DEMOROU MAIS SAIU!: A Lenda da Lua - A Origem, história original no seguinte link: http://fanfiction.com.br/historia/448968/A_Lenda_da_Lua_-_A_Origem/ (att 15/12/2013)

Epílogo

20 anos depois...

POV Bella

Andei lentamente até o refeitório da Universidade de Washington. Sentei a uma mesa vazia e aguardei a chegada de meu vampiro e de minha filha. Nessie tinha algo muito importante a contar para o pai. Algo que o deixaria completamente fora de controle, por esse motivo eu estaria ali para intermediar a conversa.

Seria bom que fosse perto de humanos, assim ele se controlaria melhor.

Meu vampiro foi o primeiro a chegar. Era incrível como a atmosfera a nossa volta mudava quando ele entrava em um lugar fechado. A reação dos humanos era sempre a mesma, as conversas paravam de repente, todos o fitavam, um burburinho se iniciava, garotas suspiravam, corações disparavam... A única diferença é que agora eles sabiam o que Edward era, e os bochichos não se tratavam da inveja dos garotos e a frustração das garotas em não conseguir chamar a sua atenção, e sim sobre o vampiro marido da princesa da Lua que fazia medicina.

Edward cumprimentou uma das mesas e eu logo notei que eram seus colegas.

Ele não fizera nenhuma amizade nesse primeiro ano. Segundo meu vampiro o maior problema dos humanos não se sentirem a vontade com a sua presença não se devia ao fato dele ser um vampiro e sim dele ler mentes.

– Oi meu anjo. – sorriu torto sentando-se ao meu lado e beijando levemente meus lábios.

– Oi amor. – respondi sorrindo.

– Como foi a reunião?

– Normal. – dei de ombros. – Eles querem que eu apresente uma palestra.

Dei de ombros. Edward sorriu. Ele sabia que eu não gostava de dar essas palestras. Eu gostava de apresentar minhas teorias sobre a física, porém o assunto sempre fugia para minha vida lunar ou alguma recente decisão de meu irmão.

– E eu vou poder te ver? – perguntou como quem não quer nada.

Gargalhei e segurei seu rosto entre minhas mãos beijando em seguida sua bochecha.

– É claro né meu vamp!

Edward revirou seus olhos e então olhou curiosamente para a porta quando Nessie se aproximou. Ela sorria nervosa e provavelmente cantava alguma coisa em sua mente.

– Oi mamãe, oi papai. – ela beijou minha bochecha e em seguida beijou a do seu pai.

– Porque está cantando essa música em sua cabeça Nessie? – ow!

Nessie me olhou tensa e eu cobri sua mente com meu escudo. Edward me olhou bravo não gostando nada daquilo.

– Alguma das duas vai começar a falar? Ou eu vou ter que investigar sozinho? – perguntou mau-humorado cruzando os braços no peito.

– Fale logo Nessie. – pedi com delicadeza.

Seu rosto estava vermelho de vergonha.

– Você não precisa ter vergonha. Não há nada de errado nisso. Já conversamos.

– Papai vai brigar com o meu Jake. – choramingou ela.

Edward rosnou.

– O que aquele cachorro fez? – e lá vamos nós.

Sem mais delongas Nessie colocou a mão no rosto do pai e lhe mostrou o que vinha guardando em seu doce coração há alguns dias. Ela estava apaixonada... Finalmente. Confesso que pensei que isso iria acontecer muito antes. Não depois de mais de 20 anos da impressão.

Assim que minha filha tirou sua mão do rosto do pai, nós esperamos a sua reação. Porém ela não veio. Edward continuou com o olhar perdido.

Nessie me olhou nervosa.

– Deixe ele assimilar querida, não se preocupe. – sorri e ela assentiu.

Porém nós começamos a nos preocupar quando se passou 10 minutos e Edward não se mexeu, nem sequer piscou.

Limpei minha garganta.

– Edward? – chamei algumas vezes, mas ele não respondeu.

Comecei a estalar meus dedos em frente ao seu rosto, mas nada aconteceu.

– Papai? – chamou Nessie preocupada.

Ok... Agora eu estava definitivamente preocupada. Levantei ficando a sua frente.

– Edward?! – sacudi levemente seus braços.

Nossa movimentação chamou a atenção dos seus colegas de classe que se aproximaram hesitantes.

