O Cometa escrita por Carol, thammy horan jones, renatatwifan


Capítulo 9
9. Harley-Davidson.


Notas iniciais do capítulo

Ooolá gente, tudo bom com vocês?
Então, eu quero agradecer a compreensão de vocês, porque eu fiquei quase DUAS SEMANAS sem postar! Aaaah... Mas, acreditem, eu já estava surtando de saudades akiêe.
Os comentários diminuíram no capítulo passado, o que aconteceu? Não gostaram? Por favor gente, se vocês não gostarem de alguma coisa, avisem.
Esse capítulo não foi betado. Eu acabei de escrever agora, mas como estava muito ansiosa para postar eu acabei nem mandando para as minhas betas amadas revisarem. Espero que elas não se zanguem =S Então já sabem, né? Se houver algum erro é só avisar que eu arrumo na hora ;D
Bom, eu sei que já é hábito eu pedir isso, mas LEIAM AS NOTAS FINAIS!
Agora, boa leitura...



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O Cometa:

9. Harley-Davidson.

Jacob me levou até a garagem e eu quase tive um treco quando descobri de que forma ele pretendia me levar para casa.

Eu fiquei estática enquanto ele me entregava um capacete, depois de subir em sua moto. Isso mesmo, moto.

-Você não acha que eu vou subir nesse monstro, né? - perguntei incrédula.

Jake fez uma cara de quem não entendeu nada.

- O que? Você não gostou da Harley? Fui eu que montei. - falou orgulhoso de seu feito.

Ah ta, temos aqui um gênio da mecânica! Coloquei o capacete no chão e cruzei os braços.

-Bom para você, campeão! - falei com um tom de deboche na voz para conseguir esconder o meu medo. Medo não, pavor. Eu sempre tive verdadeiro pavor de veículos com menos de quatro rodas e sim, isso inclui bicicletas e triciclos. - Mas nem por um decreto eu subo nessa coisa enorme e aterrorizante que você carinhosamente apelidou de Harley. - falei imitando o tom meloso que ele usou ao se referir àquele veículo assassino.

Quando terminei de falar, Jacob explodiu em gargalhadas.

-Eu não apelidei a moto de Harley, Ness. - falou rindo que nem um demente - Harley-Davidson é a marca, pequena. - disse e continuou gargalhando.

Eu não sabia onde enfiar a cara, que mico!

-Tanto faz. - falei indiferente. Fala sério, até quando ele ia ficar rindo da minha cara? Já não basta tratar aquele objeto do capeta como se fosse seu filho? É, eu estava mesmo com ciúmes da forma como ele tratava a moto, vai encarar?

-Tanto faz? - ele perguntou.

-É. - falei - Essa coisa nem é tão fascinante. Aposto que qualquer um poderia montar uma assim. - meu tom ainda era de indiferença, mas acho que agora eu exagerei.

Jacob estava com a boca aberta e os olhos arregalados.

-Você não disse isso, eu tive uma alucinação. - falou meio aéreo.

Eu podia até estar arrependida de ter falado daquela forma com ele, mas eu não ia entregar o jogo, não mesmo.

-Eu disse sim. - falei sorrindo de maneira inocente.

Ele abriu um sorriso diabólico antes de falar.

-Você vai se arrepender.

Antes que eu pudesse falar, ou até mesmo pensar algo a respeito disso, ele se ajeitou na moto e me puxou para sentar na sua frente. Exatamente, na sua frente. Como se eu fosse pilotar aquela coisa e ele estivesse apenas de carona.

Eu não sabia direito o que ele pretendia até ouvir o monstro roncando embaixo de nós. Ele deu partida na moto e pegou o guidão, saindo da garagem. Eu estremeci quando seus braços me envolveram para que ele pudesse assumir a direção, e como não tinha onde me segurar, apenas descansei minhas mãos em suas coxas (n/a: só porque não tinha onde segurar 66’).  

-O que você pensa que está fazendo? - gritei. Mesmo sabendo que ele me ouviria até se eu sussurrasse, o ronco daquela coisa maligna me deixava completamente atordoada.

-Eu vou te ensinar a pilotar e te fazer perder o medo de motos. - falou no meu ouvido e descansou a cabeça em meu ombro.

-O QUÊ?! - gritei ainda mais alto - Você quer nos matar? Olha só para essa estrada cheia de lama, e nós nem estamos de capacete! - falei desesperada.

Jacob riu.

-Ah, vamos lá Ness. Eu sei que você não é covarde.  - disse soprando aquele maldito hálito delicioso em minha nuca - Eu estou aqui, e jamais deixaria que qualquer coisa te machucasse. Além do mais, eu não vou te ensinar tudo hoje... Só vou te mostrar o básico, sabe?

Eu já estava morrendo de medo só de sentir o vento batendo em meu rosto enquanto Jacob acelerava. Ele não podia estar falando sério!

