Decidi que só leria o diário de Miranda que tinha seus pensamentos e de alguns outros a sua volta, depois de completar a missão.

Fui falar com Percy, para saber o que ele havia conversado com Poseidon.

Sentada numa salinha do navio, Percy me mostrou um mapa e mostrou onde deveríamos encontrar Perséfone, segundo as coordenadas de Poseidon.

Por segundo, ele me disse que o monstro que atacar Nico fora invocado por magia negra e que e algum modo sabiam que estávamos por ali, mas eles não sabiam que logo abaixo estava o reino de Poseidon, por sorte.

A parte da magia negra me deixou com a pulga atrás da orelha, mas não pude fazer nada quanto a isso.

– Bem, nós teremos de resolver isso quando voltarmos, por que se eles sabiam pode ser muito possível que haja...– Percy parou e um brilho passou por seus olhos. Ele sabia.

– Você... Você não escondeu nenhuma parte da profecia... Escondeu, Selena?– Ele perguntou vagorosamente. Suspirei. Acho que para ele eu podia contar.

– “O número da sorte em heróis deverão partir

E no triângulo dos monstros acharão o procuram

E vitoriosos sairão de sua busca

Mas com a morte sempre a espreita

O inocente deverá perecer

E o traidor irá permanecer

No final, uma escolha por você deverá ser feita

Viver ou morrer,

Ganhar ou perder,

O que irá escolher?’’

Percy pareceu impressionado e triste.

– Hey, as profecias nem sempre querem dizer o que parecem. Elas podem ter significados completamente diferentes.

– É mesmo? Eu só conheço um significado para inocente, perecer,trair, escolher e morte.

Percy ficou calado quanto a isso.

Ouvimos um baque.

Percy se levantou e disse:

– Vamos. Chegamos na entrada do Mar de Monstros.

Quando chegamos a proa do navio, onde todos já haviam se reunido, vimos Caríbdis. O que mas me espantou naquela boca enorme que sugava a água do mar e cuspia logo após foi o aparelho. Agora, imagine você uma Boca de 30 metros de comprimento no meio do oceano, sugando a água do mar e cuspindo logo após, junto com peixes,tubarões, lulas e todo tipo de animais e algumas nojeiras e esquisitices, com uma aparelho enorme e a aparência que nunca escovou os dentes. Nada legal? Pois é, eu também achei.

Enfim, eu perguntei a Percy se ele não poderia segurar Caríbdis enquanto passávamos.

– Desculpe, Selena. Mas eu não consigo.

Parei para pensar e perguntei;

– E se nós tentássemos juntos?

Percy pareceu ponderar por um instante.

– Não custa nada tentar.

Segurei sua mão firme.

Nós tentamos parar a água e conseguimos. Foi um grande de esforço, como alguém que vai a academia e tenta levantar um peso um muito acima de sua capacidade, mas conseguimos. Percy pareceu se cansar bem mais que eu embora nós parássemos partes iguais da água, na verdade, senti que parava um pouco mais que ele.

O barco passou vagarosamente pela água. Mas vagorosamente do que eu teria desejado, mas entramos no mar de monstros tranquilamente.

Assim que terminamos de passar eu ouvi um grito. Virei para trás esperando o pior, mais só o que eu vi foram as crianças dando vivas.

Percy virou para mim mais feliz do que nunca.

– Passamos, Selena!

Eu ainda estava meio zonza de surpresa.

– Passamos?– Percy assentiu.

– Passamos!– Gritei e me juntei ao coro de vivas.

Vi Annabeth beijando Percy e Nico me pegou e rodopiou no ar. Vi as duas filhas de Afrodite se abraçando e um Grover com marca de beijo nas bochechas. Tinha a cor de batom da MAC então soube que era das filhas de Afrodite. Ele estava meio trôpego como se estivesse prestes a desmaiar.

Gostaria de ter dito para Nico que o amava naquele momento, mas não consegui. Irônico, a garota podia parar um redemoinho gigantesco mais não conseguia pronunciar três palavrinhas. Ridículo.