The Reason escrita por Princess


Capítulo 33
First, let me take a Selfie


Notas iniciais do capítulo

Bom, para não deixar vocês mais bravos comigo, capítulo extra!!



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1 ANO E 6 MESES DEPOIS



– Flores?

– Aqui.

– Chocolates?

– Aqui.

– Boa sorte. - Alvo disse dando alguns tapinhas nas costas do amigo.

Scorpius engoliu a saliva e tocou a campainha. Alguns segundos depois uma ruiva abriu a porta com um sorriso que se desmanchou ao vê-lo.

– Eu sei que sou um idiota e que eu pisei na bola, mas você sabe que eu te amo mais do que tudo e que jamais vou te magoar de proposito. - ele disse antes que a ruiva batesse a porta em sua cara. - Você me perdoa, amor? - completou mostrando as flores e a caixa com bombons.

Um sorriso começou a se formar nos cantos da boca da ruiva. Ela não culpava o loiro a sua frente pela briga que tiveram na noite passada, ela quem havia começado tudo. Mas seu namorado já havia aprendido a maior lição de todas sobre namorados: a culpa sempre é sua.

A ruiva pegou as flores a caixa e o abraçou.

– Eu te amo. - ela disse beijando o rosto do rapaz.

– Eu te amo. - ele respondeu, sorrindo aliviado.

– Entre. Eu fiz o jantar hoje. - Rose disse puxando o namorado para dentro.

A nova casa dos Granger-Weasley ficava em um distinto condomínio bruxo, nas proximidades de Londres. Era extremamente grande. Todos que olhavam de fora imaginavam que ali moravam dez pessoas, no minimo. A família de Rose mudou-se assim que a ruiva conseguira seu emprego no Ministério da Magia. A casa nunca era ocupada somente pelos Weasley, assim como naquela noite. Alvo Potter e Cassandra Knight, prima de Scorpius, estavam ali.

– Vejam só quem está aqui! - Ron Weasley gritou assim que me viu. - Meu genro preferido. Vejo que conseguiu fazer minha florzinha te perdoar. - disse abrancando o garoto. - Boa jogada, garoto. - completou sussurrando apenas para ele ouvir.

– Valeu, sogrão. - sussurrou de volta. - Oi, Cassie. - disse para a prima.

– Como você está, querido? - Hermione disse abracando o rapaz.

– Bem, e a senhora?

– Não me chame de senhora, você está em casa. - ela disse dando um caloroso sorriso.

Scorpius adorava aquele lugar, aquelas pessoas. Nunca havia se sentido tão bem na vida quanto no primeiro dia em que viera almoçar com a família de Rose. Todos os assustaram no começo, mas logo foi se soltando e conquistou o coração dos sogros e de sua namorada (mais uma vez).

– Você vai estar ferrado quando se casarem, cara. - Hugo disse para o cunhado.

– É melhor você comprar uma floricultura. - Alvo disse.

– E uma loja de doces. - Cassandra disse.

– Nós não brigamos tanto assim. - Rose falou adquirindo um leve rubor no rosto.

– Vocês brigam duas vezes por semana! Sou eu quem fica entre o fogo cruzado. - o Potter disse rindo. - Um quer saber porque o outro está bravo e o outro quer saber o que fazer para se desculpar. É bom eu ser o padrinho, porque olha…

– Não fiquem amolando Scorpius. - a ruiva disse mostrando a língua. - Venha comer, querido.

O loiro estava se levantando quando notou o brilho avermelhado que cruzou o olhar de sua prima. Cassie sorriu ao ver os dois. Aos trancos e barrancos, eles viveriam juntos por um longo tempo.

– Ron, posso levar Rose para encontrar alguns amigos essa noite? Bianca está de volta. - Scorpius pediu ao Weasley mais velho enquanto Rose lhe servia mais purê de batatas.

– Ela voltou? - a ruiva disse surpresa. - Permanentemente?

– Bom, isso vamos descobrir mais tarde. Você vem, certo Al? - o loiro.

– Yep.

– Eu não vejo problema. - Ronald disse sem desviar a atenção da TV. - É por isso que eu odeio esses jogos trouxas, os juízes são uns pilantras!

– Os Spurs perderam de novo? - Hugo perguntou sorrindo.

– Tire esse sorriso do rosto ou eu te deserdo, garoto. - resmungou o homem.