-Jake, para, isso é loucura! Eu não sei nem andar de bicicleta, tenta então me imaginar pilotando um negócio desses. - falei desesperada.

Jacob riu no meu ouvido. Eu me arrepiei por inteira.

-É sério? Você não sabe andar de bicicleta? - perguntou rindo.

É, eu não sabia. Esportes nunca fizeram a minha cabeça, e eu definitivamente não tinha equilíbrio para andar de bicicleta. Eu morria de medo só de pensar.

-Isso não vem ao caso. - falei. Ah, qual é? Eu não ia admitir uma coisa dessas. Até o Henry sabia andar de bicicleta, e isso era, no mínimo, humilhante.

Jacob riu mais ainda. Babaca!

-Se você não parar de rir eu vou pular desse negócio. - ameacei, e eu estava falando sério.

Ele ficou em silêncio por um instante, depois deu uma gargalhada estrondosa. Eu não resisti, tive que rir junto.

-É... Sério! - falei em meio às risadas.

-Tudo bem, eu me rendo. - falou.

Jake parou de rir e colocou as minhas mãos, uma a uma, no guidão da moto. Pôs suas mãos sobre as minhas e disse:

-Eu estou controlando tudo, OK? A única coisa que você precisa fazer é manter a direção, preocupe-se apenas com o guidão.

Eu assenti nervosamente, meu corpo tremia de medo.

-Não precisa ter um AVC por isso, Ness. É só manter a moto na direção certa e girar de leve o acelerador para manter a velocidade. - falou calmamente, tentando me passar tranquilidade.

-OK. - falei - Eu posso fazer isso.

-Essa é a minha garota! - disse ao pé do meu ouvido, fazendo aquele maldito arrepio voltar ao meu corpo.

Ele retirou, lentamente, as mãos que estavam sobre as minhas e abraçou minha cintura. Eu suspirei e endireitei minha postura, precisava de máxima concentração para conseguir manter a máquina no caminho certo.

Mas ao que parece, Jacob não estava muito a fim de me ajudar, pois descansou a cabeça na curva do meu pescoço fazendo com que sua respiração quente batesse no lóbulo da minha orelha. Isso me causava umas sensações nada católicas. Por menor vontade que eu estivesse sentindo naquele momento, tive que falar.

-Jake, se você ficar fazendo isso, eu vou derrubar essa moto e nós dois vamos morrer! - meu tom era histérico.

-Isso o quê? - perguntou confuso.

-Ô lentidão! - eu disse exasperada - Só para de respirar no meu pescoço, ok?

Ele riu roucamente.

           

-Por que você quer que eu pare de respirar? - perguntou safado - Ah, e a propósito, eu amo o seu cheiro!

Estremeci

-Para garoto! Se você não parar eu vou provocar um acidente. Eu preciso me concentrar!

           

Ele riu novamente, mas se endireitou.

-Sabe pequena, até que para alguém que não sabe nem andar de bicicleta você está indo bem. - falou para me provocar.

-Ora seu... - acelerei a moto atingindo uma velocidade surpreendente, muito abaixo do que Jake estava acostumado, mas muito acima do que eu jamais poderia sequer sonhar.

Eu me concentrei ao extremo na estrada para não fazer besteira, guiar uma moto era muito difícil, mas muito emocionante também.

É claro que eu tinha consciência de que poderia acabar me esborrachando na rua, mas a sensação do vento em meus cabelos era incrível e dissipou o meu medo.

-Nossa, você está indo maravilhosamente bem! - Jake falou, e dessa vez não era deboche ou provocação. Só pude identificar admiração em sua voz.

-Obrigado. - sussurrei. Não tinha certeza se ele ouviria, afinal, o ronco do motor era realmente alto e nem eu mesma havia ouvido a minha voz.

-Não há de quê. - falou e voltou a encostar a cabeça em meu pescoço, mas dessa vez eu não pedi que ele a tirasse dali.

Em poucos minutos chegamos à casa de meus avós.

Alice apareceu na porta assim que ouviu o barulho da moto. Quando viu que era eu quem estava pilotando, ela levou as mãos à boca em sinal de descrença.

Jacob desceu da moto e me ajudou a descer.

Minha madrinha maluca correu até mim e me abraçou fortemente. Eu retribuí alegremente ao seu abraço, mas me assustei quando vi que ela tremia levemente.

-Alice, está tudo bem com você? - perguntei meio assustada.

Ela estava pálida, e eu agora estava bastante assustada.

-Tia?! Fala alguma coisa! - falei sacudindo-a pelos ombros.

- Ah Nessie, você me assustou! - falou me olhando torto.

Jacob nos observava confuso.

-Eu te assustei? - perguntei indignada - Pelo amor de Deus, tia! Você estava tremendo como vara verde, eu fiquei com medo de que estivesse passando mal.

Alice olhou para mim, depois para Jacob, depois para a moto, e voltou a me fitar.

