The Reason escrita por Princess


Capítulo 7
Christmas surprises


Notas iniciais do capítulo

Aaah, esse capitulo ficou muito ruim gente! :$ Me desculpem, eu prometo que o próximo será mais decente :S



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Scorpius Malfoy

 Assim que deixamos a estação na belíssima Mercedes de meu pai (sim, ele adorava essa invenção trouxa, acredite se quiser) ficamos em total e completo silencio. Luke cantarolava feliz (até demais), Cassie massageava as têmporas e Louise olhava a paisagem passando rápido pela janela. Eu apenas suspirei e afundei no banco de couro. Fiquei observando meus pais conversarem baixinho, eles pareciam preocupados com algo.

 Desisti de tentar entender o que eles falavam e imaginei minha confortável cama me esperando em casa.

 Graças a Merlin, quando meu pai se casou, ele comprou uma casa pra ele. É claro que Draco Malfoy nunca abriria mão do conforto de uma casa grande, só que ele exagerou. A nossa casa tinha quinze quartos (não, você não leu errado)! Pra que tudo isso? Nós só usávamos alguns, não precisavam de tantos.

 Quando o carro desacelerou um arrepio subiu por minha coluna me fazendo olhar para a minha direita. Mesmo atrás do vidro do carro e de muitos galhos de diversas arvores da floresta que circundavam minha casa, eu pude ver com muita clareza alguém andando por ali.

 - Pai...? – disse baixinho.

 - Depois. – ele disse olhando na mesma direção.

 Apenas calei a boca e constatei que meus primos eram muito lentos, por que eles não perceberam nada! Entrei em casa e fui recebido por Klaus, nosso elfo domestico.

 - Senhor, o senhor voltou mais cedo! – ele disse tirando o casaco de minhas mãos. – Ainda nem limpei seu quarto senhor!

 - Não se preocupe. – eu disse rindo de sua cara de apavorado. – Apenas leve minhas coisas para o meu quarto, por favor. E, ah, faça um daqueles sanduíches que só você sabe fazer. Estou morto de fome! – eu disse colocando a mão na barriga.

  - Sim, meu senhor. – ele disse se afastando.

 - Tia Ast, eu vou subir. – Cassie disse um tanto quanto abatida.

 - Claro querida. Já, já eu subo pra te ver. – minha mãe disse dando um sorriso gentil.

 - Bom, eu vou atacar a sua geladeira tia Ast. – Luke disse.

 - E eu... – Louise disse passando as mãos pelo rosto. – Não tenho nada pra fazer, então vou ficar no sofá sem fazer nada.

 Ri da cara de confusa dela. Ela deu um murro no meu ombro e sai bufando para a sala. Credo, aquela garota tinha a força de um jogador de quadribol! Talvez seja pelo fato de ela jogar quadribol anta!

 - Scorpius, filho, o seu pai precisa falar com você. – minha mãe disse acariciando meu rosto. – É importante querido.

 - Claro mãe. – eu disse balançando a cabeça freneticamente.

 - Por aqui filho. – meu pai disse indicando o escritório com a cabeça.

 Eu o segui sem dizer uma palavra se quer. Ao entrarmos em seu escritório percebi que o assunto era muito sério, pois ele sentou do outro lado de sua escrivaninha com uma cara muito estranha.

 - Bom, você deve ter notado que tem alguém vigiando as redondezas. – meu pai disse me olhando nos olhos, gelo contra gelo. Apenas balancei a cabeça. – Quem quer que esteja fazendo isso, não começou agora. Há uns dois meses eu venho percebendo essa movimentação, eu já cheguei até a informar o Ministério, mas eles não fizeram nada, como sempre.

 - E o senhor tem alguma idéia de quem seja? – perguntei receoso.

 - Não. Mas eu quero que você fique em alerta, filho. Eu posso não ser o melhor dos pais, mas eu te amo e te quero em segurança. – ele disse serio.

 - Será possível? – eu disse sarcástico. – O senhor Draco Malfoy tem mesmo um coração?

 Meu pai soltou uma gargalhada e apontou um embrulho em seu sofá de couro preto atrás de mim.

 - Eu comprei pra você há alguns dias, espero que goste.

 Fui até o sofá e reconheci o formato do embrulho. Quando eu o abri meu coração quase parou.