– Acho melhor você me levar, Hugo. - Cassie disse segurando um risadinha. - Divirtam-se! - ela gritou por cima de seu ombro.

Observei-a sair pela porta. Ela estava tão feliz. Há alguns meses e ela e seu pai biológico tiveram uma longa conversa e agora ela morava com ele o tio a algumas casas de distancia dos Weasley. Ela não deixou de usar o sobrenome de sua família adotiva ou de chama-los de pai e mãe, irmão e irmã. Ela os amava, assim como amava seu pai e tio. Ela possuía um coração enorme e um dom maior ainda. Descobrir sobre os poderes de Cassie foi um choque para todos. Tínhamos medo de que isso a prejudicasse, afinal não sabíamos o que aquilo era ou significava. Com a ajuda de sua família biológica, ela estava aprendendo sobre seu dom e seu passado. Para ela, nada poderia estar mais perfeito.

– Eu vou me arrumar então. - Rose disse batendo palminhas.

– Deu certo. - Alvo disse sentando-se ao lado do amigo.

– Você é o melhor. - Scorpius disse sorrindo.

Desde que sairam de Hogwarts para se tornarem Aurores, Scorp e Al se aproximaram cada vez mais. Nós éramos Recrutas. O pai de Alvo, Harry Potter, era o Chefe dos Aurores e logo abaixo dele estava Ronald Weasley, o Capitão dos Aurores. Eu me esforçava ao máximo para me destacar e impressionar a uma só pessoa: meu pai. Draco Malfoy.

Ele não queria que eu me torna-se um Auror, era perigoso demais. A vontade dele era que eu permanece-se ao seu lado, cuidando da empresa que ele fundou recentemente. O IAMB, Instituto de Aprimoramento em Magia e Bruxaria, era uma organização voltada para o aprimoramento de poções e artigos mágicos de nosso mundo. Estávamos ligados desde Hogwarts ao próprio Ministério da Magia. Minha mãe estava planejando um setor para estagiários de Magia Medicinal, que sairiam dali direto para o St. Mungus. Era uma ideia brilhante. E talvez eu fosse ajudá-los quando terminasse a primeira graduação de Auror. Eu não tinha certeza, mas sabia que era isso o que eles queriam.

– Então, quem vai estar lá hoje? - Al perguntou tomando um pouco de suco de abobora.

– A galera de sempre. Daniel, Noah, seus irmãos, Lilly e Louise. Rayra e Daniel Terminaram de novo, então ela não vai. Ah, Bianca irá aparecer também.

– Améllia não vai?

– Ela não disse. - o loiro respondeu incerto.

Améllia Zabine. Ela não iria, pois estava em uma crise existencial terrível e Scorpius não queria dizer a Alvo que o motivo era ele. Améllia era muito próxima à Scorpius e consequentemente tornou-se de Alvo também. E com a proximidade veio a paixão. Porém, ela não era mutua. Bom, Scorpius não sabia o que Al sentia e não perguntaria naquela noite. Hoje ele aproveitaria a presença de sua linda namorada. Nada de drama, apenas diversão.

Ele estava redondamente enganado.

Rose passou o caminho todo até o pub onde iriam se encontrar com seus amigos reclamando de como estava gorda. No banco de trás do carro, Alvo segurava para não rir. Rose deveria ser chamada de Rainha do Drama.

– Você vai ser a garota mais linda para mim, isso já não é suficiente? - o loiro perguntou e ganhou um caloroso sim da namorada.

Alvo mostrava um joinha para o retrovisor.

Na entrada do pub, Scorpius deu seu nome e entraram sem precisar pegar fila. Ali, bruxos tinham prioridade.

A melhor coisa de se formar em Hogwarts era poder frequentar o mundo trouxa sem medo. Conheciam feitiços e poderíamos usa-los em caso de perigo, além do fator Recruta Auror.

O pub por dentro estava um pouco escuro e lotado. Havia pequenas mesas com várias cadeiras espalhadas pelo centro do estabelecimento e um DJ ao fundo. Era frequentando por muitos bruxos, pois seu dono era um. Nunca havia o visto e ninguém sabe quem ele é, mas gerenciava muito bem o local.

Encontraram Bianca sentada em uma das mesas, bem ao centro.

– Ela nunca se atrasa. - Alvo comentou.

Cada um recebeu um abraco caloroso da amiga e pediram bebidas. Bianca já estava bem alegre, pois estava esperando a mais de meia hora.