– Está tudo bem? – perguntou uma garota baixinha de cabelos loiros e olhos extremamente azuis.

– Eu... Não faço ideia. – respondi nervosa. – Edward?! – chamei mais uma vez.

– Ele parece em choque... – murmurou um rapaz de pele morena e olhos escuros.

Olhei para Nessie colocando minhas mãos na cintura.

– O que mostrou ao seu pai? – ela fez uma careta e esticou a mão encostando em meu rosto.

Minha visão sumiu dando espaço a imagem que Nessie me passava... Não era a toa que Edward entrou em choque. Ela mostrara tudo o que vinha sentindo por Jacob e sua declaração ao lobo que correspondeu com grande entusiasmo se é que você me entende.

– Reneesme! Se você queria me deixar viúva me avisasse antes! Você tem sorte de seu pai não ser humano, caso contrário já teria morrido do coração. – a repreendi.

Isso lá era coisa a se passar para o pai!

Virei para Edward e coloquei minhas duas mãos em seu rosto e encostei nossas testas.

“Amor! Se mexa. Está começando a me assustar.” – pedi em um sussurro em sua mente.

Finalmente meu vampiro reagiu.

Levantou-se rapidamente quase me derrubando.

– Eu vou castrar aquele cachorro! – sibilou lentamente.

– Não, você não vai. – disse calmamente. – Você vai sentar e se acalmar.

– Como ele ousa tocar em minha filha?! Ela é só uma criança! – disparava entre grunhidos.

– Eu não sou mais criança pai. – murmurou Nessie.

Edward lhe lançou um olhar frio fazendo-a se encolher. Revirei meus olhos.

– Porque ele não veio pessoalmente falar comigo? – perguntou bravo.

– Porque eu sabia que o senhor reagiria assim. – respondeu com uma careta.

Meu vampiro estreitou os olhos.

– Vou falar com o Black. – decidiu seguindo para a porta, mas eu o segurei com meus poderes.

Meu marido bufou.

– Isso é extremamente humilhante, você pode me largar? – ignorei seu tom seco e o arrastei até o meu lado.

– Nessie, vá para casa. Converse com Jake, avise que seu pai vai conversar com ele mais tarde. – lhe mandei uma piscadela tranquilizadora.

Nossa filha assentiu ainda preocupada e seguiu para casa. Virei para Edward com as mãos na cintura.

– E você seu velho antiquado... Senta aí! – mandei o soltando de meus poderes.

Ele seguiu a minha ordem e ficou emburrado como um adolescente contrariado.

– Velho antiquado? O que há de antiquado em tentar proteger sua própria filha?! – perguntou indignado.

Gargalhei puxando uma cadeira para me sentar a sua frente.

– Você não está tentando protegê-la, está se remoendo de ciúmes.

– Ela é muito nova. – respondeu desviando o olhar.

– Ela tem mais de 30 anos Edward!

– Ainda é uma criança! – a indignação em suas palavras não fez somente a mim gargalhar como os seus colegas que estavam por perto também.

– Você age como se Jake fosse o pior cara do mundo.

– Ele é a droga de um cachorro! É quase uma zoofilia!

Tive que rir mais uma vez.

– Ok... Entendi qual é o problema. – disse sorrindo. – Ela não vai abandoná-lo, se é isso que teme. Nessie te idolatra, sabe disso. Além do mais quem mais cuidaria dela tão bem quanto você?

– Ninguém. – respondeu.

– Deixa de ser criança...

– Agora eu sou criança? Decida-se meu anjo! Ou eu sou criança ou um velho antiquado. – resmungou.

– Você lembra quando viu através da mente de Seth quando ele sofreu a impressão por Rachel? Você me disse que foi uma das coisas mais bonitas que já viu. Jasper confirmou dizendo que aquilo era simplesmente a coisa mais incrível que já havia sentido em sua vida.

– É diferente quando a garota em questão é a sua filha.

– Não é diferente... Você teve a oportunidade de matá-lo quando descobriu sobre a impressão, mas não o fez, pois percebeu que o sentimento era completamente puro e bonito. Nós sabíamos que isso poderia acontecer algum dia. Jake sempre foi para Nessie aquilo que ela precisava. Quando você não estava por perto ele foi seu protetor. Quando você voltou ele se tornou o seu companheiro de brincadeiras, depois seu melhor amigo e agora que ela já é madura o suficiente para começar um relacionamento ele se tornou sua paixão. – dei de ombros sorrindo.