 - Essa é mesmo uma Gibson Les Paul Standard? – perguntei olhando incrédulo a guitarra à minha frente.

 Eu confesso, meu pai e eu somos fissurados por esse instrumento. Eu tenho uma coleção delas e essa era a que eu mais queria.

 - Onde você a encontrou?

 - Eu conheço um cara. – ele disse fazendo uma posse de galã de filme.

 - Eu não consigo acreditar nisso. – eu disse incrédulo. – Peraí. O que eu fiz pra merecer um presente desses? – perguntei desconfiado.

 - Eu encontrei com sua professora de poções e ela me disse que você se saiu muitíssimo bem na última prova dela. – ele disse dando de ombros.

 - Graças a Rayra! Se ela não tivesse me ajudado a estudar, eu teria me ferrado. – eu disse colocando minha nova guitarra no sofá novamente.

 - E por falar em Rayra, por que você mentiu para o Leon, lá na estação? – ele perguntou me encarando profundamente.

 - É uma longa história. Bem, começou há muitos anos atrás... – eu fui narrando toda a história, desde que o Dani viu a Rayra pela primeira vez até a discussão de hoje.

 - Uau. É muita informação. – meu pai disse balançando a cabeça.

 - Meu senhor, - Klaus disse entrado com uma bandeja na mão – seu lanche.

 - Ah, obrigado! – eu disse pegando o sanduíche e o devorando. Cara, como eu estava com fome!

 - Bom pai, eu vou subir. – eu disse pegando minha guitarra. – Eu quero testar essa belezinha.

 - Tudo bem filho. Mas lembre-se da nossa conversa. – meu pai disse olhando em meus olhos.

 - Tudo bem. – eu disse saindo de seu escritório logo em seguida.

 - Ah, Scorpius, não se esqueça que você precisa estar apresentável essa noite. – minha mãe disse assim que comecei a subir as escadas. – Alguns amigos de seu pai estarão aqui.

 - Tudo bem. – eu disse sem olhar para trás.

 O meu quarto era uma coisa bem sonserina. Era tudo verde e prata, muitos pôsteres de quadribol e mais verde e prata. Meu pai tinha certeza de que eu entraria na sonserina, então decorou o quarto assim que soube que minha mãe estava grávida. E ele acertou, eu amo o meu quarto. Principalmente minha cama de casal gigantesca.

 Quando cheguei até ele, sentei-me na poltrona perto da sacada e peguei algumas partituras que sempre andavam comigo. Pode parecer bizarro, mas eu componho. Eu estava tocando em minha nova guitarra uma musica que havia composto há alguns meses. Obviamente, a música era para a Weasley. Mostrava tudo o que eu sentia. Uma coisa bem ridícula você compor uma musica pra alguém que nunca vai escutá-la.

 Só parei de tocar quando Klaus veio me dizer para me aprontar, pois logo a ceia seria servida, então fui tomar um longo e demorado banho.

 Quando terminei de me arrumar, me olhei no espelho. Eu havia colocado um smoking. Mas é claro que do meu jeito. Eu estava usando tênis ao invés de sapatos sociais e minha gravata estava frouxa. Meu cabelo, como sempre, estava bagunçando e loiramente loiro.

 - Own... Meu priminho não está lindo? – Louise disse tirando uma onda com a minha cara.

 - Own... A minha priminha virou uma menina? – disse reparando no vestido vermelho super apertado que ela usava.

 - Você ganhou essa. – ela disse pegando um copo de uma bandeja de um elfo que passava. – Venha ver a arvore. – disse me puxando até a sala.

 A minha casa tem realmente outro ar no Natal. Era sempre enfeitada e cheia de gente. A nossa arvore era linda. Devia ter uns cinco metros, cheia de enfeites voadores e presentes gigantes. Os vários enfeites em toda à sala chegavam a me cegar.

 - Oh, Cassie! – Louise disse indo até a irmã.

 - Eu disse pra você estar apresentável. - minha mãe disse vindo até mim.

 - E eu estou. – eu disse sorrindo.

 Ela suspirou pesadamente e balançou a cabeça.

 - Eu já disse que você está linda essa noite, Sra. Malfoy? – disse a olhando de cima à baixo. Minha mãe estava linda em um vestido preto tomara-que-caia.

