The Reason escrita por Princess


Capítulo 28
Salving the evil princess


Notas iniciais do capítulo

Aquuuii o capítulo! *--* Espero que gostem...



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Louise Knight

O sol estava começando a baixar quando olhei pela última vez a janela daquele quarto assustadoramente branco. Precisei da ajuda de meu pai para poder deixar aquele lugar, eu ainda não podia andar tão confiante por ai. Os curandeiros do St. Mungus me disseram que eu sentiria uma dor horrível nas primeiras vezes que tentasse andar, mas que passaria logo. Era um dos efeitos da poção que eles estavam me obrigando a tomar três vezes ao dia.

Quando papai parou na recepção, Dafne pegou minha bolsa que estava com ele e fomos em direção à saída. Eu finalmente poderia voltar para a escola. Por mais estranho que fosse, eu havia me afeiçoado à Hogwarts. Eu gostava daquele castelo – principalmente das escadas que ficavam mudando o tempo todo. Assim que alcançamos os limites do Hospital, meu pai apertou minha cintura e aparatou.

Passada a emocionante sensação de estar sendo comprimida, pude vislumbrar uma pequena cidadela. Era pequena, mas ainda assim movimentada. Prédios razoavelmente altos e lojas de todos os gêneros. Havia algumas pessoas passando por ali; elas faziam compras, indo de uma loja à outra. Enquanto meu pai me arrastava por uma ruela, meus olhos se prenderam na última loja que eu esperava encontrar em um vilarejo bruxo: uma loja de música. Pude ver pelas janelas de vidros alguns instrumentos bruxos e trouxas dependurados nas paredes, assim como vários Cd’s. Senti uma vontade imensa de poder ir até lá, mas Dafne tirou minhas esperanças assim que apontou para uma carruagem para à alguns metros de distância.

- Nossa carona. – ela disse ajeitando minha mochila em seus ombros.

Eu poderia estar sonhando, mas podia jurar que havia um cavalo puxando a carruagem. Ele era, em uma palavra, espectral; negro e extremamente magro. Eu deveria estar delirando, pois tinha absoluta certeza de não haver nada puxando a carruagem em meu primeiro dia em Hogwarts.

Tentei deixar isso de lado enquanto meu pai me ajudava à subir, mas não tive sucesso. Precisei morder minha língua para não acabar perguntando algo estúpido. Durante o percurso até o castelo, Dafne e meu pai faziam uma série de recomendações.

- Lembre-se: não passe muito tempo de pé. – Dafne disse preocupada – E sem quadribol, Louise.

- Eu sei. – falei soltando um suspiro logo depois – Já contaram à Cassie? Sobre o pai dela? – perguntei olhando para as árvores pela pequena janela que havia na carruagem.

- Não. – minha madrasta disse suspirando.

- Nós conversarmos. – meu pai disse limpando a garganta – Ele prefere que Cassandra não saiba sobre ele, acha que isso pode magoa-la e acabar a prejudicando com... Você sabe, esses “poderes” que ela desenvolveu.

- Faz todo o sentido. – eu disse seca – Perguntou à ele sobre isso? De onde pode vir? – perguntei ainda fitando as árvores.

- Sim. Ele disse fazer parte da linhagem sanguínea da mãe dela. Prometeu procurar por informações e nos avisar se descobrisse algo. – ele respondeu.

- Bom... Isso é bom. E quanto à Cassidy? O que fizeram com ela? – perguntei olhando para eles.

Meu pai e sua esposa me olhavam um pouco receosos. Pareciam olhar para algo assustador.

- Ela foi encaminhada para Azkaban, e será julgada no próximo mês. – foi Dafne quem respondeu, segurando a mão de meu pai com força.

- E quem era? – perguntei apática, depois de alguns minutos – A pessoa que matei, quem era?

Eles se olharam antes de me responder. Pareciam desconfortáveis com minha pergunta – talvez com a minha presença.

- Era... Era só um fugitivo sem importância. – papai respondeu olhando para fora da janela.

Inclinei minha cabeça levemente para o lado. Eu me sentia estranha. Havia notado isso desde que acordei no St. Mungus, mas só agora percebi que isso deveria ser importante. Sempre foi o tipo de pessoa consciente, que recicla e não desperdiça água. Porque eu não me sentia mal por ter matado alguém? Ele teria nos matado se eu não tomasse uma atitude, mas mesmo assim... Eu não sentia nada. Era como se meus sentimentos estivessem presos dentro de uma bolha. Somente uma camada fina os protegia; fácil de ser violada, mas não sentia necessidade de deixa-los voltar à tona.