Edward suspirou deixando sua feição emburrada de lado e afundou-se na cadeira.

– Eu só não consigo parar de lembrar de quando ela ainda estava dentro da sua barriga... – murmurou.

Sorri.

– Oh meu vamp! Está com saudades dos meus hormônios? – ri com a sua careta.

– Dos seus hormônios de grávida eu não sinto nenhuma falta...

– Ah! Não seja mal! Eu nem fiquei tão fora de controle. – fiz uma careta.

– É claro que não... Você só jogou o meu piano predileto em cima de mim. Nada como uma briguinha matinal suave.

O humanos riram mais uma vez.

– Sério que você jogou um piano nele? – perguntou um dos rapazes.

– Foi um completo acidente. – senti minhas bochechas vermelhas.

Edward gargalhou.

– Claro... Ele acidentalmente subiu em suas mãos e pulou em cima de mim.

O olhei feio.

– Não contrarie minhas lembranças. – ele riu mais uma vez.

POV Narrador

Não fazia 24 horas desde que Edward e Bella chegaram de lua de mel. O vampiro fez questão de entrar na casa, dada de presente de casamento por Esme e Carlisle, carregando sua princesa nos braços. Tradições são tradições.

Foram direto para o quarto principal e os dois se amaram como dois apaixonados que eram.

Edward ficou a noite inteira apenas observando o corpo nu de sua esposa enquanto ela dormia. Ela era tão linda. Não conseguia parar de olhá-la e pela primeira vez em sua vida de vampiro não se importou em não conseguir sonhar, pois tinha certeza que nenhum sonho faria jus a princesa ao seu lado.

Quando notou que o dia já amanhecia levantou-se e trocou de roupa rapidamente. Iria até uma padaria comprar o café da manhã de Bella. A casa ainda não possuía mantimentos e ele não queria deixar sua princesa com fome.

O que o vampiro não esperava era que Bella fosse acordar antes dele chegar.

A morena esticou-se na cama como uma gata preguiçosa o sorriso não saía de seu rosto. Definitivamente ela estava radiante. Sentou-se na cama segurando o lençol a sua volta e estranhou seu marido não estar por ali. Franzindo o cenho concentrou-se nos outros sons da casa, mas não pode escutar nada que indicasse a presença de Edward.

Com um sentimento estranho se apoderando do seu peito levantou-se rapidamente colocando uma calcinha e uma das camisas do vampiro. Desceu as escadas descalça e foi até a sala.

Sentou-se no sofá e começou a pensar alto.

– Ele deve ter ido a padaria comprar meu café. – suspirou. – Edward é tão romântico.

Não passou-se cinco minutos quando ela levantou-se com os olhos cheios de lágrimas.

– E se ele me deixou? Oh Deus! Edward cansou de mim! – jogou os braços para o alto com lágrimas molhando seu rosto. – Não! Para Bella! Para de pensar besteira! Ele só foi a padaria. – fungou controlando o próprio choro e sorriu largamente.

O sorriso morreu em seu rosto.

– E se a atendente for gostosona? – choramingou. – Edward vai me trocar pela padeira!

Então seus olhos se tornaram azuis e suas presas cresceram em sua boca. Ela rosnou alto e começou a quebrar todos os móveis em sua frente.

Edward que voltava da padaria tranquilamente com as mãos cheias de sacolas com diversas guloseimas para a sua princesa nem imaginava o que Bella estava fazendo em sua casa.

Quando estava próximo suficiente de escutar o barulho da destruição correu como louco até sua casa. Ao abrir a porta sua esposa estava com seu piano sobre suas mãos e o lançava sobre o vampiro.

– SEU CAFAJESTE!

Edward só teve tempo de colocar uma das mãos em frente ao rosto. Seu tão amado piado destruiu-se completamente ao chocar-se com o corpo de mármore.

As compras também foram ao chão completamente inutilizáveis.

– Bella? O que está acontecendo?! – perguntou nervoso com aquela atitude.

Era seu piano predileto.

A princesa completamente cega por sua insana raiva apontou o dedo para o vampiro.

– Você estava me traindo com a gostosona da padaria! – acusou.

Edward franziu o cenho completamente confuso.

– Quem? – perguntou automaticamente.

Os olhos azuis brilharam com mais raiva.