-É claro que eu estava tremendo! - ela disse nervosa - Como você queria que eu estivesse? Você nunca andou nem de patinete e de repente eu te vejo chegando em casa montada em uma moto desse tamanho. E o pior: era você quem estava pilotando!

Eu fiquei em silêncio, não sabia o que dizer.

-Ah, me desculpe Alice. - Jake se pronunciou - Fui eu quem insistiu para que a Ness conduzisse a moto, isso foi muita irresponsabilidade da minha parte. - disse envergonhado, como se estivesse confessando que havia surrado uma velhinha.

Alice ficou em silêncio por um instante, depois assentiu olhando Jacob com censura.

-Sim, foi irresponsabilidade mesmo, Jacob. - ela disse, e então sorriu - Mas está tudo bem, eu sei que você nunca permitiria que algo ferisse a Nessie.

Jacob olhou-a com gratidão e sorriu largamente.

-Sim, eu nunca permitiria, nem que minha própria vida estivesse em risco. Aliás, a minha vida é tão insignificante perto da dela, que eu a daria de bom grado e sem hesitar se fosse para mantê-la em segurança. - ele disse com seriedade.

Eu fiquei perplexa.

-O que diabos você está dizendo, Jacob Ephraim Black? De onde você tirou essa besteira de que sua vida é insignificante? - perguntei com as mãos na cintura - É bom você retirar o que disse mocinho, se não quiser que eu te mostre uns golpes de judô que aprendi com o tio Emmet! - avisei seriamente, apontando o dedo indicador para seu rosto.

Jacob me olhava atônito. Ele piscou uma três vezes antes de dizer alguma coisa.

-Desculpe, mas não posso retirar o que disse. - falou por fim - Essa é a mais pura e cristalina verdade.

Ele me encarava com tanta seriedade, mas ao mesmo tempo tanta ternura, que não tive como duvidar de suas palavras. Deduzi nesta hora que Jacob era completamente doido.

-Está vendo isso, tia? - perguntei virando-me para Alice que nos observava admirada - Ele é maluco, doido de pedra!

Alice acompanhou Jacob em um riso animado. Eu fiquei encarando-os.

-Posso saber qual é a piada? - perguntei mal-humorada.

Tia Alice ficou séria imediatamente. Abriu a boca devagar e olhou para Jacob.

-Ela ainda não sabe? - perguntou com ar desaprovador.

Jacob negou com a cabeça.

-Ela ainda não está pronta. - foi a única coisa que ele disse.

Eles se encararam por um longo tempo.

-Ei ei ei... - falei exasperada - Então quer dizer que vocês dois estão de segredinhos? Ah não! Por que eu sou sempre a última a saber?

Os dois me olharam culpados por um instante, depois Jacob estendeu a mão para mim. Por mais confusa que eu estivesse no momento, peguei sua mão sem hesitar. Alice entrou em casa e Jake e eu a seguimos.

-Você quer fazer o favor de me explicar o que está acontecendo? - perguntei encarando-o.

Ele abraçou minha cintura, me puxando para mais perto e sussurrou em meu ouvido:

           

-Precisamos conversar.

Eu assenti, pesarosa. Não fazia a mínima ideia de qual assunto em comum Jake e Alice poderiam ter para tratar comigo.

Alice nos conduziu à grande biblioteca do vovô, que por sinal, eu ainda não havia visto. Eu já estava naquela casa há quatro dias, mas ainda não conhecia todos os cômodos, porque 1) a casa era enorme; 2) eu havia passado mais tempo na reserva do que ali; e 3) já tinha acontecido tanta coisa comigo desde que cheguei que, sinceramente, a ideia de um ‘tour’ pela casa nem soava tão interessante.

A biblioteca era realmente enorme, decorada com móveis escuros e minuciosamente lustrados. Era extremamente linda, seguindo um padrão do início do século XVIII, pelo que pude perceber. As prateleiras, que vinham desde o teto até bem perto do chão, estavam repletas dos mais diversos tipos de livros, e eu arriscaria dizer que havia mais volumes ali do que na biblioteca municipal de Forks. Sorri, aquilo era a cara do vovô.

Alice fechou as portas de carvalho entalhado às suas costas assim que entramos. Ela caminhou até a grande mesa central e fez sinal para que nos sentássemos. Jacob estava meio relutante, tímido. Eu peguei sua mão e puxei-o até a mesa. Assim que nos sentamos, eu - que já estava em cólicas para saber o que eles estavam aprontando - disparei em cima deles.

-OK, agora vocês já podem ir falando - falei, meus olhos correndo incessantemente de Jacob para Alice - O que queriam me dizer?

Jake lançou um olhar angustiado à Alice. Ela, por sua vez, sorria abertamente. Eu já estava pirando.