Voltei a observar as árvores que passavam pela janela. Me lembrei das horas que passei naquela floresta. O medo que senti ao perceber que aquele monstro poderia fazer mal à Luke. Mas me lembrei das coisas boas, como Tiago dizendo besteiras enquanto esperávamos por nossos pais.

- É sério, ele é meio trasgo! – falou convicto de que nosso professor de Runas não era normal.

Lembro-me de ter rido, e que minhas costelas doeram muito por isso.

Tiago... Porque eu pensava tanto nele nesses últimos dias? Eu sei que ele tem uma namorada e que gosta muito dela - não sou cega, posso ver isso – então porque estou sempre pensando no modo gentil como ele me tratou na Floresta Proibida? É uma sensação tão estranha essa... Nunca senti nada assim. Ao me lembrar daquela risada idiota, eu sentia uma imensa vontade de romper a bolha que protegia meus sentimentos.

Mas no final das contas, não valia tanto à pena assim.

Era muito óbvia a paixão entre ele e sua namorada. Eu tinha que conviver com eles e suas nojentisses românticas nas aulas de Runas e Música Trouxa. Sim, eu frequento essa aula. Sou fascinada pelos barulhos que aquelas coisas repugnantes fazem. Em minha opinião é bem melhor que as músicas que nossos queridos conterrâneos bruxos fazem.

Porque, afinal, eu me arriscaria com algo no qual somente eu sairia perdendo? Preferiria me manter longe de Tiago. Nunca liguei para garotos, não começaria a ligar agora. Muito menos por um que já tem alguém. Mesmo que esse alguém seja ele...

Tiago...

Tiago Potter

Eu juro que estava tentando me concentrar, mas simplesmente não conseguia! Ficava o tempo todo olhando para o relógio e não conseguia me concentrar no livro de História da Magia. Eu ficava vagando por algumas semanas atrás, quando trombei com ela no corredor.

Eu estava atrasado para o café da manhã, meu estômago estava fazendo um barulho alto e assustador, então andei um pouco apresado para o Grande Salão. Eu estava tão entretido imaginando o que teria, que não percebi uma garota passava por mim. Acabei esbarrando em seu ombro com um pouco de violência. Eu esperava que ela me olhasse, esperneasse e me entupisse de qualidades ruins, mas ao menos me olhou. Continuou com os olhos fixos em algo que lia.

Depois, naquele mesmo dia,  notei ela sentada atrás de Katlyn na aula de Música Trouxa. Não entendia como ela poderia fazer uma aula como aquela, afinal era uma sonserina. Fiquei olhando para ela por algum tempo... De onde ela surgiu? Realmente não lembrava de tê-la visto em outras aulas... De repente ela me olhou. Olhos frios, gélidos; do tipo: “você vai morrer olhando para essas íris azuis”. Então me lembrei dela.

- Louise Knight... Saía da minha cabeça sua pequena monstrinha loira! – eu disse fechando o livro em minhas mãos bruscamente.

Olhei ao redor e não havia ninguém por ali. Suspirei e devolvi o livro na seção onde o encontrei (não queria ter mais esse para organizar depois). Ajeitei a mochila em minhas costas e saí da biblioteca. Eu deveria me encontrar com alguns amigos antes do jantar, mas estava morto de fome! Comecei a tomar o caminho que me levaria diretamente ao Grande Salão, mas me contive ao ver Alvo.

- Hey, irmãozinho... – eu disse sorrindo.

Ele estava com uma garota que também não me era estranha. Ela vestia o tão verde uniforme da Sonserina. Como era o nome dela... Anna, Annelyse... Améllia! Isso... Irmão do Daniel Zabine. Mas como não tinha certeza, usei uma abstrato para me dirigir à ela.

- Garota loira da Sonserina... Posso roubar meu irmão por um pequeno segundo? – perguntei não querendo atrapalha-los.

- Ele é todo seu. – disse virando-se e indo embora.

- Desculpe atrapalhar, garanhão. – eu disse vendo-a se afastar.

- Não atrapalhou. Eu só estava dizendo à ela algumas verdades. – Alvo disse encostando-se na coluna de concreto que estava logo atrás dele.

- Verdades? Do tipo: “Eu sou o homem da sua vida!”? – falei rindo.