– Então você admite que tem alguém! – rosnou segurando o sofá em mãos e o lançou em direção ao vampiro. – Seu canalha! – berrou.

Edward desviou do ataque.

– Mas do que você está falando? Você enlouqueceu? – perguntou em um rosnado.

Bella olhou seu vampiro ali parado no meio da sala destruída e então começou a chorar.

– Porque? Porque Edward? Porque me traiu? – chorou sentando-se ao chão.

O vampiro começava a duvidar da sanidade de sua esposa. Se aproximou com cautela e abaixou-se ao lado da chorosa e dramática Isabella.

– Bella, meu anjo, eu não trai você, nunca trairia. De onde tirou isso? – perguntou suavemente.

Ela fungou o olhando com os olhos castanhos.

– Eu acordei e não te vi na cama...

– Eu fui comprar seu café da manhã. – explicou.

As bochechas da princesa coraram de vergonha fazendo o vampiro gargalhar. Bella acabou por rir junto.

– Desculpe... – murmurou com a cabeça baixa com um pequeno sorriso nos lábios.

Edward levantou o queixo de sua esposa com delicadeza e sorriu torto. Mal teve tempo de se proteger da queda, pois a princesa atacou seus lábios o derrubando no chão. Sentou-se sobre o baixo ventre do vampiro e expos seus dentes o beijando com loucura.

O vampiro estava longe de reclamar do avalanche de luxuria que sua princesa despejava sobre sua boca, mas estava incomodado com as rápidas e confusas mudanças de humor de Bella. Mais do que incomodado estava preocupado. Por isso após aproveitar um pouco do amasso apertando as coxas nuas de sua esposa e corresponder com furor ao beijos, afastou lentamente o corpo da não tão jovem lunar.

– Calma meu anjo, eu não vou fugir. – murmurou sorrindo torto.

Mas a ação do vampiro teve outra consequência. Na cabeça perturba da princesa ele a estava rejeitando e o resultado não foi outro do que uma enorme cascata de lágrimas. E não adiantava quantas palavras consoladoras e nervosas Edward dizia, Bella chorava ainda mais.

E foi neste estado de calamidade, com a lunar sentada no chão vestida apenas com a camisa branca do vampiro e com o rosto completamente molhado por lágrimas enquanto seu marido tentava entender o que estava acontecendo em meio a toda a sala bagunçada com móveis virados e cacos de vidros espalhados pelo cômodo, que a família real e a família Cullen encontraram os recém casados.

Emmett gargalhou quando Bella mudou de humor novamente e jogou o sofá que estava ao seu lado em cima do marido que quase não teve tempo de desviar.

Ela estava furiosa e rosnava extremamente grávida, então de repente começou a chorar de novo.

– O que está acontecendo? – perguntou ainda chorando quando finalmente notou que suas mudanças de humor estavam longe de serem normais.

– Bella você está grávida. – Nati esclareceu divertida.

A princesa colocou-se a chorar ainda mais. Edward paralisou em seu lugar enquanto seus familiares riam de suas reações.

POV Bella

Edward gargalhava com suas lembranças e os humanos não ficavam para trás.

– Até aquele momento a gente ainda não tinha conversado sobre a possibilidade de ter um filho. Para falar bem a verdade eu nunca tinha parado para pensar. – dei de ombros. – Só que eu não tinha ideia de que meus hormônios ficariam tão loucos como ficaram.

– Não foi difícil lidar com seus hormônios meu anjo, o difícil foi manter a casa inteira com suas mudanças de humor. – provocou meu marido.

– Edward! – reclamei lhe dando um belo de um tapa no braço.

Ele apenas sorriu matreiro.

– Falou o vampiro que pretende trancafiar a filha em uma torre só por que ela se apaixonou. – como imaginei seu sorriso desapareceu.

Sorri largamente.

– Suas mudanças de humor são mais rápidas do que as minhas quando grávida. – mandei-lhe uma piscadela.

Edward bufou.

– Desculpe se eu não gosto da ideia de um cachorro tocando em minha princesinha. – ironizou.

Revirei meus olhos.

– Prometa que não vai machucar Jake quando for conversar com ele hoje a noite. – pedi com carinho.

– Não posso prometer nada. – ergueu os braços.

– Edward... – bufei chateada.

– Ok!

Sorri largamente beijando seus lábios em um estalinho rápido.