Passaram-se alguns minutos e a cena não mudava: Jacob inquieto, se remexendo na cadeira nervosamente; Alice sorrindo, mas parecendo muito concentrada e empenhada em formular uma resposta decente à minha pergunta, e eu... Impaciente. Aquilo estava meio bizarro, sei lá, parecia que eles estavam congelados no tempo e ficariam daquela forma para sempre. Bufei, irritada.

-Nessie - Alice finalmente decidiu falar - Nós três precisamos ter uma conversa. Uma conversa séria. - falou me olhando seriamente.

Oh, Senhor! Eu juro que naquela hora fiquei com muita vontade em dar um soco em Jacob - porque Alice estava grávida e não podia apanhar - para amenizar a minha frustração. Fiquei profundamente irritada com aquela enrolação.

-Mas que droga, tia. Isso eu já percebi! - falei mexendo nervosamente em meus cabelos - Agora será que dava para parar de protelar e dizer logo o que você tem a dizer? E você, Jacob, será que dá para parar de agir como um cão sarnento e ficar quieto nessa cadeira?

Quando terminei de falar, levei as duas mãos à boca, assustada. Jacob parou de se mexer imediatamente, parecendo mais assustado do que eu, e Alice me olhava incrédula, com os olhos arregalados.

Eu não sabia o que dizer, estava profundamente envergonhada. No estado de nervos em que me encontrava, acabei sendo muito grosseira com os dois.

-Ah... Desculpem-me. - eu falei baixinho - Desculpem-me por ter sido tão grosseira. De verdade. É que vocês me deixaram nervosa com esse negócio de ‘conversa séria’ e... Ah, deixa para lá. Eu sou uma estúpida.

Jacob me virou para ele, forçando-me a olhar em seus olhos.

-Por favor, nunca mais xingue a si mesma na minha frente, isso é mais do que eu  posso suportar - acariciou minha bochecha enquanto falava - Você não é estúpida, só estava nervosa.

Coloquei minha mão sobre a sua, que estava pousada ternamente em meu rosto.

-Mas eu te chamei de cão sarnento. - falei com uma voz fininha - Você deveria estar bravo!

Jacob riu alto, eu o fitei confusa. Ele me puxou para o seu colo e eu imediatamente olhei para Alice, afinal, o que ela pensaria ao me ver sentada no colo de um homem que eu conheci anteontem? Bom, a resposta a essa pergunta eu encontrei em seus olhos: Ela estava feliz. Sim, feliz! E nos observava encantada.

-Você não disse que eu sou um cão sarnento, você disse apenas que eu pareço com um, o que é bem diferente. - Jake disse sorrindo.

Eu sorri também e acariciei seus cabelos desgrenhados, enquanto a minha outra mão estava entrelaçada com as suas. Ele fechou os olhos, deliciado.

-Você tem que parar de tentar justificar todas as besteiras que eu faço e falo, Jake - falei - Eu não sou perfeita, então pare de agir como se eu fosse.

Ele rapidamente abriu os olhos e me encarou com aquelas duas pérolas negras, que no momento estavam me censurando.

-Isso que você acabou de falar - ele disse com sua voz rouca e extremamente sexy - É a maior blasfêmia que eu já ouvi em toda a minha vida. Dizer que você não é perfeita é o mesmo que dizer que o céu não é azul, ou então, que o fogo não queima. Uma besteira sem cabimento.

Eu sorri para ele e Alice suspirou batendo palminhas.

-Ouun... Que fofo, Jake! - ela aprovou sorrindo - E eu devo dizer que concordo plenamente com você. A minha sobrinha é demais!

Eu corei imensamente.

-Dá pra parar? - pedi, escondendo o rosto no peito de Jacob. E, como não sou boba nem nada, aproveitei que estava ali e inalei o máximo que pude daquele cheiro maravilhoso que só ele tinha.

Jake me abraçou e eu senti todo o calor de seu corpo envolvendo o meu. Naquele momento eu senti que estava no lugar mais certo do mundo. Senti que havia encontrado o meu lugar.

-Não, não dá pra parar. - Alice falou e eu suspirei, derrotada. Ainda não havia acabado - Agora diga se você não concorda comigo, Jacob, essa comparação que ela fez entre você e um cão foi impagável. Só a Nessie mesmo, com esse senso de humor incrível.

Ajeitei-me no colo de Jake e olhei para Alice com a testa franzida. O que ela quis dizer com aquilo?

-Ai ai, Alice. Você está parecendo a tia Rose com tanta bajulação - falei revirando os olhos - Desde quando comparar alguém a um cão sarnento é ter um ‘senso de humor incrível’?

Alice deu um leve tapa em sua própria testa, como se dissesse “tá lenta, hein Renesmee?!”

-Ah Nessie, comparar uma pessoa comum a um cão realmente não teria graça, mas já o Jacob... Quero dizer, hello, ele é um lobo!

