Epílogo

POV Edward

- Por favor, não façam isso com eles. – pedi mais uma vez para Anita e Arthur.

Um mês havia se passado e os ataques começaram a aumentar cada vez mais em torno do mundo, mas descobrimos que um grande ataque seria executado na cidade de Nova Iorque então todos nós viajamos para lá.

O rei e a rainha contataram os Volturi, foi realmente hilário ver os três “reis” dos vampiros se surpreenderem com a chegada da família real da lua. Eles se jogaram aos pés de Anita e Arthur na frente de todos os vampiros, pediam perdão e davam graças por estarem vivos. Uma tremenda falsidade! Aqueles vampiros só se preocupavam com eles mesmos. Mas eu tive vontade de rir quando Arthur lhes deu a maior lição de moral por eles terem exterminado os lobisomens. Porém Aro também ficou puto da vida quando contamos que James estava expondo todas as espécies inclusive a dos vampiros os quais tiveram tanto trabalho para esconder e que não havia mais jeito de esconder a nossa existência para o mundo. Então combinamos o dia em que enfrentaríamos James, o mesmo dia em que ele atacaria Nova Iorque, nós defenderíamos os humanos.

Estávamos em um hotel, em pouco tempo sairíamos para defender a cidade, mas eu captei algo na mente de meus sogros que me fez questioná-los.

- Não existe outro modo... Infelizmente é assim que as coisas têm que ser. – disse Anita tristemente.

- Entendam, Bella e Dan ficarão inconsoláveis e todo seu povo também. – murmurei olhando nos olhos dos dois.

- Nosso tempo por aqui acabou. Nossa missão será finalizada quando James e sua mente maligna estiverem eliminados... Não se preocupe meu jovem, Dan ocupara meu lugar com muita sabedoria e Nati sempre estará ao seu lado, e quanto a Bella, ela tem a você... As coisas serão difíceis no começo, mas todos nós temos que passar por isso algum dia, e todos superam... Esse é o nosso destino. – explicou Arthur e eu assenti tristemente.

Eu sabia que eles estavam certos, Bella ficaria arrasada, ainda mais por que casaríamos em alguns meses e ela estava com seus olhos brilhando de felicidade, pois seus pais estariam no casamento.

Porém eu descobri que para acabar com James, Arthur e Anita usariam todas as suas forças e com isso perderiam suas vidas, mas eu não via medo em suas mentes, só via felicidade. Eles estavam felizes em morrer juntos... Parece meio doentio, mas eu concordo com eles. Depois do que passei com Bella se ela morresse naquele dia, eu iria junto e acho que ela pensa da mesma forma.

[...]

Estávamos com as túnicas brancas postas e nos preparando para ir. Segurei a mão de Bella e olhei para frente, eu não conseguiria encarar seu rosto sabendo que ela iria sofrer no fim do dia.

- Edward? Está tudo bem? – perguntou ela ficando a minha frente.

A única coisa que eu via eram seus olhos azuis, pois a toca da túnica cobria seu rosto com sombra. Sorri forçado para ela que franziu a testa e então me abraçou.

- Seja lá o que for eu te amo ok? – disse ela me consolando e eu a abracei forte e então lhe beijei os lábios. – Amor... Ar... Você ainda está forte. – disse Bella e eu a soltei rapidamente dando um sorriso sem graça.

- Eu te amo, nunca esqueça isso. – disse olhando em seus olhos e ela sorriu calidamente.

POV Daniel

Meu celular tocou, era Claire Neveu avisando que eles haviam começado o ataque, os vampiros correram e nós voamos.

- Onde vocês estão? – perguntou ela, já era audível a gritaria.

- Olhe para cima. – disse assim que a avistei e então lhe entreguei uma túnica branca assim como a de todos.

Foi um verdadeiro pandemônio pessoas fugindo de vampiros e seres com túnicas pretas, assim que chegamos seguramos os inimigos, em quanto isso meus pais iriam atrás de James.

Nós estávamos em bom número e logo os Volturi se juntaram a nós, eles usavam túnicas vermelhas e nos ajudaram a controlar o mal. Porém em um ato de loucura um dos seres colocou fogo em um prédio onde muita gente trabalhava.

POV Bella

As pessoas nas janelas do prédio gritavam por socorro e eu vi uma mulher desesperada pular. Não pensei duas vezes, eu já estava no céu atacando com flechas de fogo acabando com o inimigo, então voei pegando a mulher antes de cair no chão.

- Fique calma senhora, você está a salvo. – disse com a voz calma para a mulher parar de gritar.

Coloquei-a no chão e voei novamente em direção ao prédio, as pessoas ameaçavam pular também.

- Por favor, fiquem calmos! Ajudaremos todos, mas não pulem! – gritei de um lado para o outro, eles assentiram.

Comecei com as pessoas do alto onde a situação estava mais crítica. De dois em dois fui descendo eles até o chão. Logo mais seres vieram me ajudar. A última pessoa a ser retirada do prédio foi uma criança, um garotinho de aproximadamente nove anos.

Em quanto ele segurava em volta do meu pescoço eu ia voando até o chão para entregá-lo a sua mãe.