- Não... Mas do tipo: “Tome cuidado com a louca da minha prima, ela quer roubar seu namorado...” – Al disse suspirando.

- A Rose e o Scorpius estão mesmo de rolo? – perguntei chocado. Sempre imaginei que todo aquele ódio era amor, mas sempre apanhava quando dizia isso à ela.

- Não essa prima... Dominique. Ela está obcecada pelo Mark Smith. Sabe, aquela cara que você não gosta da Corvinal? – concordei com a cabeça – Pois é, escutei uma conversa estranha dela com uma garota da Lufa-Lufa na biblioteca uns meses atrás. Ela estava “apaixonada” pelo Mark.

- E o que isso tem demais? – perguntei ao meu – nem tão – inteligente irmão.

- O que isso tem demais, meu caro irmãozão, é que Dominique falava de uma maneira estranha, como se ela fosse dona dele. – meu irmão disse olhando ao redor – Eu comecei a vigiar, entende? Ficar alerta à essas coisas. Eu já havia ficado nervoso quando Lillían me disse que Améllia estava saindo com Scorpius para atingir Rose, não ia deixar que acontecesse com Dominique também.

- Oh, Poderoso Al, me salve! – eu disse fingindo desmaiar.

- Sem palhaçadas Tiago, o assunto é sério. – meu irmão disse me empurrando de leve.

- Tá, tá. Desembucha logo. – eu disse impaciente.

- Resumindo: Dominique está ficando louca e quer fazer o Mark terminar com a Améllia.

- E você como bom samaritano foi avisar ela? – perguntei já sabendo a resposta.

- É o mínimo que eu podia fazer depois de acusa-la por uma intriga infantil de Lillían. – Alvo disse corando.

- Sei... Será que foi por isso mesmo? – eu disse com um sorriso malicioso nos lábios.

- Não tem nada haver, cara. – disse mais vermelho que antes - Meu lance é com outra garota.  – completou baixinho.

- Santo Harry Potter, meu irmãozinho tá apaixonado! – eu disse sacudindo Alvo pelos ombros – Quem é, quem é, quem é? – perguntei curioso.

- Não enche, Tiago. – disse me empurrando – E eu não estou apaixonado. Só gostei do jeito dela.

- Quem é essa santa que te fez, finalmente, ficar cara-a-cara com o amor? – perguntei ignorando-o.

- Acho que você sabe quem é. – disse revirando os olhos – O nome dela é ...

- Louise? – eu disse confuso.

- Não, cara. O nome dela é Kaya. – Alvo disse, mas não dei importância.

Atrás dele, pela abertura na parede do corredor, eu podia ver Louise descendo de uma das carruagens da escola com a ajuda de seu pai. Sem ligar muito para o que Alvo começou a dizer, corri até onde ela estava. Não era nada premeditado, minhas pernas simplesmente se moviam até ela por livre e espontânea vontade. Ou quase isso. No fundo eu queria poder vê-la de perto, saber se estava tudo bem. Quando a alcancei, já ofegante pela pequena corrida, a garota loira me olhou com aquele típico olhar dela. O que dizia: “você vai morrer olhando para essas íris azuis”. De verdade? Eu não me importaria de morrer se esse fosse o preço para poder ver aqueles lindos olhos o quanto eu quisesse.

- Você voltou. – eu disse tentando controlar a respiração pela corrida.

- É. – ela disse.

É? Isso é o que eu recebo por estar preocupado e correr meia maratona para poder vê-la? É? Queria poder puxa-la pelos cabelos e jogar no lago, para que a Lula Gigante brincasse de pique-esconde com ela. Menina mais... Sem escrúpulos! Ela não tem coração?

- Eu corri da escola até aqui para te ver e tudo o que você me diz é isso? – perguntei incrédulo.

- É. – ela respondeu confusa.

Me senti derrotado. Era como se um balaço tivesse me acertado bem no meio de minha cabeça. Louise é tão cruel... Porque me preocupo, apesar de ela ser tão má comigo? Devo ser masoquista...

- Ora, ora, se não é um Potter. – o homem que a ajudava a descer da carruagem disse olhando para mim.

- Sou Tiago Potter, Sr. Knight. – eu disse me apresentando formalmente.

- Foi você quem ajudou Louise, certo? Ela falou muito sobre você. – ele disse com um sorriso nos lábios.

Ela falou sobre mim?! Eu senti minha esperança voltando aos poucos, mas ela se foi assim que vi a expressão de Louise. Continuava impassível, como se nada tivesse acontecido. Nem mesmo um pequeno rubor no rosto... Nada.