Senti meu corpo enrijecer, minhas mão começaram a suar e minha visão ficou um pouco embaçada. “Quero dizer, hello, ele é um lobo!”. Alice sabia, ela sabia que Jacob era um lobisomem! Por essa eu não esperava.

-Co-como? - gaguejei.

Jacob estreitou seus braços a minha volta e Alice me olhou confusa por um instante, depois a compreensão iluminou seu rosto.

-Você não sabia que eu sabia dessa história, não é? - perguntou, eu assenti. Ela olhou severamente para Jacob, depois começou a me explicar - Ontem, quando você cismou que tinha de ir embora daqui, eu senti uma coisa muito estranha me dizendo que você não podia ir, que eu precisava te impedir. Por isso eu te mandei à praia refletir. Mas, qual não foi a minha surpresa quando alguns minutos depois de você ter saído, o grandão aí apareceu por aqui dizendo que queria te ver. E como essa era a oportunidade que eu estava esperando para descobrir por que eu não consigo vê-lo e esclarecer algumas coisas com ele, então eu aproveitei.

Jake começou a rir, eu arqueei uma sobrancelha.

-Aproveitou como? - perguntei.

-Eu o coloquei contra a parede, querida. - Alice falou rindo.

-Literalmente. - Jake completou.

Eu não disse nada, apenas fiz a minha melhor cara de ‘boiei geral’ e esperei que eles continuassem a explicação.

-Quando eu cheguei aqui ontem - Jake começou - A sua tia disse que você estava na praia, mas, antes que eu pudesse sair atrás de você, ela me arrastou até aqui na biblioteca dizendo que tinha algo muito importante para me dizer. Quando chegamos, ela trancou a porta, me empurrou contra a parede e disse que eu não sairia daqui até que explicasse algumas ‘coisinhas’ a ela.

Agora ele já não estava mais rindo, estava apenas tenso. Isso me deixou preocupada, o que será que o lado psicopata da tia Alice fez a ele?

-Então - Alice deu continuidade à explicação que Jake havia iniciado - Eu contei a ele sobre o meu dom. - ela disse com naturalidade.

-O QUÊ?! - gritei, os dois se assustaram - Desculpem. Mas eu ouvi direito? Você contou sobre as visões? - essa última parte saiu em um sussurro.

Aquilo não entrava na minha cabeça. Alice havia contado seu segredo a Jacob? Por quê? Ela nem o conhecia direito e ele era um ponto cego em suas visões, ou seja, ela nem tinha como saber se ele era de confiança ou não. Então, por que diabos ela falou?

-Sim Nessie, eu contei. Era necessário que ele soubesse, que ele tivesse conhecimento do meu segredo também, para poder compreender o seu.

Eu não estava entendendo aonde ela queria chegar.

-Calma aí, me explica devagar para que eu possa processar as informações - falei, Alice riu - Por que você contou seu segredo a ele?

O corpo de Jacob ficou tenso sob o meu e ele pôs um pouco mais de força no abraço que me envolvia. Alice mudou suas feições, agora ela não estava mais rindo, mas também não aparentava nervosismo ou o mínimo sinal de hesitação. Ela estava apenas séria.

-Agora começa a conversa séria da qual eu te falei, Nessie - tia Alice falou. Eu fiquei um pouco mais nervosa. -Eu contei ao Jacob algo que não havia contado a você. Contei a ele sobre uns sonhos estranhos que eu venho tendo desde um pouco antes de virmos para  Forks. No sábado, quando você me mostrou seu desenho, eu não te disse o verdadeiro motivo daquele susto que levei. Hei, não me olhe assim! Eu não menti para você, apenas omiti algumas partes porque não queria te deixar preocupada com esse assunto.

Nesse ponto, ela fez uma pausa na narração. Acho que estava abrindo um espaço para as minhas perguntas. Resolvi aproveitar.

           

-Sonhos? Mas você me contou o seu sonho! Você me contou que teve um sonho igual ao meu! - falei.

Alice assentiu.

-Sim, eu contei. - ela falou devagar - Mas aquele foi só um dos meus sonhos, e nem de longe o mais estranho.

Eu estava em silêncio, absorta na narrativa de Alice, e por isso me sobressaltei quando a voz rouca de Jacob continuou a história.

-Ela me contou que tem visões do futuro, Ness - ele disse baixinho - Mas que eu sou um ponto cego em suas visões, assim como Leah e Paul. E sobre os sonhos, bom... Nós descobrimos o motivo, mas eu não posso te contar muita coisa sobre isso. Ainda não.

Eu arqueei uma sobrancelha.

-Como não pode? - perguntei indignada - Você vai me contar, Jacob Black! Eu estou cansada de mistérios!

Jake fez uma careta tristonha.

-Tudo bem Nessie, se você que eu conte agora, eu conto. Eu não tenho escolha, não posso deixar de fazer algo que você me pede, isso faria com que eu me sentisse a pior criatura do mundo. Então, eu só te peço para manter a mente aberta para o que vou te contar, ok? Saiba que é muito importante para mim que você entenda os meus sentimentos.