– Eu estava com sede. - ela disse virando mais um shoot de tequila com limão.

– Como foi sua viagem? - Rose perguntou bebericando seu coquetel.

– Foi fantástica! O Brasil é incrível! Tem festas todos os dias e as pessoas são muito mais alegres e receptivas. Eu adorei. - ela disse tomando um gole da bebida de Alvo.

– Desde quando você bebe tanto assim? - ele perguntou percebendo que ela parecia normal mesmo depois de tantas doses.

– Desculpe. Eu peguei o habito de encher a cara toda noite durante a viagem. - ela respondeu com um sorriso amarelo no rosto. - Mas, me contem as novidades! Como anda o relacionamento? Al, já achou alguém?

– Nós estamos bem. - Scorpius disse. - Estávamos tentando descobrir se você decidiu ficar em casa ou se vai partir para a sua próxima viagem.

– Nunca se sabe. - Bianca respondeu dando de ombros. - Adoro essa música! Vamos dançar, Al. - completou puxando o rapaz.

Rose riu da cara do primo e puxou o loiro ao seu lado para mais perto.

– Esse tempo ao seu lado tem sido o melhor da minha vida. - ela disse de repente. - Desculpe se eu pego no seu pé, mas é que não consigo imaginar mais a vida sem você.

– Você não precisa. - Scorpius disse dando um beijo na namorada.

– Meu casal preferido! - Lillian disse abraçando os dois e interrompendo o beijo.

– Oi, Lilly. - disseram juntos.

– Onde ela está? - perguntou ansiosa.

– Na pista, com seu irmão. - Scorpius respondeu.

Lillian foi até como uma bala. Sentia falta de Bianca. Todos haviam se aproximado depois do pedido de namoro de Scorpius. Eram todos amigos e todos sentiram falta de Bianca depois que ela decidiu viajar pelo mundo do nada.

– Ela precisa se acalmar um pouco. - Luke Knight comentou para o primo. - Veio o caminho todo sem fechar a boca por um segundo. Vocês mulheres são estranhas. - conclui olhando para Rose.

– E vocês homens não vivem sem nós. - ela replicou sorrindo graciosamente.

– Isso é verdade. - Louise Knight disse atrás dela.

A loira estava abracada com seu noivo, Tiago Potter. Ambos estavam com enormes sorrisos em seus rostos. Louise e Tiago trabalhavam juntos; eles eram Aurores Sênior. Companheiros na vida e no trabalho. Havia uma ligação forte entre os dois, o que só reforçou o pedido de casamento feito há um mês. Eles não tinham absolutamente nada decidido, apenas sabiam que queriam ficar juntos a vida toda. Rose os invejava por isso. Por terem tido a coragem de assumirem um compromisso tão sério. Ela e Scorpius estão juntos a tanto tempo quanto os dois, mas nunca haviam tocado no assunto matrimônio. Ela sentia que os dois se casariam, mas não queria apresar o loiro ao seu lado. E de qualquer forma, Cassie já havia deixado escapar algo sobre o casamento dos dois: choveria muito!

Todos estavam sentados, conversando e brincando, bebendo de tudo um pouco, mas ainda faltavam alguns atrasados. Al estava sobrando na mesa. Havia três casais e todos queriam conversar com Bianca; o rapaz acabou apenas ouvindo tudo, sem falar nada. A verdade é que não tirava algo que a amiga havia perguntado na pista: onde estava Améllia?

– Vocês não tentaram nada? Digo, vocês não tiveram nada nesse tempo em que estive fora? - lembrou-se dela questiona-lo.

Al não podia negar que sentia algo por Améllia (e não era nada fraternal!), mas sempre valorizou demais a amizade da garota para arriscar dizendo o que sentia. Ela o via como um irmão. Isso é broxante, pensou o rapaz bebendo um longo gole de sua cerveja amanteigada.

– Onde está o resto da turma? Eu já estou ficando de saco cheio de esperar. - Bianca resmungou.

– Daniel não vem, ele disse que vai implorar pelo perdão de Rayra. - Tiago disse verificando o celular.

– De novo. - Louise e Bianca disseram juntas, fazendo ambas rirem.

– Améllia não estava se sentindo bem para vir. - Scorpius informou.

– Bom, e… E o Noah? - Bianca perguntou mais séria. - Vocês o convidaram?