- Pois é... – eu disse colocando uma das mãos atrás da cabeça – Devemos sempre ajudar as pessoas.

Era um típico discurso da minha família, então mordi minha língua com força já que as pessoas em minha frente eram todas tão frias (e sonserinas) quanto os Malfoy. Talvez por isso fossem aparentados.

- Será que poderia ajudar Louise a chegar ao Castelo? – Sr. Knight disse ganhando a atenção (e um olhar mortal) da filha.

- Claro! – eu concordei rápido demais.

- Preciso voltar até Hogsmeade para poder aparatar. – explicou vagamente vendo o olhar frio da loira.

- Ótimo. – Louise disse com o sarcasmo brilhando em sua voz.

- Será que poderia nos deixar a sós por alguns instantes, meu jovem? Preciso dizer uma última coisa a minha filha. – ele disse calmo, olhando fixamente para sua filha.

- Claro, claro. – eu disse me afastando.

Fiquei à cerca de três ou quatro metros de onde eles estavam, mas fiz questão de me virar para o lado oposto. Não queria ser tachado de bisbilhoteiro. Aquilo era assunto de família, e eu não faço parte dela. Depois de uns cinco minutos ou mais, escutei Louise grunhir e me virei por puro instinto – novamente.

Seu pai já estava dentro da carruagem que se distanciava e ela andava mancado, com aquele olhar  assassino adorável, na direção do castelo. Me aproximei dela, afim de ajuda-la a andar, mas Louise disse que não precisava de ajuda. Não discuti. Sua voz estava fria, totalmente desprovida de emoções. Antes, quando ela falava como os irmãos, por exemplo, eu podia sentir o afeto na voz dela. Mas agora? Não havia nada. Era como se ela não se importasse.

Suspirei e a acompanhei alguns passos atrás. Ela andava rápido demais para alguém que acabava de sair do hospital. Ela ia na direção do Grande Salão. Agradeci silenciosamente por ela ter tomado essa decisão. Eu poderia comer uma vaca inteira, tamanha a minha fome.

Assim que chegamos ao portal do Grande Salão, ela parou. Lá dentro, todos ficaram em silêncio. Senti vontade de rir, mas eu estava próximo demais de Louise. Se eu risse, ela só precisaria girar o braço com força para me acertar um tapa. Eu não queria apanhar. Principalmente dela.

Ela deu o primeiro passo que a deixaria dentro do Salão. Tentou não mancar muito, mas eu percebi que ela estava desconfortável. Não só pela dor, mas também pelos olhares amedrontados dos outros alunos. Era como se Louise fosse um animal perigoso. Por onde passava, todos paravam e a olhavam em total silêncio. Ela se mostrava superior a eles. Olhava de modo frio e calculista para todos. Sem perceber, um sorriso se abriu em meu rosto.

Mais alguns passos e eu estava em território Sonserino. Nunca havia me aproximado tanto da mesa deles. Seria o mesmo que entrar em um ninho de cobras. Mas com Louise perto eu estava protegido. Até mesmo seus companheiros de casa a olhavam em silêncio.

Medrosos...

Ela parou perto de seus amigos, mas não havia lugar para que pudesse se sentar. Louise olhou para alguns garotos que ocupavam grande parte do banco. Eles ficaram lívidos e se levantaram rapidamente. A loira se sentou devagar, sem movimentar as pernas rápido demais. Ela olhou para mim sem emoção alguma, o que fez meu sorriso aumentar um pouco mais.

- Sua mochila, gracinha. – eu disse colocando sua pesada mochila ao seu lado.

Louise estreitou um pouco mais os olhos. Um sinal de que comeria meu coração assim que tivesse a oportunidade. Ela era tão agradável!

- Nos vemos por ai... – eu disse depois de beija-la no rosto.

Só Merlin sabe de onde eu tirei coragem para fazer isso, mas fiz. Pareceu tão certo quando me inclinei e pressionei meus lábios naquela pele tão gelada, que não me importei se ela me bateria depois. Ou melhor, se minha namorada não me espancaria até a morte.

Acenei para Noah, Daniel e Bianca e voltei a caminhar na direção da mesa de minha Casa. Os alunos me acompanharam com o olhar até eu me sentar. Continuaram em silêncio por um tempo, até que alguns professores apareceram e eles tiveram coragem para abrirem suas bocas.

