O Cometa escrita por Carol, thammy horan jones, renatatwifan


Capítulo 19
19. Um bom plano.


Notas iniciais do capítulo

Ok, vocês estão querendo comer o meu fígado, né? Juro, gente, eu sinto muito pela demora! A questão é que eu sou uma vadia preguiçosa que merece uma surra O.o
Sério mesmo.



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18. Um bom plano.

-Bom dia, flor do dia. Vamos acordando?

Bella puxou as cortinas e o blecaute de uma só vez, fazendo com que a claridade invadisse o quarto bruscamente. E me deixando temporariamente cega.

-Ai, mãe! - reclamei, enfiando a cabeça embaixo das cobertas e dos travesseiros - Você sabe que horas são?

Ela riu.

-Deixa de preguiça, menina, hoje é segunda-feira.

-Mas eu estou de férias!

-Você está parecendo uma criancinha, Nessie. - riu-se ela - Mas se não quer nem se despedir de seus pais, tudo bem. - fingiu desapontamento.

Sentei-me rapidamente, esfregando os olhos.

-Despedir-me? Quando?

Mamãe se sentou na beirada da cama e acariciou meus cabelos.

-Houve um imprevisto - informou, tristonha - Seu pai e eu temos de estar nos emirados árabes em dois dias. Nosso voo de volta a Nova York sai dentro de cinco horas.

Fitei-a em silêncio, sem saber o que dizer. Meus olhos já se enchiam de água.

-Mas já? - perguntei, meu lábio inferior tremendo - Vocês ficaram aqui tão pouco tempo, e a viagem vai ser tão longa! Eu vou sentir saudades, eu... Eu...

Comecei a chorar, ela me puxou para um abraço confortador.

-Shhhhh - pediu baixinho, chorando também - São só quatro meses. Vai passar rápido, você vai ver.

-Não! - bati o pé, emburrada - Quatro meses demoram a passar, e vocês nem vão estar aqui para o meu aniversário!

-Nessie... Por favor, querida, não transforme isso em uma tempestade. Você já é uma mulher adulta, e por mais que eu goste muito da ideia, você não pode depender de mim e de seu pai para tudo, e também não pode agir como se uma viagem nossa fosse uma tragédia. Eu tenho certeza de que você vai ficar muito bem: vai voltar para Nova York quando suas férias acabarem, e virá frequentemente para La Push visitar seus avós e seu namorado.

-E quanto ao meu aniversário?

Bella apertou os lábios e franziu a testa, pesarosa.

-Nós sentimos muito por isso, querida. - Edward disse, entrando no quarto - Mas não temos escolha.

Assenti.

-Fazer o que, né. - falei tristemente, puxando os dois para um abraço.

[...]

- O tempo vai passar tão rápido que, quando você menos perceber, eles já estarão de volta. - tia Rose tentava me confortar enquanto eu via o carro de meus pais saindo pelo portão da casa de meus avós.

-Será, tia?

Ela sorriu.

-Sem dúvida.

Rosalie pôs um braço em volta dos meus ombros e nos guiou para dentro de casa. Vovó, Alice, Jazz e Emmet - que também estavam na varanda se despedindo de Bella e Edward - vieram atrás de nós.

-E você e tio Emm? Vão ficar aqui até quando?

-Vamos voltar à Nova York no domingo.

Assenti e me encaminhei para a sala, Henry estava assistindo algum desenho na Tv, sentei-me ao seu lado e ele deitou em meu colo.

Nós passamos a manhã inteira assistindo desenhos, mas eu nem sei dizer o que se passara na tela, pois não prestei lá muita atenção nisso. Eu estava pensando na vida, nos meus pais, na faculdade... Que mentira! Eu só estava pensando em Jake e na conversa que planejava ter com ele.

Pois é, eu estava começando a gostar da ideia da Alice.

-NESSIEEE! - Henry gritou de repente, me sacudindo - Tá dormindo?

Chacoalhei a cabeça.

-Até que não. - respondi sorrindo, meio zonza.

-Então por que não atende ao telefone?

-Telefone? - perguntei sem entender.

Ele revirou os olhos e apontou para o braço do sofá, onde o meu telefone dançava, piscava e gritava como um louco. Olhei no visor: Casa do Jake.

-Amoooor. - atendi cantarolando. Como eu sabia que era ele no outro lado da linha? Bem, não me pergunte.