 - Ah, que bom que pelo menos você notou. – ela disse um pouco abatida. – O seu pai mal me olhou, está lá com aqueles velhos chatos do trabalho dele. – disse cruzando os braços.

 Ri com o comentário dela. Às vezes minha mãe parece uma adolescente.

 - Mãe, você conhece o meu pai. – eu disse revirando os olhos.

 - E por falar em conhecer, o que você me comprou de presente de Natal?

- Hãm... É surpresa! – eu disse passando as mãos no cabelo.

 - Você se esqueceu, não foi? – ela disse sorrindo.

 - Esqueci. – confessei.

  - Tudo bem. – ela disse piscando. – Eu comprei os presentes por você. Para o seu pai. Pra mim, para os seus tios, para os seus primos. Até para o Klaus você trouxe algo!

 - Eu tenho uma alma tão generosa. – eu disse sorrindo de lado.

 Minha mãe soltou uma gargalhada e disse:

 - Eu vou ver como está tudo e já volto. – beijou minha testa e saiu.

 Olhei à minha volta e percebi que havia bastante gente. Suspirei e fui cumprimentá-los. Depois de falar com todos fui até meu pai que ainda conversava com os velhos chatos do trabalho dele.

 - Pai. – eu disse tocando seu ombro. - Senhores, como vão? – eu disse cumprimentando seus amigos. – Podemos conversar rapidinho?

 - Claro. – ele disse confuso.

 - Sabe pai, eu sei que nós somos loiros e isso atrapalha um pouco o raciocínio, mas o senhor já olhou pra minha mãe essa noite? – perguntei lhe mostrando minha mãe que conversava com sua irmã, minha tia Dafne.

 - Na verdade não. Ela está linda. – meu pai disse observando-a.

 - Pois é, se o senhor não for dar atenção a ela, terá que se casar com velhotes ali. – eu disse indicando seus amigos do trabalho atrás de nós.

 - Acho que eu não quero me casar novamente. – ele disse pegando uma bebida. Tomou-a em um gole só e foi na direção de minha mãe.

 Trabalho cumprido, pensei indo até meu primo. Luke estava todo arrumadinho em seu smoking.

 - Nossa! O que fizeram com você? – perguntei.

 - Minha mãe pregou os sapatos no meu pé com um feitiço e disse que se eu mexesse na roupa ele pregaria minha língua. – Luke disse dando de ombros.

 - Sonserina. – disse juntos.

 - Cara, você notou como a Cassie ta estranha? – Luke me perguntou indicando discretamente a irmã do outro lado da sala.

 Cassie estava parada num canto da sala com um vestido longo branco e os cabelos soltos. Ela olhava fixamente para algum ponto da parede, suas pálpebras tremiam levemente. Aquilo me assustou.

 - O que ela tem? – perguntei.

 - Eu não sei. Ela está assim há alguns dias. Começou em uma aula de Adivinhação, a professora ficou encarando ela durante a aula toda. Depois da aula, ela disse algo a Cassie e ela ficou desse jeito.

 - Você acha que a professora a enfeitiçou? – perguntei preocupado.

 - Não, ela continua a mesma. Mas às vezes ela fica assim e então volta ao normal. – Luke disse balançando a cabeça. – Há duas noites eu pude jurar que os olhos dela estavam vermelhos, cara.

 - Isso é muito estranho. – eu disse. – Eu vou falar com o meu pai, talvez alguém no Ministério possa saber o que é.

 - O jantar está servido! – minha anunciou abrindo as portas da sala de jantar.

 Como sempre, nossa gigantesca mesa estava farta e cheia de gente.

 Como eu odeio gente! Eu queria que passássemos pelo menos um Natal só com a família. Mas isso nunca acontece.

 Depois do discurso de sempre do meu pai, o jantar foi servido. Muitas conversas surgiram até o final da ceia, mas a que me chamou mais atenção foi à de duas senhoras próximas a mim.

 - Eu soube a pouco que a garota Weasley, filha de Ronald, discutiu com toda a família durante a ceia. Eu daria minha alma para descobrir o motivo.

 Então a Rose brigou com a família? Mas por quê?

 - Hey! – Luke me chamou do outro lado da mesa. – Dá uma olhada na Cassie.

 Olhei para minha direita e encontrei Cassie há poucas cadeiras de mim. Ela encarava seu prato fixamente, sem piscar.

 Tá, essa garota ta me assustando pra caramba agora!