Eu olhei para o seu rosto, sua expressão era de alguém que está sendo torturado. Ele estava triste, e eu pude perceber que ele não queria contar aquilo já.

-Não! - falei, Jake me olhou confuso - Eu não quero que você faça isso. Não quero que se sinta forçado a me dizer, eu só vou saber quando você achar que está na hora, tudo bem?

Um sorrisão se espalhou por seu rosto enquanto ouvia as minhas palavras. Em seus olhos havia um misto de alívio e satisfação.

-Tem certeza? - ele perguntou para confirmar.

Eu sorri e lhe dei um beijo estalado na bochecha.

-Absoluta. - falei.

Agora o sorriso de Jake era tão largo que eu tive a impressão de que se esticasse um pouquinho mais ele rasgaria seu rosto.

Ele me abraçou carinhosamente e sussurrou um “obrigado” em meu ouvido. Eu estremeci e retribuí ao seu abraço. Fechei os olhos sentindo todo o calor que emanava de seu corpo, um calor sobre-humano e muito aconchegante.

Um pigarro me trouxe de volta à realidade. Abri os olhos rapidamente e me endireitei no colo de Jake. Alice nos olhava divertida.

-Se vocês querem privacidade é só pedir que eu saio daqui, ok? Não quero ficar de vela. - ela disse prendendo o riso.

Eu senti as minhas bochechas esquentarem muito. Jacob deu uma risada rouca - e absurdamente sexy - e beijou o topo da minha cabeça.

-Não tão rápido, Alice. - falei, minha voz um pouco mais baixa que o normal por conta da vergonha - Você vai me contar o resto da história, pulando apenas a parte que o Jake pediu para não contar.

Alice assentiu, mas parecia um pouco relutante. Pelo que pude perceber, a chave da história toda estava nos sonhos dela, e essa era justamente a parte que eu saberia pela metade. Droga!

-Tudo bem - Alice falou - Como eu já disse antes, eu comecei a ter uns sonhos estranhos na semana passada, alguns dias antes de virmos para cá. O primeiro foi meio macabro: uma floresta escura e deserta, tudo estava muito silencioso até que os uivos começaram, eram muitos lobos uivando, mas eu não podia vê-los, apenas ouvi-los.

Ela fez uma curta pausa novamente, mas dessa vez eu não tinha nada para comentar, então fiquei em silêncio.

-Tudo bem até aqui? - ela perguntou, eu assenti - OK então. Bom, continuando: nos sonhos que se seguiram era sempre a mesma coisa: apenas uivos. Porém, em uma noite os lobos apareceram, altos e imponentes. A partir daí, eu não tive mais sossego. Eles apareciam em todos os meus sonhos, um deles em particular.  O castanho avermelhado.

Nesse ponto da narração, Jacob apertou a minha mão, como que para garantir que eu não fugiria dali. Bobo. Se eu pudesse, jamais sairia de perto dele.

-Então - Alice continuou - Eu comecei a ficar realmente preocupada com esses sonhos e seus possíveis significados. Uns dois dias antes de virmos para cá, o rosto de um homem apareceu em meu sonho... - ela não completou a frase, nem foi preciso.

Eu sabia quem era o homem. Jacob. Foi por isso que ela ficou tão estranha quando eu os apresentei. Eu engoli seco, absolutamente nervosa, mas fiz um sinal com as mãos para que ela prosseguisse.

Jacob começou a se mexer nervosamente na cadeira, de novo. Eu olhei torto para ele, que parou no mesmo instante. Não que eu estivesse brava com ele ou algo do tipo, mas fazendo aquilo ele deixava bem claro o quanto estava nervoso, e eu não queria sentir aquele nervosismo todo. As emoções dele afetavam muito as minhas.

-Tudo bem - ela prosseguiu - Na noite que antecedia a nossa viagem eu tive o sonho mais estranho de todos. Ontem, quando eu contei sobre ele a Jacob, eu finalmente entendi seu significado. Mas - ela falou rapidamente, antes que eu pudesse perguntar - Essa parte é ele quem vai te explicar, quando você estiver pronta.

Bufei, irritada.

-Ah Ness, não faz assim. - Jake pediu, triste.

Eu coloquei - ou tentei colocar - o meu melhor sorriso no rosto e pedi desculpas silenciosamente, com a minha mão espalmada em seu rosto. Ele sorriu maravilhado, pelo visto já havia se acostumado com o meu dom.

-Mas tem uma coisa que você vai adorar saber, Nessie. - Alice falou.

-Tem? - perguntei - O quê?

Ela fez um pequeno suspense, depois falou:

-Nós descobrimos o motivo de eu não conseguir ver o Jacob em minhas visões!

Eu dei um pulo no colo de Jake.

