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Scorpius Malfoy

- Então... O que aconteceu? – Améllia perguntou com os olhos brilhando e um sorriso macabro no rosto.

- Nada.

- Como assim nada? – ela disse tirando o sorriso do rosto. – Você não disse a ela?

- Dizer o que? Que eu sou apaixonado por ela? Só se eu fosse suicida mesmo.

- Você é tão estúpido às vezes! Era a oportunidade perfeita. Vocês estavam sozinhos em uma cabine trancada e não estavam brigando. Você queria o que? Que Merlin viesse chutar a sua bunda? E abençoar o casamento de vocês?

- Você não entende Améllia!

- Então me explica por que eu to cansada de tentar entender. – ela disse me parando no corredor.

- Durante seis anos da minha vida eu olho pra aquela garota e tento entender o porquê de ela me fascinar tanto. Durante seis anos eu nunca a elogiei ou disse o quanto ela é linda. Eu nunca pude mostrar a ela que eu realmente me importo, que eu realmente a quero bem, que eu a amo. E ela passou todos esses anos bem, sem precisar desse amor que eu tenho aqui no peito. Me diz, por que justo agora quando ela está mais linda do que ela já era eu vou fazer alguma diferença? Eu nunca fiz. Eu sou só o seu eterno inimigo, a doninha Junior, o Malfoy irritante. Só por que nós não brigamos não quer disser que não vamos brigar. Eu não posso mudar o que eu já fiz pra ela.

- Você tem razão. Você não pode mudar o que você já fez, mas mudar o que vai fazer. Se você realmente a ama, lute por ela. Seja quem você é. Seja um Malfoy. Por que Malfoy’s tem tudo o que querem. – ela disse sorrindo de canto.

- Você é a melhor! – eu disse a abraçando.

- Eu sei.

Alguém pigarreou atrás de nós. Me virei e quase fui conhecer Dumbledore pessoalmente. Era a Rose.

- Será que vocês podem me dar licença, eu preciso passar e vocês estão bloqueando a passagem. – ela disse com um olhar frio. – E gostaria de pedir também que voltem logo para suas cabines, a ronda dos Monitores já vai começar e eu não vou fazer vista grossa novamente.

- Claro. Me desculpe. – Améllia disse ficando vermelha.

Quando ela passou por mim me lançou um olhar frio, o que significava que a nossa boa convivência havia sido exterminada.

Rose Weasley

Como eu sou estúpida!

É claro que agora ele estaria se pegando com a amiguinha dele! Por que eu fui atrás dele pra dizer o que eu sinto? Eu sou mesmo uma anta. Uma anta que gosta de sofrer.

Eu não conseguia mais segurar. Entrei na primeira cabine que encontrei e comecei a chorar.

Nem havia percebido que ela já estava ocupada.

Bianca Black

- Aonde o Scorpius de meteu? – eu perguntei notando que ele estava demorando demais pra chegar.

- Ele deve ter se perdido. – Rayra disse dando de ombros.

- Disso você entende né? – Daniel disse. Ele estava sentando de frente pra ela. E pela cara dele, a conversa não ia ser boa.

- Eu vou me fingir de idiota e vou perguntar: do que é que você está falando?

- Ah, então você não sabe? Estou falando de você e o ex da pequena Potter.

- Eu ainda continuo sem entender. – Rayra disse ficando vermelha de raiva.

- Então vou fazer com que entenda. O que é que você estava fazendo com aquela cara hoje no corredor?

- Conversando. É que pessoas normais fazem. Mas eu acho que você não entende isso não é? Coisas normais. Por que você parece mais parente da Lula - Gigante!

- Epa! Não envolve a família. – Améllia disse. Mas foi em vão. Os dois pareciam nem notar nossa presença.

- Alias por que é que eu estou te explicando alguma coisa? Eu não devo satisfação da minha vida pra você. Você não é nada além de um estúpido arrogante! – ela disse se levantando.