-Oi, pequena. - sua voz rouca e sonolenta me saudou - Como está?

-Hm... um pouco triste. - respondi - Meus pais foram embora hoje, e a viagem deles começa em dois dias.

-Oh, sinto muito, meu amor. - ficou um tempinho em silêncio - Eu estou com saudade. - anunciou.

Sorri.

-Eu também estou. Você está me deixando maluca, garoto, ainda nem faz dois dias que não nos vemos e eu já estou louca de saudade. - falei, ele riu baixinho - Só imagino como vai ser quando eu voltar para a faculdade.

Jacob não respondeu. Esperei quase um minuto, e nada. Apenas silêncio.

-Jake? Amor, você está aí? - chamei, incerta.

-Eu estou tentando não pensar muito nisso, sabe... Em como vai ser quando você voltar para Nova York. - sua voz era muito triste.

-Tudo bem, não precisamos falar disso agora. Você queria alguma coisa?

-Alguma coisa?

-É... Por que ligou?

-Ah... é. Rachel me disse que você e Alice vão a Forks hoje a tarde, ver as fotos dela.

Levei as mãos à cabeça.

-Nossa, eu tinha até me esquecido disso. Combinei de ir à agência com a tia Allie... Mas o que isso tem a ver?

-Só liguei para avisar que eu vou junto. Forks não é território quileute, e mesmo que nós sempre façamos rondas por lá, eu não me sinto muito seguro de te deixar ir até lá sem proteção.

Senti um aperto no peito. Pura culpa. Eu sabia que não tinha perigo nenhum, mas não era capaz de dizer isso a ele para que se tranquilizasse.

-Tudo bem, Jake. Eu vou almoçar agora, depois vou me arrumar... Você pode vir quando quiser, ok?

-Ok. Hm... Nessie?

-Sim?

-Eu te amo.

-Eu também te amo, meu Jake.

[...]

-Uaaau... Até eu que não entendo nada desse negócio de fotos gostaria de ter uma máquina dessas. - Jacob apontava para a minha Hasselbled h4d-60 com admiração.

Sorri para ele.

-Quando essa câmera foi lançada eu quase morri de ansiedade, daria um braço para tê-la. - falei, sorrindo - Eu viajei para a Alemanha só para comprar mais rápido, embora eu soubesse que não demoraria muito para chegar aqui, não podia aguentar a vontade de segurá-la em minhas mãos.

-Nossa, você gosta mesmo de fotografar, né? - agora ele analisava minha Leica d-lux 5.

Assenti.

-É a segunda coisa mais prazerosa do mundo, em minha opinião. - falei, levantando-me do chão e erguendo comigo a maleta com meu equipamento.

-E qual seria a primeira? - perguntou - Desenhar?

Balancei a cabeça em negativa, sorrindo sapeca.

-Desenhar é a terceira. - aproximei-me dele, pondo-me na ponta dos pés e enlaçando seu pescoço com meus braços, puxando-o para baixo - A primeira é beijar você.

Ele sorriu largamente e me suspendeu em seus braços com facilidade, colocando-me sobre a bancada de mármore da sala que Alice havia feito especialmente para mim, no prédio da agência de Forks.

Ali, sentada naquele balcão, meu rosto ficava quase na mesma altura que o dele, facilitando o meu ataque urgente aos seus lábios. Percebi que sua intenção era inocente quando me colocou sobre a bancada, pois ele havia me envolvido carinhosamente em seus braços e seu olhar era meigo, mas acho que o beijo lascivo que eu iniciei acendeu a chama da luxúria dentro dele.

Sua língua invadiu minha boca quase que violentamente, com pressa, necessidade. Jake me puxou para mais perto de si, encaixando-se entre as minhas pernas e me apertando contra o seu corpo. Ondas de prazer rolavam por mim como correntes elétricas, aquilo era indescritível: seu cheiro, seu gosto. Eu agarrei seus cabelos com força quando ele mordiscou meu lábio inferior, e joguei a cabeça para trás, em busca de ar. Mas quem disse que ele me dava descanso? Suspirei, sentindo seus lábios macios trabalharem em meu pescoço com volúpia.

Uma de suas mãos entrou por dentro da minha blusa, acariciando minhas costas nuas e apertando minha cintura com certa força. Eu não usava sutiã por baixo da blusa e, por isso, quando sua mão começou a traçar o caminho em direção aos meus seios, eu me senti meio mole. Primeiro ele acariciou minha barriga, e depois subiu com sua mão até meu seio esquerdo, apertando-o levemente.

