A Lenda da Lua escrita por Paola_B_B
Notas iniciais do capítulo
Desculpem amores, era para eu ter postado ontem... Mas enfim, trago ele hoje... Espero que gostem ^^
XIX. Desmaios
POV Bella
Eu estava atônita com tudo o que aconteceu. Cada vez que pensava nele meu coração disparava. Gato filho da puta! Droga precisava derrubar a lata justo naquela hora?
Ângela me ligou mais cedo, aproveitei para convidá-la para vir aqui em casa. Dês de que cheguei nessa cidade eu nunca chamei ninguém para vir aqui que não fosse “sobrenatural”.
- Oi Ang! – disse ao abrir a porta – Entre!
- Oi – ela sorriu tímida, olhando para minha casa, que era relativamente grande...
Mostrei a casa para ela que olhava tudo com timidez, fomos até a cozinha conversar.
- E aí como foi o namoro no cinema? – perguntei brincalhona a encabulando.
Ri do seu constrangimento.
- Acho que estou amando... – disse ela depois deu um suspiro.
Sorri para minha amiga.
- Dá pra perceber! E também da pra ver que o Ben sente o mesmo por você. – disse sorrindo e seus olhos brilharam.
- Você acha mesmo? – ela perguntou empolgada.
- É claro amiga, ele te ama. – disse piscando e ela alargou seu sorriso.
- E o que aconteceu ontem? Conte-me direito o que houve, porque eu percebi que o Edward mentiu... – fiquei vermelha na hora. – Hunnn, o que aconteceu hein?! – inquiriu com uma voz maliciosa cutucando minha barriga.
Se eu for pensar no que aconteceu... Bem... Nada... Mas se eu pensar no que quase aconteceu... Ui!
- Digamos que... Ele me salvou de novo. – disse rapidamente, ela me olhou com uma interrogação no meio da testa. – Eu quase fui assaltada. Edward chegou bem na hora.
- Eu sabia que tinha acontecido alguma coisa, você não é de se atrasar... – ela me fitou preocupada, mas logo desfez a expressão. – E depois o que aconteceu? – perguntou se ajoelhando na cadeira e colocando as duas mãos na mesa.
Sua expressão extremamente ansiosa.
- Nós jantamos... – ou melhor, eu jantei, mas deixa baixo. – E depois ele me trouxe para casa, pronto só isso.
- E porque tenho a impressão que você não me contou tudo? – ela ergueu uma sobrancelha e eu senti minha pele queimar, Ângela riu.
- Bem, nós... Nós quase nos beijamos... – falei gaguejando e vi o olho de Ang brilhar.
- E porque não rolou? – perguntou ela decepcionada.
- Porque um gato derrubou a lata de lixo e nós nos assustamos... – disse rindo ao me lembrar da cena de nós pulando com o susto. – Mas Ang, por favor, não espalha. Não aconteceu nada de mais ainda, não gosto de espalhar mentiras. – disse rapidamente e ela riu.
- Bella relaxa, eu não vou falar nada. - disse ela piscando com um olho.
Continuamos conversando à manhã intera. Até que meu pai chegou.
- Olá! Temos visita hoje é? – perguntou amigavelmente ao entrar pela porta da cozinha, vi Ângela abrir a boca com a beleza de meu pai, então eu disse rindo.
- Ang, esse é meu pai, pai essa é Ângela Weber.
- Prazer Ângela. – ele disse sorrindo.
- Prazer. – ela falou num sussurro, eu ri da cena e ela pareceu se envergonhar.
-O que trouxe para o almoço? – perguntei indo em sua direção e olhando o saco marrom em suas mãos.
Ele ergueu no alto para que eu não visse, comecei a pular para tentar ver, Ângela começou a gargalhar com os meus pulinhos.
- Isso não é justo. – disse fazendo bico e cruzando os braços, os dois gargalharam com minha atitude de criança de cinco anos de idade.
- Não seja curiosa. – disse ele rindo.
- Você almoça comigo né Ang? Porque meu pai provavelmente já comeu antes de chegar. – perguntei.
- Tudo bem, almoço sim. – ela sorriu.
O almoço foi animado, Charlie fez arroz, feijão, bife e batata-frita. Comida brasileira! Obrigado senhor! Se você comparar a comida daqui e a do Brasil, não existe comparação, o tempero brasileiro é o meu predileto. E acho que Ângela gostou, pois ela ficou maravilhada com o sabor desse prato tão simples e tão delicioso.
Depois de almoçarmos fomos para sala conversar mais. O telefone tocou e eu fui atender.
- Charlie! – chamei e ele correu até mim em velocidade humana. – Billy Black. – entreguei o telefone a ele e voltei a falar com Ang.
[...]
- Bella, você tem o telefone dos Cullen? – perguntou meu pai segurando o fone com a mão.
Eu o olhei preocupada.