 Voltei minha atenção para minha mãe, que havia me chamado, e me esqueci completamente das velhinhas ao meu lado.

 - Esse garoto Malfoy é estranho. – uma delas disse.

 - Concordo. Não parece seguir as tradições. – a outra concordou me olhando de cima a baixo.

 Suspirei e voltei a comer, é só uma vez por ano que essas velhas do inferno vêem pra cá. Era só ter calma.

  Depois de terminada a ceia, tivemos que fazer sala por mais algumas horas e então eles todos foram embora, graças a Merlin! Só ficamos eu e minha família.

 - Tudo bem, agora é a hora dos presentes! – tia Dafne disse pegando um embrulho cor de rosa debaixo da árvore.

 Todos nós nos reunimos mais perto da árvore e no sentamos nos sofás e no chão.

 - Este é para a minha querida irmã, Astoria. – tia Dafne disse entregando o embrulho rosa à minha mãe.

 - Obrigada Dafne. – minha mãe disse a abraçando. – Vejamos o que é... Um colar! Own... Vai ficar perfeito com o meu vestido verde. Obrigada.

 - Agradeça a Cassie, ela me disse qual escolher. Parecia até ter visto o futuro. – tia Dafne brincou.

 - Tá, quem é o próximo? – Louise perguntou.

 - E se cada um desse todos os seus presentes? – sugeri. – Seria mais rápido.

 - Tudo bem então. – minha mãe disse. – Eu começo.

 Ela foi até a árvore e pegou um embrulho grande e entregou a Luke, depois a Cassie, Louise, tia Dafne, tio Liam e meu pai.

 - Por que eu fiquei sobrando? – perguntei me sentindo renegado.

 - Aqui está o seu, querido. Feliz Natal.

 Abri meu presente igual a um desesperado. Era uma jaqueta de couro.

 - Valeu mãe. – eu disse a abraçando.

 Pra encurtar a história, eu ganhei a jaqueta da minha mãe, um livro da tia Dafne, uma corrente com o brasão da família da Cassie, uma vassoura nova do meu pai, um CD do Luke, um pôster autografado do meu time de quadribol preferido do tio Liam e um nada da Louise.

 - Me desculpe, mas eu me esqueci do seu presente. – ela disse se defendendo.

 - Ah ta! Você se esquecer de algo, uma piada. É mais fácil um cometa cair aqui do que você esquecer algo Louise Marie. – eu disse usando seu segundo nome, ela odeia ele.

 - Cala a boca, seu trasgo disfarçado de gente! – ela disse mostrando a língua.

 Ri da cara dela e me levantei. Estávamos cada um com um pequeno grupo conversando, menos Cassie que estava sentada em um canto sozinha. Ela massageava as têmporas com tanta força que eu pensei que seus dedos perfurariam seu crânio.

 - Cassie, você ta legal? – perguntei me aproximando dela.

 - Cassie, querida, você está bem? – sua mãe perguntou percebendo que sua filha não estava bem. – Cassandra, olhe pra mim. – sua mãe ordenou.

 Assim que Cassie levantou o rosto todos nós nos assustamos.

 Seus olhos estavam vermelhos rubros, como sangue. Ela se levantou e veio andando na minha direção. A cada passo que ela avançava, eu recuava um. O medo percorria todo meu corpo. Era lógico eu me sentir assim. Em um mundo mágico como o meu ter a sua prima nesse estado não é uma coisa legal.

 - Cassie... – eu disse engolindo em seco.

 - Vingança... Perigo... – ela sussurrou com sua voz angelical.

 Automaticamente minha mão foi parar em meu bolso, onde eu sempre guardava minha varinha.

 - Morte... Sangue... – ela continuava a dizer palavras desconexas em quanto caminhava em minha direção. – Proteger...  – os olhos vermelhos dela encontraram os meus azuis e uma ultima palavras saiu de seus lábios para que só eu a ouvisse. – Weasley.

 Depois disso ela caiu no chão desmaiada. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Ou não?Esse capitulo é pra vocês entenderam melhor o que vai acontecer daqui pra frente ;) Espero que não tenha ficado muito ruim :(E eu quero lembrar que fanfics saem da cabeça dos autores, então muitas coisas dessa fic sairam da minha mente e não dos livros da J.K.ScorpBeeijos =]