Me servi com um sorriso enorme nos rosto. Finalmente comida! Eu estava prestes a por uma batata frita na boca quando Rose se sentou ao meu lado. Abaixei o garfo e olhei para ela.

- Você saiu da Biblioteca antes de mim, porque só chegou agora? – perguntei confuso.

- Encontrei alguns amigos no caminho e fiquei conversando. Nada demais. – ela disse dando de ombros.

Dei de ombros também e levantei o garfo na direção de minha boca novamente, mas fui interrompido por uma namorada furiosa.

- O que foi aquilo, Tiago Potter? – Katlyn perguntou parada em minha frente.

- Como se você não fizesse o mesmo com seus amigos... – eu disse revirando os olhos – Eu nunca me importei.

- Mas eu sim! Você sabe que eu sou muito ciumenta, Titi! – Katlyn disse batendo os pés, mas não dei atenção. Eu queria comer aquela linda e gordurosa batata-frita.

- É só uma amiga, Katlyn. Não precisa agir assim... – eu disse suspirando.

Ela respirou e se sentou em minha frente, desistindo de brigar.

- Me desculpe, é que foi um dia difícil. – ela disse mexendo em seu cabelo.

- Tudo bem. – eu disse comendo – finalmente! – as batatas-fritas que tanto me seduziam sem seguida.

- Conseguiu fazer o trabalho de História da Magia, Titi? – Katlyn perguntou comendo algumas uvas.

- Não. Estava complicado... Vou tentar amanhã. Você me ajuda Rose? – perguntei á minha prima.

Ela olhava distraída para sua comida, mas tinha um sorriso bobo no rosto. Sorri e deixei que ela viajasse para seu refugio feliz.

Katlyn começou a contar sobre a bronca que levou da professora de Poções enquanto eu comia. Ela parecia não terminar de falar nunca. Uma das poucas coisas que não gosto em Katlyn? Ela não sabe calar a boca. Eu adoro o silêncio, principalmente durante minhas refeições, mas com Katlyn é impossível. Quando ela finalmente se cansou, suspirou,  o que chamou minha atenção.

- Mas é claro que eu confio em você... Não é como se você fosse se interessar por uma garota como ela. – minha doce namorada disse.

Notei que Rose olhou para mim rapidamente, completamente aturdida. Me virei para Katlyn e ela estava com os braços escorados na mesa, apoiando seu queixo neles.

- Ela...? Ela quem? – perguntei perdido em sua conversa.

- Aquela loira de farmácia... – disse revirando os olhos.

- Porque eu não me interessaria por uma garota como Louise? – perguntei curioso.

Katlyn me olhou com certo desdém e sorriu de lado.

- Por favor, Tiago... É só olhar para aquela coisa. Ela tem atitudes tão violentas, exala medo por onde passa. Sem contar que agora vai ter as marcas que aquele lobisomem deixou para sempre! Ninguém jamais olharia para ela com aquilo... Não, olharia sim. Com pena.

Ouvi todo o discurso de minha adorável namorada sem dizer nada. Deixei  minha sobremesa de lado e juntei minhas mãos. Olhei de lado para Rose e minha prima estava com o rosto da cor dos cabelos.

- Eu olharia, Katlyn. – eu disse ainda olhando para a raiva de Rose – Eu olharia para Louise Knight com outros olhos sim. – completei me virando para minha namorada.

Katlyn piscou os olhos, confusa.

- Louise é durona, mas eu pude ver que por trás daquela mascara, ela também sofre como qualquer outro. E aquelas marcas? Eu iria adorar vê-las todos os dias. Sabe por quê? Porque elas provam que Louise Knight faria qualquer coisa para proteger quem ela ama. – eu disse calmo.

Puxei minha mochila do chão e me levantei. Katlyn me acompanhou com os olhos claros.

- E se eu fosse você Katlyn, começaria a me preocupar com ela. – eu disse olhando para aqueles olhos que antes eram lindos para mim – Nesse momento ela é mais importante para mim do que você jamais foi.

~*~

Como havia prometido, escrevi uma one-shot Luke/Lilly *-* Leiaaam, pliss! *u* (Fic nesse link)


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Notas finais do capítulo

Bom, ia sair pequeno... Mas ficou grande DX
Eu ameeeeeei esse capítulo, me apaixonei pelo Tiago (novamente!)! XD
Espero que gostem e comenteeeeeeeeeeeeeeeeeem!
ScorpBeijos ;*



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