– Se quebrar sua prometa considere sua nova cama na sala. – disse me levantando.

– Eu não durmo! – lembrou ele sorrindo torto enquanto eu me dirigia para a saída.

– E quem disse que eu estava falando em dormir?

– Sua cunhada é um péssimo exemplo para você! – reclamou.

– Não meu amor, ela é mulher... Vocês homens são todos iguais, sejam humanos, lunares, lobisomens, transmorfos ou vampiros... Vocês dançam conforme nós tocamos a música, acostume-se. – gargalhei de sua revirada de olhos e segui para casa.

[...]

POV Edward

Minha conversa com Jacob foi deveras interessante. Eu queria ter derrubado alguns dentes do cachorro para saber se eles cresciam novamente, mas por causa da minha promessa não pude fazer nada além de algumas ameaças básicas.

Tive que me render a alegria de minha filha. Eu não podia negar sua felicidade.

Hoje estávamos reunidos em nossa casa num grande almoço de família. Era interessante ver o rumo que cada um tomou ao longo dos últimos anos. Começando por Dan e Nati, meus cunhados estavam tão felizes governando o povo lunar e o povo simplesmente idolatrava seus governantes. Os lobisomens eram extremamente fiéis ao rei que lhes devolveu a dignidade de viver na Lua, sem machucar ninguém, podendo novamente controlar sua transformação.

A única coisa que ainda incomodava um pouco o casal era o fato de Nati finalmente ter encontrado seus pais. A notícia seria ótima se eles se lembrassem da própria filha. Os dois renasceram como humanos e ainda eram adolescentes. Ninguém sabia se eles iriam recuperar suas memórias. Porém a rainha estava feliz, pelo menos agora ela sabia que eles não a tinham abandonado.

Quem iria cair para trás hoje seria Dan, já que Peter pretendia pedir a mão de Bruninha hoje. O jovem casal era responsável pelo povo lunar que ainda vivia na Terra e mesmo tão jovens não havia ninguém que não os respeitassem. Peter tornou-se o segundo comandante da Guarda Real por méritos próprio e não porque seria o futuro rei. O garoto era extremamente habilidoso.

Esme estava radiante com todos os seus filhos embaixo de suas asas. Emm e Rose trouxeram a família humana de Emmett e algumas crianças do orfanato que agora os dois eram responsáveis. Rose quase enlouquecia, já que além das crianças tinha que cuidar de seu marido que equiparava-se em idade mental. Mas apesar do “estresse” ela estava muito feliz. Amava cuidar de crianças e o convívio com tantos anjinhos melhorou consideravelmente seu humor.

Jasper dedicou-se a estudar história e administrar as lojas que Alice abrira. Minha irmã tornou-se uma força incontrolável da natureza fazendo muito barulho no mundo da moda e dos eventos. Ficou conhecida mundialmente por organizar eventos com perfeição ao agrado dos contratantes e também pela moda lunar. Colocou seu pitaco nas roupas da realeza e confeccionou um uniforme especial para a guarda real que tenho que admitir ficou muito bom.

Esme agora trabalhava como arquiteta e paisagista deixando a vida das pessoas mais bonita por onde quer que ela fosse. Carlisle continuou atuando em sua amada medicina, mas agora também fazia parte de um conselho de vampiros juntamente com Marcus, Caius, Charlie e outros vampiros de respeito.

O conselho tornou-se responsável pelas leis vampirescas as aplicando de maneira mais justa do que quando os Volturi comandavam.

Charlie também continuava feliz atuando como médico, porém não era mais sozinho e tornara-se um homem extremamente realizado ao lado de Lara que tornara-se uma vampira extremamente controlada e amorosa.

– Vovô! – uma vozinha infantil e animada me tirou de meus devaneios e eu sorri abrindo os braços para o pequeno Antony.

Meu bisneto jogou-se em meus braços e começou a falar sem parar contando as novidades da nova escola. Gargalhei prestando atenção no que ele falava. Bernardo se aproximou junto de sua esposa Michelle.

A visão de Alice se concretizou quando Bernardo encontrou a garota que conhecera no fliperama na faculdade de Direito. Os dois se apaixonaram e após se formarem casaram-se com direito a uma grande festa produzida por Alice.

Antony veio após alguns anos. Seu nome era em minha homenagem me tornando um avô ainda mais babão.

– Vovô! Vamos passear?! Vamos vovô! Vamos! – pedia o garotinho de 7 anos em meu colo.