- Tenho... Deixa só eu pegar. – dei meu celular a ele que foi andando rápido para a cozinha.
- Seu pai conhece os Cullen? – perguntou Ang.
- Conhece sim, nossas famílias são amigas, assim como as famílias do Jake e os outros garotos de La push. – ela assentiu com a cabeça.
POV Sam
- Estávamos fazendo a ronda pela floresta como sempre quando sentimos esse cheiro diferente, por isso pedimos para que viessem. O estranho é que não cheira a vampiro nem a humano. Duas mulheres da reserva estão desaparecidas, tememos que seja esse ser o responsável. Não sabemos que espécie é. Mas com certeza não é nenhum tipo de animal irracional. – expliquei para os Cullen a minha frente.
- Vamos esperar o Charlie e depois vamos verificar. – disse o Cullen chefe.
O celular de Billy tocou.
- Charlie não vem mais... É melhor vocês irem. O que quer que seja que está rondando por aqui não é boa coisa. – disse ele se dirigindo a cidade.
POV Bella
Nós estávamos papeando normalmente quando minha cabeça girou e minha visão embaçou.
De novo não...
POV Charlie
Quando Bella disse que Billy estava no telefone achei estranho. Me senti de uma maneira esquisita quando ele explicou o que os rapazes haviam encontrado, como se algo muito grande estivesse por vir, algo conhecido.
Estava me preparando para sair quando escutei a voz da amiga de Bella alterada, corri para ver e vi minha filha desmaiada no sofá.
Bati em seu rosto delicadamente e ela não acordou, ela respirava e suas batidas do coração estavam lentas, como se ela estivesse em um sono profundo.
- Não se preocupe, ela ficará bem. – disse a Ângela que estava nervosa.
Peguei Bella no colo e levei até o seu quarto, Ângela me seguiu e puxou a coberta para que eu a deitasse na cama.
- Vamos deixá-la descansar, ela ficará bem não se preocupe. – tranqüilizei-a novamente.
A garota assentiu preocupada.
- O senhor quer que eu fique aqui com ela, fazendo companhia. – perguntou sincera.
- Obrigado criança, mas não é necessário eu não sairei, ficarei com ela.
- Já está tarde, melhor eu ir.
- Tudo bem, volte quando quiser. – ela assentiu e foi embora.
Liguei para Billy e avisei que eu não iria e para eles seguirem sem mim. Eu já estava muito preocupado com Bella, ela dormia demais. Porém desmaios... Esse era o primeiro e eu sentia que viriam muitos outros.
Eu já formulei diversas teorias em minha mente, mas nenhuma fazia sentido. Dan agora estava se dedicando a buscar pessoas que pudessem ajudar a irmã, porque do jeito que as coisas estavam Bella corria risco de vida.
Essa semana ele me ligou esperançoso, dizendo que havia encontrado o paradeiro do Dr. Ulisses Pitt, ele é um homem que era da Lua e renasceu na Terra. Ainda não sabíamos se ele já havia recuperado a memória, mas como já era um homem adulto, provavelmente já descobriu que é imortal.
Ulisses era um dos médicos do reino e o melhor conceituado, além de um grande doutor era um grande homem. Foi ele quem fez o parto da princesa. A rainha corria grande risco no parto e ele como amigo da família e grande médico fez com que tudo ocorresse da melhor maneira.
POV Edward
Alice me disse que hoje à noite eu não iria poder ver Bella, porque seu pai iria estar em casa. Isso não seria problema se ele fosse humano, mas como é um vampiro muito experiente...
Se bem que... Como ele ainda não sentiu meu cheiro no quarto de Bella? Estranho.
Eu passei o dia inquieto, ficar longe de Bella era horrível! Resolvi pegar meu violão e ir para uma clareira que eu havia encontrado no meio da floresta. Lá fiquei compondo e pensando em Bella, na minha inspiração.
Quando voltei para casa Alice estava visivelmente preocupada, mas ela cantava músicas em sua mente para eu não saber o motivo.
O telefone tocou, era um dos anciões da aldeia Quileut pedindo para que nós fossemos até lá para ajudar em uma investigação.
- É sobre isso que está preocupada Alice? – perguntou Jazz.
“Também” ela pensou.
- É sim amor. – ela respondeu, mas Jasper percebeu que ela estava escondendo algo e olhou para mim perguntando em pensamento o que tinha acontecido, eu dei de ombros dizendo que também não sabia.
Assim que chegamos o Alpha do bando disse-nos o que estava acontecendo. Estranhei quando Billy Black disse que Charlie não viria. Alice olhava séria para frente e nem se quer me encarou.
Aconteceu alguma coisa grave, eu tenho certeza!
Começamos a seguir o rastro pela floresta, nos dividimos em grupos de dois, um vampiro e um lobo, assim se alguém encontrasse algo os lobos se comunicariam avisando o achado. Meu “parceiro” era Jacob. Cada grupo seguiu para uma área da floresta.
