parker. Se for pra eu não ver ele, ficamos aqui.

- Posso ir sozinha!

- Não, você não pode. Pelo simples motivo que não consegue matar alguém. Não tens forças para isso.

- Não precisa jogar na minha cara! Se sou mais humana que você e isso te incomoda, me largue!

- Não fale assim... – Booth larga a mala no chão e abraça Brennan – Eu sei que você não quer que eu te deixe e você sabe que eu nunca iria.

- Você prometeu nunca me deixar.

- E não vou. Vou estar sempre do seu lado.

- Obrigada.

- Não me agradeça, apenas enxugue as lágrimas e vamos para o aeroporto.

- Certo. Chegaremos em Washington pela manhã, pegamos algumas pontes.

- Eu sei, você já falou.

- Chegando lá, iremos para minha casa e você irá ver Parker.

- E depois vamos para o Tree Lake Park.

- Sim, e resolveremos nossos problemas.

- Ou ganharemos mais.

- Vai dar tudo certo, Booth.

- Espero.


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Notas finais do capítulo

Quero ver os review hein pessoal! Não troquem Bloody Bones pela Heartbeats, leiam as duas!
Beijos!!
Bih