Ri de sua empolgação.

– Vamos sim! Vá chamar sua avó e nós iremos passear. – disse o colocando no chão e ele saiu em disparada até Bella que conversava com Malaky, Anne e Otelo.

Malaky ainda andava com uma bengala, seu equilíbrio nunca mais voltara ao normal após perder suas asas o que não o impedia de ser um dos melhores agentes da guarda Real. Ele engatara um romance com Anne que também entrara para a guarda a pouco tempo. A menina demorou anos para se formar devido a sua falta de disciplina. Ângelo quase enlouqueceu com ela.

Logo minha esposa voltava com Antony. Minha genética era foda! Os olhos verdes eram marca registrada dos Cullen e os cabelos bagunçados completavam o pacote. A miniatura de Bernardo puxava minha esposa com impaciência.

Bella gargalhava do neto.

– Vamos? – perguntou ela me dando um leve beijo.

Sorri assentindo e seguimos com Antony até um parque próximo a nossa casa.

Não demorou para ele se misturar com as crianças no parque. Rose e Emmett também estavam lá junto com os sobrinhos netos de Emm e as crianças do orfanato que insistiram em vir ao parque central.

Sentei ao lado de Bella em um dos bancos de madeira e ficamos observando as crianças brincado e rindo.

– Antony está cada vez mais parecido com você. – apontou Bella rindo.

– Ele será minha versão morena. – mandei uma piscadela fazendo-a gargalhar.

– Essa sua genética é forte hein! Você sabia que se você envelhecesse estaria como Bernardo não é? Ele se tornou um homem muito bonito.

– E o melhor de tudo é que ele segue o rumo natural da vida.

– É o destino dele ser humano Edward, o rumo natural da vida depende da pessoa. Já imaginou se eu fosse humana? Ou você o fosse? Como que ficaríamos juntos? Eu teria que suportar a carga de torná-lo imortal mesmo você não querendo.

– Oh! Então me transformaria mesmo contra a minha vontade? – perguntei com falsa braveza.

Bella gargalhou sentando em meu colo.

– Você acha que eu perderia a chance de paralisar seu corpinho, vulgo pedaço de mal caminho, para sempre?

– Falando assim... – gargalhei e ela me acompanhou.

Minha princesa aproximou-se para me beijar, mas algo acertou sua cabeça. Ela franziu o cenho se virando.

Nos deparamos com uma bola vermelha rolando no chão e uma menininha de cabelos ruivos e olhos azuis correndo em nossa direção. Bella saltou do meu colo olhando fixamente para aquela garotinha de feições doces.

– Princesa, me perdoa! – disse a menininha, mas algo em suas palavras ou em seu tom de voz, eu não sei dizer ao certo o que foi que me fez estranhar.

Soou tão forte para um pedido de desculpas de uma criança que apenas acertara a bola sem querer em alguém.

Bella ajoelhou-se na frente da criança e murmurou com carinho.

– Não há problema querida, eu te perdoo.

– Vic! Victória! Vem brincar! – chamou outra garotinha.

Victória acenou para nós e correu novamente para o parque.

Eu estava paralisado. Olhei para Bella que ainda olhava para a garotinha.

– É possível que ela seja a mesma Victória?

– E por que não? – perguntou minha esposa. – Quantas vezes nós nascemos como humanos Edward? Nós somos a prova viva de que isso pode acontecer, além do mais você sentiu o tom dela quando me pediu perdão, foi tão profundo, tão cheio de significado... E eu me lembro de que Victória queria falar algo antes de morrer, mas não teve tempo. Além do mais que criança pede perdão? Elas geralmente pedem desculpas...

– Você realmente perdoou ela? – não consegui segurar a pergunta.

Victória nos fez muito mal. Era meio difícil para mim simplesmente perdoar todos os seus atos.

Bella levantou-se e sorriu em minha frente.

– E de que adianta guardar rancor? Só nos causará dor. Escurecerá nossas almas e machucará nossos corações. Deixe que a vida lhe dê o que se é merecido e se ela fizer tudo diferente desta vez, as consequências não serão tão pesadas e aquela menininha chamada Victória terá a chance de ser feliz.

– Será que Line também renasceu?

– Eu não sei Ed... Talvez. Mas a esperança em meu coração vai permanecer sempre. Nosso amigo trovoada prometeu cuidar dela assim como ele cuidou de mim e veja só... – apontou para si mesma sorrindo levemente.