Estávamos seguindo o rastro ao norte da aldeia, quando Jake pensa algo.
“Charlie não vir é estranho”
- Você também acha isso? – perguntei.
“Claro, os outros também acharam, por isso pensei nisso agora”
- Acha que pode ter acontecido algo com... – não consegui terminar, sentia medo apenas pela suspeita de algo ter ocorrido.
“Com Bella” – ele parou de correr nessa hora e me fitou.
Eu assenti preocupado.
“Não se preocupe, se aconteceu algo, Charlie está cuidando dela agora.” – eu concordei com a cabeça e voltamos a correr.
“Encontramos uma cabana ao leste” – pude ouvir o pensamento de Seth na cabeça de Jake.
- Vamos! – disse a ele e corremos na direção indicada.
Todos logo chegaram e então resolvemos entrar na modesta cabana de madeira, estava visivelmente abandonada, mas podíamos sentir o cheiro forte de sangue e outro cheiro de... Era diferente, parecia de vampiro, mas também parecia com o cheiro que Bella tinha. O que isso significa?
Ao entrarmos percebemos que haviam duas garotas jogadas em um canto, mortas, e ensangüentadas. Meus irmãos colocaram a mão no nariz para não fazer besteira. Eu e Carlisle não precisamos disso já que éramos bem controlados. A minha única exceção era Bella, mas já estava conseguindo me controlar.
Vasculhamos a casa e não havia nenhuma pista, todos estavam com pensamentos confusos.
Carl foi verificar os corpos.
- Elas estão completamente sem sangue, isso pode ter sido um vampiro. – ele procurou então a marca da mordida, mas o que encontrou espantou a todos.
Em vez de uma mordida, tinha apenas dois furinhos. Lembrei-me dos filmes de vampiros onde as presas crescem. Isso era só em filme, porque vampiros de verdade não tinham caninos maiores e afiados, todos os nossos dentes eram afiados para facilitar a alimentação. Imagina o tempo que íamos levar para sugar o sangue por apenas dois míseros buraquinhos!
Levamos os corpos das garotas para a aldeia, e após todo o choro dos familiares nos reunimos na casa dos Black e começamos a discutir sobre tudo que havíamos encontrado.
- O cheiro é muito diferente, não é parecido com nada que já senti. – divagou Carl.
- Estranho. Porque a impressão que eu tive era que o cheiro era parecido com o de um vampiro, mas também parecia com o cheiro de alguém da espécie de Bella. – apontei.
Será que ninguém reparou nisso?
Todos me fitaram assustados.
- Só eu reparei nisso? – perguntei.
- A única coisa que reparei era que parecia uma mistura de odores. Mas não pude identificar quais. – disse Paul e pude ver nas mentes que todos concordavam.
- Mas Edward pode estar certo. – começou Alice e todos a fitaram esperando uma explicação. – Seu olfato é mais aguçado em relação à Bella, isso quer dizer que é mais fácil reconhecer o cheiro de sua espécie mesmo misturado com outra.
- Talvez. – concordou meu pai.
Ficamos em silêncio, quer dizer ninguém falava, mas na minha cabeça era como se todos gritassem suas opiniões.
- Alguém reparou nas garotas? – perguntou Jazz.
Olhamo-lo com curiosidade esperando sua explicação.
- As duas possuíam características parecidas, repararam? – perguntou.
- Sim eu reparei. As duas tinham a mesma estatura, a mesma cor de cabelo e a mesma cor dos olhos. – disse Sam.
- Cabelos castanhos e olhos azuis. – disse Esme.
Nessa hora eu e Jacob arregalamos os olhos e pude ver em sua mente a mesma pessoa que eu vi... Bella.
“Será que isso estava atrás dela?” – perguntou em sua mente.
- Eu realmente espero que não Jacob. – disse com dor na voz.
Todos olharam para nós esperando uma explicação. Até que a ficha de todos caiu na mesma hora e em todos os pensamentos vieram Bella.
- Será que...? – começou Billy.
- Tem que ser coincidência. – disse Quil.
- É melhor ninguém tirar conclusões precipitadas, vamos esperar e falar com Charlie. Afinal ele é o mais velho e pode saber o que é isso e de quem esta atrás. – disse Emmett... Emmett?! Nossa família o olhou espantada.
- Amor que orgulho, você esta falando coisas que prestem. – disse Rose se pendurando em seu braço, nós rimos.
Depois de todo esse estresse fomos para casa. Resolvemos que Carlisle falaria com Charlie segunda-feira no hospital.
Nunca fui de rezar, mas eu realmente estava com medo de nossas suspeitas se realizarem e então rezei em pensamento para que tudo isso fosse uma grande coincidência.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Capítulo tenso né... Semana que vem trago o próximo ;)