Bloody Bones escrita por Bea


Capítulo 15
Capítulo 15




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Quando Brennan despertou, Booth estava deitado num sofá no lado de fora do ambiente reservado a Brennan no laboratório de Hodgins. Ambos os donos da casa estavam no hospital com olhos atentos sobre os gêmeos.

A antropóloga esfregou os olhos e depois botou a mão sobre o abdômen, onde sentia muita dor. Levantou a blusa e viu o estrago que tinha acontecido. Passou os dedos sobre os inúmeros pontos, sem sentir nenhuma dor. Tentou ser positiva, mas não conseguiu. Tentou levantar o braço, mas não conseguiu também. Tomou ar e chamou por Hodgins e em seguida por Booth.

Booth despertou atônito ao chamado de Brennan. Levantou-se correndo e entrou na sala.

- Bones!

Ela sorriu para ele e depois os dois trocaram um beijo simples e rápido. Ele sorriu passando as mãos pelos cabelos dela.

- Como está?

- Estamos bem – Ela passou as mãos novamente por cima dos pontos. – Mas ficará uma marca aqui.

- Eu não me importo sabe disso.

- Onde está Hodgins? Você não o matou, certo?

- Não, claro que não – Ele soltou uma risada fraca – Angela entrou em trabalho de parto.

- Sério? – Brennan pareceu surpresa – Como estão?

- Todos bem, Temp e Zack estão na incubadora, mas não eles correm perigo.

- E quem corre?

- Nossa criança. – Ele pôs uma mão sobre a barriga dela – Não é o melhor momento para dizer, mas acho que corremos um risco.

- O que aconteceu? Tem como reverter?

- Tem, mas precisamos de testes...

- Ótimo, façam em mim, quanto antes melhor, suponho.

- Isso pode matá-la. Você está fraca, não é a pessoa certa para fazer este teste. Eu queria que Hodgins fizesse em mim, mas ele se recusa a fazer em qualquer um de nós dois.

- Então teste em qualquer um desses que nos alimentamos.

- E se não der certo?

- Eles morrem, iriam morrer de qualquer jeito.

- Digo, vou ter que transformar alguém em vampiro só para fazer estes testes. Mas se não deixar de ser e nem morrer?

- Se tornará um de nós.

- Contra a vontade da pessoa.

- É isso ou nossa criança.

- Não, ainda posso sair a procura de alguém que já é como nós e queira se submeter a isso.

- Existem poucos de nós.

- Mas eles existem.

Angela permaneceu no hospital por mais dois dias. Booth e Hodgins revezavam pela guarda de Brennan e Angela. Com a primeira, contavam com o apoio de Lance Sweets, que corria nenhum perigo já que Brennan e Booth abdicavam ao sangue dele. Com Angela, tinham o apoio de Camille Saroyan, que dedicou grande parte de seu tempo junto a ela. Quando Cam via Booth, fazia-lhe perguntas sobre Brennan, eles apenas dizia que ela estava viajando e que logo voltaria. Cam, mesmo percebendo que o amigo escondia alguma coisa, dizia simplesmente que quando ela voltasse e se quisesse sua vaga de antropóloga forense de volta, o Jeffersonian estava de portas abertas. Booth agradecia e voltava para a casa, cabisbaixo.

Booth tomou sua decisão e nem Brennan e nem ninguém o faria voltar atrás. Iria achar alguém que se quisesse submeter ao processo, se fosse preciso, nem diria que é um teste, diria que era apenas uma solução e que estava recrutando pessoas que quisesse voltar ao normal. Tinha que contar a Brennan. O problema não era o que ele ia fazer, mas sim, por quanto tempo ficaria fora. No caminho, encontrou Sweets.

- Hey, Sweets. – Os dois apertaram as mãos. – Tudo certo?

- Tudo sim, Drª Brennan está dormindo, se queria ir lá...

- Sim, eu ia, mas... Melhor não acordá-la.

- Ela me contou que precisam de um vampiro.

- Sim, para os testes.

- Não deve ser difícil. Brennan topou com um e vocês são o que são. Dali a pouco Zack, um vampiro, que foi transformado por outro lá onde ele estava. Em questão de dias, acharam o criador do criador de Zack. Poxa, tudo isso em uma cidade.

- Certo, pensei nisso. Mas agora sobraram só os macacos velhos e experientes que já viram todos que amam morrer. Passei sete meses em países frios na Europa e encontrei nenhum como a gente.

- E por quer não transformam um?

- Para a pessoa carregar a maldição pelo resto da vida caso não der certo?

- Entendo seu ponto, e concordo. Vai fazer o que?

- Procurar um.

- Não tens tempo.

- Olha Sweets, eu não preciso de você para ver o quão crítica é a situação. Minha mala está pronta.

- Vai partir?

- Minha mala está pronta. – Ele repetiu e foi para junto de Brennnan.

Brennan dormia pesadamente e Booth esperou até que ela acordasse.

- Boa tarde. – Ele disse dando um beijo em sua testa.

- Onde está Sweets?

- Descansando, ele é um simples humano.

- Preciso de sangue.

Não era exatamente uma verdade. Não sentia mais sede, mas podia sentir seu corpo pedir por uma coisa que não podia definir. Também sabia que seu precisaria estar forte e apenas o sangue poderia lhe dar forças. Ainda decidida a não contar para Booth que era mais humana do que ele imaginava, preferiu deixar por isso.

- Eu sei, fiz uma reserva só para você. – Ele sorriu e cutucou seu próprio pescoço. – Você aguenta quanto tempo sem sangue?

- Uma semana antes de começar a ficar tudo de cor diferente. Por quê?

- Vou partir em viagem, Bones.

- Quê? Vai nos deixar aqui sozinhos?

- Têm nossos amigos, não seja dramática. Eu vou ter que vir uma vez por semana aqui, creio que nenhum deles tenha coragem de trazer sangue fresco para cá.

- Por quê? Não precisamos disso.

- Claro que precisamos. Vai dar tudo certo, Bones.

- Quero acreditar em você, mas...

- Quando você não pôde acreditar em mim? – Ele a interrompeu. – Tudo vai dar certo, só precisamos ter calma.

Ela ergueu os braços e ele a abraçou. Ficaram abraçados por alguns minutos antes de Brennan dar em Booth uma última mordida em seu pescoço.


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