Bloody Bones escrita por Bea


Capítulo 17
Capítulo 17




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O balcão era mal iluminado e por mais que a garçonete passasse o pano repetidas vezes por cima dele, ficava longe de estar limpo. Booth soltou o ar e tomou o restante de sua vodka – ou qualquer bebida em que o barzinho apresentasse como sendo vodka. Um homem sentou ao seu lado e pediu um drink forte. Booth respirou fundo enquanto pegava sua carteira para pagar a bebida, então sentiu algo diferente. O forasteiro também olhou para Booth.
- Quem é você? – O Forasteiro perguntou. Tinha um forte sotaque texano.
- Booth.
- Fall.
Os dois apertaram as mãos, então tiveram certeza do que desconfiavam: Ambos eram vampiros.

Logan Fall era um homem solitário mesmo antes de ter se tornado o que é. Não acreditava em vampiros, apenas dizia que aquilo era uma maldição do Diabo. Booth se lembrou das palavras de Brennan: "Eu disse que Deus não existia.". Parecia fazer uma década ao invés de um ano. Booth logo contou sua história, mas sem incluir Brennan e a criança, apenas contou que seu amigo tinha a suspeita da cura e procurava alguém para os testes. Explicar o motivo de ele mesmo não fazer foi mais complicado. Falou que o risco era alto e se desse errado com Booth, nunca poderia se ajustado e arrumado em outro vampiro por seu amigo nunca conseguiria chegar perto de um.
Logan fez perguntas curiosas. Como você consegue ficar perto de seu amigo? Qual é seu tipo favorito de sangue? Por quanto tempo você consegue ficar tomar sangue? Já matou algum vampiro? Como você escolhe suas vítimas?
Fall era um vampiro mais inexperiente do que Booth. Perto de Fall, Booth era civilizado e fazia parecer que matar uma pessoa aqui ou ali era algo normal. Fall tinha um paladar insaciável e não era seletivo. Era calculista ao mesmo tempo. Quando falava para si mesmo que não era hora de se alimentar, mantinha-se sóbrio, mas quando decidia que era hora, ninguém o segurava.
Dentro de si, Fall guardava um secreto ódio pela vida. Na realidade não era tão secreto, esse ódio estampava em seus olhos enquanto falava sobre sua "maldição". Fall aceitou a proposta de Booth, definitivamente não tinha nada a perder.


Brennan não suportava mais ficar naquele pseudo quarto. Odiava não ver o sol, respirar o ar livre, pisar na terra. Nunca teve um apego supremo pela natureza, mas nesses últimos tempos, era terrível. Não sentia sede e isso era ótimo. Porém, seu corpo pedia alguma coisa que ela não sabia. Hodgins fazia quase diariamente transfusões de sangue, mas não era a mesma coisa.
Temperance se orgulhava muito do amigo. Ele era apenas o cara dos insetos, e surpreendentemente fez tudo que fez. Devia sua vida a ele. Jack Hodgins era um grande homem.
A única coisa que a fazia permanecer ali era a criança. Ironicamente, era esse mesmo motivo de Booth estar longe.


A mansão Hodgins foi praticamente esvaziada, no sentido de pessoas. Angela, Zach e Temp fora para o Texas, passar algumas semanas com o pai de Angela. Os empregados ganharam folga. Ficaram apenas Hodgins e Brennan aguardando Booth e o Forasteiro.
- Uau, a casa é sua?
- Não, é do meu amigo.
- Mas você tem a chave.
- Somos bons amigos.
- Huuuuunnmm....
- Ei cara. – Booth segurou o pulso de Fall com força – Sem brincadeiras, okay? Ele é casado, tem filhos. E eu tenho a minha mulher também.
- Você é casado?
- Não, mas você sabe o quanto a troca de sangue pode firmar um relacionamento, uh?
Booth ergueu as sobrancelhas e abriu o portão, deixando Fall entrar primeiro.
Hodgins os esperava no jardim da mansão, sentado exatamente onde Angela estava quando sua bolsa estourou.
- Hey! Hodgins, este é Logan Fall.
Hodgins apertou a mão de Booth, e depois a de Fall. Ficaram em silêncio depois. Booth não queria falar nada que fizesse Fall dar para trás e Hodgins compartilhava do pensamento.
- E vou subir. – Booth resolveu falar.
- Okay, chefe. – Hodgins apertou o ombro de Booth e depois de dirigiu a Fall – E você vem comigo, por favor.