-E qual é? - perguntei ansiosamente.

-Ela não consegue me ver porque eu sou um lobisomem, Ness. - Jake disse lentamente e me olhando com atenção, estudando as minhas reações.

Eu assenti calmamente, aquela era uma teoria aceitável. Provavelmente a magia Quileute os protegia do dom de Alice, como uma garantia de que o segredo continuaria guardado, afinal, se Alice pudesse vê-los normalmente, ela saberia desde o primeiro instante que eles eram lobisomens. Mas...

-Espera aí - falei repentinamente - Se a alcateia é protegida pala magia Quileute e vocês são imunes ao dom sobrenatural de Alice, então por que não são imunes ao meu? Quero dizer, eu consegui te mostrar os meus pensamentos sem problema nenhum, Jake.

Ele sorriu para mim.

-Sim, mas e daí? - falou. Eu franzi a testa, confusa - Você pode transmitir seus pensamentos através da palma da mão, mas em que isso poderia afetar a alcateia? Entenda Ness, nós só somos imunes ao dom de Alice porque ele nos pode ser prejudicial, representa perigo. Mas quanto ao seu, bom... Ele é inofensivo.

Eu bufei novamente.

-Ah, ótimo! - falei brava - Acabei de descobrir que, além de esquisita, eu também sou inofensiva. Inofensiva, rá. Inútil, você quer dizer, não é?

Jacob me olhou indignado, mas quando ele abriu a boca para protestar, tia Alice interrompeu.

-Nessie, querida, eu adoraria ficar aqui e presenciar mais uma das suas crises de identidade. - ela falou com sarcasmo - Mas, o dever me chama... Eu tenho que ir até Forks, o engenheiro vai me ligar daqui a quatro minutos e trinta e dois segundos para dizer que eles já terminaram a construção. A filial da Cullen Advertising Agency* de Forks está pronta! - falou com um sorriso brilhante.

“Cara, isso é assustador!” Jacob murmurou baixinho, eu ri.

-Tudo bem, tia. Você já vai? - perguntei.

-Não, eu só vou depois do almoço. Daqui a pouco vai garoar um pouquinho e eu não posso sair na chuva, isso acaba com o meu cabelo. - falou toda preocupada.

Jacob e eu reviramos os olhos, ela nos deu a língua e se encaminhou para a porta, mas antes de sair da biblioteca, falou:

-Juízo, crianças.

Eu juro que tentei matá-la com o poder da mente umas quatro vezes naquela hora, mas quando vi que não obteria resultado, resolvi desistir. Por hora. Jacob riu da minha expressão assassina, eu o fuzilei com os olhos. Ele riu mais ainda.

-Então Ness - falou em um tom descontraído, para acalmar os ânimos - Sabe, eu ainda não esqueci aquela promessa que você me fez no domingo, de que nós passearíamos  pela First Beach. O que você acha de cumpri-la hoje à tarde? - perguntou.

Sorri para ele.

-Eu adoraria. - falei e ele sorriu largamente, mas então lembrei de algo que precisava esclarecer - Jake, agora que as coisas se encaixaram, será que dá para você me explicar o motivo daquele nervosismo todo? Quero dizer, você e Alice resolveram o mistério das visões, isso é ótimo, então por que você estava agindo como se fosse confessar um crime ou algo assim?

Ele mordeu o lábio inferior. (n/a: uii delícia!)

-Bem, Nessie... - ele estava meio hesitante - É que, como eu já te disse, mentir para você é algo abominável para mim. Totalmente inescrupuloso. Eu estava escondendo de você essa conversa que tive com Alice desde ontem, na praia. Então, na hora em que ela iniciou a conversa para contar tudo a você, eu fiquei nervoso porque de fato estava confessando um crime. Entende?

-Não, não entendo. - falei - Mas não se preocupe, esperarei pacientemente até o dia em que você decidir me contar.            

Ele sorriu, mas antes que pudesse responder, seu corpo se enrijeceu e ele ficou em estado de alerta total. Eu me assustei.

-Jacob, o que foi? - perguntei alarmada.

Ele pôs o dedo indicador sobre os meus lábios, pedindo silêncio. Eu me concentrei nos sons à minha volta para tentar entender o que se passava. Finalmente escutei. Muito longe, na floresta provavelmente, um lobo uivava.

Jacob se pôs de pé rapidamente, me segurou para que eu não me espatifasse no chão - já que ainda estava em seu colo - e disse.

-Desculpe Ness, mas acho que teremos de deixar o nosso passeio para amanhã. - sua voz estava triste e preocupada ao mesmo tempo - Essa responsabilidade de Alfa ainda me mata.

-O que aconteceu? - perguntei novamente.

-Problemas com a minha matilha. - falou aflito - A Leah nunca chamaria toda essa atenção se o negócio não fosse sério.

Eu estaquei.

-A Leah? - eu estava perplexa - A Leah é um transmorfo?