– Sim. - Rose disse insegura. - Mas não dissemos que você estava de volta. Sabe… Pra não gerar conflitos.

– Bom, ele chegou. Acompanhado. - Bianca disse amarga.

Aquilo chamou a atenção de Alvo. Ele acompanhou o olhar da amiga e não pode deixar de se sentir amargo. Noah estava diferente da ultima vez em que todos o haviam visto. Mais alto, mas musculoso e com uma barba (que, na opinião de Bianca, era sexy). E ao seu lado estava Améllia. Ambos riam de algo enquanto o rapaz segurava a cintura da moça. Al quis morrer ao vê-la usar um vestido tão provocante. Ao seu lado, Bianca se levantou de repente e sumiu entre as pessoas que tumultuavam o bar.

– Ei! - Noah disse empolgado. - Aquele era Bianca?

Todos estavam em silêncio, se olhando. A resposta partiu de Alvo.

– Yep! - ele disse engolindo a saliva assim que seu olhar cruzou com o de Améllia. - Eu vou ver se ela está bem.

Ele saiu o mais rápido possível da mesa.

– Clima tenso. - Lilly comentou.

– Porque não me disseram que ela estava de volta? Eu teria comprado algo pra ela. - Noah disse sem esconder um grande sorriso na cara.

– Porque você não disse que estavam juntos? - Tiago perguntou um pouco incomodado. Sabia o motivo de seu irmão ter saído da mesa daquela forma. E não era Bianca.

– Oh, meu Merlin! - Améllia disse ficando vermelha. - Não estamos! Eu… Eu estava perdida e Noah me segurou quando um cara bêbado esbarrou em mim… Oh, meu Merlin! Não tem nada entre nós.

– Ei, calma. - Luke disse. - Tiago e todos nós só achamos estranha a aparição de vocês juntos.

– Bianca também. - Louise disse levantando as sobrancelhas.

Todos na mesa sabiam da tensão entre Noah e Bianca. E todos torciam para que ficassem juntos de uma vez por todas. Porém, a morena era tão azeda quanto limão.

– Eu vou atrás dela. - Ele disse com um enorme sorriso no rosto.

– A turma está quase completa. - Améllia disse sorrindo.

– A turma da detenção. Daria um nome bem legal para um filme. - Luke comentou.

– Ou um livro. - Rose falou.

– Nossos filhos com certeza vão adorar lê-lo. - Louise disse.

– Eles vão pensar: uau, meu pai é demais! - Tiago disse fazendo pose de herói.

– Acho que você quis dizer que a mãe deles é demais. Eu não me lembro de você fazendo muita coisa. - Lilly falou tirando risada de todos.

– Lógico que fiz! - Tiago se defendeu. - Fiquei ao lado da minha senhora, como um cavalheiro deve fazer.

Louise dei um beijo nos lábios do noivo.

– Eles vão adorar. - ela disse.

Do outro lado do salão, Bianca estava encostada em uma parede afastada, onde não havia movimento. Alvo chegou logo depois, com duas garrafas de cerveja. Entregou uma à garota e encostou-se ao lado dela.

– Um brinde aos corações partidos? - ela perguntou à ele.

– Como você sabia? - Al quis saber.

– Eu sempre soube que vocês tinham química. - ela respondeu sorrindo. - Só não imaginei ela com Noah. Isso dói. - Bianca completou, tomando metade de sua cerveja em seguida.

– Idem. - foi tudo o que Alvo disse.

Eles ficaram parados, bebendo cerveja, por alguns minutos. Até que Noah apareceu.

– Porque não disse que tinha voltado? - questionou Bianca.

E sem esperar permissão da garota, a abracou. Ela foi pega de surpresa. Porque ele estava fazendo aquilo?

Desde de que terminaram de pagar a primeira detenção, Noah se afastou do grupo para se dedicar aos estudos. Eles se cumprimentavam, mas ele não interagia tanto quanto antes. E então ele começou a namorar uma garota qualquer. Aquilo afastou todos os sentimentos que Bianca escondia sentir por ele. E assim que o período letivo terminou, ela fez sua primeira viagem. Ele terminou com a namorada e mandou milhares de cartas para Bianca. A coruja sempre voltava sem respostas. Chegou uma hora em que ele desistiu, mas não deixou de sentir menos saudades.

– Senti sua falta. - ele disse perto do ouvido de Bianca.