Brennan sabia que Booth tinha chego. Simplesmente podia sentir. Sentou-se na cama do modo que pode devido todas suas ligações com as máquinas. Booth tinha vindo apenas uma vez ver ela depois que partiu, e isso fazia três semanas. Depois que viram que a transfusão poderia saciar parcialmente as necessidades de Brennan, ele vinha adiando a visita.
Os passos começaram a ficar mais rápidos e barulhentos e então Booth abre a porta e entra pelo quarto indo direto até Brennan e a abraçando muito forte. A boca dela ficou próxima ao pescoço dele e ela podia sentir o sangue dele pulsar rápido. Puxou o rosto de Booth para frente do seu e começou a beijá-lo.
Booth mal sabia o que fazia primeiro. Queria abraçá-la, beijá-la e sussurrar em seu ouvido que a amava. Então apenas deixou que ela o guiasse.
Os dois separaram e riram sozinhos.
- Eu senti sua falta. – Ele disse.
- Nós sentimos a sua. – Pausa – Eu disse que você conseguiria Booth. Eu acreditei em você.
- Espero que dê certo agora.
- Onde eles estão?
- No outro lado do laboratório, creio, não esperaram para fazer os primeiros exames.
- O primeiro resultado sai em meia hora.
- Então temos algum tempinho...


- Sente-se aqui, por favor.
Fall tinhas os olhos vidrados em Hodgins e o cientista não podia deixar de notar isso. Hodgins coletou um pouco de sangue do braço de Fall e analisou um pouco no microscópio.
- Parece ser mais intenso que o Brennan e menos que o de Booth.
- Eu sou mais humano que Booth pelo fato que sou assim apenas a quatro meses. - Fall fez uma pausa, apertando o algodão onde Hodgins tinha retirado o sangue com a seringa – Seu sangue é bom.
- É O-.
- Eu sei.
- Então consegue identificar facilmente os tipos sanguineos?
- É uma ótima brincadeira quando se tem nada para fazer. Na verdade tenho ótima memória para isso.
- Vamos brincar um pouco então.
Hodgins deslizou com a cadeira até um armário, onde tirou três frascos.
- Cada um tem um tipo de sangue diferente. Veja esse primeiro.
Fall pegou e aproximou ao nariz.
- Sangue de Booth.
- E esse?
- É de animal. – Disse ele aproximando do nariz.
- Melhor é o último.
- Esse... – Fall cheirou duas vezes. – Estranho. É humano, mas também tem veneno. É como se fosse cuspido da própria boca de um amaldiçoado...
- É de um vampiro, só que...
- Acredita que sou um vampiro?
- Não. – Hodgins ficou surpreso com a pergunta. – É só que eu escuto tanto eles falarem vampiro, vampiro, vampiro que eu me acostumei.

- Eles?

- Sim, Booth e Brennan.

- Quem é... Brennan? É a mulher de Booth?

- Assim podemos dizer...

- O que vais fazer com todo esse meu sangue?

- Juntar com isto. – Hodgins despejou o sangue da seringa em um pequeno Becker, onde já tinha uma substância amarela. – E depois vou aplicar em você.

Fall assentiu uma vez. Hodgins pegou uma seringa nova e encheu ela com a nova substância.

- Pronto?

- Sim. Onde vai injetar?

- No seu coração.


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