Ele coçou a parte de trás da cabeça.

-Pois é, eu ainda não havia te falado, não é? Ela é a única mulher na história das alcateias quileutes, não temos uma explicação para isso. - ele falou apressado e beijou o topo da minha cabeça - Mas agora eu preciso ir, Ness. Pelo visto a matilha está com problemas.

Quando ele se virou para a porta eu segurei seu braço fazendo-o voltar-se para mim. Olhei em seus olhos.

-Tome cuidado, Jake. Por favor. - pedi fervorosamente - Por mim.

Ele deu um sorriso torto.

-Eu sempre tomo. - falou e saiu rapidamente.

Eu desabei em uma cadeira, não sabia direito o que estava sentindo, era um misto de sensações: medo, aflição, curiosidade. A minha cabeça girou.

Saí da biblioteca e fui para o meu quarto. Tomei um banho relaxante e procurei algo confortável para vestir. Ainda não era nem era meio-dia, mas como eu não iria sair de casa mesmo, vesti meu pijama e fui até a cozinha ajudar Esme a preparar o almoço.

-Onde está Marie? - perguntei enquanto adentrava o cômodo.

-Ela não vem hoje. - vó Esme respondeu

-Problemas com a família. - Kate, a governanta, falou.

-Ah - encerrei a conversa dessa forma, eu odiava me intrometer nos assuntos alheios.

Nós - eu, Kate, Alice, Jasper, Esme e Carlisle - almoçamos todos juntos e depois cada um fez sua parte na cozinha, terminamos a arrumação rapidamente.

Eu estava entediada e estranhamente triste por saber que não veria mais Jacob hoje. Era estranho pensar no quanto, depois que o conheci, eu passei a depender dele para ser feliz. Ele era meu sol particular.

Depois do almoço eu fui junto com Alice visitar o prédio da agência. Era grande e muito bonito, branco, dois andares, a fachada era maravilhosa. Com certeza, depois que Alice cuidasse da decoração, aquele seria o lugar mais descolado de Forks.

Quando voltamos, passei o resto do dia trabalhando no projeto da campanha de calçados que faríamos com Rachel, era o primeiro trabalho realizado aqui na filial de Forks. Eram 2:15 da manhã quando o sono me venceu, adormeci sobre o teclado do computador.

-x--x--x-

Acordei com o corpo todo dolorido, o relógio de corações sobre a impressora me informava que eram 8:35 da manhã. Eu nem conseguia erguer a cabeça, de tão rígido que estava meu pescoço. Chequei os estragos feitos por mim durante meu sono confortabilíssimo: é, com certeza eu teria que providenciar um teclado novo para meu computador.

Levantei da cadeira, mexendo o pescoço apenas quando era estritamente necessário. Tomei um banho, troquei de roupas e me joguei na cama - com muita delicadeza, é claro. Parecia que eu tinha sido atropelada por um caminhão. Dormi até meio-dia, quando Kate veio me acordar para almoçarmos.

Eu não consegui almoçar, estava preocupada demais. Já tinha mais de 24 horas que Jacob havia saído para ver qual era o problema da matilha e ainda não voltara. Eu precisava de notícias, aquela espera toda estava me dando nos nervos.

Joguei-me no sofá para assistir televisão junto com o tio Jazz. Passamos a tarde vendo um documentário no NatGeo, mas eu nem sabia o tema do negócio, de tão pouca atenção que estava dando a ele. Eu olhava para a porta de cinco em cinco minutos, esperando que a qualquer momento Jacob entrasse em minha casa com seu sorriso maravilhoso e me dissesse que não tinha problema nenhum, afinal. Eu queria que ele passasse por aquela porta para me dizer que estava tudo bem.

Mas isso não aconteceu. Eu passei o resto da tarde e metade da noite esperando. Ele não chegou.

Por fim, desisti de ficar olhando para a porta como se fosse uma fixação e fui para meu quarto. Tomei um banho rápido, escovei os dentes e me deitei na cama, na vã esperança de conseguir dormir. É claro que o sono não veio, pois a preocupação me ocupava por inteira. Puxei a cadeira de balanço até a janela e, enquanto o novo dia se arrastava lentamente até mim, eu fiquei assistindo o céu mudar de cor. Também fiquei imaginando aonde poderia estar o meu lobo.


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Notas finais do capítulo

Estrelinhas, reviews, recomendações, popularidade... O que vier para minha é lucro, hoho.

Um beijão para vocês e FELIZ ANO NOVO, meus amores! Espero que nesse novo ano vocês sejam mais felizes do que nunca, amem intensamente, dancem, riam, estudem, beijem muuuuito, e, se o negócio esquentar, não esqueçam de se prevenir!

Tudo de bom para vocês, minhas leitoras, todas vocês são MUITO importantes para mim (até as fantasminhas)!

Beijos e abraços,

Ana.