Feliciano gostava de ser carinhoso com todos que gostava, e queria poder ser assim com o irmão - que sempre o afastava com o mal-humor quase costumeiro, e as vezes palavras grosseiras.
O norte-italiano imaginava que, no fundo, o mais velho era tímido e tinha vergonha de mostrar seus sentimentos.

E estava certo, mas o outro escondia isso com todas as forças.

Lovino se irritava e repreendia o irmão quando o mesmo tentava abraçar Ludwig ou fazer Kiku interagir mais. Lembrou de fazer isso enquanto os outros países estavam visitando a casa dos italianos naquele dia.

Agora, deitado na cama, observava o irmão ainda muito feliz - mesmo o germânico e o japonês já não estarem mais lá.
Feliciano, notando o olhar do outro sobre si, parou de saltar pelo quarto e sentou-se na própria cama, devolvendo o olhar.

- Ve...~ Eles são legais, né?

- Aham... - Respondeu por responder, mais tentando ignorar a aura boba que o menor exalava.

- ... - O norte-italiano ficou quieto ao notar o tom irritadiço na voz do outro. Dessa vez pareceu ter um motivo.

O Italia Veneziano continuou sentado a beira da cama, buscando o motivo para aquilo. O silêncio tomou conta do cômodo enquanto ele pensava.

Lovino, aproveitando o silêncio, pode ingorá-lo melhor. Depois de um tempo, acabou se esquecendo da presença do outro e adormeceu.

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Depois de ir comer um pouco de spaghetti, já com a resposta em mente, voltou para o quarto.
Ao entrar no aposento, encontrou o irmão como havia deixado-o.

Silênciosamente, aproximou-se da cama do irmão. Enclinou-se, na ponta dos pés, e o virou. Estalou um beijo na bochecha do mais velho, agora acordando-o.

- Chigi! - Despertou, empurando o outro pelo susto.

- Vee... - Choramingou o menor, se levantando do chão.

- Não faça isso! M-maldito... - Rosnou, pegando os lençois de qualquer  jeito e se cobrindo.

- Eu sei porque você ficou chateado hoje...

Romano: ... ¬¬ Ah, é? *Se virando para o lado contrário*

- É! Você ficou com ciúmes. Mas não precisa ter ciúmes, apesar de você ficar bonitinho com ciúmes. E só queria te fazer carinho...

- N-não fiquei com ciúmes!!

- Vee...

Um silêncio pairou pelo quarto. Lovino apertou os lençois entre os dedos, sentindo seu rosto esquentar.
Depois da pausa, o norte-italiano voltou a falar:

- Fratello... Posso fazer carinho?

Romano abriu a boca para responder de modo mal-educado como sempre, mas partou. Meneou a cabeça em "sim". Pode sentir a alegria do outro preencher o quarto todo.
Logo os braços do menor lhe envolveram, mesmo com o lençol, e o mesmo começou a beijar-lhe a bochecha várias vezes.

Imaginava que estava mais vermelho que seus amados tomates, e alguas vezes se remexeu, mas não podia dizer que não gostava.