- Que bom que é isso que você pensa de mim. Por que até dez minutos atrás você era a pessoa mais importante da minha vida! – Dani disse se levantando também.

- Você sempre foi a pessoa mais importante da minha vida! – ela disse saindo logo depois da cabine.

- Droga! Rayra! – Dani disse indo atrás dela.

- O que foi que aconteceu aqui? – Améllia perguntou de boca aberta.

- Eu estou me perguntando a mesma coisa. – eu disse tão perplexa quanto ela.

Rayra Black

Quem ele pensa que é?

E daí se ele é meu melhor amigo desde sempre, que sempre me apóia, que me defende de tudo, que... Ah, mas que droga!

Por que eu tinha que gostar justo de Daniel que é tão mandão, arrogante, prepotente e perfeito? Justo ele? Por quê?

Entrei na primeira cabine que eu encontrei. Ela estava cheia de pivetes do primeiro ano.

- Saiam. Todos vocês. Agora! – eu disse fazendo eles saírem assustados.

O que foi? Eu sou uma sonserina.

Eu queria tanto que isso fosse um sonho. Aí eu poderia acordar, reclamar do clima, olhar pro Dani como se ele só fosse um amigo, mas que no fundo meu coração dissesse “Hey, eu estou aqui!”.  Eu queria que aquela briga nunca tivesse acontecido. Assim, talvez, nossa amizade pudesse voltar a ser a mesma.

Eu podia perdê-lo pra aquelas garotas estúpidas que o cercavam. Mas não podia perder sua amizade.

Fiquei tão absorta em mim mesma que nem percebi quando mais alguém entrou na cabine.

- Ah, me desculpe! Eu não queria incomodar. – ela se apressou a disser.

Olhei pra pessoa e me surpreendi ao ver Rose Weasley.

- Ah não tudo bem. Pode ficar. – eu disse enxugando as malditas lágrimas que escorriam pelo meu rosto. – Se você não se importar de dividir a cabine com uma sonserina é claro. – eu disse tentando sorrir.

- Eu não me importo. – ela disse fungando.

- Você também estava chorando? – eu perguntei.

- É... Eu estava. – ela disse meio insegura.

- Acho que algum elfo jogou alguma poção na comida. É impossível que Merlin tenha olhado pra nós hoje e dito: “Hoje é o dia de vocês sofrerem.” Seria muita crueldade. – eu disse indignada.

- Concordo com você. – ela disse rindo.

Olhei pra ela e, nossa! Agora eu entendo o porquê de o Scorpius ser tão fascinado por ela. Ela é linda.

Começamos a conversar. Ela era uma garota bem legal.

Bianca Black

Depois de uns dez minutos Dani voltou. Sozinho.

- Cadê a minha irmã? – eu perguntei pronta pra voar no pescoço dele.

- Eu não achei ela. – ele disse de cabeça baixa.

- “Eu não achei ela”? Isso é o melhor que pode fazer? Você magoou os sentimentos da minha irmã. É sua obrigação saber se ela está bem. Por que se ela não estiver, eu vou acabar com a sua raça. – eu disse da forma mais ameaçadora possível.

- Ótimo. Entra na fila. – ele disse se sentando. – Nada do que você disser vai me fazer ficar pior do que eu já estou.

- Que bom. – eu disse voltando a me sentar.

- Sabe Dani, você podia ter sido mais sensível. – Améllia disse.

- É Dani, você podia se tocar que as outras pessoas têm sentimentos. Não é só por que você tem o emocional de um trasgo que as outras pessoas também vão ter. – eu disse.

- OK Bianca. Eu já entendi. Não precisa jogar na cara que eu sou um imbecil. Eu já percebi isso. Mas eu não queria ter dito aquilo. Saiu. Eu estava nervoso, com ciúmes. Não pude evitar.

- Ótimo. Tomara que uma coruja arranque seus olhos! – eu disse com raiva.

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