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Desde pequeno meu pai me ensinou uma coisa, eu posso ter tudo o que eu quero. E, nesse momento, só tem uma coisa que eu quero, mas não tenho. Rose Weasley. Descobri que sou completa e insanamente apaixonado por ela há um ano. Mas também quem poderia adivinhar que justo eu, um Malfoy, sonserino e arrogante, iria se apaixonar por uma Weasley perfeitinha que me odeia.

Eu não poderia.

Mas foi algo que eu não pude evitar.

Quem não se apaixonaria por uma garota tão perfeita quanto ela? Uma garota que não tem medo de quebrar uma unha jogando quadribol, mas que morre de medo de aranhas; uma garota que enfrentaria qualquer um – inclusive eu – pra defender a família, mas que, se precisar, puxa a orelha de cada Weasley da face da Terra; uma garota que não dá a mínima bola pra mim, mas por quem eu enfrentaria minha família.

Eu só posso ter pirado.

Eu posso ter qualquer garota de Hogwarts, é só eu estralar os dedos. Por que eu tinha que querer justamente a Weasley? Não é só por que ela é linda, ou por que os olhos azuis dela ficam perfeitos quando eles estão com raiva - principalmente quando sou eu que os deixo assim -, ou por que ela é a única que não fica fascinada com a minha fama ou o meu físico, e sim por que ela é a Rose, aquela garota que defende seus ideais e corre atrás do que quer.

Mas de que me adianta toda a cabeleira loira, os olhos azuis-gelo, os músculos, a fama, se no final elas não servem pra nada?

Todos os meus amigos já têm uma opinião sobre esse assunto.

Daniel Zabine, meu melhor amigo, diz que esse ódio dela é amor reprimido. Já a irmã dele, Améllia, diz que ela se apaixonar por mim é quase improvável já que meu passatempo preferido era atormentá-la. Agora Bianca e Rayra Black eram mais otimistas, elas diziam que era só eu nascer de novo.

Eu juro que não fazia de propósito! Mas era inevitável. Eu não conseguia não zoar com ela e os primos dela.

Ah os Potter! Esses são outros que acabam com a minha sanidade! O Tiago... Esse ai prova que é grifinório. Metido que dói. Sempre se achando o cara por que é o capitão do time. Grande coisa! Eu também sou e nem por isso fico me gabando. Talvez só um pouquinho.

O outro Potter, o Alvo, é um pé no saco. Vive andando, de cima pra baixo, com a Rose. Ele bem que podia arranjar uma namorada. Metades das garotas da Grifinória ficariam felizes. Aí ele largava da Rose.

  Mas se existe um Potter mais irritante que todos os outros juntos, esse é a tal da Lilian. O menininha barraqueira. Certa vez estávamos eu e meu primo Luke na Floreios e Borrões. O Luke nunca foi um santo, mas daquela vez ele não teve culpa. A garota tropeçou sozinha na entrada e só por que o Luke estava atrás dela o culpou. Eu, é claro, o defendi. E a Rose também tomou partido da prima também. Nós só paramos quando nossos pais vieram nos separar.

Eu fiquei de castigo por duas semanas graças aquela miniatura de gente!

Mas ela até que sossegou depois de começar a sair com um pivete da Corvinal. Um tal de Josh não lá das quantas. O pai dela quase morreu quando soube. Eu, é claro, presenciei tudo. Foi num passeio a Hogsmeade. Eles estavam juntos até que o papai Potter surge de sei lá onde e pega os dois. Foi hilária a cara da pequena Potter.

Ai, ai.

Mas apesar de eu os odiar mais que tudo, eu tenho que admitir que eles são até que legais.

A pequena Potter nunca me dedurou quando me via pelos corredores fora do horário. O Alvo nunca me encheu a paciência por sempre zoar o nome dele e olhar que eu gosto de fazer isso. E o Tiago nunca se preocupou quando a Sonserina ganhava da Grifinória no quadribol.

Não tenho o que reclamar deles, mas eu adoro quando o Natal chega. O que significa que eu vou ficar longe deles por um bom tempo. Graças a Merlin!

Mas também significa ficar longe da Rose.

Eu não entendo como eu posso gostar dela.

Quando meu pai súber vai me matar.

O senhor Draco Malfoy pode até ter mudado, mas nem tanto. Ele ainda não gosta dos Weasley ou dos Potter.

Mas o que eu posso fazer? Eu tentei – e como tentei – tirar ela da minha cabeça – e do meu coração -, mas toda vez que cogitava a idéia de vê-la longe de mim era como se alguém tivesse abrindo meu peito com uma adaga. Era insuportável.

E eu só tinha uma explicação pra isso. Uma explicação que me fazia pirar mais do que já estava pirado.

Eu a amava. Mais do que tudo.

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