Retribuí o sorriso e completei sua frase.

– Uma linda princesa que passou por diversas dificuldades e sofrimentos, mas que no final está aqui em minha frente exalando felicidade e amor.

– Exatamente. – piscou com apenas um olho.

Gargalhei e beijei sua boca em seguida.

– Eu te amo meu anjo.

– Eu te amo mais.

– Simplesmente impossível!

No final das contas Bella estava certa. Do que adiantava o sentimento negativo em relação àqueles que nos fizeram mal? Só cultivaríamos problemas e desgraças. Porém ao abrir o coração para eles cultivamos um futuro cheio de alegrias e amor.

E se tem uma coisa que eu acredito fielmente é no motivo de estarmos vivos... Simplesmente sermos felizes. Infelizmente insistimos em nos colocar em problemas que supervalorizamos, insistimos em sentir inveja e ganância, quando tudo o que precisamos fazer é cultivar o amor e amizade que temos a nossa volta.

A vida é simples, quem a complica somos nós.

FIM.

Outubro/2012

*Ahhhh chora horrores. Finalmente terminei essa fic que está em andamento há longos 3 anos. Quero agradecer a todos que me acompanharam, seja desde o comecinho ou desde o finalzinho xD

Agradeço o carinho e a insistência em continuar lendo já que a fic obviamente sofreu uma evolução tanto em termos de enredo quanto escrita.

A fic tomou proporções que eu nunca imaginei. Tantas recomendações e comentários me deixam completamente satisfeita em ter me empenhado nesse longo trabalho.

Infelizmente não teremos 3ª temporada. Não é por falta de vontade, até tenho algumas ideias, mas não quero me estender ainda mais. Acho que agora é o momento certo para acabá-la.

Quanto a virar uma ORIGINAL? Grandes possibilidades! Na verdade já estou escrevendo, porém será sobre a origem do povo Lunar ;) Pretendo fazer uma trilogia. Espero que quando eu lançar vocês me apoiem. Mas já aviso que vai demorar um pouco a sair. Ainda é um projeto pequeno em minha mente.

E estou lançando uma nova fic! Twilight/Supernatural. Quem curte dá uma conferida:

Fanfic: Na sombra do Passado (em lançamento)

Sinopse:

Edward deixa Bella imaginando que ela estaria protegida de seu mundo, mas não sabe que ao abandonar sua amada está lhe tirando toda e qualquer possibilidade de ter uma vida mais próxima do normal.

O segredo de Charlie é revelado e com sua morte Bella tem que arcar com as consequências do ato desesperado de seu pai.

Alguns anos se passam após ser deixada sozinha na floresta, desde então muita coisa mudou a começar por seu interior. Seu coração quebrado pelo vampiro fora colado novamente pelo seu amor próprio. Por fora Bella também mudou, seu físico tornou-se mais forte e ser desastrada não participava mais do seu vocabulário. Porém o que não mudou em sua vida foi a ligação com o sobrenatural que agora mais do que nunca estava em evidência em sua vida.

Ao abraçar a antiga causa de seu pai, Bella Swan vai acabar por encontrar os irmãos Winchester e uma parceria se firmará entre os três. E quem sabe uma grande amizade... Ou não.

http://fanfiction.com.br/historia/281065/Na_Sombra_Do_Passado/

Minhas fics:

One-Shot: Sem Saída (finalizada)

Um final alternativo para Crepúsculo. E se Bella não fosse de encontro a James no final do livro?

https://fanfiction.com.br/historia/168484/Sem_Saida

Fanfic: Nada é por Acaso (finalizada)

Nada mais do que uma super mistura entre Twilight e Harry Potter. Um drama que virou comédia. Confiram!

http://fanfiction.com.br/historia/102329/Nada_E_Por_Acaso

One-Shot: Lembranças de um Anjo (finalizada)

Uma One baseada em A Lenda da Lua. História extremamente doce, um romance bem inocente.

https://fanfiction.com.br/historia/109991/Lembrancas_De_Um_Anjo

Fanfic: O Cativeiro (finalizada)

Todos humanos. Um romance policial que vale a pena conferir. Com toques de humor, drama, tensão, ação e principalmente romance.

https://fanfiction.com.br/historia/124655/O_Cativeiro

Beijos :*