- Você é um anjo? – me perguntou assim que lhe entreguei a mulher de aparentemente 35 anos.

- O que te faz pensar isso? – perguntei sorrindo.

- Você tem asas brancas, está nos salvando e é muito bonita. – disse o garoto e eu sorri assim como sua mãe.

Abaixei para ficar de sua altura.

- E se eu te contar que eu já fui um anjo? – perguntei e seus olhinhos brilharam. – Guarda esse segredo? – perguntei e ele assentiu sorrindo.

- Obrigada. – disse a mulher.

- É o meu trabalho. – sorri e pisquei de um olho só para moça que sorriu.

Mas um calafrio me atingiu e minha expressão ficou séria. Virei para as minhas costas e todos olhavam para meus pais e James. Senti papai e mamãe reunirem toda sua energia.

- NÃO! – gritei. – Mamãe, papai... – murmurei e então corri em disparada.

Eles iriam se entregar como sacrifício para acabar com James.

Braços me seguraram pela cintura em quanto eu chorava. Meus pais finalizaram James com um poder incrível, mas assim que o corpo de James virou cinzas meus pais caíram ao chão. E só então Edward soltou meu corpo e correu comigo até eles que estavam caídos lado a lado.

- Por que fizeram isso? – perguntei em prantos.

Dan e Nati também estavam ao nosso lado chorando igualmente. Meus pais sorriram e seguraram um a mão do outro.

- Desculpe Bella, não vou poder te levar até ao altar. – murmurou meu pai triste e eu só chorava mais e mais.

- Dan meu filho... Você é rei agora, cuide de seu povo como cuida de sua irmã. – a mão livre de meu pai foi diretamente para o colar de Dan que chorava tanto quanto eu.

- Eu amo vocês meus filhos. – disse mamãe e então eles olharam um para o outro e sorriram trocando um olhar apaixonado e começaram a desaparecer, como se uma borracha passasse por eles, até que desapareceram completamente.

Nós chorávamos compulsivamente, todo o povo chorava, meus pais eram muito queridos por aqueles que eram fieis. Dan levantou e abraçou Nati seguindo em direção a Charlie que estava ajudando algumas pessoas feridas. Edward me pegou no colo, pois meu estado era lastimável. Eu me abracei ao meu amor e continuei chorando.

Conforme Dan, Nati, eu e Edward passávamos entre aqueles que lutaram a nosso favor, todos iam abaixando fazendo reverências.

Nós já estávamos nos retirando, a imprensa estava em peso ao redor, mas ninguém tinha coragem de se aproximar. Eu olhei para as pessoas que eram atendidas por paramédicos, Carlisle e Charlie estavam lá também ajudando no que podiam.

Vi o garotinho que eu salvei sentado na ambulância, Carlisle estava dando um ponto em sua testa.

- Carlisle, tem um calmante? – perguntou Edward.

- Só um minuto filho. – disse ele terminando de colocar o curativo no garoto.

Vi câmeras focadas em nós, mas não me importei, pois nossa identidade estava protegida pelas túnicas.

- Se acalme meu anjo. – pediu Edward sentando comigo em seu colo ao lado do garotinho.

- Não fique triste... – disse o garotinho, seus olhos brilhavam de uma maneira inocente. – Sabe, eu também perdi meu papai... E minha mamãe disse que ele está lá no céu cuidando da gente... Como um anjo da guarda... Talvez na época que você foi anjo tenha conhecido ele. – sorriu e eu não pude deixar de retribuir, Edward também sorriu com a inocência da criança.

- Talvez pequeno. – disse fungando, ele sorriu novamente.

- Tenho que ir. – disse ele e correu para a sua mãe.

- A mais pura inocência. – disse Edward sorrindo e eu assenti limpando minhas lágrimas.

Nesse dia Edward ficou comigo me aninhando e me animando, dessa vez quem fez papel de anjo foi ele. Nós voltamos para casa, apenas Dan e Nati ficaram lá, para fazer um discurso, revelando seus rostos para o mundo.

Sentamos no sofá, fiquei aninhada no peito de Edward, todos estavam em casa e nós assistíamos ao noticiário. A maioria dizia que demônios atacaram por todo o mundo, mas graças à ajuda de anjos foram salvos... Er... Acho que eles estavam um pouquinho equivocados...

Dan apareceu ao vivo em uma coletiva de imprensa. Ele e Nati ficaram lado a lado e então após se olharem retiraram os capuzes revelando então suas faces.

- Boa noite... Sei que o mundo pergunta o que foi que vem acontecendo há algum tempo e principalmente o que aconteceu hoje... Irei explicar tudo, parecerá absurdo no começo, mas as imagens comprovaram... – seu rosto estava abatido, Dan estava tão triste quanto eu e ainda tinha que dar explicações para o mundo.

- Por que eu não estou com papai e mamãe? – perguntou Bruninha cruzando os braços no peito e nós rimos.

- Seus pais estão protegendo você dos flashes minha querida. – disse Esme amorosamente passando um braço sobre a pequena que fez um bico gigantesco.

Meu irmão decidiu que os únicos que iriam se expor eram ele e a esposa, por isso usamos túnicas, só assim poderíamos continuar com nossas vidas normalmente.