Seu polegar traçava círculos deliciosamente indecentes em torno do meu mamilo, enquanto seus lábios incandescentes se ocupavam de meu pescoço, ombros e boca.        Eu nunca havia provado daquele tipo de carícia, aquilo era enlouquecedor.  

Eu tinha consciência de que o que estávamos fazendo era errado: tudo bem que estávamos sozinhos naquela sala, mas havia mais gente no prédio, e poderiam entrar ali a qualquer momento. Abri a boca para pedir a ele que parasse, mas sua boca já estava sobre a minha, e eu me rendi completamente à minha libido. Jacob começou a retirar o meu suéter, e eu senti um friozinho na barriga.

Estremeci e me arrepiei inteira ao sentir o tamanho do seu desejo por mim, que era perceptível através de sua bermuda, e de repente eu estava com muita pressa. Ergui os braços para ajudá-lo a tirar meu casaco mais rapidamente, enquanto enlaçava sua cintura com minhas pernas.

Um estouro agudo me sobressaltou - não o suficiente para me fazer descolar nossos lábios, apenas olhei de soslaio para baixo. Os cacos brancos do que era um porta-lápis de porcelana francesa estavam espalhados pelo chão. Jake me olhou temeroso por um segundo, certamente imaginando que eu iria ficar brava com aquilo.

Apenas dei de ombros.

-Sem importância. - murmurei ofegante, com a voz entrecortada.

E voltei a agarrá-lo com desejo, colando meus seios - cobertos apenas pela malha fina da camisetinha que eu vestia - em seu peito desnudo, e fazendo-o gemer alto em meu ouvido. Jacob me apertou fortemente contra seu corpo, friccionando nossos sexos, e isso fez com que minha feminilidade - já úmida - ficasse completamente encharcada. 

Nossos gemidos eram desconcertantemente altos, mas apenas uma parte muito pequena de mim se importava com isso.

“Eu quero você, amor.” - Jacob sussurrou roucamente em meu ouvido, sugando meu lóbulo em seguida, e arrancando-me um longo gemido. Eu me sentia como se estivesse flutuando, e não tinha consciência de nada a não ser suas mãos, seus lábios e seu cheiro. Era como se o resto do mundo não existisse mais. Ele envolveu minha cintura com um braço apenas, enquanto sua outra mão - que estava em minha coxa até então - serpenteou até o zíper de minha calça. Retirei minhas mãos de seu pescoço para ajudá-lo, e quando finalmente conseguimos abrir o maldito botão... Advivinhem? SIM, ALGUÉM ATRAPALHOU A PORRA TODA!

Ao ouvir as três batidinhas na porta da sala, Jake rosnou frustrado, e em um gesto inacreditavelmente rápido, vestiu o suéter em mim e me tirou de cima do balcão. Colocou-me no chão e colou minhas costas em seu corpo, permitindo-me sentir o nível de empolgação em que ele se encontrava. Entendi sua intenção sem nem precisar perguntar, ele se colocou atrás de mim para esconder a ‘prova do crime’, haha.

No segundo seguinte, Alice adentrou o cômodo. Sorte a minha que ela estava olhando para baixo, muito concentrada em uma animada conversa com sua barriga, e alheia ao que estava acontecendo há uns instantes atrás, dando-me tempo, assim, para fechar o zíper de minha calça e jogar os cabelos sobre o pescoço para esconder as prováveis manchas roxas.

Quando olhou para mim e Jacob, ela arregalou os olhos, para logo em seguida dar um sorrisinho sacana.

-Desculpem-me, crianças. - falou, prendendo o riso - Eu não queria atrapalhar a brincadeira de vocês, só vim avisar que já estou voltando para casa, Nessie.

Assenti, apertando o maxilar.

-Tudo bem, tia - semicerrei os olhos - Obrigado por avisar. - minha voz era de pura irritação.

Ela pressionou os lábios, percebi que estava fazendo muita força para não rir.

-Ok, então, era só isso. - e saiu da sala rapidamente, mas eu consegui ouvir seus risos vindos do corredor.

-Humpf! - bufei irritada, recolhendo minha mochila do chão.

Jake sorriu e me puxou para perto de seu corpo.

-Eu acho que nós precisamos de um lugar onde ninguém nos interrompa... - seu tom e sorriso eram maliciosos.