Ela não sabia se era saudade ou se era o alto nível de álcool no organismo, mas Bianca o abracou de volta. O mais forte que pode. E então o empurrou.

– Você está acompanhado, não deveria ficar abracando mulheres indefesas por ai. - ela reclamou.

– Bianca, você é tudo, menos indefesa. E não estou acompanhado. - Noah respondeu sorrindo.

Merlim, que sorriso… Ela pensou, completamente enfeitiçada pela presença dele.

– Você não… Eu te vi! Não minta pra mim! - ela disse ficando vermelha.

– Você está com ciúmes? - ele quis saber.

Ela ficou mais vermelha e abriu a boca para responder, mas nada saiu.

– Você já leu alguma das cartas que te mandei? - Noah perguntou segurando o rosto dela com as duas mãos.

Bianca apenas negou com um movimento. Estava hipnotizada pelos olhos azuis de Noah. E por ter acabado de assumir que estava com ciúmes dele. Ele puxou o rosto dela para perto do seu. Tão perto que ela sentia a respiração dele. O coração da garota parecia a bateria de uma escola de samba. Sua mente gritava: ME BEIJE! ME BEIJE! Mas ele não o fez. Apenas balançou a cabeca, beijou o rosto dela e foi embora.

Bianca não conseguia se mover, nem falar. Só conseguia pensar em como queria que ele voltasse. Ela estava: mortificada, desestabilizada e muito, muito excitada.

– Que homem você se tornou, Noah. Que homem… - ela disse sozinha enquanto se abanava.

Ela olhou para o lado e percebeu que Alvo não estava mais ali. Ela pensou na possibilidade de procura-lo, mas suas pernas não permitiam. Ele deve estar bem, ela pensou.

E estava. Depois de deixar Bianca e Noah, o rapaz dirigiu-se até o bar, onde encontrou uma conhecida de Hogwarts. Estavam bebendo e conversando sobre trivialidades até que sentiu uma mão pequena e quente tocar sua coxa. Alvo não podia negar que já estava ligeiramente bêbado, mas só poderia estar alucinando já que via Améllia sorrindo para ele enquanto apertava suavemente sua mão sobre a perna do rapaz.

– Nos vemos por aí, Alvo. - a morena, Dalila, disse enquanto ia embora.

– Quem era? - Améllia perguntou tomando o lugar que, até poucos segundos, era ocupado pela colega de Al.

O rapaz, por outro lado, ainda não havia encontrado sua voz. Olhava para a loira a sua frente tentando entender se aquela era mesmo Améllia e não sua mente ‘alta’*. A loira, impaciente, beliscou a perna do amigo.

– Me responda! - exigiu.

– O que deu em você? - ele finalmente disse.

Pega de surpresa pela resposta de Alvo, Améllia levantou-se.

O que ela estava pensando? Ele não a via dessa forma, eram amigos. Só isso. Só isso.

Merda!, o Potter pensou. Ela era sua amiga, não uma qualquer. Eu não deveria ter dito aquilo.

Tentando concertar a situação, o moreno seguiu a loira até a pista de dança, onde a segurou pelo pulso. Ao fazer isso, Al pensava em pedir desculpas por sua grosseria. Mas o que recebeu o surpreendeu mais uma vez naquela noite. Améllia, veloz como só ela, soltou-se de Alvo e o puxou para mais perto. E pensando: Dane-se!, o beijou.

Eles não sabem quanto tempo ficaram se beijando na pista de dança, pois só pararam quando Tiago disse que precisava do ‘casal’ para uma foto em grupo. Sorrindo, Alvo pegou sua amiga pela mão e a conduziu até onde seus outros amigos aguardavam. Foram recebidos com alguns comentários e um olhar assassino de Daniel, que havia convencido Rayra a perdoa-lo e ir se reunir aos outros.

– Estou de olho em você. - o Zabine disse ao Potter.

– E eu em você, otário. - Bianca respondeu dando uma cotovelada no cunhado.

– Calem a boca e digam: Wingardium Leviosa. - Scorpius disse pronto para tirar uma selfie.

Alguns fazendo careta e outros de boca aberta; foi exatamente assim que a câmera os registrou. Uma foto tão estranha quanto a amizade do grupo.


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Notas finais do capítulo

Alto*: da expressão em inglês, high, significa muito bêbado ou chapado.
O que acharam? Querem mais um extra? Algum ponto especifico da história lhes interessa?
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