O discurso de Dan durou cerca de meia hora, ele explicou tudo direitinho, mas omitindo coisas para a nossa proteção e a proteção dos vampiros... Como por exemplo, o método usado para acabar com um... Ele omitiu isso também para que os humanos não fossem metidos e começassem a caçar vampiros por ai.

-... Hoje meus pais sacrificaram suas vidas para salvar este planeta de um ser totalmente descontrolado e diabólico, a única coisa que peço a vocês é que valorizem seu sacrifício. – finalizou meu irmão e então foi embora puxando Nati pela mão.

O silêncio ainda imperava na coletiva de imprensa e então quando eles foram embora virou algazarra com milhares de jornalistas fazendo comentários, a maioria não tinha palavras para descrever tudo o que aconteceu.

Suspirei e Edward beijou minha testa.

“Como você está?” – perguntou ele.

“Levando” – disse me aconchegando mais ainda em seu peito e me entregando ao cansaço.

5 anos depois...

- Hey meu anjo, como está se sentindo? – perguntou Edward.

- Hoje faz cinco anos Edward. – murmurei abraçando meus joelhos.

Eu estava em cima do telhado, como sempre após uma noite de pesadelos, no caso de hoje previsões... E previsões que eu não gostei em nada. E hoje fazia cinco anos dês da morte dos meus pais, da morte de James, e da verdade contada ao mundo.

Meu vampiro me abraçou por trás e sentou-se comigo.

- O tempo passou muito rápido não é? – perguntou ele suspirando.

- Incrível como meu amor por você não diminuiu nem um pouco. – sorri descontraindo o clima tenso e Edward sorriu lindamente.

- Digo o mesmo.

- Edward, promete que nunca vai me deixar só? – pedi me abraçando mais forte e chutando as visões que insistiam em vir a minha mente.

- Uma vez eu lhe disse “Nada nem ninguém nos separará Bella... Seu corpo poderá estar longe, mas eu sempre estarei em seu coração.” Você se lembra disso? – ele me perguntou.

- Lembro. – suspirei e então sorri.

- Papai!

- Acho que alguém acordou. – falei sorrindo.

Essa era a voz de nossa filhinha Nessie, engravidei em meio à lua de mel... Edward ficou meio louco durante minha gravidez, ou melhor, eu o deixei louco... Mas essa história fica para outro dia.

[...]

Nós passeávamos pela floresta, Edward iria ensinar Nessie a caçar, ela seria a única vampira com dentinhos da família disse ele uma vez.

Mas uma sensação estranha me assolou, algo como um calafrio e eu segurei a mão de minha filha a impedindo de andar.

- O que foi mamãe? – perguntou ela com sua voz melodiosa, troquei rapidamente um olhar com Edward que tinha uma expressão séria.

Ele olhava atento para a floresta.

- Bella, leve Nessie até a casa dos meus pais. – disse ele em tom sério.

- Mas eu não ia aprender a caçar? – perguntou Nessie.

- Outro dia meu anjo. – disse pegando-a no colo.

“Espere-me, eu vou trazer ajuda. Não faça nada precipitado Edward, por favor,” – disse por pensamento e ele sorriu e veio em nossa direção.

Beijou a testa de Nessie e selou meus lábios.

- Eu amo vocês. – disse ele.

- A gente te ama. – disse com a voz embargada, pois sabia que aquilo era uma despedida.

Então corri o mais rápido possível para a casa de Esme.

POV Edward

Victória, ela vinha atrás de vingança... Nunca pensei que ela esperaria tanto tempo por isso e até havia me esquecido disso, mas vejo que ela estava só acumulando soldados.

Invadi a floresta e logo fui cercado, eu ainda não conseguia entender o que ela pretendia, sua mente estava confusa e cheia de alucinações, mas de repente tudo ficou escuro.

POV Bella

Deixei Nessie com Esme e chamei os Cullen para ajudar, pois alguém estava querendo atacar Edward. Eles me seguiram.

Eu corri o mais rápido possível e me desesperei quando vi fumaça no céu, corri mais ainda e paralisei quando me deparei com uma fogueira, o rastro de meu vampiro acabava ali.

Vi algo brilhar no chão e ao me aproximar caí de joelhos, era a medalhinha que eu havia dado a Edward no natal em que recuperamos as memórias.

- Alice onde ele está? – perguntou Carlisle cautelosamente.

- Está tudo preto... – disse ela em meio a um soluço seco.

- Não! Edward não está morto! Ele está vivo! Eu o sinto! – gritei para eles e corri sem rumo pela floresta.

As árvores passavam por mim como borrões, minhas lágrimas escorriam, minhas pernas não agüentavam mais, caí de joelhos e gritei o mais alto que consegui.

- EDWARD! Eu não vou desistir! Eu vou te encontrar!

Não importa o que pensem, sei que Edward está vivo e precisando de minha ajuda. Não vou desistir de procurá-lo, NÃO VOU! Nem que eu vá até o inferno, vou encontrá-lo! Por mim, por nossa filha, pela nossa família!

 FIM da primeira temporada.