-Ah, eu também acho! - só faltava sair fumacinha pelos meus ouvidos.

Ele me beijou docemente, depois pegou minha mochila e colocou em suas costas - “Eu carrego isso, é muito pesado.”.

Revirei os olhos, sorrindo, e entrelacei minha mão com a sua.

Eu passaria o resto da tarde em casa, trabalhando na campanha de Rachel, e Jake ficaria comigo. Estremeci, não havia mais escapatória: eu tinha que contar a ele.

[...]

-É sério, tia, eu não acho isso uma boa ideia! - falei meio histérica, andando de um lado para o outro no quarto dela enquanto ela arrumava suas malas.

Alice e Jasper pretendiam partir para Denali no sábado e, sim, ela estava arrumando suas malas.

-Por quê? - ela perguntou, completamente alheia ao meu chilique.

Respirei fundo. Nessie covarde, Nessie covarde.

-Porque eu, hm... Digamos que eu  não tive coragem de falar nada para o Jake hoje de tarde. - admiti, envergonhada.

Ela levantou os olhos de seus pijamas de seda caríssimos, que estavam espalhados sobre a cama, e me encarou confusa.

-E isso é um problema por quê? - torceu os lábios - Nessie, nós já combinamos como seriam as coisas, lembra? Enquanto eu falo com os vamp’s... - sorriu - Você fala com o lobo mau.

Rolei os olhos. Alice seria sempre Alice, mas as coisas não eram tão simples dessa vez.

-Aí é que está, tia... Eu não acho que isso seja certo, sabe? É antiético.

Ela arqueou uma sobrancelha.

-Contar o segredo dos lobos... - expliquei - Eles mantêm isso secretamente até mesmo dentro da tribo. Você acharia correto contar sobre eles a um clã de vampiros?

Alice franziu o cenho.

-Eu sei o que você está fazendo! - acusou - Está tentando me fazer sentir culpada... Mas eu só quero evitar uma briga, Nessie!

Balancei a cabeça.

-Mesmo assim...

-O que você propõe, então? - perguntou com irritação - Que eu permita que os vampiros venham do Alasca e que se faça uma guerra aqui?

-É claro que não! - exclamei, assustada - Você vai para Denali da mesma forma, mas só para impedir que eles venham para cá. Não vai dizer nada a eles. Enquanto isso, eu vou convencendo o meu lobo mau - fiz uma careta ao usar o apelidinho tosco de Alice - De que toda essa loucura não representa perigo a mim. Você sabe que o mau gênio de Jake será o mais difícil de contornar, e uma vez que os lobos já souberem, será muito mais fácil para nós explicarmos a situação à Kate, Tanya, Irina, Carmen e Eleazer, pois eles são mais maleáveis. Será muito simples: só convidá-los para virem até aqui, tenho certeza que virão com o maior prazer, e deixar que os lobos mesmo contem suas lendas.

Ela deu de ombros.

-Tudo bem, é um bom plano. - admitiu.

-É claro que é um bom plano! Mas a grande porcaria é que a parte mais complicada ficou em minhas mãos.

Joguei-me de costas na cama e encarei o teto.

-Difícil nada... - ela disse, brincalhona e maliciosa - Você entra no quarto, já totalmente nua, e...

-Tia! - joguei uma almofada nela, que riu alto.

-Tudo bem, tudo bem. - rendeu-se - Não falo mais! - fingiu trancar a boca e jogar a chave fora.

Eu ri, sentindo-me bastante pervertida.

-Mas até que não é uma má ideia. - admiti dando de ombros, e disparei para fora do quarto antes que ela tivesse tempo de jogar seus travesseiros de pluma de ganso em mim.


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Notas finais do capítulo

Post pequetuuuxo, recupero no próximo *.*

Tá, agora o motivo da minha demora: as últimas semanas foram um azar total para mim: meu pc desconfigurou, fazendo com que eu perdesse todos os meus arquivos - inclusive os meus jogos violentos, sem os quais eu não sou nada (aaaaaaaaah, eu quero morrer); eu mudei de colégio - e as vacas que estudam comigo agora, sério, dá vontade de dar um tiro no meio da cara -; e eu perdi meu emprego, porque estou estudando à noite.
Enfim... Eu realmente estou na merda, então sejam boazinhas, não gritem comigo pela demora, e DEIXEM REVIEWS ^^
Beeeeijos, lindas :*